quarta-feira, 7 de julho de 2021
DRIVE THRU LITERÁRIO ACONTECERÁ AMANHÃ
PONTO DE VISTA - ATE QUANDO VAMOS IGNORAR A EDUCAÇÃO NO BRASIL -POR GASTÃO VIEIRA
Por Gastão Vieira
Um estudo publicado pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), em janeiro deste ano, sobre o impacto da reprovação escolar, do abandono escolar e da distorção idade-série em meninas e meninos brasileiros, mostra o abismo educacional no país provocado pela pandemia da Covid-19.
De acordo com os dados, baseados no relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de outubro de 2020, aproximadamente 4,1 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos tiveram dificuldade de acesso ao ensino remoto no ano passado. E cerca de 1,3 milhão abandonou a escola no primeiro ano da pandemia.
São números preocupantes porque entramos no segundo semestre de 2021 sem a mínima perspectiva para a volta às aulas presenciais. Se antes disso tudo, a desiqualdade entre alunos de escolas públicas e particulares já era quase intransponível, agora, não conseguimos enxergar o fim do túnel que separa esses jovens.
Aulas remotas, ensino híbrido, nada disso vai conseguir apagar esse vácuo na educação brasileira. São milhões de crianças, jovens e até universitários compleamente desestimulados com a falta de um plano de ação das autoridades para retomar o ensino de verdade.
E não basta apenas retornar às salas de aula, é preciso garantir a segurança sanitária desses alunos. É preciso garantir recursos para que as escolas e universidades façam as adaptações necessárias, como a instalação de pias, a compra de álcool gel e até mesmo o fornecimento de máscaras. Uma maneira de atrair novamente o aluno para dentro da sala de aula de forma segura.
A vacinação está avançando, mas as crianças e jovens em idade escolar ainda não foram imunizados. E isso acaba travando qualquer planejamento na questão educacional, principalmente nos ensinos médio e fundamental. E mais uma vez a educação vai perdendo o foco para as investigações sobre a compra de vacinas, as denúncias de propina, para o aumento no desemprego, para o reajuste da conta de luz, para os velhos problemas de um país que parece estar sem comando.
E onde tudo parece urgente e pra ontem, a educação vai passando despercebida. Não vemos nenhuma iniciativa para trazer os estudantes de volta à realidade escolar. Não estamos entendendo a importância de recuperarmos esse tempo perdido. E essa conta vai chegar.
Aliás, na verdade já chegou, principalmente, quando vemos que as portas do mercado de trabalho têm se fechado na cara dos jovens que, muitas vezes, não terminaram o ensino médio e até mesmo o fundamental. Jovens com capacidade de trabalho, mas sem nenhuma oportunidade de fugir do estigma do subemprego.
Precisamos quebrar esse ciclo vicioso, precisamos abrir os olhos para o que realmente pode fazer diferença no futuro pós-pandemia. Só uma educação de verdade pode criar oportunidades reais de desenvolvimento no país.
terça-feira, 6 de julho de 2021
CARTA COMPROMISSO É ASSINADA POR ALIADOS DE FLAVIO DINO
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), definitivamente não está disposto a repetir o erro de 2020, quando perdeu a eleição na capital, e quer evitar um racha no seu grupo político para o pleito eleitoral do ano que vem.
Na noite de segunda-feira (05), Dino reuniu líderes partidários e lideranças do seu grupo político para tratar sobre a eleição de 2022. O governador reiterou que, neste momento, é pré-candidato ao Senado e quer uma unidade em torno de um único candidato para o Governo do Maranhão.
Para solucionar o imbróglio, já que no seu grupo político existem duas das principais candidaturas ao Palácio dos Leões, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT), isso sem falar no deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), Dino destacou alguns critérios para a escolha do candidato do grupo.
O governador deixou claro que o nome escolhido precisa ter o apoio de todo o grupo e que tenha como meta principal à “continuidade da gestão” implementada por Flávio Dino.
Para sacramentar um alinhamento único, foi assinada uma tal “Carta de Compromisso”. Dino destacou a importância do encontro nas redes sociais.
