É inegável que existe a celeuma sobre a polêmica reforma do
Ginásio Costa Rodrigues, ainda em 2008, no Governo Jackson Lago, quando
Weverton Rocha, hoje deputado federal, era o secretário de Esporte e Lazer do
Maranhão.
O Blog
não vai entrar no mérito do caso, isso ficará a cargo agora do STF (Supremo
Tribunal Federal), mas é impossível não fazer um questionamento sobre a
coincidência dessa decisão com a postura adotada por Weverton Rocha no fim do
ano passado.
Em
dezembro do ano passado, Weverton Rocha, como Líder do PDT na Câmara Federal,
apresentou uma emenda ao Projeto de Lei Anticorrupção que alcançava o
Judiciário. A emenda, que causou reação, prevê a responsabilização de juízes e
membros do Ministério Público por crimes de abuso de autoridade.
“Essa é
a hora de passar o Brasil a limpo! A Câmara aprovou ontem medidas de combate à
corrupção, entre elas uma emenda, apresentada pelo meu partido, o PDT, que
regulamenta a punição ao abuso de autoridade por parte de membros do Ministério
Público e do Judiciário. Essa emenda protege principalmente o cidadão comum.
Como não lembrar de juízes que ajudaram quadrilhas de traficantes e bandidos? E
da adolescente presa com homens para ser torturada e estuprada? São casos de
abuso de autoridade, que hoje recebem como punição uma aposentadoria
compulsória, com altos salários pagos pelo povo. Isso não é justo”, destacou à
época Weverton Rocha.
A
realidade é que a atitude de Weverton foi corajosa, pois muitos políticos já
haviam anteriormente expressado esse mesmo sentimento, mas não ousaram levar em
frente tal proposta. A verdade é que a maioria pensa igual ao pedetista, tanto
que a emenda foi aprovada por 313 votos contra 132 e 5 abstenções.
Só que
a tal emenda poderia ter consequência, além da reação natural de
descontentamento do Judiciário.
Resta
saber se a decisão tomada agora, quase dez anos depois do fato ocorrido em
2008, de tornar o deputado Weverton Rocha réu no Supremo Tribunal Federal por
crime de violações à lei de licitações e por peculato (desvio de dinheiro
público feito por agente público) é apenas uma coincidência ou uma retaliação
pela postura adotada pelo pedetista?
Indiscutivelmente
um questionamento pertinente. Através de Nota, Weverton se disse tranquilo e
que acredita na Justiça. Veja abaixo.
“Estou
muito tranquilo com o resultado dessa Ação Penal, que teve início por decisão
da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Sei da correção da minha conduta
quando fui secretário de Esportes do Estado do Maranhão e tenho fartas provas
de que não houve ganho ou favorecimento meu, ou de outra pessoa, com a
licitação, não houve superfaturamento ou prejuízo aos cofres públicos. A
licitação em questão foi dispensada com base em decreto de emergência do então
governador Jackson Lago, dentro do prazo estipulado, e fundamentada pelo
parecer da Assessoria Jurídica da Secretaria de Esportes. Assim sendo, acredito
na Justiça e sei que no final ficará provado que nada houve de errado”.
Agora é
aguardar e conferir.
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