quinta-feira, 5 de março de 2015

ONDA DE ASSALTOS AO COMÉRCIO DE BACABAL VOLTA A ACONTECER




Por Sérgio Mathias

Nesta quarta-feira (4), por volta das 12h40, os dois elementos assaltaram uma loja de material de construções localizada na rua Frederico Léda, centro de Bacabal.

Portando armas de fogo, a dupla chegou ao local em uma motocicleta. Da loja fugiram levando dinheiro do caixa, aparelho celular da filha da proprietária e um aparelho notebook.

A Polícia Militar foi acionada, mas até a madrugada desta quinta-feira (5) não tinha informações sobre o paradeiro dos meliantes.

CRISE - DILMA SE REÚNE COM TEMER PARA CONVERSAR SOBRE ARTICULAÇÃO COM CONGRESSO




Em meio a crise política que assola o Congresso e às vésperas da divulgação da lista dos nomes envolvidos na Operação Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal, a presidente Dilma Rousseff chamou nesta quarta-feira, 4, o vice-presidente Michel Temer para uma conversa, em seu gabinete, no terceiro andar no Planalto.

Dilma queria ouvir de Temer como estava o PMDB depois do gesto inesperado do presidente do Senado, Renan Calheiros, na terça, que devolveu a MP das desonerações ao Planalto, sinalizando que o governo enfrentará problemas para aprovar o ajuste. A conversa durou cerca de 45 minutos e os dois falaram sobre o cenário. Apesar dos problemas do PMDB com o governo, a sinalização é de que os dois continuam caminhando juntos e tentando construir o caminho para manter a governabilidade.

Paralelamente ao encontro de Dilma com Temer, os ministros-chefe da casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Pepe Vargas, fizeram novas pontes com Congresso. Mercadante conversou com o presidente da Cãmara, Eduardo Cunha, e Pepe com Renan Calheiros, agora, no final da tarde, no Senado.

Pepe Vargas disse que Renan falou de suas preocupações e disse que "ele é o presidente do Senado e quer preservar independência do Senado, que acha importante manter e acha que para pactuar melhor com o PMDB tem de ser mais ouvido em torno de alguns ações que o governo adota".
Segundo Pepe, Renan disse que "é preciso construir condições para desobstruir as pautas". Não há previsão de um encontro ainda entre Dilma e Renan.

JANOT PEDE ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO CONTRA AÉCIO, CITADO POR YOUSSEF
 
O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento da investigação envolvendo o presidente do PSDB Aécio Neves, citado em delação do doleiro Alberto Youssef. No depoimento ao qual o Estado teve acesso,  Youssef, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, afirmou "ter conhecimento" de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na época em que era deputado federal, estaria recebendo recurso desviados de Furnas "através de sua irmã". 

A Procuradoria entendeu que as informações reunidas sobre o presidente do PSDB não são suficientes para que ele seja investigado, por isso sugeriu ao ministro Teori Zavascki o arquivamento da denúncia.

O termo de colaboração número 20, que registra confissão do doleiro no fim do ano passado tem como "tema principal: Furnas e o recebimento de propina pelo Partido Progressista e pelo PSDB". Além de Aécio, também são citados o ex-deputado José Janene (PP, morto em 2009) e o executivo Airton Daré, sócio da empresa Bauruense, que foi prestadora de serviços para Furnas. 

O doleiro disse que recolheu dinheiro de propina na empresa Bauruense cerca de dez vezes. Em uma delas, o repasse não foi feito integralmente e faltavam R$ 4 milhões. Youssef afirmou aos investigadores ter sido informado de que "alguém do PSDB" já havia coletado a quantia pendente. 

Indagado pelos procuradores, Youssef declarou não ter conhecimento de qual parlamentar havia retirado a comissão, mas afirmou que o então deputado federal Aécio Neves teria influência sobre a diretoria de Furnas e que o mineiro estaria recebendo o recurso "através de sua irmã", segundo o texto literal da delação, sem especificar a qual das duas irmãs do senador ele se referia. O delator disse ainda "não saber como teria sido implementado o 'comissionamento' de Aécio Neves".

