sexta-feira, 1 de novembro de 2024

ELIZIANE GAMA LANÇA CANDIDATURA


Apesar de ainda não ter oficialmente o apoio do seu partido, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), na tarde de ontem,  quinta-feira (31), lançou sua pré-candidatura a Presidência do Senado.

A maranhense informou oficialmente ao PSD seu desejo de disputar a eleição e espera que na próxima terça-feira (05), quando a bancada do partido se reunirá, ter o apoio da legenda. O PSD quer manter o comando do Senado, já que o atual presidente é Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Na avaliação de aliados da senadora, ela teria 34 votos na largada, considerando a fidelidade de todos os integrantes do bloco parlamentar formado por PSD, MDB e PT. Além disso, Eliziane espera contar com o apoio da Bancada Feminina, para que, pela primeira vez, o Senado seja comandado por uma mulher.

A maranhense disse que informou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sua decisão.

“O presidente Lula recebeu muito bem a notícia e disse que deseja sucesso na minha caminhada. Mas é claro que não se envolverá na disputa“, destacou.

Eliziane acabou ganhando maior notoriedade ao ser a relatora da CPI os atos criminosos do 08 de janeiro.

O principal adversário de Eliziane deverá ser o ex-presidente do próprio Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que já reúne o apoio oficial do seu partido, além de PL, PP, PSB e PDT.

A disputa será em fevereiro de 2025.

ALTA ABSTENCAO- UM RECADO DOS BRASILEIROS

 


Boa parte dos analistas só tiveram a preocupação de querer entender o recado das urnas sobre o eleitor preferir políticos e partidos da direita ou esquerda, mas parecem ter esquecido o principal recado emitido pelos eleitores brasileiros.

A cada eleição tem aumentado a abstenção, ou seja, os eleitores têm demonstrado pouco interesse ou interesse zero nas disputas eleitorais, muitos decepcionados e desacreditados nas ações que venham da classe política.

Para se ter uma ideia, nas duas maiores cidades do Maranhão, São Luís e Imperatriz, a abstenção foi maior que a quantidade de votos dos segundos colocados. Em algumas cidades pelo Brasil, como Canoas, no Rio Grande do Sul, a abstenção foi maior inclusive no vencedor da eleição.

A alta abstenção não passou despercebida, pelo menos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presidente do TSE, ministra Cármen promete fazer uma pesquisa para entender os motivos que levaram à alta abstenção de eleitores nas eleições municipais deste ano.

De acordo com os dados finais da votação, o segundo turno teve uma abstenção de 29,26%, praticamente um em cada três eleitores deixou de votar. No primeiro turno, o não comparecimento às urnas foi de 21,68%.

Podemos concluir que o desinteresse de boa parte do eleitor é latente e aumenta no segundo turno.

É preciso urgentemente se debater, no mínimo, dois aspectos das eleições no Brasil: a obrigatoriedade do voto e a necessidade de realização do segundo turno.

O problema é saber se os políticos estão realmente dispostos a mudar essa realidade, afinal alguns acabam se beneficiando do atual sistema político eleitoral brasileiro.