Masa Pagodinho |
Masa e sua esposa Gardenha |
Preto e pobre como a maioria
dos meninos da sua época, ele nunca se deixou levar pelas dificuldades que
a vida lhe impôs e era o mais inteligente entre todos os seus colegas. Jeitão
moleque, ele sempre pensava maior e mais rápido do que a molecada que lhe
cercava e por isso liderava naturalmente e estava sempre a frente de tudo,
desde as brincadeiras mais corriqueiras, até as armações para ganhar dinheiro.
Primeiro lugar em todas as matérias
no colégio, bom de bola, seja no salão, seja no campo, bom de sinuca, bom de
palito, bom de baralho, bom de botão, e tudo mais que se botava para fazer, ele
já criança, despontava como compositor fazendo paródias das músicas de
sucesso da época. Esse cara é Manoel de Jesus Santos,o popular Masa. Pensador,
ele sempre soube como ganhar dinheiro e desde pequeno organizava campeonatos
de futebol para crianças, organizava torneios de futebol de botão, fazia
bingos, rifas, sorteios, leilões, festas juninas, festas carnavalescas,
estudou, se formou, é professor e ainda continua com algumas atividades
culturais, pois é dono de um grupo de pagode e também de um bloco
carnavalesco.
Cd Sexta Cultural |
Linha de frente da primeira formação
do Grupo Regional Os Lamas, ele ganhou o apelido de Masa Pagodinho. Organizado,
ele era o responsável pelo repertório da turma, saindo para formar seu grupo o
Sovaco de Cobra, hoje Guerreiro do Samba, nome dado em homenagem ao
desembargador Dr. Guerreiro Junior. Masa é pagodeiro por natureza, logo foi
criado ouvindo a batida do martelo do seu pai, o saudoso Santos, pregando solas
em sapatos e também da cadência da sua mãe, a inesquecível Isabel, quando
passava harmonicamente o ferro de brasa na roupa e batia na cuia de cujuba, o
cuxá mais gostoso da cidade.
Masa foi perfeito em tudo que fez e é perfeito em tudo que faz. Foi dono de casa de shows, é estrategista, organizado e está
sempre mostrando seu trabalho como cantor e compositor, tem uma canção no CD
Sexta Cultural e no Festival de músicas carnavalescas, arrebatou o terceiro
lugar, com uma marchinha falando das brevidades eletrônicas. Masa é samba e
pagode, é frevo, marchinha e carnaval, Masa é sempre novo, faz a alegria do
povo, nessa triste Bacabal.
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