“Nesta segunda, fiz reunião com líderes dos partidos que integram o nosso governo. Todos compareceram e fizemos ótimo debate sobre metas administrativas cumpridas e novos compromissos. A união faz a força, para seguir com políticas inovadoras e concretizando mudanças no Maranhão”, destacou o socialista.
A previsão de Flávio Dino é que entre novembro e dezembro, com as regras eleitorais já definidas, o grupo unido escolherá o nome que irá disputar o Governo do Maranhão.
COLUNA DO JOSÉ SARNEY - A REFORMA SEM FORMA
Por José Sarney
Não há palavra mais usada e gasta no vocabulário político do que reforma. Quando as coisas precisam mudar e parecem gastas, o caminho a que se lança mão é o apelo a reforma. Vem do Império o primeiro chamado forte a ela, para conjurar a República que já surgia. E veio do conselheiro Nabuco de Araújo, conservador que se tornou liberal e bradou, num momento de grandes dificuldades: “OU REFORMA OU REVOLUÇÃO!”.
Dizia que se não se fizesse uma grande reforma no sistema político, inevitavelmente viria a revolução. E aos trancos e barrancos fomos avançando em reformas parciais, a mais profunda delas a reforma eleitoral do Conselheiro Saraiva, que criou o voto direto.
Passei 51 anos no Congresso, deputado federal e senador, e tornei-me o político que mais tempo passou no Senado Federal. Em todos estes anos, não se passou uma só legislatura sem que houvesse uma reforma salvadora para ser votada — e nunca uma sequer foi completamente aprovada.
A mais ruidosa que presenciei não era uma reforma, mas um cacho delas, que o Governo João Goulart propôs sem que se soubesse exatamente o que era em seu conjunto, e cuja síntese, consolidada no famoso Comício das Reformas de 13 de março de 1964, de que até o ministro do Exército participou e no qual o presidente da República pronunciou um discurso violento, que precipitou outros atos pelo reformismo — como o dos Cabos e o dos Marinheiros —, o fez vítima da manifestação militar que nos levou a um regime autoritário que durou 20 anos.
Estas considerações que faço é para dizer que a mais necessária e urgente de todas as reformas é a política, que perdeu a oportunidade de ser feita na Constituição de 1988 e não foi construída até hoje. Assim, entramos num regime híbrido, parlamentarista e presidencialista, que, não se sustentando nas pernas, partiu para o chamado “presidencialismo de coalizão”, que é apenas uma real politics, em que o governo vive na corda bamba, fazendo concessões e criando instabilidade. O resultado são governos em que se vive de ameaças de impeachment contra o presidente e contra os ministros da Corte Suprema, e qualquer marola, a ser resolvida pelos partidos, pode bater num processo de impedimento.
Não há país que possa conviver com esse modo de governar. Precisamos ter a coragem de partir para o parlamentarismo, em que as crises derrubam os Gabinetes, mas não abalam a República.
Assim vivemos entre o dilema do tempo da capital no Rio de Janeiro — “a Vila Militar vai descer!” ou “Golpe!” — ou o de agora — o impeachment e os problemas militares. Isso não pode continuar. Assim a reforma urgente que temos que fazer é tornar o País governável.
As opções são a reforma política para valer, saindo do presidencialismo de coalizão, adotando um regime parlamentarista ou semipresidencialista e, para acabar com a multidão de partidos, o voto distrital misto — ou continuar vivendo de emendas constitucionais e medidas provisórias em pleno terremoto político.
segunda-feira, 5 de julho de 2021
MORREU DR. ITAGUACY COELHO
Foi encontrado agora pela manhã, pela sua empregada, caído e sem vida dentro do banheiro do seu apartamento em São Luís, o conceituado médico oncologista Dr. Itaguacy Coelho.
Bacabalense, ele trabalhava em vários hospitais em São Luís e em São José de Ribamar
O motivo da sua morte ainda não foi divulgado assim como o velório e sepultamento.
Aguardem mais informações
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LUTO
É com profundo pesar que informo o falecimento do nosso amigo Médico Cirurgião Geral e Oncológico, Dr. Itaguacy Coelho , ocorrido hoje de manhã em São Luís, deixando enlutada toda a classe médica do Maranhão.
