Ladeada por seu esposo
Alberto Trabulsi e por seu filho Zezim Trabulsi, subiu ao céu a senhora
Florípedes Silva Trabulsi, mais conhecida como Dona Florípedes.
Natural de
Tiquara, povoado de Vargem Grande, lugar
onde seu corpo repousa ao lado dos seus pais, ela muito nova mudou-se para
Bacabal junto com seu esposo, Alberto Trabulsi onde fez história e teve seus
filhos, Zezim, Graciete, Graça, Liane, Kalil, Betico, Rachid e Kennedy.
Acostumada sempre com a casa cheia de gente, ela
teve uma vida bastante alegre já que a música, a poesia, a arte, a cultura eram
a alma da sua residência, a mágica dos seus dias, a plástica até do seu último
suspiro.
Dona Florípedes era aquela mãezona, tinha no seu
jeito irrequieto a linda mania de ajudar ao próximo e durante todo o tempo em
esteve entre nós, teve tempo para escrever no livro da nossa memória, sua bela
história que lentamente a lembrança nos faz ler capitulo por capitulo, e são
muitos.
Brincalhona, ela se adaptou também as brincadeiras
dos filhos, compartilhou com o jeito e o modo de cada um, com o zoadento Zezim Trabulsi,
seus recitais e seus acervos músicas, com
a especialidade de Graça, com as cavaquinhadas, banjadas e pandeiradas de Kalil, com as
propagandas de Betico, com as viagens de Rachid, com a calma de Keneddy, com os
discursos de Graciete e com a paciência de Liane. Ela amou todos os dias em que
estavam todos juntos e tudo misturado, pandeiro, sanfona, violão, banjo,
triangulo, gaita, vozes, musica, tudo isso, mesmo em desarmonia, soavam harmonicamente em seu ouvido como uma bela canção, que
"Atrabulsada", acalentada suas horas e espantava toda tristeza.
Dona Florípedes deixa Bacabal muito diferente do que quando chegou, mas
chega no céu bem acompanhada e de lá, saberá em seu cantinho, o quanto foi
importante para vida de uma cidade, de uma família, de um lar.
Dona Florípedes
* 29 - 03
- 1927
+ 02 - 07
- 2015
Descanse em paz.