FILOSOFIA VANDRÉRALHIANA
“O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto
dela
E sonham com melhores
tempos idos
Contemplam essa vida n’uma
cela..
...Ê, ê, ô vida de gado
Povo marcado
Povo feliz.
(Zé Ramalho)
Por ter a minha vida
publicamente ameaçada, por ser injustiçado, agredido, execrado, caluniado, acusado
sem prova, por ter sido vitima de um complô armado por quem eu tinha como “amigos”, por não ser compreendido,
resolvi passar um longo tempo sem ir a Bacabal. Como as coisas não são como
planejamos, tive um problema no meu cartão de saque e como ele é da Caixa
Econômica Federal, agência de Bacabal, tive que quebrar minha promessa e
retornar à “boa” terrinha, onde só via, através dos escândalos na televisão e
nos blogs, principalmente os de Sergio Mathias, Louremar e Jota Erry a quem
sempre uso as teclas comtrol C e control V e sou muito grato por isso, Quinta-feira,
peguei o buzão da Guanabara as 08h, lí um bom livro durante a viagem e as 12h
estava na rodoviária de Bacabal. Logo ao entrar na cidade, já olhei o descaso transparente,
o cemitério da Mangueira totalmente abandonado e coberto pelo mato. Ao passar
na ponte, que lástima, ela está toda em ruina, com as pontas dos vergalhões à
mostra, anunciando um desastre, uma tragédia e para completar, parte do seu
corrimão improvisado por alguns pedaços de tabuas. Peguei um moto taxi e fui
até a Caixa Econômica, apenas nesse pequeno pedaço de chão, são incontáveis os
buracos. Todos falam por uma boca só: O prefeito
comprou duas fazendas na baixada, comprou uma fazenda em... e por aí vai.
Todos sabem que Zé Alberto é fazendeiro, esse é o seu verdadeiro ofício e
comprar fazenda, comprar gado, vender fazenda, vender gado, faz parte do seu
cotidiano, isso é totalmente normal.
O que não é normal é ver que o candidato
que muitos, inclusive eu, acreditavam ser o melhor para Bacabal, está deixando
a desejar e não se espantem se os gestores passados voltarem por cima e fazerem
uma nova e grande revolução, se continuar assim, esperem e verão. Não passei
mais que quinze minutos na Caixa Econômica e quando saí, encontrei o empresário
Laércio que chupava uma laranja, lhe cumprimentei e falei das mazelas que
assolavam a cidade e pra meu espanto, contrariando todos com quem falei, ele
foi enfático em afirmar que o prefeito Zé Alberto estava trabalhando.
Será??????????? Acho que não!!!!!!! Peguei outro moto táxi, só que desta vez
fui para a rodoviária pela rua Gonçalves Dias, passando pelo Cassino da Urca.
Alí está quase intrafegável. Enfim, cheguei na rodoviária e me senti o
bacabalense mais feliz do mundo na hora em que comprei a minha passagem de
volta. Passei exatamente uma hora em Bacabal, entrei no mesmo ônibus que me
levou até lá, sentei na mesma poltrona e “fuimimbora”.
Tirei um bom cochilo e ví que Zé Alberto é igual a todos os outros prefeitos e
que Bacabal é igualzinha a todas as outras cidades, com um detalhe, gente não é
gado e cidade não é fazenda.
Valente lugar tenente
De dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, fere, engorda e mata
Mas com gente é diferente”
“Geraldo Vandré”