Dr Itaguacy, natural da cidade de Bacabal, Cirurgião de rara habilidade cirúrgica, membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, meu contemporâneo, onde desde acadêmico, frequentávamos o Socorrão I, assim como muitos estudantes da nossa época, sendo um dos fundadores do Camar Ufma , (Centro acadêmico de Medicina Antônio Rafael), onde atualmente trabalhava no HUUPD, Hospital Aldenora Belo e no município de S. J. de Ribamar, nos deixa, ofertando um legado de muita luta e trabalho para vencer na vida e na profissão, onde sempre se destacou.
Vá em paz meu amigo e que Jesus te receba nas melhores moradas celestiais da casa do nosso Pai maior, Deus, e que conforte todos os corações e mentes dos seus amigos, familiares, pacientes, enfim, a todos os puderam ter a honra de lhe conhecer e aproveitar da sua companhia.
Fraternalmente
Dr. Érico Cantanhede
39 ANOS DE CADEIA PRA LUCAS PORTO
Terminou na madrugada desta segunda-feira (05), o julgamento do empresário Lucas Porto, acusado de estuprar e assassinar a própria cunhada, a publicitária Mariana Costa, crime acontecido em novembro de 2016.
Depois de seis dias de julgamento, onde foram ouvidas 21 testemunhas, Lucas Porto foi condenado a 30 anos de prisão por homicídio com quatro qualificadoras, sendo feminicídio, asfixia, impossibilidade de defesa e ocultação de provas, e 9 anos de prisão por estupro, totalizando a pena privativa de liberdade de 39 anos de reclusão em regime fechado inicial.
O juiz titular da 4ª Vara do Tribunal do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, foi o responsável por presidir o julgamento. O promotor de Justiça, Marco Aurélio Ramos Fonseca, foi o representante do Ministério Público no caso.
O juiz ainda negou ao acusado o direito de recorrer da decisão em liberdade.
domingo, 4 de julho de 2021
FLAVIO DINO REUNIRÁ COM CANDIDATOS DA BASE
Os resultados das pesquisas são os seguintes: Data Ilha/Jornal Pequeno, realizada entre 10 e 12 de Junho, ouvindo 2.179 eleitores e com margem de erro de 2 pontos percentuais (+ ou -): Roseana Sarney (22,8%), Weverton Rocha (13,3%), Carlos Brandão (11,9), Roberto Rocha (11,2%), Lahesio Bonfim (6,9%), Josimar de Maranhãozinho (5,4%), Simplício Araújo (1,0%), Não Sabe/Não Respondeu 24,6% e Nenhum (2,9%). Exata/Ponto & Vírgula, com 1.418 entrevistas feitas entre 23 e 28 de Junho, com margem de erro de 3.2 pontos percentuais (+ ou -): Roseana (29%), Weverton (19%), Roberto (10%), Edivaldo Jr. (8%), Brandão (6%), Josimar (5%), Lahesio (4%), Simplício (2%), Nenhum (7%) e Não Sabe (10%). E Escutec/O Estado do Maranhão, feita no período de 24/06 a 01/07 ouvindo 2.400 em todo o Maranhão – não forneceu a margem de erro -: Roseana (25%), Weverton (14%), Edivaldo Jr. (12%), Brandão (10%), Roberto (8%), Simplício (5%), Josimar (3%), Lahesio (3%), Nenhum (11%) e Não Sabe (9%).
As avaliações feitas por aliados de Weverton Rocha via de regra apontaram que Roseana Sarney “bateu no teto”. Mas uma análise cuidadosa conclui naturalmente que, por esse critério, o senador pedetista parece também ter alcançado seu “teto”, já que nos três levantamentos ele aparece no mesmo patamar, sempre 10 pontos atrás da emedebista. Carlos Brandão aparece em embolado com Roberto Rocha e Edivaldo Jr. e ameaçando Weverton Rocha. Mas quando se analisa o futuro, o vice-governador é, de longe, o que reúne as melhores condições: a partir de Abril do ano que vem, Weverton Rocha continuará senador, Roberto Rocha estará mais próximo de ficar sem mandato e Edivaldo Jr. continuará sendo apenas um ex-prefeito, enquanto o atual vice-governador ascenderá ao posto pelo qual todos estão brigando: será governador e candidato à reeleição.
