domingo, 18 de maio de 2014

SOPA E POESIA




Recital “Sopa e Poesia”
Por Iraide Martins

Mesmo com todo o toró que inundou a cidade na última quinta-feira, foi realizada mais uma edição do recital  “Sopa & Poesia”, no Restaurante Colher de Pau.
Durante a performance literária, o poeta José Chagas foi homenageado pela poetisa Iraide Martins – ocupante da cadeira 04 da Academia Bacabalense de Letras(ABL) – que inseriu em seu cardápio poético obras do recém falecido escritor  como “O apito do passado”. E ainda: “Só de sacanagem” de Elisa Lucinda e “Qual é a tua cor?” de Lúcide Lago. De sua própria autoria, Iraide recitou “Apelo”, “Mearim”, “A bosta do beco” e “Se não tem rumo, tem rima”.
Da ABL, também se apresentaram com textos autorais “Cristina Baima”, Costa Filho e Zezinho Casanova. Completaram o sarau Irismar Facundes com “Voo do Carcará” de Iraide Martins; o maestro Victor Emanoel (Victor Paraíba) declamou Augusto dos Anjos e Cristina Miranda finalizou reprisando o poema “Apelo”. Na próxima quinta-feira, 22, o sarau será in memoriam do poeta Raimundo Sérgio, cuja performance será organizada pelo seu filho Salomão Duarte.
O projeto “Sopa & Poesia” - concepção de Iraide Martins - realizado em parceira com a Academia Bacabalense de Letras e o Restaurante Colher de Pau, propõe-se a promover as quintas-feiras, o encontro das pessoas que apreciam a arte da palavra, e de cortesia saborear uma sopa quentinha, temperada pela Janete Valéria, sob as bênçãos de Calíope, Erato e Melpômene. É ver, ouvir e conferir.



APELO

RASGA
            o véu das minhas emoções camufladas.
ENCONTRA,
             o inteiro contido nas minhas meias palavras.
AFOGA,
             os Atlânticos e Pacíficos
             que engoli - nem sempre chorei,
             quando não cabia sorrir.
ALINHA,
             as arestas que esculpi
             foram feitas com os sonhos
             que não sonhei
             alguns até esqueci.
SUBVERTE,
              essa minha paz figurada,
              toda essa inércia fabricada.
              Quem sabe assim, nas entrelinhas do que deixei de falar
              consigas traduzir
              num rasgo de poesia
              todo o lirismo
              e o berro retido
              que a minha garganta insiste em fazer calar.


Iraide Martins

COLUNA DA DONA JUJU





Nildete Lefo Nema Vão  – Aloprável  doja Juju, sou aluna do professor Arquimedes e na terça-feira, dia 13 de maio, liguei durante todo o dia e ele não me atendeu. A senhora que sabe tudo, poderia dizer onde ele estava?


Resposta – Olha Nildete, como você mesmo diz, que eu sei tudo, também passei a terça-feira toda ligando pra ele e ele também não me atendeu. Segundo algumas fontes, ele matou a aula da terça pra comemorar o aniversário de uma grande amiga sua que eu ainda não sei quem é.
***
Eudes Tuda Muito – Nobre dona Juju Mungosa, a senhora que é o fino das respostas, gostaria que me ajudasse no meu ENEM. Estudo no cursinho do professor/doutor Bento Vieira e vendo na internet essa frase no folder da Patricia Vieira, que está rodando o mundo, li um monte de comentários. Como vou fazer prova, a senhora poderia me dizer como esta frase estaria certa?



Resposta – Meu estudante Eudes, esse “AGENTE” escrito no folder, é de policia, de limpeza, comunitário e tantos outros agentes. Na linguagem falada, que muitos usam como licença e  empregam  na escrita, seria “A GENTE”, mas, ficaria mais bonitinho se a Patricia escrevesse “JUNTOS, FAZEMOS A MUDANÇA"
***
Maria da Rosa Mística – Dona Juju ou sei lá quem escreve essa coluna. Sou fã da Patricia Vieira, votei no Zé Vieira em todas as eleições e se a Patricia Vieira for realmente candidata, votarei nela, pois alem de acreditar, tenho um grande apreço pelos Vieiras. Minha pergunta é a seguinte.Essa avalanche de comentários sobre possíveis erros de português nas mensagens,  pode influenciar na sua campanha?

