Vanderlei Luxemburgo deu declarações ásperas
contra a “ditadura” da FFERJ em coletiva concedida ontem, sexta-feira (3 de
abril), após o STJD rejeitar liminar do Flamengo e suspendê-lo do Fla-Flu. O
técnico rubro-negro também fez um protesto irônico ao final da entrevista.
Nos
campeonatos estaduais vira e mexe aparecem zebras que se destacam e acabam
dando trabalho para os grandes. Nesta temporada não está sendo diferente, e
alguns times considerados pequenos estão fazendo boas campanhas pelo Brasil,
como o Madureira, no Rio de Janeiro; o Red Bull Brasil, em São Paulo; o
Ypiranga, no Rio Grande do Sul; o Vitória da Conquista, na Bahia; o JMalucelli,
no Paraná; e a Caldense, em Minas Gerais. Inclusive, o Campeonato Paraense já
tem uma equipe de menor expressão garantida na final: o Independente, que
faturou o primeiro turno da competição.
No
Paulistão, o Red Bull Brasil é o segundo do Grupo 1, atrás apenas do São Paulo.
O clube formado em 2007 disputa pela primeira vez a elite do estadual e no
momento está na zona de classificação para a próxima fase do torneio. Segundo Thiago
Scuro, gerente de futebol do Red Bull, muitos fatores contribuem para o
sucesso, como a montagem do elenco.
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Nós continuamos com alguns atletas da nossa campanha do ano passado, subimos
atletas da base e as outras contratações saíram de muito estudo do mercado.
Monitoramos desde o segundo semestre de 2014 as Séries A, B e C e a partir
disso contratamos os atletas para fechar o nosso elenco para esta temporada –
revelou o dirigente.
Assim,
os gigantes do futebol brasileiro vêm sofrendo contra os pequenos. No Rio, o
Flamengo com uma folha salarial de R$ 8 milhões penou para arrancar um empate
com o Madureira (folha de R$ 150 mil, segundo Elias Duba, presidente do clube).
Em São Paulo, o Palmeiras perdeu para o Red Bull. Atlético-MG e Cruzeiro
tropeçaram na Caldense no Mineiro. O Galo perdeu por 1 a 0 e a Raposa não
passou de uma empate em 1 a 1 dentro do Mineirão.
Conheça
os times que estão se destacando nos estaduais:
Caldense: liderou boa parte do Mineiro, foi o primeiro
a se classificar às semifinais e hoje disputa o segundo lugar com o Atlético-MG
com boas chances de terminar à frente do Galo. Invicto, com a melhor defesa da
competição e o vice-artilheiro, Luiz Eduardo, que tem seis gols e interessa a
vários clubes brasileiros.
JMalucelli: o clube, muito equilibrado financeiramente,
montou um time de veteranos em Campeonatos Paranaenses que se encaixou. Com
isso, brigou com o Coritiba pelo primeiro lugar geral da primeira fase até a
última rodada. Terminou em segundo e jogará com vantagem nas quartas e
semifinais.
Ypiranga: atual terceiro colocado do Campeonato
Gaúcho, o time de Erechim liderou a competição durante algumas rodadas e
garantiu a vaga para a segunda fase por antecipação na última semana ao vencer
o Novo Hamburgo por 1 a 0, gol do veterano Paulo Baier, a sua principal
contratação na temporada.
Vitória da Conquista: foi eliminado pelo
Palmeiras na primeira rodada da Copa do Brasil, mas terminou como líder geral
da fase de grupos do Campeonato Baiano com campanha 40% superior aos
vice-líderes Bahia e Vitória. É favorito na semifinal contra o Colo Colo (que
eliminou o vitória). O goleiro Viáfara e o zagueiro Paulo Almeida, ex-Santos,
são as principais contratações do time.
União e regularidade: chaves para o sucesso do Madureira
no Carioca
O Madureira é a surpresa do
Campeonato Carioca 2015. O clube está em terceiro lugar na competição, com 30
pontos, à frente dos grandes Vasco e Fluminense. Além de estar na zona de
classificação para as semifinais do Estadual do Rio, o Tricolor suburbano já conquistou
a Taça Rio, que é entregue ao time de melhor campanha entre os pequenos da
competição. Segundo o meia Thiago Galhardo, um dos destaques tricolores, todos
esses bons resultados alcançados são frutos da união e regularidade da equipe.
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Sei que isso parece clichê, mas a união tem sido um diferencial. É um grupo com
muitos jovens jogadores, por isso passamos a fazer muitas coisas juntos não só
dentro de campo, como fora dele. Esse é o segredo, um grupo jovem, mesclado com
alguns jogadores experientes, e que é sempre regular. Nosso time não tira 10 em
uma partida e zero na outra, nós mantemos uma regularidade de atuação – contou
Galhardo.
