segunda-feira, 8 de maio de 2017

UMA VEZ FLAMENGO, SEMPRE FLAMENGO


Depois de três anos, o Flamengo é novamente campeão carioca. O Rubro-Negro venceu o Fluminense por 2 a 1, de virada, neste domingo, no Maracanã, e chegou ao seu 34º título estadual. E de forma invicta. A equipe tinha a vantagem, já que havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0, no último fim de semana. O Tricolor abriu o placar logo aos três minutos de jogo com Henrique Dourado, mas, aos 39 do segundo tempo, Gerrero fez o gol que garantiria a taça. Já com o Flu com um a menos, Rodinei marcou o gol do título aos 50 minutos.


O último encontro da dupla Fla-Flu em uma final havia sido em 1995, há 22 anos, quando o Tricolor ficou com o título depois de vencer por 3 a 2, com o famoso gol de barriga marcado por Renato Gaúcho.
Flu faz pressão e abre o placar
Em desvantagem, o Flu iniciou o jogo como tinha que ser, pressionando. Deu certo. Logo aos três minutos, Sornoza cobrou escanteio, Renato Chaves desviou e a bola sobrou para Henrique Dourado mandar de cabeça para rede: 1 a 0. Só então o Flamengo começou a acordar e passou a ter mais posse de bola - quase 70% - do que o Tricolor, que automaticamente passou a ter uma postura mais conservadora. Renê e Everton tiveram duas boas chances para o Rubro-Negro, mas não conseguiram aproveitar.

O Flu levava perigo nas cobranças laterais de Léo Pelé, que jogava a bola direto na área. Em uma delas, Henrique teve a oportunidade, mas foi travado. No último lance da primeira etapa, em um rápido contra-ataque, Wellington Silva chegou em boas condições de finalizar, mas a zaga salvou.
Fla vira no segundo tempo e faz a alegria da torcida
O Tricolor manteve a estratégia de buscar os contra-ataques, e, apesar de ser o Fla a ter mais volume, foi a equipe de Abel Braga que conseguia as chances mais claras. Sornoza arriscou de fora, e Muralha tirou com a ponta dos dedos. Com a decisão indo para os pênaltis, a tensão tomava conta dos times e da torcida. Ninguém queria se arriscar demais. Guerrero, bem marcado, conseguia pouco espaço. Em uma rara oportunidade, se livrou da marcação mas não conseguiu acertar o alvo na finalização. Renato Chaves, após cobrança de escanteio, quase arrancou o grito de gol da torcida em cabeçada, mas Muralha defendeu.
A emoção maior estava guardada para os minutos finais. Aos 39, Gabriel cobrou escanteio, Réver mandou de cabeça em lance polêmico com Henrique, Cavalieri deu rebote e Gerrero chutou forte para deixar o placar empatado em 1 a 1. Os tricolores reclamaram de falta no lance. O resultado dava o título ao Flamengo, e Abel Braga colocou Marcos Junior e Pedro para fazer a pressão no desespero. Não surtiu efeito. E ainda houve tempo para Diego Cavalieri ser expulso. Ele era o último homem e fez falta dura em Rodinei, que o havia driblado.
Aos 50 minutos, o Fla deu o golpe final. Rodinei entrou na área e chutou cruzado. Orejuela tentou, mas não conseguiu a defesa. A essa altura o Maracanã já estava enlouquecido e ao grito de "É campeão!".


SEGUNDA LITERÁRIA - ALEX BRASIL

 
OUTRA VIDA

Como lagarta
que se transforma no casulo
que se transforma em borboleta
que voa para o céu,
assim serei
na hora do último suspiro.
Não morrerei,
Serei átomo das estrelas,
e se Deus lá está, lá estarei com ele,
renascendo em luz,
à espera de outra vida.
 
Alex Brasil
Do livro “Sangue Azul da Terra”

SEGUNDA LITERÁRIA - ELOY MELÔNIO

 
INDICIOS
 
Um pingo de chuva
cai no para-brisa do carro.
Mais um pingo.
E outro, e mais outro...
Preciso  
Ligar o limpador de para-brisa.
 