Resposta -  Em primeiro Lugar, quem escreve essa coluna sou eu, a famosa Juju Mungosa, e esse termo “possíveis erros de português” não cabe na sua pergunta, logo os erros são visíveis. Quanto a esses erros, é claro que atrapalha, logo, uma estudante de medicina, midiática e promissora política como a Patricia, não pode deixar que esses erros, se associem a sua imagem.

NOTA DA DONA JUJU

Essa coluna, é justamente para explorar o lado cômico das histórias e das estórias, por isso campeã de acessos. Até agora, 07:35h, desse domingo, recebi exatamente 89(oitenta e nove e-mails comentando sobre esse “AGENTE”.  A grande maioria das pessoas, dão apoio a pre-candidatura da Patricia e a defendem dizendo que não foi ela quem escreveu e isso prova que sua campanha vai muito bem e que esses entreveros, com uma boa assessoria, podem ser evitados.

Hoje, São Pedro deu uma trégua e agora mesmo, vou pegar minha Ferrari cor de rosa e vou participar da festa de comemoração dos aniversários de Kim e Waltinho Carioca. Fui!!!

Dona Juju em sua Ferrari cor de rosa





FOTOS ENVIADAS POR HIDALGUINHO


Em pé, esquerda p/ direita: Elisamar, Mª Alice, não ind., Zezé do Sarney, Raimunda Loiola in memorian , Auxiliadora, Nizeth Brito in memorian, Sra. Veloso, Zaira Maranhão, não indentificada, Sra. Risomar Silveira.
Sentadas, esquerda p/ direita: D. Tunica in memorian, Ana Leide, Alixandrina, Sra. Gusmão BB, Doralice Veloso, Sra.  Louza Braga in memorian, Não indentificada, Iranize Lemos.

1ª fila esquerda p/ direita :   Sr. Manoel Epifânio in memorian, Não indentificado , Dowglas, Não ind. , Izídio in memorian, Clemensor, Cícero Corrêa, Zanoni Porto in memorian, Vicente in memorian, Miguel, Pelado, Gusmão BB, Raimundão in memorian, Nataniel, Tayron, Samuel Silveira, Sr. Veloso.
2ª fila esquerda p/ direita :  Não indentificada, Auxiliadora, Zaira Maranhão, Mª Alice, Raimunda Loiola in memorian, Nizeth Brito in memorian, Sra. Louza Braga in memorian,  Sra. Gusmão BB., Doralice Veloso, D. Tunica in memorian, Isamar, Zezé do Sarney, D. Alixandrina, D. Risomar Silveira, Não indentificada.
Sentados :  Amélia, Divane, Rosinha, Linda, Iranize Lemos.

SOMOS TODOS IMBECIS?!





O século é o XXI, mas a mentalidade geral parece que retrocedeu ao paleolítico. Senão, como justificar o comportamento animal dos “homens das cavernas” do nosso tempo?!
Protestar contra a realização da Copa do Mundo no Brasil virou pano de fundo para o extravasamento do instinto selvagem de um numerosíssimo bando de loucos, débeis mentais – com todo o respeito aos que sofrem de alguma debilidade mental, condição que produziria a inimputabilidade penal, de acordo com o nosso ordenamento jurídico – em pleno gozo de suas faculdades físicas e psíquicas.
Ora, as bestas que estão indo às ruas depredar o patrimônio público, roubar, furtar e agredir não saíram de hospícios ou de clínicas de reabilitação. São nossos vizinhos, talvez colegas de trabalho, transeuntes quaisquer, sem nenhum traço aparente de anormalidade mental. São, portanto, responsáveis pelos seus atos, conscientes dos delitos que estão praticando.
Não há clamor popular, não há Copa, Carnaval, corrupção, insatisfação – seja esta motivada pelo que for – que justifique o que vem acontecendo no Brasil. Por qualquer motivo, ônibus são queimados, o direito de ir e vir é obstaculizado, o comércio é saqueado, pessoas agredidas, rodovias interditadas, enfim, a vida para, e para violentamente, porque uma meia dúzia ou dúzias de pessoas resolvem protestar contra o que lhes der na telha.
A imprensa fica “cheia de dedos” para tratar do assunto. Geralmente, as notícias vêm com a seguinte ressalva: “… a manifestação começou de forma pacífica, até que um pequeno grupo de vândalos resolveu depredar… etc., etc., etc.”.
Pequeno grupo??? E, desde quando um pequeno grupo pode se sobrepor à maioria e impor, de forma violenta, a sua vontade? O constitucional direito ao protesto não justificaria isso. E, se não justifica, não respalda. No caso, inexiste esse direito. Em não existindo, gera, obviamente, o dever do Estado de combater todas as formas de protesto que atinjam, mesmo que minimamente, a paz social e o bem-estar coletivo.
O pior de tudo, é que não há violência apenas nos protestos. Não há só primitivismo no bestial linchamento de um inocente. Nas mais banais atitudes do dia a dia, nós, autodenominados cidadãos,  tomamo-nos de uma fúria que, na comparação, nos iguala aos loucos e aos violentos que gostaríamos de ter, e ver, à distância.
Meu filho, de apenas 11 anos, ao assistir ao noticiário da TV em que um homem – por coincidência, deficiente mental – é brutal e gratuitamente assassinado, sentenciou: “Pai, no Brasil tem que ter pena de morte. Um cara que faz isso tem de morrer”.
Atordoado, pus-me a pensar: estamos agindo como primatas, hominídeos. Selvagens. Matamo-nos uns aos outros, ainda que, em muitos casos, não usemos da violência física, seja nas ruas, em casa ou no trabalho.

