A
campanha eleitoral deste ano apresentou um custo total de R$ 5,1 bilhões,
segundo levantamento feito nas despesas declaradas ao Tribunal Superior
Eleitoral. Em 2014, este foi o total gasto da campanha de todos os candidatos a
deputado, senador, governador e presidente. Se comparado com o financiamento
eleitoral total calculado pela ONG Transparência Brasil desde 2002, trata-se do
maior valor da série já corrigido pela inflação. Naquele ano, foram gastos R$
792 milhões.
Com os R$ 5,1 bilhões
gastos nas campanhas é possível, por exemplo, construir uma nova linha de
metrô, levantar mais de 20 novos hospitais e pagar quatro meses de Bolsa
Família para todos os brasileiros que recebem o benefício.
Apesar de a eleição
deste ano ser a mais caras da história da democracia brasileira, a
desaceleração da economia brasileira, no entanto, parece também ter atingido o
cofre das campanhas. O custo total da eleição de 2014 foi só 11% maior do que
em 2012 - é o menor aumento registrado nessa série histórica até agora.
Como a maior parte
das doações vem de empresas, a tendência é de que o valor caia ainda mais na
próxima eleição, caso o Supremo Tribunal Federal conclua o julgamento de uma
ação que pede a proibição das contribuições de pessoas jurídicas. Já há votos
suficientes para vedar esse tipo de doação, mas o ministro Gilmar Mendes pediu
vista do processo e não há prazo para que ele seja devolvido para que o
plenário conclua a votação.
Campeões. Os dois
partidos que declararam maiores gastos nessa campanha foram PT e PSDB, como já
era esperado. Os dois disputaram o 2.º turno presidencial e estão entre as
siglas que mais elegeram deputados federais no País. Ambos registraram gastos,
sozinhos, que superaram a marca de R$ 1 bilhão - R$ 1,121 bilhão pelo PT e R$
1,038 bilhão pelo PSDB.
É quase o que custou
toda a eleição de dez anos atrás, para se ter uma ideia do crescimento dos
gastos de campanha.
Todos os 28 partidos
que conseguiram eleger ao menos um deputado federal gastaram mais de R$ 10
milhões. O partido que gastou menos foi o PSOL, que declarou despesas de R$ 12
milhões.
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