Um acorde melancólico
sai de um violão.
Mais um acorde.
E outro, e mais outro...
Preciso
desligar a voz do meu coração.    
 
Eloy Melônio
Do livro “Dentro de Mim”

SEGUNDA LITERÁRIA - SAMUEL BARRETO


 
QUEDAS

 

Devoro a mania de querer entender

Para não encontrar a estrada de volta,

Vou pisas em terras que nunca fui,

Quem sabe não possa trilhar os enganos

Do que tentei ser algum dia?

 

Não ligo para caçadores de ilusões,

Quando vivo a minha, tento triturá-las,

Para que elas não venham novamente,

Quero somente uma de cada vez,

Não aguento o peso de tantas quedas.

 

Samuel Barreto

Do livro “Versos Cinzentos”

O JOGO DA SEMÂNTICA - POR JOSÉ SARNEY



As palavras, como as pessoas, têm sua vida, nascem, exploram sua juventude e morrem no desaparecimento do uso. Algumas, intencionalmente; outras, em razão mesmo do desgaste. Recordo-me a primeira vez que ouvi a resposta a pergunta que fiz: “Como está nosso amigo comum, Eurico? Ele me respondeu: “Joia.” Eu nunca tinha ouvido essa palavra com esse significado. Depois, foi massificada como expressão de bem-estar.
Outro amigo meu, quando viajei a Nova York e lá comentavam sobre o Brasil, me disse:
– É o país mais legalista do mundo. Quando se pergunta até sobre as pessoas:
– Como vai?
A resposta vem rápido:
– Tá legal.
Isso mostra nosso apreço à lei e a condenação a tudo que está fora dela.
Que grande hipocrisia pensar assim! Tá legal não tem explicação. É tá legal, e se aplica a muitas coisas.
Agora, a moda e a palavra que entraram em circulação foi delação, que passou a ser ofensiva para aqueles juízes que levam o pobre coitado a mostrar uma fraqueza de conduta. O delator hoje é colaborador. A primeira vantagem que ele tem ao delatar é trocar de conceito: de pessoa de conduta ultrajante para pessoa de conduta heroica.
A palavra também é objeto de consumo: consome-se até, como a própria moda, deixar de ser moda. A juventude, esta, tem o seu vocabulário próprio. E eu, outro dia, tomei conhecimento da minha ignorância do vocabulário jovem quando perguntei a um filho meu se gostava de skate, ele me respondeu: “Meu tio, é massa.” Eu, inocentemente, perguntei “Massa de quê?” “É massa, meu tio. O senhor não sabe o que é massa?”
Recordo-me, com saudades, de uma palavra que o velho Nascimento Morais, meu companheiro de redação no jornal O Imparcial e notável figura do jornalismo maranhense, me passou num conselho: quando quiser escrever uma catilinária sobre alguém, comece com a palavra sevandija. Se não tiver sevandija, não é lapada nas costas. Mas ela já desapareceu. E eu mesmo, com saudades dela, tenho receio de empregá-la para não parecer esnobe e querer obrigar a consulta a um dicionário.
Tive um colega na Academia Maranhense de Letras que tomou parte numa discussão levantada pelo professor Mata Roma sobre semântica. Ele levantou-se e recitou os versos de Bilac: “Amai para entendê-las!/ Pois só quem ama pode ter ouvido/ Capaz de ouvir e de entender estrelas.” E concluiu: “Olhe o jogo da semântica.” Nem ele sabia o que era semântica. O velho Mata Roma disse: “Aqui não quero falar mais. Encerro minhas considerações nesse momento.” E ficamos, em nosso cotidiano na Academia, de vez em quando, a olhar para o outro colega e dizer: “Olhe o jogo da semântica.”
Domingos Vieira Filho teve a pachorra de coletar palavras do nosso linguajar. Escreveu um livro excelente A linguagem popular do Maranhão. Nela encontramos algumas expressões que já estão mortas, como, para citar uma erudita, machavelismo, que nada mais é do que a cultura chegando ao povo. Vem de Maquiavel e maquiavelismo. Além das eruditas, há as populares: canto, cruzeta, qualira.
Quero encerrar essas lembranças e brincadeiras com palavras repetindo uma nova expressão, que circula hoje entre os jovens e até entre os velhos: “Tô de boa.”
José Sarney

SENADOR ROBERTO ROCHA CONVIDA POPULAÇÃO BACABALENSE PARA PARTICIPAR DE SEMINÁRIO SOBRE RIOS MARANHENSES E SUAS NASCENTES, EM PEDREIRAS.

