terça-feira, 3 de março de 2015
O QUE ACONTECEU COM O VOO MH370 DA MALAYSIA AIRLINES? FAMILIARES AINDA BUSCAM RESPOSTAS
(Bloomberg)
-- “Onde está Patrick?”.
Jacquita
Gonzales podia ouvir a urgência na voz do interlocutor ao perguntar sobre seu
marido há 29 anos. Patrick Gomes era supervisor de bordo da Malaysia Airlines e
um de seus aviões havia desaparecido. Era sábado, 8 de março de 2014.
Quase
um ano depois, esta é uma pergunta sem respostas sólidas para a mulher de 52
anos ou para qualquer outra pessoa. Nada do voo 370 foi recuperado em 352 dias
e o jato comercial pode se tornar o primeiro da história a ter sido perdido sem
deixar vestígio. Sem os destroços do avião ou qualquer informação do que aconteceu,
os familiares, desesperados, estão tendo dificuldades para colocar um ponto
final no assunto.
“Há
enormes buracos, enormes lacunas nas nossas vidas”, disse Gonzales, uma
professora de creche em Kuala Lumpur.
Irritados
com o processo de busca como um todo e com a falta de informações novas, os
familiares formaram grupos de autoajuda nas redes sociais e também se reúnem em
Subang Jaya, nos arredores de Kuala Lumpur, para conversar pessoalmente. Eles
gritam, choram e debatem as muitas teorias conspiratórias em torno do MH370 --
o jato voou para o Afeganistão; foi abatido na China; pegou fogo. Mas
principalmente, eles se consolam.
Sarah
Bajc, uma professora americana de 49 anos, usa seu conhecimento de mandarim para
reunir parentes malaios e chineses daqueles que morreram. Ela também
estabeleceu uma investigação independente a respeito da desaparição do avião
com financiamento coletivo.
Ela
ainda está morando no apartamento de Kuala Lumpur que escolheu com Philip Wood,
um executivo da International Business Machines Corp., a IBM, de 51 anos, do
Texas. Ele estava no MH370 para embalar as coisas em sua casa em Pequim antes
de mudar-se para a Malásia.
Morte
presumida
“Eu
nunca passei por aconselhamento formal, mas mantive os pés no chão com a ajuda
de uma família forte e de amigos íntimos queridos”, disse Bajc. “Eu passo todos
os dias me concentrando naquilo que posso controlar. Eles têm tratado a
investigação como uma piada, têm sido insensíveis e maliciosos no tratamento
dado às famílias. O mundo não deveria aceitar esse comportamento incompetente,
irresponsável e egoísta”.
Após
327 dias de buscas pelo avião, em 29 de janeiro o departamento de aviação civil
da Malásia finalmente declarou o voo 370 um acidente e as mortes presumidas de
todos os que estavam a bordo. A decisão foi tomada para ajudar as famílias a
conseguirem assistência, incluindo indenização. O governo da Malásia privatizou
a empresa aérea, planeja realizar demissões e nomeou um novo diretor-executivo
para reestruturar a companhia.
“Temos
nos empenhado e seguido cada pista verossímil e analisado todos os dados
disponíveis”, disse Azharuddin Abdul Rahman, diretor-geral do departamento, em
um comunicado no dia 29 de janeiro. A informação “apoia a conclusão de que o
MH370 terminou seu voo na parte sul do Oceano Índico”.
Desaparecimento
sem vestígios
Mesmo
depois de uma busca multinacional por 4,6 milhões de quilômetros quadrados do
Oceano Índico, ou cerca de 1 por cento da superfície da Terra, o mundo está
pouco mais próximo de descobrir o que realmente aconteceu com o voo 370 e as
239 pessoas que estavam a bordo. Os investigadores ainda tentam entender como
uma das aeronaves mais sofisticadas da aviação moderna simplesmente desapareceu
sem deixar nenhum vestígio.
“Isto
é, realmente, de uma escala inédita. Não consigo me lembrar de uma busca tão
difícil como essa”, disse Ken Mathews, ex-investigador de acidentes aéreos que
trabalhou para o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA e
também para seus pares do Reino Unido e da Nova Zelândia, por telefone, de
Cairns, Austrália. “Sem nada específico para continuar é muito difícil”.
O
voo 370 da Malaysian Airline System Bhd., com 227 passageiros e 12 tripulantes
a bordo, desapareceu enquanto realizava um voo comercial de rotina de Kuala
Lumpur a Pequim. O avião foi deliberadamente desviado da rota, disse o
primeiro-ministro malaio, Najib Razak.
Nenhum
corpo
Barcos
munidos com sonares capazes de avistar objetos do tamanho de uma caixa de
sapatos não encontraram nenhum item fabricado pelo homem em 22.000 quilômetros
quadrados de leito oceânico coberto de lodo -- nenhum assento, colete
salva-vidas ou qualquer objeto que normalmente flutue se um avião cai no mar
--. A fase atual de investigação deverá ser concluída em maio, quando os
escâneres dos sonares terão examinado uma área de cerca de 60.000 quilômetros
quadrados.
O
fato de as buscas não encontrarem nenhum corpo apenas aumenta a dor daqueles
que estão de luto.
Querer
ver os restos mortais é importante para convencer a mente e conseguir encerrar
o assunto, segundo Wallace Chan Chi-ho, um especialista em luto e professor
assistente da Universidade Chinesa de Hong Kong. Esse comportamento é comum
entre pessoas que perderam entes queridos em desastres, como os ataques de 11
de setembro de 2001 nos EUA, disse ele.