Na conversa de ontem, o governador Flávio Dino teria confirmado sua candidatura ao Senado e pedido que os dois pré-candidatos entrem em acordo, de modo que um vá para a guerra com o apoio do outro e das forças que os dois consigam mobilizar. Se não concordaram com a fórmula, pelo menos não saíram do encontro politicamente mal-humorados, o que é um bom sinal. O governador Flávio Dino informou nas suas redes sociais: “Neste sábado, bom diálogo sobre o Maranhão com os companheiros senador Weverton e vice-governador Carlos Brandão. Seguimos juntos lutando a favor do nosso Estado”. O vice-governador Carlos Brandão fez um registro na mesma linha: “É sempre bom dialogar sobre política. Hoje, não foi diferente. Registro do encontro em que eu e o nosso governador Flávio Dino tivemos com o senador Weverton Rocha”. E o senador Weverton Rocha confirmou o clima positivo da conversa: “Sábado de reunião e boas conversas com o governador Flávio Dino e Carlos Brandão. Seguimos firmes no projeto, apostando na unidade e trabalhando pelo Maranhão”.
Também sob a forte repercussão da mudança partidária do governador, que migrou do PCdoB para o PSB, a reunião desta Segunda-Feira com os líderes partidários se dará num ambiente novo, mais bem definido, no qual o governador conta com uma base firme de quatro partidos (PSB, PCdoB, PT e PSDB) e o apoio dos demais que integram a aliança governista. Tudo indica que não será uma definição fácil nem sairá do encontro de hoje, que terá o sentido de conversa prévia, de avaliação, sem decisões açodadas. Afinal, o roteiro traçado há pouco tempo pelo governador Flávio Dino prevê o final deste ano como momento para a definição da candidatura que terá o seu aval.
Até lá, várias conversas com a mesma pauta acontecerão, sempre gerando expectativas.
HOJE É ANIVERSARIO DO CAPITÃO MENEZES
E quem completa mais uma primavera no dia de hoje, é o cantor, compositor, capitão da briosa Polícia Militar do Maranhão e estudante de direito, Menezes.
A festa está acontecendo em sua residência, para familiares e convidados com muita cerveja, churrasco, música ao vivo e petiscos preparados pela companheira Keylla.
Ao querido Capitão Menezes felicidades e muitos anos de vida.
DIAGNOSE - DICA DE SAÚDE- JULHO AMARELO
A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.
– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.
– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.
– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.
– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.
Formas de contágio:
As hepatites virais podem ser transmitidas pelo contágio fecal-oral, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos; pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, através do compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfuro-cortantes; da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical), e por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados.
O contágio via transfusão de sangue já foi muito comum no passado, mas, atualmente é considerado raro, tendo em vista o maior controle e a melhoria das tecnologias de triagem de doadores, além da utilização de sistemas de controle de qualidade mais eficientes.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para todos os tipos de hepatite, independentemente do grau de lesão do fígado.
A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.
Prevenção da hepatite A:
– a vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção;
– lavar as mãos com frequência, especialmente após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos;
– utilizar água tratada, clorada ou fervida, para lavar os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
– cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
– lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
– usar instalações sanitárias;
– no caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
– não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
– evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
– usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal, antes e após as relações sexuais.
Prevenção da hepatite B:
a vacina é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura; usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.
Prevenção da hepatite C:
Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção é importante:
não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc); usar preservativo nas relações sexuais; não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas; toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, HIV e sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.
Prevenção da hepatite D:
A hepatite D ocorre em pacientes infectados com o tipo B, portanto, a vacina contra a hepatite B, protege contra o tipo D, também.
