Engana-se
quem imagina que a chapa majoritária do governador Flávio Dino (PCdoB) está
definitivamente fechada. Pelo menos duas vagas seguem em abertas, a de
vice-governador e o segundo nome para o Senado, isso sem falar na questão dos
suplentes dos senadores.
No dia 19
de abril, em reunião no Palácio dos Leões com os representantes dos partidos
que devem apoiar a reeleição do comunista, Flávio Dino tentou bater o martelo e
confirmar os nomes de Carlos Brandão (PRB) para vice-governador e Eliziane Gama
(PPS) para o Senado.
Só que
pelo menos quatro partidos – DEM, PT, PP e PR – alguns fundamentais para o
governador, bateram o pé, não aceitaram as indicações e seguem na briga pelas
duas vagas, uma vez que além do próprio Flávio Dino, o nome de Weverton Rocha
(PDT) está confirmado para o Senado.
Para
vice-governador, o DEM é o partido mais interessado e que segue na briga,
principalmente após a dúvida jurídica que surgiu sobre a inelegibilidade de
Carlos Brandão, que assumiu o Governo do Maranhão no período vedado pela
legislação eleitoral e pode ter ficado inelegível para qualquer outro cargo,
com exceção o de governador.
Já para o
Senado, o PT é o partido que tem demonstrado mais interesse. Além de querer a
vaga, o PT também não deve apoiar Eliziane Gama, mesmo que por ventura ela seja
a escolhida para a vaga.
Os
petistas, até de maneira coerente, afirmam que não podem pedir voto para uma
política que votou e trabalhou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff
(PT).
O
governador Flávio Dino deve marcar uma nova reunião com os partidos aliados
ainda nesse mês de maio, mas antes o comunista espera uma definição jurídica
sobre o caso de Carlos Brandão e um consenso, pouco provável, para as duas
vagas que seguem em aberto.