Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, assassinou Glauco e o filho do cartunista"
Com base nos laudos psiquiátricos, Telma
Aparecida Alves afirmou que não se arrependeu da decisão de conceder liberdade
A juíza
Telma Aparecida Alves disse nesta terça-feira, 2, que não se arrepende de ter
concedido liberdade a Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, assassino do cartunista
Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas. Cadu foi preso nesta
segunda-feira, 1º, em Goiânia, acusado de dois latrocínios.
Telma
disse ainda que "o rapaz não deve ser condenado pelo crime". Ela
levou em consideração os laudos psiquiátricos de Cadu, que, segundo a juíza,
"atestam que ele sofre de esquizofrenia, ou seja, não pode responder
na justiça pelos atos praticados".
Acompanhado
de um parceiro que também foi preso, Cadu realizou dois roubos de automóveis.
No primeiro, o estudante Mateus Moraes Pinheiro foi assassinado e, no segundo,
o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes D'Abadia foi baleado - D'Abadia
está internado em estado grave.
Caso
Glauco. Em 2010, Cadu confessou o assassinato do cartunista
Glauco e do filho dele; ele foi considerado inimputável porque houve
diagnóstico de esquizofrenia paranoide. Ele matou os dois a tiros, durante um
surto psicótico, após consumir maconha, haxixe e uma mistura de ervas fornecida
pela igreja Céu de Maria, fundada pelo cartunista, que seguia a doutrina do
Santo Daime e oferecia aos praticantes um chá alucinógeno típico.
Cadu
teve alta do hospital porque, diagnosticado como doente mental, ele já havia
cumprido os prazos legalmente previstos no Código Penal nesses casos. Na época,
a juíza Telma Aparecida disse que levou em consideração os relatórios
psiquiátricos que assinalavam que a periculosidade da esquizofrenia sofrida por
Cadu estava sob controle e ele não oferecia ameaça. Também pesou uma avaliação
pela junta médica do Tribunal de Justiça, ocorrida em junho do ano passado.
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