Por Israel Braga

Será realizado no dia 26 de maio, no município de Pedreiras (MA), a segunda edição do seminário “Revitalização dos Rios Maranhenses e Suas Nascentes”. O evento vai acontecer no auditório da Faculdade de Educação São Francisco- FAESF, das oito ao meio dia, e reunirá legisladores; representantes dos setores público e privado; entidades ambientais, estudantes e outros.
 
Realizado pelo Instituto Cidade Solidária e senador Roberto Rocha (PSB), com co- realização do Movimento Ensinando e Aprendendo (MEA), o seminário pretende refletir e traçar estratégias para revitalizar todos os rios maranhenses, com foco nas bacias do Rios Itapecuru, Parnaíba e Mearim.
 
A primeira edição do seminário ocorreu no mês de março, no auditório da Fiema, em São Luís, e reuniu cerca de 800 pessoas entre políticos, empresários, gestores, ambientalistas, estudantes, entidades, órgãos públicos e privados, dentre outros profissionais de diversas áreas, que por meio de palestras e mesas redondas, apresentaram projetos sobre meio ambiente e discutiram ações de responsabilidade socioambiental.
 
Em Pedreiras, a cerimônia de abertura terá a presença do senador Roberto Rocha e de outras lideranças políticas do estado.
 
Na oportunidade, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), vai explicar o seu planejamento para a Bacia Hidrográfica do Mearim. Haverá ainda a palestra com o professor Antônio Lopes do Bomfim Neto, chefe do departamento de ciências Agrárias da UEMA – Campus Bacabal.
 
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo e-mail inscricoes@cidadesolidaria.org, ou pelo telefone (98) 9-9221-1261. A entrada será mediante 01 quilo de alimento não perecível, que será doado para instituições de caridade da região do Médio Mearim

domingo, 7 de maio de 2017

HOJE É ANIVERSÁRIO DE WALTINHO CARIOCA








Ele é bacabalense da gema e nasceu bem ali, na rua Dr. Paulo Ramos, na mesma casa onde mora boa parte de sua família.  Desde muito cedo, esse “Neguim” já sabia o que queria e sempre procurou trabalhar para manter a sua própria vaidade.

 

Amante da música negra, soul, funk, charme, rap, reggae, samba, essa cara é fã nº 1 de Tim Maia, Jorge Benjor, Bebeto, Alexandre Pires, Michael Jackson e no som do seu carro, esses artistas estão sempre tocando.

Menino bom de bola, jogou no Flamengo de Bolinha e em outras equipes, sempre com destaque. Cheio de personalidade e estilo vestindo sempre as melhores grifes, usando os  melhores perfumes, calçando as melhores marcas, ele continua o mesmo amigo, prestativo, sincero e apaixonado pelo que faz.



Filho do oficial de justiça Donato Galvão e da dona de casa Inês Miranda, (ambos falecidos) ele foi funcionário do Bradesco e depois, pela hierarquia, foi Oficial de Justiça em Bacabal, deixou para montar o seu próprio negócio em São Luis, um escritório  de representação, hoje um dos mais bem sucedidos da nossa capital. Esse moço é Walter Galvão Miranda, o Waltinho Carioca.

Casado com Ana  Lima com quem tem dois lindos filhos, Henrique e Alexandre, Waltinho Carioca não se conteve, e como tem transito livre com muitos magistrados, foi aconselhado a fazer direito e já está concluindo o curso. Ele esta ausente das conversas de bar com os amigos, pois estuda diuturnamente para fazer a prova da OAB-Ordem dos Advogados do Brasil. Em pouco tempo teremos mais um doutor bacabalense, Dr. Walter Galvão Miranda.

