CORITIBA ARRANCA EMPATE E
FREIA REAÇÃO DO FLUMINENSE NO MARACANÃ
Bom para ninguém. Em casa, o Fluminense recebeu o
Coritiba no Maracanã para confirmar a boa fase no campeonato e sacramentar a
terceira vitória seguida. Não conseguiu. Recuado, o Coritiba saiu na frente,
mas cedeu o empate. Apesar da pressão do Fluminense, os paranenses arrancaram
um pontinho com o empate em 1 a 1. Com o resultado, o Coritiba está na sexta
posição do Brasileiro, com 31 pontos. Já o Fluminense, com 30 pontos e invicto
há seis rodadas, é o oitavo.
Em busca da terceira vitória seguida, Vanderlei
Luxemburgo escalou um time com mais velocidade no ataque. Ainda sem Fred,
lesionado e sem previsão de retorno, Rafael Sobis e Rhayner formaram o ataque.
Na zaga, Anderson ganhou a vaga de titular ao lado de Gum.
Sem vencer há três rodadas, com dois empates em
casa, o Coritiba foi encarar o Fluminense no Maracanã sem sua principal
estrela: o camisa 10 Alex foi poupado pelo técnico Marquinhos Santos para não
sofrer com o desgaste. Em sua vaga, o argentino Bottinelli, ex-Flamengo e autor
de dois gols sobre o Flu em 2011, ainda pelo rubro-negro, foi o escolhido.
Eliminados da Copa do Brasil, Fluminense e Coritiba
terão uma semana livre de jogos. No próximo fim de semana, os times voltam a campo
pelo Brasileiro. O Flu vai até Goiânia enfrentar o Goiás. Já o Coritiba visita
o Náutico, em Pernambuco.
O jogo
Com o meio de campo um tanto congestionado pelos
dois lados, o duelo no Maracanã teve início de forma bem truncada. Erros de
passes, jogadas lentas. Pouca alegria para quem estava na arquibancada. Aos
sete minutos, Bottinelli recebeu bola na área tricolor e, no momento do
arremate, foi travado por Rhayner. A chance do Coritiba serviu para motivar
mais os jogadores.
E o jogo se tornou um pouco mais movimentado. Um
minuto depois, Bruno invadiu pelo meio e arriscou o chute. A bola passou longe
de Vanderlei, mas fez a torcida ficar apreensiva no Maracanã. O Fluminense
tinha a maior posse de bola, mas, diante de um Coritiba retraído, à espreita
para um contra-ataque, teve dificuldades em criar as jogadas.
Rafinha e Wagner não conseguiam produzir jogadas
efetivas. Aos 16 minutos, susto para os tricolores. Vitor Júnior cobrou falta
na entrada da área e carimbou o travessão esquerdo superior de Cavalieri. Ainda
assim, o jogo estava truncado, com maior marcação. Mas, ironicamente, dois
momentos de descuido do tricolor fizeram a diferença para o Coritiba.
Aos 30 minutos, Escudero avançou livre pelo lado
esquerdo. Sem combate, ele cruzou na área com capricho. Sozinho, sem incômodo
algum, Lincoln cabeceou no canto esquerdo de Cavalieri, sem chances para o
goleiro. A zaga tricolor, atônita, parecia naõ acreditar. Coritiba 1 a 0.
O gol deixou o jogo mais ao feitio dos paranaenses,
que cederam espaços para buscar o contra-ataque. Aos 41 minutos, o time tocou a
bola com desenvoltura e Robinho, na entrada da área, percebeu Cavalieri
adiantado e tentou o chute. Mas o goleiro tricolor, esperto, conseguiu voltar a
tempo e fazer a defesa antes do fim do primeiro tempo.
Na segunda etapa, com a desvantagem no placar,
Vanderlei Luxemburgo decidiu ser mais ousado. Sacou um volante, Diguinho, para
a entrada de um atacante, Biro Biro. Na lateral, foi obrigado a tirar
Carlinhos, cansado, para a entrada do jovem Ronan. E o Fluminense,
curiosamente, rejuvenesceu.
Mais presente no campo adversário e com mais
velocidade, o time partiu para cima nos minutos iniciais, em busca do empate. E
ele não tardou. Aos cinco minutos, Biro Biro levantou bola na área e Gum, em
posição legal, dominou com categoria no peito e bateu no contrapé de Vanderlei.
1 a 1.
O empate animou a torcida e o time tricolores. Em
cima, o Fluminense passou a rondar mais a área adversário e por pouco não
marcou aos 13 minutos, em uma bomba de Wagner de fora da área, que explodiu no
travessão de Vanderlei. A pressão tricolor continuou aos 16 minutos, quando
Bruno avançou pelo lado direito e bateu forte, mas a bola explodiu na parte de
fora da rede de Diego Cavalieri.
Diante de um Coritiba que insistia em ficar
recuado, Vanderlei Luxemburgo fez sua última alteração. Sacou o veloz Rhayner
para a entrada do centravante Samuel. Os lançamentos para a grande área, em
busca da uma jogada aérea, passaram a ser mais insistentes.
Aos 29 minutos, porém, o garoto Biro Biro colocou a
bola no chão, avançou pelo lado esquerdo, deu um corte seco no defensor e rolou
para Rafael Sobis na pequena área. Na hora do arremate, Escudero travou a
jogada e salvou o que poderia ser o gol da virada.