Somos todos imbecis?!

A PÓS-MISÉRIA



Por Arnaldo Jabor

Ontem vi na CNN uma reportagem sobre o Brasil, a propósito do crack na periferia do Rio. Nunca vi barra tão pesada da miséria brasileira, com corpos semimortos, sujeira e desespero mudo. A repórter americana estava à beira de um colapso nervoso com a degradação do País, alertando estrangeiros civilizados sobre o perigo de vir à Copa. Já andei por fundos sertões e não sou criança, mas parecia que estávamos na Nigéria, na área do Boko Haram, um daqueles lugares mortos que não fazem parte nem do mundo pobre. Ficou-me claro que aqui já vivemos uma "pós-miséria" incurável, africanizada. A miséria se aprofundou. Chocado, me sentei para escrever este artigo. Comecei a fazer reflexões 'sensatas' sobre o que fazer, na base do "precisamos" disso, "precisamos" fazer aquilo, precisamos tomar providências, etc. "Precisamos." De repente, me bateu: para quem estou falando? A quem me queixo? A quem recorrer? Minhas perguntas caem no nada. Como fazer as instituições refletirem e agirem, se a pós-miséria atinge não somente os miseráveis, mas degrada as maneiras de combatê-la? A miséria das ruas e dos desvalidos, do crack , do abandono, deriva-se da impotência das instituições e vice-versa.

São duas misérias interagindo, acopladas: a ativa (política) e a passiva (os desgraçados). Criadores e criaturas.

As manifestações de junho, milagrosas e belas, ficarão sem respostas, porque não há o que responder e como responder. Quem? Uma presidenta (sic) enjaulada no "presidencialismo de cooptação", que depende dos congressistas picaretas? Quem? O Judiciário aleijado, com leis de 100 anos atrás?

Por isso, escrevo este artigo pessimista, sim; quem achar deprimente, pare de ler. Mas tenho de continuar; não sei bem para que nem para quem. Mas, escrevo...

A brutalidade está atingindo o País de forma inédita. O subsolo das manifestações de classe média é a violência primitiva dos "lúmpens" (miseráveis inúteis) que está aparecendo. No mesmo registro das donas de casa que protestam contra a carestia ou de jovens contra a Copa, matam-se pessoas por nada, linchamentos, privadas voadoras, cadáveres cortados a peixeiras e costurados ao sol com pinos de guarda-chuva, mortos nas Pedrinhas, pais que matam filhos, crianças se degolando, etc.

Não adianta ficar repisando os óbvios erros desse governo, que deixarão sobras terríveis para quem vier - seja Dilma, Lula (será que ele quer?) ou a oposição. A democracia subestimada pelo PT levou a um voluntarismo medíocre que "faria" a remodelação da realidade de modo a fazê-la caber em premissas ideológicas. Seus erros são tão sólidos que chego a pensar que visam a apodrecer as instituições "burguesas" por dentro, numa espécie de "gramscianismo pela corrupção". Isso já está diagnosticado, mas os renitentes intelectuais orgânicos dirão: "O PT desmoralizado ainda é um mal menor que o inimigo principal: os neoliberais". E assim vamos.