 
Waltinho é daqueles incansáveis, gosta do que é bom, adora futebol, praia, gastronomia, viajar,  bons amigos, gente importante e para os seus fins de semana e feriados com a família, ele está sempre visitando os shoppings.

Hoje Waltinho Carioca está completando mais um ano de vida, de prosperidades, de avanços, de conquistas, amor ao próximo. 

A vida deu ao Waltinho no dia de hoje, domingo, dia em que seu Flamengo, time do coração decide o título, um enorme e delicioso bolo. Corte e divida com todos, principalmente aqueles que reconhecem a sua força de vontade e fazem parte dessa linda história.

Alegria, alegria e salve simpatia.

Parabéns e felicidades mil

Dos pais Donato e Inês (em memória)

Da esposa Ana Lima

Dos filho Henrique e Alexandre

Dos Irmãos Donatinho, Surah, Telma, Neto, Cristina, Jesus, Cleide e Nando (em memória)

Primos, sobrinhos, cunhados, parentes e amigos
A festa já começou








A MALDIÇÃO DOS 70 ANOS


Assim como o Brasil sorriu com três feriados prolongados, consecutivos, também chorou com a perda de três dos seus melhores artistas com diferença de uma semana de um para o outro. Três ícones da nossa música. O primeiro, o Jerry Adriany, um dos reis da Jovem Guarda, o segundo o Belchior, um dos reis da estereotipada Música Popular Brasileira e o terceiro o Almir Guineto, um dos reis do Samba de Raiz.  Morrer, a única certeza.

O que coincidiu nesses desaparecimentos, nem tanto os dias de um para o outro, é que todos tinham 70 anos. Não sei se esse infortúnio servirá como nova estatística de média de vida dos brasileiros, mas que deixou muitos artistas setentões assustados, isso deixou.

Conheci todos três, mas vou falar aqui do Belchior. Conheci o Belchior musicalmente ainda na minha infância. Sempre estava no Globo de Ouro, programa musical semanal da Rede Globo que na época mostrava as 10 canções mas tocadas de todo o Brasil. Belchior sempre estava entre as dez mais..
Sempre gostando da música do Belchior, já que era difícil os LPs, eram caros, eu sempre apelava para as fitas K7. Meu amigo Assisinho (em memória), comprou um compacto duplo com quatro artistas, um deles era o Belchior cantando “A Divina Comedia Humana”. Aquela musica me encantou.

Vasculhando os LPs da minha amiga poetisa Cledy Maciel, encontrei em um disco chamado Veleiros do Sucesso, o Belcihor cantando “Coração Selvagem”, aí virei fã incondicional do cearense. Com acesso a poucas canções, certa vez o amigo Abel Carvalho tocou ao violão, até então não conhecia, “Galos, Noites e Quintais”, fiquei mais fascinado ainda.

Conheci um amigo, Hilton (em memoria) que trabalhava no Banco do Brasil e vindo do Sul para trabalhar em Bacabal – era de São Luiz Gonzaga – trouxe na época, a obra completa, aí tive acesso. Passei a trabalhar em rádio e a cantar nas notes, e o meu repertorio era recheado de Belchior.

Conheci-o pessoalmente durante um festival de musica na cidade de Pinheiro, já estava fora da mídia e fazia shows acompanhado apenas de dois músicos.

Com o seu sumiço, um problema que só ele sabia, resolvi então lhe prestar uma homenagem. Escolhi a dedo 20 canções, e comecei a ensaiar com Maninho Quadros, Paulinho Barros, Manu Lopes e Toni Araújo, era o show “Tudo outra vez – Zé Lopes Canta Belchior”. Ensaiamos durante um ano e quando nos  preparávamos para fazer a primeira mostra, no da 13 de maio, no aniversario de Marco Pimentel, fomos surpreendidos com o seu falecimento e o Paulinho Barros que toca violão e Piano, quebrou  o braço. Adiamos o show para junho. Vai ser legal. Bom que não parece oportunismo.