Prevenção da hepatite E:
A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene, tais como as medidas para prevenir a hepatite do tipo A.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
ROSEANA SARNEY, ROBERTO COSTA E JOÃO ALBERTO COMANDAM O MDB
Decisão da convenção: Roseana Sarney comandará o MDB tendo Roberto Costa (à esquerda) como vice-presidente e João Alberto como presidente de honra
O MDB não lançará candidato a governador, e provavelmente nem a senador. Sob nova direção, eleita ontem, o partido vai concentrar seus esforços no projeto de recuperar, pelo menos parte da força que já teve, elegendo deputados federais e deputados estaduais. Tudo aconteceu como no script previamente negociado: o MDB realizou ontem convenção extraordinária e elegeu a ex-governadora Roseana Sarney presidente, o deputado estadual Roberto Costa vice-presidente e o ex-senador João Alberto presidente de honra. A eleição do novo comando emedebista se deu por unanimidade e sem concorrência. Na posse, Roseana Sarney repetiu que vai trabalhar com afinco para que o partido recupere pelo menos parte da força política e eleitoral que já teve no Maranhão, elegendo mais deputados federais e deputados estaduais, e participando das articulações envolvendo a corrida ao Governo do Estado e ao Senado. A ex-governadora foi mais moderada do que em entrevista recente à TV Mirante, quando declarou que estava articulando sua candidatura ao Governo, e deixou no ar até mesmo que esteja trabalhando para disputar cadeira na Câmara Federal, para ajudar no fortalecimento do partido. Não foi a grande festa partidária que alguns esperavam, mas a convenção sinalizou que o partido ainda tem lastro no Maranhão, como o da família Lobão, representada no ato pelo empresário e ex-senador Lobão Filho, que demonstrou certa empolgação com o novo momento do MDB.
Todos os dirigentes se declararam entusiasmados com a ascensão de Roseana Sarney ao comando do MDB. Mostraram acreditar que, no comando da máquina partidária tão bem cuidada pelo presidente João Alberto durante mais de três décadas, ela pode levar o partido a recuperar pelo menos parte da força que já teve no Maranhão, chegando a controlar nada menos que 84 prefeituras, vários deputados federais e alguns deputados estaduais, além de dois senadores e o governador – no caso, ela. Trucidado nas urnas em 2018, o partido, que perdera o Governo em 2014, ficou sem seus dois senadores em 2018, tendo conquistado apenas seis prefeituras em 2020.
O que aconteceu ontem foi o ponto alto de uma grande articulação interna entre a velha e a nova geração dentro do partido. No comando havia mais de três décadas, João Alberto deu vez à nova geração, comandada por Roberto Costa, que impediu Roseana Sarney de chegar à direção partidária em 2019, logo depois de ela não ter conseguido se eleger governadora pela quinta vez. De lá para cá, Roseana se articulou bem com as forças emedebistas e conseguiu virar o jogo, convencendo a ala jovem de que tem força para melhorar a situação da agremiação. Assim, conseguiu convencer João Alberto a se aposentar, ganhando o título honorífico, mas sem poder, de presidente de honra, e Roberto Costa a ajudá-la no processo, na condição de vice-presidente, com carta-branca para articular reforços.
Muito embora tenha dito que seu futuro será discutido pela cúpula partidária, Roseana Sarney caminha mesmo para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Mesmo liderando as pesquisas com média de 30% das intenções de voto, esse cacife praticamente desaparece sob o peso de uma rejeição que supera os 40%. As mesmas pesquisas indicam com clareza solar que ela não tem menor chance de disputar o senado com o governador Flávio Dino, que lidera com folga e sem qualquer ameaça. O projeto de se candidatar à Câmara Federal, portanto, além de viável no plano pessoal, pode até levar o partido a melhorar seu desempenho nessa seara, com a reeleição de Hildo Rocha e João Marcelo, podendo “puxar” mais um do partido. Se isso for concretizado nas urnas, ela desembarcará em Brasília em 2023 com razoável poder de fogo.
A convenção de ontem consolidou também a liderança do deputado Roberto Costa no partido. Afinal, foram os seus arrojados e inteligentes movimentos que criaram as condições para que o MDB maranhense esteja agora se levantando e sacudindo a poeira. Se vai dar a volta por cima, só será possível saber com o resultado das eleições do ano que vem.