Estamos entrando numa pós-violência e numa pós-miséria - eis a minha tese. Há uma africanização de nossa desgraça, a ponto de ela não ser mais reversível. E não era assim. O Brasil sempre contou com a possibilidade de melhorias. Sempre vivemos o suspense e a esperança de que algo ia mudar para melhor.

Isso parece ter acabado. É possível que tenhamos caído de um "terceiro mundo" para um "quarto mundo", como já nos consideram analistas do exterior. O quarto mundo é a paralisação das possibilidades. Quem vai salvar as 300 meninas sequestradas na Nigéria, quem vai resolver o Sudão, a Líbia? E aqui? Quem vai resolver o drama brasileiro que está entrando no mesmo clube? As informações criam apenas perplexidade e medo, mas, como agir? Não há uma ideologia que dê conta do recado. E, na falta de soluções, recorrem a velhos métodos políticos já testados que falharam. No caso brasileiro, se Dilma for reeleita, o falhado "bolivarianismo" tende a aumentar.

No Brasil, vivemos com a insolubilidade e, diante dela, só temos duas hipóteses: ou a convivência com o absurdo e o desespero, tarefa dificílima até para filósofos ou, então, surgirá um autoritarismo populista carismático, quase "religioso", para manter a vida social funcionando, com os privilegiados trancados em casa ou em Miami, com a patuleia bem controlada. Resolver os problemas do País de desigualdade, ignorância, fome, é tão difícil como democratizar o Boko Haram. Não temos meios, como disse Baudrillard - "temos apenas os frágeis instrumentos dos direitos humanos".

É uma espécie de colheita; com o crescimento da população, das informações, dos desejos, todos os problemas plantados há séculos estão irrompendo ao mesmo tempo. Já tivemos uma miséria dócil, controlada, e nada se fez porque ela não ameaçava. Já usufruímos de vários séculos da estupidez popular para manter nossos privilégios. Já elegemos, "salvadores da pátria" que sempre nos ferraram desde o golpe militar da República até Getúlio, Jânio, 64, Collor, Lula. E deu em nada. Como infiltrar um espírito mais "anglo-saxônico" nesse corpo ibérico, inerte, "anestesiado e sem cirurgia"? Hoje, é tarde demais.

O que mais me grila é que não parece se tratar de um período histórico passageiro que, uma vez terminado, o País volte ao "normal". Não. É um salto para outra anormalidade sem-fim; é uma mudança de estado. Não é uma doença que passa; é uma anomalia incurável.

E aí? Perguntarão os leitores a esse pessimista bodeado? Bem... É possível que Lula volte. Será? Ele deve estar analisando as possibilidades. Como só pensa em si mesmo, se ele achar que é muita aporrinhação, desiste. Se não, ele volta. E aí, sejam bem-vindos ao Quarto Mundo!

Minha filha Juliana Jabor, antropóloga e psicanalista, escreveu outro dia: "Lula poderá se apropriar da situação, com seu carisma inabalável, para ocupar a 'função paterna' que está vaga desde o fim do seu governo. Eleito de novo, a multidão se transformará, aí sim, em 'massa'. Os 'movimentos' perderão o seu caráter de produção de subjetividades e se transformarão numa massa guiada por um líder populista". Desculpem a depressão e boa sorte


FRASE DO DOMINGO


“Muitas vezes, é melhor sermos de alguns artistas, apenas fãs e admiradores. Conhece-los, pode ser decepcionante”.


(Esrael Dantas- Músico)


HISTÓRIA DE BACABAL - NOTA FÚNEBRE


NOTA FÚNEBRE


         Antigamente, na inexistência de rádio e televisão, as noticias eram dadas através de carro de som. Podia ser morte, nascimento, chegada de alguém, despedida, missa e tudo que dava pra anunciar. Uma sexta´feira, onze e meia, sol a pino, Alfredo sebba, locutor propagandista da época,parou seu carro de som na rua Dr. Paulo Ramos, botou a música “Tema de Lara” e anunciou:

- Atenção, muita atenção para esta nota fúnebre.

Dezenas de vezes chamando para a noticia. Todos foram para a porta saber quem tinha morrido. E Alfredo Sebba continuou:

- Atenção, muita atenção para esta nota fúnebre.

