quinta-feira, 9 de outubro de 2014

EM JOÃO PESSOA, DILMA CITA ÍNDICES NA ECONOMIA E ATACA GESTÕES DO PSDB




Na segunda escala do dia pelo Nordeste, a presidente Dilma Rousseff (PT) utilizou o palanque na noite desta quarta-feira (8), em João Pessoa, para atacar as gestões do PSDB no Planalto.

A candidata à reeleição citou índices na economia e sugeriu a possibilidade de elevação dos juros e do desemprego caso os tucanos retomem o poder. 

"Quando o outro projeto, o projeto tucano, do PSDB, dirigiu o nosso pais, muitos de vocês ainda eram muito jovens, por isso a gente tem que lembrar o que houve", afirmou Dilma, para em seguida citar que havia "salário pequenininho" e "desemprego alto" na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Além disso, eles elevaram os juros à estratosfera", disse a presidente, que criticou o economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central no segundo mandato de FHC e virtual ministro da Fazenda de Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência.

"Teve um ministro que se chama Armínio Fraga, esse ministro conseguiu que os juros médios praticados no Brasil fossem de 25%. Hoje é 11%. Conseguiram que o desemprego fosse 11,5%, hoje é 5%", afirmou.

A presidente disse que houve redução do ensino técnico federal sob FHC: "Conseguiram uma verdadeira e fantástica maldade com os jovens".

Citou o combate à corrupção como "fundamento moral" de sua gestão e disse que a Polícia Federal foi "aparelhada" na era tucana no Planalto.

"No passado, a Polícia Federal foi aparelhada. O diretor da Polícia Federal [Agílio Monteiro Filho, que ocupou o cargo entre 1999 e 2002] era filiado ao PSDB. No meu governo, diretor da Polícia Federal não é filiado a partido nenhum nem faz o jogo de partidos", afirmou.

Como havia feito na primeira agenda do dia, em Teresina, a presidente usou o Bolsa Família para se contrapor ao PSDB.

"Nós, com o Bolsa Família, atingimos a faixa de 50 milhões de pessoas [beneficiadas]. Eles chegaram, se muito, a cinco milhões."

 
ALIANÇA LOCAL


Na casa de shows que abrigou o ato, balões laranjas e vermelhos simbolizavam a união PT-PSB.

Dilma recebeu o apoio do governador Ricardo Coutinho (PSB), que fez campanha para Marina Silva (PSB) no primeiro turno.

O PSB fechou hoje (8) apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, mas liberou seus governadores para alianças diferentes.

Coutinho disputa contra o ex-governador tucano Cássio Cunha Lima (PSDB), que venceu o primeiro turno por margem apertada: 47,4% x 46%. 

Dilma teve uma vitória tranquila na Paraíba: 55,6% dos votos, ante 23,3% de Aécio % e 18,75% de Marina.

No palanque, Coutinho fez elogios a Dilma e criticou Aécio e Cunha Lima. Fez referência ao candidato tucano à Presidência como "candidato das elites" que tenta "partir o Brasil no meio". 

"A Paraíba não pode experimentar o retrocesso que significa a gestão do PSDB", disse Coutinho, anunciado pelo locutor do evento como "o governador de Dilma".

Sem fazer menção aos candidatos nacionais, Coutinho disse que, durante o governo do PSDB, "escândalos aconteciam e não eram apurados".

"Escândalos não se pode evitar. A grande diferença é se eram apurados ou colocados debaixo do tapete, como eram antes", afirmou.

Coutinho defendeu a reeleição de Dilma para evitar um "retrocesso". "A vitória de Dilma precisa ser maior inclusive do que aquela que nós tivemos nas eleições de Lula, nas eleições de 2010", disse o governador que tenta a reeleição.

O governador também conclamou o público a defender Dilma nas redes sociais –como havia feito para Marina no primeiro turno.

A Paraíba é o segundo Estado nordestino que a presidente visitou nesta quarta-feira. Antes esteve no Piauí. Até o final desta semana, ela ainda deve passar por Bahia, Sergipe e Alagoas. Nesta noite, ela já segue para Salvador, onde tem agenda política na manhã de quinta-feira (8)

Dilma decidiu neste segundo turno dar prioridade à região onde obteve 50% dos votos na primeira fase das eleições. Dos nove Estados, só não ganhou em Pernambuco, onde predominou o voto em Marina.

Marina se reúne com com FHC em São Paulo, diz porta-voz da Rede

 

A candidata derrotada à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, se reuniu nesta quarta-feira (8) com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em São Paulo, segundo informou o porta-voz da Rede Sustentabilidade, grupo político ao qual Marina pertence que tenta fundar um partido.
Marina saiu da disputa eleitoral no último domingo (6), após os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) terem os nomes definidos para o segundo turno com 43.267.668 votos (41,59%) e  34.897.211 (33,55%), respectivamente.
No dia da votação, Fernando Henrique Cardoso chegou a afirmar a jornalistas que gostaria de contar com o apoio de Marina caso o presidenciável tucano fosse para o segundo turno com Dilma Rousseff. Nesta quarta, o porta-voz da Rede informou que o encontro entre Marina e FHC ocorreu na casa do ex-presidente. Ele não explicou, no entanto, o teor da conversa
A ex-senadora participa na noite desta quinta, por teleconferência, de reunião da executiva nacional da Rede Sustentabilidade para definir o posicionamento do partido em relação ao segundo turno das eleições. A expectativa é que a Rede anuncie ainda nesta noite se apoiará Aécio Neves, Dilma Rousseff ou se adotará posição de neutralidade no segundo turno.

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