Na delação, o doleiro descreve que de 1994 a 2001 o PSDB era responsável pela diretoria de Furnas. Yousseff declarou que recebia o dinheiro de José Janene nas cidades paulistas de Bauru e de São Paulo e enviava o valor para Londrina ou Brasília. 

O doleiro disse ainda que os diretores da Bauruense poderiam fornecer mais informações sobre a diretores de Furnas e declarou ao MPF ter conhecimento de que há um inquérito sobre a empresa de Bauru no Supremo Tribunal Federal.

Aécio disse hoje que não tinha conhecimento sobre o teor da acusação contra ele e que o arquivamento é "uma homenagem" da PGR.

SOLIDARIEDADE ANUNCIA ENCOMENDA DE ESTUDOS SOBRE IMPEACHMENT




O presidente do Solidariedade (SD), deputado Paulinho da Força (SP), afirmou que o partido irá encomendar com juristas estudos para basear um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por ela ter autorizado a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). O negócio, revelado pelo Estado, provocou prejuízo de US$ 792 milhões para a Petrobrás e, segundo delatores do esquema de corrupção na Operação Lava Jato, foi aprovado mediante pagamento de propina a executivos da petroleira. 

"O Solidariedade está consultando advogados sobre o impeachment da presidente Dilma. Falamos hoje com alguns e amanhã teremos outras conversas", afirmou Paulinho. "Ela era presidente do conselho de administração da Petrobrás quando Pasadena foi comprada", complementou. Um dos juristas que serão procurados pelo partido é Ives Gandra que já elaborou um parecer sobre um pedido de impeachment por improbidade administrativa. 

Representantes da sigla tiveram almoço com presidente da Câmara nesta quarta; deputado Paulinho da Força (SP) disse que está levantando informações com juristas.Lideranças do SD almoçaram nesta quarta-feira, 4, com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e deixaram o encontro defendendo a proposta de um pedido de cassação do mandato da petista. Cunha está entre os políticos citados na lista da procuradoria da República enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que devem ser investigados por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás. O PMDB no Congresso tem retaliado o governo após a divulgação de que Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), serão investigados. Conforme relatos, um dos presentes afirmou que "se for preciso cassar até o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para que a presidente Dilma deixe o governo seria válido." Todos teriam rido da brincadeira. 
A presidente Dilma era ministra da Casa Civil no governo Luiz Inácio Lula da Silva quando presidiu o conselho de administração da Petrobrás. No ano passado, em nota ao Estado, Dilma afirmou que só votou a favor da compra da refinaria de Pasadena porque o então diretor da área internacional da Petrobrás Nestor Cerveró enviou aos conselheiros um resumo "técnico e falho" que omitia cláusulas contratuais que se mostraram prejudiciais à Petrobrás. Na nota, a presidente disse que se tivesse conhecimento dessas cláusulas não teria aprovado a compra da refinaria. Como presidente do conselho, contudo, Dilma poderia ter acesso a todos os detalhes da compra da empresa se tivesse solicitado. 

A declaração da presidente ao Estado provocou a abertura de duas CPIs no Congresso no ano passado para investigar a Petrobrás que terminaram sem qualquer conclusão. Cerveró esta preso acusado de operar um esquema de corrupção na diretoria da área interncional da petroleira. O ex-diretor de serviços da Petrobrás Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, já admitiu ter recebido US$ 1,5 milhão de propina para não de opor à compra de uma refinaria considerada obsoleta. Em artigo, o jurista Ives Granda já afirmou: "Como a própria presidente da República declarou que, se tivesse melhores informações, não teria aprovado o negócio de quase US$ 2 bilhões da refinaria de Pasadena (nos Estados Unidos), à evidência, restou demonstrada ou omissão, ou imperícia ou imprudência ou negligência, ao avaliar o negócio."
O Tribunal de Contas da União (TCU) analisa se a presidente Dilma e os demais conselheiros à época serão punidos por terem dado o aval para a compra da refinaria, sem o qual o negócio não teria sido fechado.