terça-feira, 2 de setembro de 2014

JUÍZA QUE LIBERTOU CADU DIZ QUE ELE NÃO PODE SER CONDENADO POR CRIMES



Juíza que libertou Cadu diz que ele não pode ser condenado por crimes


Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, assassinou Glauco e o filho do cartunista"

Com base nos laudos psiquiátricos, Telma Aparecida Alves afirmou que não se arrependeu da decisão de conceder liberdade

 

A juíza Telma Aparecida Alves disse nesta terça-feira, 2, que não se arrepende de ter concedido liberdade a Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, assassino do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas. Cadu foi preso nesta segunda-feira, 1º, em Goiânia, acusado de dois latrocínios.

Telma disse ainda que "o rapaz não deve ser condenado pelo crime". Ela levou em consideração os laudos psiquiátricos de Cadu, que, segundo a juíza, "atestam que ele sofre de esquizofrenia, ou seja, não pode responder  na justiça pelos atos praticados".

Acompanhado de um parceiro que também foi preso, Cadu realizou dois roubos de automóveis. No primeiro, o estudante Mateus Moraes Pinheiro foi assassinado e, no segundo, o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes D'Abadia foi baleado - D'Abadia está internado em estado grave.

Caso Glauco. Em 2010, Cadu confessou o assassinato do cartunista Glauco e do filho dele; ele foi considerado inimputável porque houve diagnóstico de esquizofrenia paranoide. Ele matou os dois a tiros, durante um surto psicótico, após consumir maconha, haxixe e uma mistura de ervas fornecida pela igreja Céu de Maria, fundada pelo cartunista, que seguia a doutrina do Santo Daime e oferecia aos praticantes um chá alucinógeno típico.

Cadu teve alta do hospital porque, diagnosticado como doente mental, ele já havia cumprido os prazos legalmente previstos no Código Penal nesses casos. Na época, a juíza Telma Aparecida disse que levou em consideração os relatórios psiquiátricos que assinalavam que a periculosidade da esquizofrenia sofrida por Cadu estava sob controle e ele não oferecia ameaça. Também pesou uma avaliação pela junta médica do Tribunal de Justiça, ocorrida em junho do ano passado.

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