Por mais um ano, o Partido dos Trabalhadores (PT)
no Maranhão protagoniza a novela que deixa em cheque a credibilidade da legenda
e, principalmente, dos filiados. No Processo Eleitoral Direto (PED) há
suspeitas de que petistas estão enrolando os próprios petistas.
Como de costume, a eleição interna da legenda é
quase um jogo de “Brasil e Argentina”. Cheio de manhas e “catimbas” para tentar
ganhar numa oportunidade ou com o tempo. Não há um jogo limpo e corrido.
Os petistas do Maranhão mais uma vez repetem as
cenas que ocorrem a cada dois anos quando os filiados se reúnem para escolher a
direção do PT.
Este ano, em menos de dois dias após o PED –
ocorrido no domingo, 8 – já houve recursos, confusões na sede da legenda,
paralisação na apuração dos votos e perda do prazo para totalização e resultado
da eleição em São Luís.
Resultado: somente a direção nacional para fazer
com que o processo avance no estado.
As cenas do PED no Maranhão representa exatamente o
que o PT é no estado: nada. Um partido, cujo atrativo nada mais é do que o
tempo de televisão e rádio que tem. Não há força política para buscar espaços.
Dos dirigentes – pelo menos a maioria – trabalham
desde sempre para questões pessoais e não de partido. Cargos de segundo escalão
ou uma simples assessoria especial. Assim trabalham os petistas.
Com uma eleição burocrática e pouco transparente, o
partido repete um cenário em eleições anteriores.
Enquanto outras siglas já apresentam nomes para a
disputa de 2020, o PT trava uma luta interna que deixa o partido cada dia mais
fraco e sem expressão política alguma no estado.
Atrapalhando – No PED 2019, o imbróglio mais uma vez tem
como protagonista o grupo do deputado estadual Zé Inácio, que apoia Kleber
Gomes para presidente municipal e Augusto Lobato para a estadual.
O parlamentar – cujo assessor, Fernando Silva é
quem presidente a comissão eleitoral – determina a suspensão da apuração a todo
momento deixando o processo conturbado.
Ele já foi até “chamado” pela presidente nacional
da legenda, Gleisi Hoffmann, para deixar o processo correr. Mas desobediente e
com aval da direção estadual, Zé Inácio vai atrapalhando o PED e comprometendo
a imagem já abalada do PT.
Estado Maior
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