ARBITRAGEM POLÊMICA E GOL NOS ACRÉSCIMOS: VASCO E
SAMPAIO CORRÊA EMPATAM NO MARANHÃO
Arbitragem
polêmica, pênaltis não marcados, dúvida se a bola entrou. Teve de tudo no
Castelão. E com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, o Sampaio Corrêa
arrancou um empate em 2 a 2 com o Vasco após sofrer a virada em casa na noite de ontem, terça-feira, pela 25ª rodada da Série B.
Com o
resultado, o time de Joel Santana se manteve dentro do G-4 da competição, com
44 pontos, em quarto lugar, dois abaixo de Avaí e Ponte Preta, os dois times
acima na tabela, e três a menos do que o Joinville, líder da Série B.
O
Sampaio Corrêa, por sua vez, permaneceu em sétimo lugar, com 37 pontos. Na
próxima rodada, o Vasco recebe o líder Joinville, sexta-feira, em São Januário.
Já o Sampaio Corrêa vai até o Passo das Emas para enfrentar o Luverdense,
também na sexta.
O jogo
Mesmo
fora de casa, o Vasco começou melhor, com maior posse de bola. Com nove
minutos, veio a primeira grande chance. Douglas recebeu bola de Luan pelo
ataque, no lado direito. De primeira, o camisa 10 rolou para Maxi Rodríguez,
que vinha no embalo e tocou na saída do goleiro, mas a bola passou rente à
trave e foi para fora.
O
Sampaio Corrêa, no entanto, não se abateu. Na base da correria, o time atacava
o Vasco e dava trabalha com as correrias de Cascata e Pimentinha, dois
baluartes de seu ataque. Em uma das investidas, Pimentinha aprontou para cima
de Guiñazu com um ziguezague e não houve jeito: levou um rapa e se estatelou no
chão. Na cobrança da falta, Tote levantou na área, Edgar subiu livre, cabeceou,
mas a bola desviou na zaga e foi pela linha de fundo. Foi um aviso aos 30
minutos.
Isto
porque, aos 31 minutos, o Sampaio Corrêa fez o Castelão balançar. Em cobrança
de escanteio na área vascaína, Luis Otávio subiu livre e cabeceou forte, para o
chão, Martín Silva ainda conseguiu salvar em boa defesa, mas Edimar aproveitou
o rebote na pequena área e tocou para o fundo do gol. 1 a 0.
O gol
assustou o Vasco, principalmente na defesa, e brechas para o Sampaio Corrêa
começaram a aparecer com facilidade. Aos 39 minutos, Eloir enfiou bola entre os
zagueiros para Pimentinha e Edgar, mas Martín Silva chegou antes e evitou o
segundo gol.
Aos 42
minutos, a pressão continuou. Pimentinha recebeu bola pela ponta direita, deu
corte seco em Lorran e, de frente para o gol, chutou torto, para fora. Quando a
derrota magra de 1 a 0 parecia até lucro para o Vasco eis que Maxi Rodríguez
entra na área, dribla um, dois, mas é derrubado por Luís Otávio. Pênalti que
Douglas cobra bem, no cantinho esquerdo de Rodrigo Gomes, e empata a partida. 1
a 1 aos 47 minutos do primeiro tempo.
Na
volta do intervalo, Joel Santana tirou Maxi Rodríguez, o melhor do Vasco em
campo, para a entrada de Rafael Silva, um atacante. Do outro lado, Pimentinha
tentava buscar jogadas e continuava com sua correria desenfreada, mas esbarrava
em suas limitações técnicas.
O
Vasco, no entanto, ameaçou em um lance aos 20 minutos, quando o goleiro Rodrigo
Ramos recebeu bola recuada e tentou driblar infantilmente Douglas e quase
perdeu a bola. O jogo se acirrava, com pressão sobre a arbitragem a cada lance.
Aos 28 minutos, o clima esquentou. Luís Otávio, no ataque, tentou driblar
Kleber na área vascaína e foi claramente derrubado. O árbitro, no entanto,
mandou o lance seguir para desespero dos jogadores do Sampaio.
Três
minutos depois, para desespero da arbitragem, um lance polêmico e muito
decisivo. Diego Renan avançou pelo ataque do Vasco e cruzou na área. Douglas
Silva conseguiu completar para o gol dentro da área, mas quando a bola ia em
direção ao gol, Luís Otávio a afastou. O árbitro, no entanto, assinalou que a
redonda havia entrado e validou o gol da virada vascaína. 2 a 1.
O
destempero foi total. Jogadores do Sampario Corrêa trombaram com o árbitro e o
bandeira. Na confusão, Edgar acabou expulso. A partir daí, as tentativas de
pressionar a arbitragem com cavadas de falta dentro e fora da área foram
inúmeras.
O time
da casa tanto pressionou e o Vasco, recuado, aceitava as investidas. Não deu
outra. Aos 49 minutos do segudno tempo, Jonas fez boa jogada na entrada da
área, chutou forte, a bola desviou em Guiñazu e Martín Silva defendeu, mas deu
rebote. Esperto, Willian Paulista completou para o gol e fez o Castelão
explodir. Tudo igual e fim de jogo no Maranhão.