Voltando ao Jerry Adriany, ao Belchior, ao Almir Guineto que morreram aos 70 anos, o que me conforta é que: se Deus está levando os cantores aos 70, pelo menos ainda tenho uns vinte para cantar, até porque, eu sou apenas um cantor.

“Mas se depois de cantar

Você ainda quiser me atirar  

Mate-me logo

A tarde, as três

Que a noite eu tenho um compromisso

E não posso faltar

Por causa de Vocês”

COLUNA DA DONA JUJU MUNGOSA




Saulo Evvan Gelico – Relgiosa dona Juju, a senhora que sabe tudo, conhece tudo, tem todas as respostas na ponta da língua, poderia me dizer se o prefeito Zé Vieira depois de receber o batismo nas aguas vai enfrentar a Fogueira Santa?
Resposta – Meu gordinho e querido Saulo. Deixa o Zé Vieira só na piscina mesmo. Fogueira Santa tem que subir um morro com um garrafão de água nas costas e o “Veim” apesar de ser osso duro de roer, não aguenta essa caminhada, não.  Se bem que ele tem um monte de gente que pode fazer a parte mais pesada
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Jessé Gurança Forte – Atlética dona Juju, a senhora poderia mostrar a nova segurança que o prefeito Zé Vieira contratou para dar mais tranquilidade a população bacabalense?
Resposta – Claro. Aí está o trio parada dura. Ainda estão de férias Garganta, Bartô e delegado da Aldeia.
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Cauby Chanyn Rajado – Esportiva dona Juju, a senhora que é a dona das respostas me diga por que esse gato esta com os faróis acesos?
Resposta –Simples. É que esta acabando o prazo para o pagamento do IPVA, Seguro e licença. Ele que e gato escaldado, já quitou tudo e não quer correr o risco de pegar uma multa por estar com os faróis apagados. Então!!!!
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Cafu Tebol Ra Lado – Malhada dona Juju, pelo que eu sei, o Cristiano Linhares e vascaíno. A senhora se ele mudou de time?
Resposta –Mudou, o Cristiano não aguentou mais torcer pelo Vasco e ficar sendo motivo de gozação. Ele agora assumiu publicamente que virou a casaca. Agora ele e flamenguista.
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Larissa Sá Fadinha – Estudada dona Juju, o que a senhora acha dessa frase?
Resposta – Apropriada, como se  diz na gíria, “Uma puta frase”
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Hoje o sol está bonito, vou pra casa de praia do meu amigo Lambal pegar um bronze.
Dona Juju Tomando sol na casa de praia de Lambal
Um bom domingo a todos.
Fui















DIAGNOSE - DICA DE SAÚDE - UNHA ENCRAVADA


 
A unha encravada, chamada em medicina de onicocriptose, é uma inflamação causada pelo crescimento de parte da unha em direção à pele, provocando lesão da mesma. A unha encravada costuma surgir no primeiro dedo, conhecido como dedão do pé. Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a onicocriptose:

COMO SURGE A UNHA ENCRAVADA

A onicocriptose surge toda vez que a unha não cresce de forma correta, permitindo que a extremidade lateral cresça em direção à pele, causando feridas, inflamação e eventualmente, infecção do dedo.

Resultado de imagem para dica de saude unha encravadaA unha normal deve crescer de forma vertical em relação ao dedo. A unha com forma normal não deve roçar, ferir ou empurrar a pele ao seu redor.

Alguns fatores facilitam o surgimento da unha encravada, entre os mais comuns podemos citar:

– Uso de sapatos apertados, fazendo com que os dedos dos pés fiquem se espremendo.
– Cortar as unhas de forma errada. O erro mais comum é deixar as extremidades laterais arrendondadas.
– Cortar a unha em excesso, mantendo-as muito pequenas, a ponto de ferir a pele.
– Variações anatômicas da unha, como no caso de unhas curvadas.
– Lesões traumáticas da unha.
– Infecção fúngica da unha (onicomicose) – Leia: MICOSE DE UNHA | Onicomicose

SINTOMAS DA UNHA ENCRAVADA


Na maioria dos casos, a unha encravada ocorre no primeiro dedo do pé, o chamado dedão. Os sintomas iniciais da unha encravada são leve dor, vermelhidão e inchaço no canto do dedo. Conforme a unha vai crescendo, a pele ao redor se expande e pode cobrir totalmente o canto da unha que está a feri-la. Com o tempo, a ferida provocada se torna mais intensa, havendo agravamento dos sintomas e drenagem de pus. A presença de secreção purulenta não indica necessariamente uma infecção em curso, ela pode ser apenas uma reação do organismo contra a agressão da unha sobre a pele. Todavia, se não tratada adequadamente, quanto mais tempo a unha encravada permanece ferindo a pele, maior o risco de uma infecção surgir no local.

