quarta-feira, 24 de setembro de 2014

RESENHA ESPORTIVA


Vasco cede empate do Sampaio e segue no G-4

ARBITRAGEM POLÊMICA E GOL NOS ACRÉSCIMOS: VASCO E SAMPAIO CORRÊA EMPATAM NO MARANHÃO
Arbitragem polêmica, pênaltis não marcados, dúvida se a bola entrou. Teve de tudo no Castelão. E com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, o Sampaio Corrêa arrancou um empate em 2 a 2 com o Vasco após sofrer a virada em casa na noite de ontem, terça-feira, pela 25ª rodada da Série B.

Com o resultado, o time de Joel Santana se manteve dentro do G-4 da competição, com 44 pontos, em quarto lugar, dois abaixo de Avaí e Ponte Preta, os dois times acima na tabela, e três a menos do que o Joinville, líder da Série B.

O Sampaio Corrêa, por sua vez, permaneceu em sétimo lugar, com 37 pontos. Na próxima rodada, o Vasco recebe o líder Joinville, sexta-feira, em São Januário. Já o Sampaio Corrêa vai até o Passo das Emas para enfrentar o Luverdense, também na sexta.

O jogo

Mesmo fora de casa, o Vasco começou melhor, com maior posse de bola. Com nove minutos, veio a primeira grande chance. Douglas recebeu bola de Luan pelo ataque, no lado direito. De primeira, o camisa 10 rolou para Maxi Rodríguez, que vinha no embalo e tocou na saída do goleiro, mas a bola passou rente à trave e foi para fora.

O Sampaio Corrêa, no entanto, não se abateu. Na base da correria, o time atacava o Vasco e dava trabalha com as correrias de Cascata e Pimentinha, dois baluartes de seu ataque. Em uma das investidas, Pimentinha aprontou para cima de Guiñazu com um ziguezague e não houve jeito: levou um rapa e se estatelou no chão. Na cobrança da falta, Tote levantou na área, Edgar subiu livre, cabeceou, mas a bola desviou na zaga e foi pela linha de fundo. Foi um aviso aos 30 minutos.

Isto porque, aos 31 minutos, o Sampaio Corrêa fez o Castelão balançar. Em cobrança de escanteio na área vascaína, Luis Otávio subiu livre e cabeceou forte, para o chão, Martín Silva ainda conseguiu salvar em boa defesa, mas Edimar aproveitou o rebote na pequena área e tocou para o fundo do gol. 1 a 0.

O gol assustou o Vasco, principalmente na defesa, e brechas para o Sampaio Corrêa começaram a aparecer com facilidade. Aos 39 minutos, Eloir enfiou bola entre os zagueiros para Pimentinha e Edgar, mas Martín Silva chegou antes e evitou o segundo gol.

Aos 42 minutos, a pressão continuou. Pimentinha recebeu bola pela ponta direita, deu corte seco em Lorran e, de frente para o gol, chutou torto, para fora. Quando a derrota magra de 1 a 0 parecia até lucro para o Vasco eis que Maxi Rodríguez entra na área, dribla um, dois, mas é derrubado por Luís Otávio. Pênalti que Douglas cobra bem, no cantinho esquerdo de Rodrigo Gomes, e empata a partida. 1 a 1 aos 47 minutos do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, Joel Santana tirou Maxi Rodríguez, o melhor do Vasco em campo, para a entrada de Rafael Silva, um atacante. Do outro lado, Pimentinha tentava buscar jogadas e continuava com sua correria desenfreada, mas esbarrava em suas limitações técnicas.

O Vasco, no entanto, ameaçou em um lance aos 20 minutos, quando o goleiro Rodrigo Ramos recebeu bola recuada e tentou driblar infantilmente Douglas e quase perdeu a bola. O jogo se acirrava, com pressão sobre a arbitragem a cada lance. Aos 28 minutos, o clima esquentou. Luís Otávio, no ataque, tentou driblar Kleber na área vascaína e foi claramente derrubado. O árbitro, no entanto, mandou o lance seguir para desespero dos jogadores do Sampaio.

Três minutos depois, para desespero da arbitragem, um lance polêmico e muito decisivo. Diego Renan avançou pelo ataque do Vasco e cruzou na área. Douglas Silva conseguiu completar para o gol dentro da área, mas quando a bola ia em direção ao gol, Luís Otávio a afastou. O árbitro, no entanto, assinalou que a redonda havia entrado e validou o gol da virada vascaína. 2 a 1.

O destempero foi total. Jogadores do Sampario Corrêa trombaram com o árbitro e o bandeira. Na confusão, Edgar acabou expulso. A partir daí, as tentativas de pressionar a arbitragem com cavadas de falta dentro e fora da área foram inúmeras.