SÃO PAULO NÃO DESCARTA TENTAR A
COMPRA DE ALEXANDRE PATO NO INÍCIO DE 2015FICHA TÉCNICA:
O bom
momento de Alexandre Pato na temporada faz o São Paulo pensar no que fazer para
manter o jogador no futuro. Emprestado pelo Corinthians até o fim de 2015, a
diretoria tricolor pensa na possibilidade até de tentar contratá-lo no início
da próxima temporada.
"A
performance que ele está tendo nos impõe a pensar nisso", afirmou o
gerente de futebol do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, na tarde desta
terça-feira.
O que
pode motivar a procura em janeiro é a queda no valor da multa que o São Paulo
teria de pagar ao rival. Atualmente, o preço estipulado é de 15 milhões de
euros, que será reduzido a partir de janeiro para 10 milhões de euros (cerca de
R$ 30 milhões).
Apesar
de pensar sobre o assunto, o dirigente explicou que não há qualquer negociação
em curso no momento para prorrogar o vínculo. Pato chegou ao São Paulo
envolvido na troca por Jadson e, depois de um início instável, conseguiu se
firmar no clube, ganhando elogios.
Gustavo
Vieira de Oliveira esclareceu que este é o momento em que a diretoria começa a
planejar a próxima temporada. Enquanto avalia a possibilidade de antecipar a
compra de Pato, o clube já sabe que dificilmente conseguirá segurar outra
estrela do elenco, Kaká. Emprestado pelo Orlando City até dezembro, o meia deve
mesmo ter de se apresentar nos Estados Unidos em 2015.
"É
muito difícil (a renovação), porque o Kaká tem vínculo com o Orlando",
ponderou.
O clube
norte-americano fez o acerto depois que o atleta deixou o Milan e o cedeu para
o São Paulo apenas por este semestre.
DIRETORIA SOME, E NATHAN, 19 ANOS, DÁ 1ª
COLETIVA PÓS-VEXAME: 'FALO EM NOME DO PALMEIRAS'
Nervosismo,
mas um zagueiro de 19 anos fez na tarde/noite de ontem, o que o presidente
Paulo Nobre e nenhum outro membro da diretoria se dispôs: dar entrevista. No primeiro
treino aberto a jornalistas após a goleada por 6 a 0 para o Goiás, Nathan
encarou cerca de 60 profissionais da imprensa na Academia de Futebol e driblou
seu próprio desconforto para falar em nome do clube que ocupa a lanterna do
Brasileiro na temporada do centenário.
"Agora
estamos todos unidos. Não tem essa de eu, Lúcio, dirigente. Estou aqui para
falar de mim e pelo Palmeiras, falar que estamos unidos. Não importa se tenho
19 anos e se ninguém do grupo veio, vim em nome do Palmeiras e do grupo. Suporto
a pressão como eles também estão suportando", disse o jogador que, há
menos de um mês, nem treinava entre os profissionais.
"Estou
vivendo um momento de muita pressão. Tenho 19 anos e já passo por isso. Não é
para qualquer um. Mas, se estou aqui com 19 anos e suportando, batendo a cara,
qualquer um lá dentro precisa ter essa capacidade. Todos me apoiaram, falaram
que vai dar certo", continuou discursando.
Durante
cerca de 20 minutos de entrevista, Nathan só sorriu ao tentar controlar a
tensão. Admitiu que não se sentia confortável e que ficou surpreso ao ser
escolhido para atender a imprensa. "Eu não esperava. Estou até meio
nervoso. Mas, se me passaram a responsabilidade de estar aqui, é porque tenho
capacidade", afirmou.
Capacidade
que Nobre, o diretor executivo José Carlos Brunoro, o gerente de futebol Omar
Feitosa e nenhum vice-presidente tiveram. A diretoria resolveu se calar em meio
à crise. Apenas Brunoro falou, ainda em Goiânia, logo após a humilhante
derrota, e assumiu a culpa sem dar detalhes nem prometer nada. E não há nenhum
pronunciamento de qualquer dirigente previsto para os próximos dias - todos só
falam com a autorização da assessoria de imprensa particular do presidente.
Já
Nathan falou mesmo sendo reserva no Serra Dourada. Nesta terça-feira, encarou
uma entrevista inesperada. "Jogar é mais fácil, jogo desde os sete anos.
Agora câmera, imprensa, foto, é tudo novo. Eu nunca tinha dado entrevista. Há
duas semanas, dei a primeira. É tudo muito novo. Mas, daqui para frente, tudo
vai virar rotina. Se Deus quiser."
É o
discurso do corajoso jogador que só tem duas partidas como profissional na
carreira. "É tudo novo para mim. Mesmo não sendo o melhor momento, uma
hora eu teria que dar entrevista. Também falaram muito que não era o momento
estrear contra o Fluminense, no Maracanã, e mostrei para todos. Assim como
confiaram em mim e me deram a responsabilidade de estar aqui porque tenho
capacidade", insistiu.
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