A unha encravada não costuma causar maiores problemas além do desconforto e da dor. Porém, em alguns indivíduos ela pode ser o gatilho para infecções mais graves, como nos casos dos pacientes com diabetes, problemas circulatórios ou imunossuprimidos. Estes paciente têm dificuldades de cicatrização e possuem o sistema imunológico mais fraco que o habitual. Neles, a unha encravada pode provocar úlceras, celulites ou erisipelas (leia: ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento), gangrena ou osteomielite (infecção dos ossos).

TRATAMENTO DA UNHA ENCRAVADA


O tratamento para unha encravada depende da gravidade da lesão. O ideal é tratar antes de uma grande inflamação surgir, pois sem dor é mais fácil manusear a unha. Nos casos leves, o tratamento pode ser feito em casa pelo próprio paciente, sendo fácil curar a unha encravada sem a necessidade de remédios, pomadas ou cirurgias.

Uma opção simples é usar um cotonete fino, pinça ou fio dental para tentar levantar cuidadosamente a parte lateral da unha de forma a retirá-la debaixo da pele, desencravando-a. Para evitar que a unha volte a encravar, tente colocar uma pequena bolinha de algodão por baixo do canto da unha para ajudá-la a crescer na direção correta. Se esse tratamento for feito bem no início do quadro, como ainda não há inflamação importante ao redor, o processo é praticamente indolor.

Se a inflamação da unha estiver sendo muito incômoda, outra opção é mergulhar o pé em água morna por 10 minutos enquanto se tentar puxar suavemente com os dedos a pele úmida e amolecida no canto do dedão, de forma a libertar a unha. Esse processo deve ser feito 3 vezes por dia por pelo menos 1 semana. Do mesmo modo, após secar o dedo, coloque um pedacinho de algodão por baixo da unha para ajudar a direcionar o seu crescimento. Troque o algodão a cada vez que ele ficar molhado.

Em ambos os tratamentos, a unha costuma desencravar após 1 ou 2 semanas, conseguindo crescer sem causar lesão à pele. Neste meio tempo, se não houver grande inflamação, não corte a unha, permita que ela cresça o suficiente para ultrapassar a região da pele que estava sendo ferida. Por outro lado, se já houver alguma inflamação e dor, após levantar a ponta da unha, você pode cortá-la, para interromper o processo de lesão da pele. Dias depois, quando a pele já não estiver mais inflamada, use as dicas acima para impedir que a unha cresça novamente em direção à pele, voltando a encravar.

Nos casos mais severos, com intensa inflamação e secreção purulenta, a dor costuma ser muito forte, dificultado a manipulação da pele e da unha. Se você não suporta a dor, esse processo pode ser feito no consultório médico com anestesia local. Se houver suspeita de infecção ou se o paciente tiver fatores de risco para complicações, o ideal é remover cirurgicamente a parte lateral da unha que está encravada. A cirurgia para unha encravada é muito simples e pode ser feita em alguns minutos no próprio consultório. No pós-operatório, aconselha-se o paciente a usar pomadas com antibióticos, geralmente à base de mupirocina.

Se a unha encrava com alguma frequência, o tratamento cirúrgico pode ser um pouco mais abrangente, removendo toda a parte lateral da unha, de forma a obrigá-la a crescer verticalmente, sem encostar na pele ao lado. Nos casos mais graves, indica-se a destruição química, por Laser ou cauterização de parte da unha e seu leito para evitar que a mesma volta a crescer.
Por Dr. Otávio Pinho Filho