“É
difícil compreender o sentimento de perda, especialmente quando os cadáveres
não podem ser encontrados. Ver os corpos sem vida é parte do processo de luto”,
disse ele por e-mail. “Pessoas de luto podem muitas vezes se reunir, pois elas
podem encontrar uma compreensão mútua. De alguma forma, é difícil para as
outras pessoas entendê-las”.
Irritação
dos familiares
A
decisão do governo da Malásia de declarar mortas as pessoas que estavam a bordo
só irritou os familiares.
Os
parentes dos passageiros chineses, que somavam 153 a bordo, viajaram a Kuala
Lumpur para tentar se reunir com as autoridades malaias, segundo a página no
Facebook da MH370 Families, uma organização sem fins lucrativos. Não deem a
eles uma “sentença de morte” sem uma forte evidência, diz uma postagem de 13 de
fevereiro.
“Por
enquanto, eu não posso aceitar um resultado assim, com poucas evidências
entregues a nós”, disse Bai Jie, 23, cuja mãe estava a bordo do voo
desaparecido, por telefone, de Pequim, em 29 de janeiro. “Eles anunciaram
rapidamente o resultado sem uma comunicação suficiente com os familiares”,
disse ela.
Nos
62 anos desde que um voo De Havilland Comet de Londres a Joanesburgo deu o
pontapé inicial na indústria moderna de aviação de passageiros, nenhum jato
comercial programado jamais desapareceu sem deixar vestígio.
Os
investigadores monitoraram a aeronave até um trecho remoto ao sul do Oceano
Índico com base em uma série de conexões fracassadas entre o avião e um
satélite Inmarsat Plc, depois que ele voou na direção sul antes de seu
combustível acabar, a cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth,
Austrália.
“As
pessoas dizem que é melhor assim, mas não muda nada para mim se não há
respostas”, disse Grace Subathirai Nathan, 27, cuja mãe, Anne Catherine Daisy,
uma executiva da Axa Affin General Insurance, desapareceu no voo malaio.
“O
que eu senti no dia 8 de março eu ainda sinto hoje”, disse ela. “Eu tento
continuar com a minha vida, mas eu não consegui superar isso. Às vezes eu me
pego chorando indo para o trabalho ou na volta”.
segunda-feira, 2 de março de 2015
JUSTIÇA DEVOLVE PIANO E CARRO A EIKE BATISTA
A
Justiça Federal devolveu ao empresário Eike Batista um piano e um carro Range
Rover apreendidos pela Polícia Federal no início de fevereiro. O instrumento e
o automóvel estavam no condomínio onde mora o juiz titular da 3ª Vara Federal
Criminal do Rio, Flávio Roberto de Souza.
O carro, que
permanecia estacionado na garagem do edifício do juiz, na Barra da Tijuca, zona
oeste do Rio, teve a guarda devolvida ao filho de Eike, Thor Batista. Já o
piano, que estava na casa de um vizinho de Souza no mesmo condomínio, voltou
para a casa do empresário. Mas, segundo Sérgio Bermudes, advogado do
ex-bilionário, o instrumento chegou com parte da tampa danificada. Os bens
foram entregues na noite de sexta-feira.
O piano danificado
foi levado por uma transportadora, enquanto o Range Rover chegou guiado por
agentes da Polícia Federal. A decisão de tornar o empresário fiel depositário
dos bens apreendidos foi do juiz substituto da 3ª Vara Federal, Vítor Barbosa
Valpuesta.
Encarregado de dois
processos que Eike responde na Justiça, o juiz Flávio Roberto de Souza foi
flagrado no último dia 24 ao volante do Porsche Cayenne turbo placa DBB 0002
que pertencia ao empresário. Após uma intensa polêmica sobre o uso dos bens
apreendidos, a corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi,
determinou na última quinta-feira (26) que Souza deixasse os processos ligados
ao empresário por considerar um risco o "juiz manter em sua posse
patrimônio particular". No dia seguinte, Souza encaminhou à Corregedoria
Nacional um pedido de licença médica para se afastar do cargo por 15 dias. O
juiz substituto Vitor Valpuesta assumiu em seu lugar as atividades da 3ª Vara
Criminal.
Apesar da licença
médica e da determinação da ministra, o julgamento sobre o pedido de
afastamento do juiz feito pela defesa de Eike está mantido na pauta da próxima
terça-feira da 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal. Na sessão,
os desembargadores definirão se anulam os atos praticados por Souza na ação,
incluindo a apreensão dos bens do empresário.
ANIVERSÁRIO DE DR. URUBATAN
Domingo,
1º de março, estava deitado fazendo valer a celebre frase do poeta Djavan, “Um dia frio, um
bom Lugar pra ler um livro” quando chegaram na minha casa o compositor e poeta
Chico Poeta e o cantor Kosta Netto. Batemos um bom papo e o Chico, que me
presenteou com o novo CD de Dumar Bosa, teve que se retirar.
Não
demorou muito e chegou o biólogo Eduardo Brasil, o tenente coronel Marques Neto
e o coronel Marcos Pimentel. Começamos
um excelente bate papo e foi chegando gente, Thais, esposa de Kosta Neto trouxe
consigo sua mãe e mais uma amiga e mais um casal de amigos.
Então
nos preparamos para ver Botafogo e Flamengo e para completar a festa apareceu o aniversariante do dia, o
Dr. Urubatam com sua namorada Eleticia e mais sua cunhada com seu filho.
Teve
bolo,parabéns pra você, refrigerante, sopro de vela e tudo mais. A decepção
ficou por parte do Flamengo que perdeu para o Botafogo. Apesar da derrota, A
festa foi maravilhosa.
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