Cada vez mais pessoas curiosas formavam grupos, muitos já estavam ao redor do carro, comidas já queimavam nos fogões. Quinze minutos depois ele resolveu dar a noticia:

- A Sudenveste rasga os preços para a entrega do prédio, não percam essa promoção.

sábado, 17 de maio de 2014

PESCA - POTENCIAL DO MARANHÃO



Cumprindo agenda oficial na região tocantina, o senador Lobão Filho (PMDB-MA) e o Ministro da Pesca e Aquicultura, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), inauguraram na manhã de ontem, sexta-feira, 16, o Escritório Regional da Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura, em Imperatriz. Em seu pronunciamento, o peemedebista afirmou que “o Maranhão está na fase de ser o maior produtor de pescados do Brasil”. O Estado já é o segundo produtor nacional.
Lobão Filho enfatizou ainda que é um defensor absoluto de todas as ações que o Ministério da Pesca e Aquicultura possa desenvolver no Estado e afirmou ainda que, na presidência da Comissão Mista de Orçamento, direcionou recursos gigantescos para o referido Ministério. “Nós fizemos a nossa parte e agora temos a certeza de que o Maranhão vai continuar sendo muito bem tratado pelo Ministério da Pesca”, destacou fazendo referência à instalação do Escritório da Pesca e Aquicultura, em Imperatriz.
O senador observou ainda que neste ano o Ministério da Pesca e Aquicultura investiu quase R$ 1 bilhão, beneficiando mais de 180 mil pescadores maranhenses. Homenageando o coordenador da Frente Parlamentar Mista da Pesca e Aquicultura da Câmara dos Deputados, Cleber Verde (PRB-MA), o senador afirmou que “todo homem público tem a missão de transformar a vida das pessoas. O deputado Cleber Verde já conseguiu mudar a vida de milhares de maranhenses”.

ICMS – Lobão Filho afirmou que no próximo governo o Maranhão vai isentar de ICMS a ração usada na produção de pescados, que corresponde a quase 80% dos custos do produtor. A instalação de fábricas de ração, a exemplo da indústria que está sendo construída em Balsas, é uma das principais reivindicações dos produtores maranhenses de pescados. Ele também falou de uma solenidade realizada em 1992, na região, onde acompanhou a deputada Nice Lobão, então Secretaria de Estado.
Na ocasião, o Governo do Estado fez a entrega de canoas, redes de pesca, linhas e anzóis aos pescadores tocantinos para desenvolverem a pesca na região. A iniciativa foi realizada em várias outras regiões do Estado. Lobão Filho lembrou do acontecimento para reforçar ao Ministro que traga para o Maranhão cursos de  qualificação para os pescadores, tecnologias de produção, câmaras frigoríficas, fábricas de gelo e estude a redução do preço do óleo diesel, usado nas embarcações.
“Senhor Ministro, acredite nesses homens. Acredite nesta terra, porque o Maranhão tem condições de dar respostas ao nosso país, fazendo o país se orgulhar de um Estado que irá produzir e alimentar grande parte do mundo e o nosso Brasil com pescados de qualidade”, disse o senador. E completou afirmando que o ministro Eduardo Lopes irá olhar cada vez mais para o nosso Estado com olhos carinhosos, citando o exemplo do Escritório Regional da Pesca e Aquicultura em Imperatriz.
Subsídio – O ministro Eduardo Lopes elogiou o Maranhão, Estado que já é o segundo produtor nacional de pescados e representa quase 10% da produção nacional. Lopes afirmou ainda que já conversou com a Presidenta Dilma sobre a questão do subsídio para a ração de peixes e observou que a ração de frangos e de bois já é subsidiada. “Nós queremos isonomia, igualdade de subsídios”, disse o Ministro, que também reafirmou o papel importante que o Maranhão tem na produção de pesca nacional.

Participaram ainda da solenidade o superintendente federal da Pesca e Aquicultura no Maranhão, Júnior Verde; a gerente do Escritório Regional, Olávia Melo, deputados e lideranças políticas da região. A instalação do escritório regional da Pesca e Aquicultura vai contribuir para regularizar todos os pescadores profissionais de Imperatriz e dos municípios da região tocantina. O escritório está situado na rua Gonçalves Dias, nas dependências no Estádio Frei Epifânio. A documentação, que antes era feita em São Luís, agora será providenciada na própria região.

GASTÃO VIEIRA VISITA A PRESIDENTA DIULMA



O deputado federal Gastão Vieira (PMDB) esteve ontem, sexta-feira (16) com a presidenta Dilma Rousseff (PT), durante uma visita ao Piauí.
Em Teresina, a presidente participou da formatura de alunos do Pronatec e em Parnaíba, da entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida.
Após as solenidades, Dilma Roussef recebeu o deputado em audiência e reiterou o seu apoio à pré-candidatura de Gastão Vieira ao Senado Federal, pelo Maranhão.