COM A PALAVRA: Thiago Galhardo – Meia do Madureira
'NÃO
ESTAMOS SATISFEITOS'
'Muitos
falaram que o Madureira estava satisfeito com o título da Taça Rio, que
comemoramos no gramado e tudo mais. Só que a gente comemorou porque foi um
título que conquistamos até com algumas rodadas de antecedência. Mas não
estamos satisfeitos. Nós trabalhamos com metas. Alcançamos a primeira que foi o
título da Taça Rio. Agora vamos para a segunda, que é garantir a classificação
para a semifinais do Carioca, estamos nas cabeças. Conseguindo a classificação,
vamos brigar para chegar à final e consequentemente pelo título. Pensamos
assim. Conseguindo um objetivo traçado, já vamos para outro.'
Red Bull quer vaga na Série D do Brasileiro e busca
torcedores
Red Bull promove ações para
atrair torcedores aos seus jogos
Com
direito a jogadores experientes e com passagens em grandes clubes, como o
zagueiro Fabiano Eller e o atacante Edmilson, o Red Bull Brasil vem fazendo uma
boa campanha no Paulistão 2015. O objetivo do time debutante na elite do
futebol paulista é garantir uma das vagas da Série D do Brasileirão que o
Estadual oferece. Além disso, o jovem clube também busca conseguir mais
torcedores.
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Existe uma série de ações para trazer as pessoas para os jogos. Umas delas é a
Fun Park, onde as crianças podem brincar depois dos jogos. Vamos continuar
pensando em ações neste sentido para atrair os torcedores. Mas sabemos que isso
é um processo de longo prazo. Sabemos que o principal para ganhar torcedores é
ter bons resultados dentro de campo, ídolos, boas classificações e títulos –
revelou Thiago Scuro, gerente de futebol do Red Bull Brasil
COM
A PALAVRA: Thiago Scuro, gerente de futebol do Red Bull Brasil
'NÃO
TEM SEGREDO, É TRABALHO DE FORMA PROFISSIONAL'
'Não
tem um segredo (para a boa campanha). O clube se organizando, planejando,
procurando trabalhar de forma profissional... Só essa organização fora de campo
pode proporcionar uma consistência dentro de campo e conseguir os resultados.
O
clube oferece hoje boas condições de trabalho para os atletas. Temos Centro de
Treinamento bem equipado, com vestiários, restaurante, bons campos. Temos um
centro de informação onde estudamos nossa equipe, os adversários, tem todo um
banco de dados para melhorar o desempenho do time. Além de toda a estrutura
física, outro diferencial são os profissionais bem capacidades em todas as
áreas.'
O
descontrole de Fabrício na partida contra o Ypiranga, na última quarta-feira,
pode não só render punições ao lateral-esquerdo, mas também ao Internacional. O
TJD-RS informou que investigará um suposto caso de injúria racial contra o
jogador no momento em que deixava o gramado do Beira-Rio, após fazer gestos
obscenos, xingar a torcida e ser expulso.
Na
próxima segunda-feira, a procuradoria do TJD-RS denunciará Fabrício em dois
artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), podendo ser suspenso
em até 12 jogos. Além disso, analisará as imagens da televisão e ouvirá
testemunhas, para definir as suspostas injúrias raciais contra Fabrício ocorreram
de fato.
Caso
a denúncia seja confirmada e o Inter vire réu, o clube será julgado por
infração prevista no artigo 243-G do CBJD, que fala em ''praticar ato
discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão
de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora
de deficiência''.
Em
2014, o Grêmio foi denunciado no mesmo artigo no 'caso Aranha' e acabou
excluído da Copa do Brasil. Para o presidente da Federação Gaúcha de Futebol,
Francisco Novelleto, caso a denúncia se confirme, o Colorado não deve ser
excluído do Campeonato Gaúcho, já que a susposta injúria racial aconteceu na
fase classificatória.
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Não acredito em exclusão, e sim em perda de pontos. Aconteceu em uma
classificatória - disse Novelleto ao diário ''Zero Hora''.
Novelleto
ainda deu uma declaração polêmica. De acordo com o presidente da FGF, a
possível reação racista da torcida no Beira-Rio foi provocado pelo
lateral-esquerdo Fabrício.
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Joga a camisa no chão e vai querer que as pessoas esperem com beijinho? Ele deu
motivo. Como é que com 20 mil pessoas, levanta os dedos, manda todo mundo para
aquele lugar? Só faltou pisar em cima da camisa - comentou Francisco Novelleto,
presidente da Federação Gaúcha de Futebol, em contato com o ''Zero Hora''.