O time da casa tanto pressionou e o Vasco, recuado, aceitava as investidas. Não deu outra. Aos 49 minutos do segudno tempo, Jonas fez boa jogada na entrada da área, chutou forte, a bola desviou em Guiñazu e Martín Silva defendeu, mas deu rebote. Esperto, Willian Paulista completou para o gol e fez o Castelão explodir. Tudo igual e fim de jogo no Maranhão.
SÃO PAULO NÃO DESCARTA TENTAR A COMPRA DE ALEXANDRE PATO NO INÍCIO DE 2015FICHA TÉCNICA:

O bom momento de Alexandre Pato na temporada faz o São Paulo pensar no que fazer para manter o jogador no futuro. Emprestado pelo Corinthians até o fim de 2015, a diretoria tricolor pensa na possibilidade até de tentar contratá-lo no início da próxima temporada.

"A performance que ele está tendo nos impõe a pensar nisso", afirmou o gerente de futebol do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, na tarde desta terça-feira.

O que pode motivar a procura em janeiro é a queda no valor da multa que o São Paulo teria de pagar ao rival. Atualmente, o preço estipulado é de 15 milhões de euros, que será reduzido a partir de janeiro para 10 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões).

Apesar de pensar sobre o assunto, o dirigente explicou que não há qualquer negociação em curso no momento para prorrogar o vínculo. Pato chegou ao São Paulo envolvido na troca por Jadson e, depois de um início instável, conseguiu se firmar no clube, ganhando elogios.

Gustavo Vieira de Oliveira esclareceu que este é o momento em que a diretoria começa a planejar a próxima temporada. Enquanto avalia a possibilidade de antecipar a compra de Pato, o clube já sabe que dificilmente conseguirá segurar outra estrela do elenco, Kaká. Emprestado pelo Orlando City até dezembro, o meia deve mesmo ter de se apresentar nos Estados Unidos em 2015.

"É muito difícil (a renovação), porque o Kaká tem vínculo com o Orlando", ponderou.

O clube norte-americano fez o acerto depois que o atleta deixou o Milan e o cedeu para o São Paulo apenas por este semestre.

DIRETORIA SOME, E NATHAN, 19 ANOS, DÁ 1ª COLETIVA PÓS-VEXAME: 'FALO EM NOME DO PALMEIRAS'

Nervosismo, mas um zagueiro de 19 anos fez na tarde/noite de ontem, o que o presidente Paulo Nobre e nenhum outro membro da diretoria se dispôs: dar entrevista. No primeiro treino aberto a jornalistas após a goleada por 6 a 0 para o Goiás, Nathan encarou cerca de 60 profissionais da imprensa na Academia de Futebol e driblou seu próprio desconforto para falar em nome do clube que ocupa a lanterna do Brasileiro na temporada do centenário.

"Agora estamos todos unidos. Não tem essa de eu, Lúcio, dirigente. Estou aqui para falar de mim e pelo Palmeiras, falar que estamos unidos. Não importa se tenho 19 anos e se ninguém do grupo veio, vim em nome do Palmeiras e do grupo. Suporto a pressão como eles também estão suportando", disse o jogador que, há menos de um mês, nem treinava entre os profissionais.

"Estou vivendo um momento de muita pressão. Tenho 19 anos e já passo por isso. Não é para qualquer um. Mas, se estou aqui com 19 anos e suportando, batendo a cara, qualquer um lá dentro precisa ter essa capacidade. Todos me apoiaram, falaram que vai dar certo", continuou discursando.

Durante cerca de 20 minutos de entrevista, Nathan só sorriu ao tentar controlar a tensão. Admitiu que não se sentia confortável e que ficou surpreso ao ser escolhido para atender a imprensa. "Eu não esperava. Estou até meio nervoso. Mas, se me passaram a responsabilidade de estar aqui, é porque tenho capacidade", afirmou.

Capacidade que Nobre, o diretor executivo José Carlos Brunoro, o gerente de futebol Omar Feitosa e nenhum vice-presidente tiveram. A diretoria resolveu se calar em meio à crise. Apenas Brunoro falou, ainda em Goiânia, logo após a humilhante derrota, e assumiu a culpa sem dar detalhes nem prometer nada. E não há nenhum pronunciamento de qualquer dirigente previsto para os próximos dias - todos só falam com a autorização da assessoria de imprensa particular do presidente.

Já Nathan falou mesmo sendo reserva no Serra Dourada. Nesta terça-feira, encarou uma entrevista inesperada. "Jogar é mais fácil, jogo desde os sete anos. Agora câmera, imprensa, foto, é tudo novo. Eu nunca tinha dado entrevista. Há duas semanas, dei a primeira. É tudo muito novo. Mas, daqui para frente, tudo vai virar rotina. Se Deus quiser."

É o discurso do corajoso jogador que só tem duas partidas como profissional na carreira. "É tudo novo para mim. Mesmo não sendo o melhor momento, uma hora eu teria que dar entrevista. Também falaram muito que não era o momento estrear contra o Fluminense, no Maracanã, e mostrei para todos. Assim como confiaram em mim e me deram a responsabilidade de estar aqui porque tenho capacidade", insistiu.
 

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