Sobre o apoio da presidente, Gastão Vieira afirmou, “neste momento, é fundamental o reconhecimento do nosso trabalho no governo Dilma, como ex-ministro do Turismo e como político comprometido com o meu estado”.

SEMINÁRIO DEBATE PROPOSTAS DE FINANCIAMENTO À CULTURA




Com o objetivo de avançar nas políticas públicas que fortalecem a cadeia produtiva no campo da cultura em São Luís, a Fundação Municipal de Cultura (Func) e o Conselho Municipal de Cultura (Comcult) promoveram nesta semana o Seminário de Financiamento à Cultura, reunindo agentes culturais, produtores, conselheiros e servidores municipais no Teatro da Cidade. Na ocasião, foi apresentada a proposta final de reformulação da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Nº 3.700/1998) e da Lei do Fundo Municipal de Cultura (Lei Nº 4.873/2007).
O presidente da Func, Francisco Gonçalves, destacou a importância do debate para a dimensão mais ampla das políticas públicas. “O que nós pretendemos é acabar com a prática da política de assistencialismo para chegarmos a efetivar a política de financiamento cultural no modelo de contratação artística”, disse.
Francisco Gonçalves explicou que o modelo de política cultural que ainda prevalece em São Luís é o execução de uma agenda de eventos para onde escoa grande parte do dinheiro previsto no orçamento público: o Carnaval e o São João. A perspectiva da atual administração pública é o de implantar estratégias e dispositivos legais que favoreçam a organização de uma política de fomento que atinja a todos os setores do campo da cultura e a pluralidade das dinâmicas culturais da cidade.
Outra questão apontada foi em relação a discussão sobre orçamento. “Não adianta queremos discutir sobre editais ou valores de contratações, por exemplo, no período que antecede ao São João. O que deve haver é uma relação direta entre a construção das peças orçamentárias com a construção das políticas culturais”, explicou.
A coordenadora da Comissão de Políticas Culturais da Fundação, Elizandra Rocha, falou sobre os trabalhos da Comissão junto com o Conselho até chegar a texto da proposta final de reformulação das leis. “As duas leis estão paradas e são instrumentos importantes para efetivarmos a implantação das políticas culturais que nós buscamos”, lembrou.
Convidado do evento, o ex-secretário municipal e estadual de Cultura, Joãozinho Ribeiro, ressaltou que um dos desafios das políticas culturais é a definição de um modelo de financiamento que contemple toda a área da cultura. “Existem três grandes dificuldades no processo de gestão das políticas culturais: a própria democracia, não centralizar as políticas na capital e centros urbanos, dar conta da diversidade cultural”, disse.
Joãozinho afirmou também que o grande problema do planejamento das políticas culturais é a falta de continuidade dos planejamentos culturais entre uma gestão e outra. “Os editais são o melhor instrumento de acesso a essas políticas com transparência e controle eficaz dos recursos”, finalizou.
Após o debate, foram apresentados os representantes do Conselho Municipal de Cultura presentes no seminário. Foi feita a leitura das principais alterações do texto que deverá ser encaminhado até o final do mês para a Câmara Municipal. O seminário faz parte do processo de implantação do Sistema Municipal de Cultura até o próximo ano. A Fundação Municipal de Cultura já está vinculada ao Sistema Nacional de Cultura.
Sobre as leis – A principal reformulação em relação à Lei 3.700/1998 (Lei de Incentivo à Cultura) diz respeito à dedução dos impostos fiscais. Atualmente, a lei faz a dedução direta de outros dois impostos: o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Com a alteração, a dedução ficará apenas em relação ao segundo imposto.

Já em relação à Lei Nº 4.873/2007 (Lei do Fundo Municipal de Cultura) as alterações serão sobre a regulamentação da própria lei, dedução de impostos e forma de aplicação dos recursos. Atualmente, o texto define o objetivo da lei, que é “incentivar e estimular a produção artística e cultural desta cidade, custeando total ou parcialmente projetos essencialmente culturais interpostos por pessoas físicas ou jurídicas”, utilizando 2,5% dos recursos do orçamento anual do Município, além de outros recursos que possam ser incorporados legalmente, e também, finalidades, projetos contemplados, receita, consultores, benefícios e utilização dos recursos.