No fim da partida, o abafa tricolor ficou ainda
mais claro. De tanto fazer cera, valorizando o empate, o goleiro Vanderlei
acabou levando cartão amarelo. De tanto aguardar a chance, o Coritiba a teve
aos 45 minutos. Em bola roubada no meio de campo, Gil recebeu na entrada da grande
área e chutou na trave esquerda de Cavalieri. No rebote, Robinho, de frente
para o gol aberto, isolou a bola. E o jogo terminou igual no Maracanã
GRÊMIO FREIA A ASCENSÃO DO VITÓRIA, MAS CHEGA A TERCEIRO JOGO SEM VENCER
NO BRASILEIRO
O Grêmio empatou fora de casa com o Vitória em 0 a
0 neste sábado, no Barradão, em confronto válido pela 23ª rodada do Campeonato
Brasileiro. Com o resultado, o time gaúcho chegou aos 39 pontos e manteve-se na
terceira colocação da competição. Já a equipe baiana foi a 31 e continua na
sexta posição.
Apesar de manter-se na terceira colocação, o Grêmio
vive momento irregular no Brasileiro: após alcançar cinco vitórias seguidas na
17ª rodada, o time gaúcho alcançou seu terceiro jogo sem triunfo e pode perder
o posto para o Atlético-PR, que tem 38 pontos e enfrenta a Ponte Preta em casa
neste domingo.
Fora isso, o time gaúcho pode ver o sonho de voltar
a conquistar o título nacional ainda mais longe: caso o líder Cruzeiro vença o
Corinthians neste domingo, o clube mineiro vai a 52 pontos e abriria uma distância
de 13 pontos para o clube tricolor, o que praticamente tiraria as chances de
título dos gaúchos.
Por outro lado, o empate interrompeu uma sequência
dois resultados positivos seguidos do Vitória, que virou o turno próximo à zona
de rebaixamento, mas vem em franca recuperação na competição. A sete pontos do
quarto colocado Atlético-PR, porém, o sonho de uma vaga na Libertadores ainda
parece distante.
Na próxima rodada, o Grêmio visita o São Paulo -
antes disso, o time gaúcho enfrenta outro clube paulista, o Corinthians, pelas
quartas de final da Copa do Brasil -, enquanto o Vitória enfrenta o próprio
Atlético-PR.
O jogo
O técnico Renato Gaúcho decidiu apostar no 3-5-2
com três zagueiros e três volantes, esquema com o qual o Grêmio foi vitorioso
fora de casa neste Brasileirão. Para tanto, colocou o zagueiro Saimon (mesmo
sem ritmo de jogo) no lugar de Gabriel e deixou Elano, Zé Roberto e Vargas no
banco de reservas. Já Ney Franco recuou o volante Luiz Alberto para a zaga e
montou o Vitória num 3-6-1.
O jogo começou aberto no Barradão. A primeira
chegada de perigo foi gremista: aos quatro minutos, Kleber recebeu cruzamento
na área e cabeceou ao lado do poste de Wilson. O Vitória respondeu aos dez, em
rápido contragolpe. Marquinhos ingressou na área pela direita e chutou na zaga.
Aos 14, Kleber recebeu de Pará e cruzou para Riveros, que desviou para o gol,
mas Ayrton salvou e mandou para escanteio. Na jogada seguinte, Kadu afastou
errado, mas Barcos furou a bola dentro da pequena área.
O jogo caiu de ritmo, mas a toada seguia a mesma: o
time baiano tinha mais controle da bola, mas os gaúchos eram mais perigosos.
Aos 30, Riveros recebeu bom passe na área como elemento-surpresa e chutou para
grande defesa de Wilson. Cinco minutos depois, Victor Ramos teve boa chance em
cabeçada, levando perigo.
Aos 36, Barcos serviu Kleber, que cruzou para Alex
Telles mandar para a rede, mas o gol foi anulado. A arbitragem marcou
impedimento inexistente do Gladiador no começo da jogada. No finzinho, após
cobrança de falta, Barcos ajeitou para a chegada de Riveros, mas o cabeceio foi
para fora.
O Vitória começou mais aceso o segundo tempo. Aos
dois minutos, após erro da zaga gremista na saída de bola, Marquinhos recebeu
na área e chutou fraco, nas mãos de Dida. Ainda assim, foi o Grêmio que
controlou os minutos iniciais. Buscando dar mais ofensividade à equipe, Ney
Franco desmanchou o 3-6-1 do Vitória e pôs Arthur Maia no lugar de Elizeu,
abrindo o time. Renato Gaúcho então tirou Saimon, lesionado, e investiu em
Elano.
Com as mexidas, o time da casa cresceu. Aos 18, em
um raro erro da defesa do Grêmio, Pará afastou mal e Marquinhos chutou para
defesa difícil de Dida, sua primeira em todo o jogo. A seguir, Renato Cajá
apanhou sobra após escanteio e chutou nas mãos de Dida. Foi seu último lance:
vaiado, o meia deu lugar a Alemão. Minutos depois de entrar em campo, o
atacante teve grande chance, aos 30, mas o chute explodiu na defesa.
O jogo, então, caiu muito
de ritmo. Aos 35, Kleber quase marcou o primeiro do Grêmio, mas Victor Ramos chegou
antes e salvou. Aos 41, Alemão levou perigo em chute de longe tentando encobrir
Dida. Nos descontos, Kleber recebeu lançamento sozinho na área do Vitória, mas
dominou mal e perdeu a grande chance de dar a vitória ao Tricolor