É óbvio que o cenário político no Maranhão vai se modificar quando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), deixar a política partidária e retornar ao Judiciário, agora ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O atual governador Carlos Brandão (PSB), apesar de ser um político democrata e conciliador, passará a liderar sozinho o grupo político dominante, tendo a palavra final sobre as decisões políticas partidárias, inclusive sobre a disputa eleitoral de 2024.
Alguns sinais sobre a disputa eleitoral na capital maranhense tem chamado atenção dos mais atentos, afinal na política, assim como na vida, para bom entendedor, meia palavra basta.
O governador Carlos Brandão tem evitado dar declaração ou mesmo sinalizar qualquer direcionamento sobre a disputa para a Prefeitura de São Luís. Nesta semana, em entrevista ao O Globo, Brandão admitiu a possibilidade de optar por uma neutralidade, principalmente onde sua base tiver mais de um candidato.
“Existe a possibilidade de que eu não participe da eleição. Na maioria dos municípios, eu tenho os grupos políticos ao meu lado. Então, será que vale a pena? Dos 42 deputados estaduais, 42 me apoiam. Então, para que eu vou entrar em uma briga dessa? Prefiro fazer parceria com aqueles que ganharem”, disse.
Já o irmão de Brandão, o presidente do MDB, Marcus Brandão, em entrevista ao Ponto Final, na Rádio Mirante AM, ao ser perguntado sobre as disputas nas duas maiores cidades do Maranhão, São Luís e Imperatriz, teve respostas diferentes.
Em Imperatriz, Marcus Brandão sinalizou para um entendimento em torno da pré-candidatura do deputado estadual Rildo Almaral (PP), mas fugiu do debate em torno de uma definição na capital maranhense.
Os sinais sobre São Luís não são nada bom para o deputado federal e pré-candidato Duarte Júnior (PSB), que esperava contar com o apoio dos Brandão, mas, ao que parece, o fato de outros nomes da base governista estarem na disputa, podem levar os irmãos a uma neutralidade, pelo menos no 1º Turno.