Muito se tem falado sobre a eleição governamental
de 2018 e vou entrar hoje nessa conversa, aqui com você, que me lê agora.
Uma matéria publicada em alguns blogs faz alguns
dias, nos dá conta de que são pelo menos cinco os candidatos propensos a
disputar o direito de residir no Palácio dos Leões entre 2019 e 2022: Flávio
Dino, Roseana Sarney, Roberto Rocha, Eduardo Braide e Maura Jorge. Certamente
haverá também um, dois ou até quem sabe três candidatos daqueles tediosos
partidos de extrema esquerda.
Nem vou me aprofundar no fato de eu não acreditar
que Roseana e Braide, no frigir dos ovos, serão candidatos, por isso analisarei
o quadro como apresentado na citada matéria dos blogs.
Vejamos! Aprendi bem cedo que a boa política se faz
com grupo e sendo assim quais partidos formarão os respectivos grupos dos
candidatos postos?
Flávio Dino parece ter vantagem neste quesito. Vou
usar uma analogia matrimonial para exemplificar! Ele é casado com o PC do B,
mas tem como amantes fixas, em ordem de importância, o PDT, o PT, o PSB e o
PPS. Está noivo do DEM, do PP e do PRB. Ele namora firme com o PTB, o PEN, o
PHS e outros semelhantes… E não quer perder o amor do PSDB, rompimento que
acredito, será inevitável. Vendo este quadro, chego à conclusão que nosso atual
governador tornou-se um verdadeiro Barba Azul, personagem que seduzia muitas
mulheres com seu charme e seu poder. Flávio havia prometido fazer política de
forma diferente de seus antecessores, mas também neste quesito faz tudo igual,
como antigamente.
Roseana Sarney tem garantidamente consigo o amor do
PMDB e deve contar com a volúpia de partidos como o PSC, o PSDC… No passado,
ela era cheia de amores partidários, agora, só conta com os amores de casa
mesmo.
Roberto Rocha deve se divorciar do PSB e casar com
o PSDB. Fazer isso é uma questão de sobrevivência para ele, mas precisa ser
hábil para fazê-lo.
Braide tem o PMN e não sei mais quem!
Da mesma forma, Maura parece estar casada com o
jovem partido PODEMOS, cujo nome nem sei se devo escrever todo em letras
maiúsculas!
Fico imaginando a dificuldade que terá cada um
desses grupos em montar as chapas para as disputas eleitorais.
Aparentemente Dino não terá dificuldade alguma.
Terá é que rejeitar candidatos. Roseana também não terá problemas quanto a
isso, mas com os demais isso não acontecerá, pois além de um candidato ao
governo e seu vice, será necessário que tenham dois candidatos ao senado e seus
quatro suplentes. Arrumar nomes para compor as chapas é fácil, mas arrumar
nomes capazes de fazerem essas chapas conquistarem efetivamente votos, isso já
é bem mais difícil e até impossível para alguns.
Resumindo: Candidatos em condição de apresentar
chapas que possam realmente disputar a eleição de governador e senadores em
2018, só Flávio e Roseana.
Dito isso, fica a questão específica dos partidos
nas composições das chapas. Como já comentei, Maura, Braide e Roberto vão ter
que arrumar soluções caseiras para montar seus times. O mesmo vai acontecer com
Roseana, com uma diferença importante, que o seu grupo e o seu partido tem
quadros suficientemente fortes para compor sua chapa.
Caso realmente Roseana seja candidata, coisa que
repito, não acredito, seu vice deverá ser um grande agregador de votos da
região tocantina ou da região dos cocais, mas quem quiser fazer uma boa aposta,
jogue no nome de João Alberto para vice, ele também é uma boa escolha.
Para o senado, uma vaga é de Sarney Filho e a outra
será de Lobão, se ele assim desejar, coisa que acredito não acontecerá, ficando
a opção para Lobão Filho, já que Gastão já avisou que será candidato a deputado
federal.
Os primeiros suplentes de cada candidato ao senado,
a meu ver estão claros! O de Zequinha deve ser Clovis Fecury e do outro
candidato, alguém da importância política e eleitoral de um Ildon Marques ou de
um Paulo Marinho, resta saber em que partidos estão, se eles podem ser
candidatos ou se preferem concorrer a deputado federal. Os segundos suplentes
sempre foram nomes de composição e acomodação, o que deverá ocorrer novamente.
Enquanto isso no Palácio dos Leões as coisas estão
mais difíceis. Lá tem muito cacique e pouco índio, e dos caciques que existem,
tirando o atual morubixaba, só vejo Weverton Rocha com mais desenvoltura, sendo
que os jovens caciques Jucelino e Fufuquinha, respaldados na importância de
suas legendas podem sentar em volta da fogueira com algum crédito. Talvez isso
possa acontecer também no que diz respeito a Luciano Leitoa e Cleber Verde.
Mais do que estes, nenhum outro chefe político dessa tribo vai apitar. Lógico
que não incluí aqui o nome do pajé da tribo, que será ouvido em qualquer
situação. Marcio Jerry.
Nessa taba haverá um problema muito grave a ser
resolvido. Que destino será dado ao atual vice-governador, Carlos Brandão, caso
ele perca o controle do PSDB!? Algum dos partidos do grupo deve acolhê-lo e
talvez, quem sabe, indicá-lo novamente a disputar o cargo de vice-governador.
Outra possibilidade é ele concorrer para uma das vagas de senador, mas isso é
menos provável!
Resta saber quais partidos estariam dispostos a
fazer isso. Os mais fortes, que poderiam bancá-lo para continuar na chapa de
Dino, em ordem de importância são: DEM, PP, PSB e PT. Veja, não incluí nesta
lista o PDT, pois ele quer a primeira vaga de senador nesta chapa para seu
presidente, Weverton Rocha e sendo assim não deve pleitear a vice. O mesmo deve
ocorrer com o DEM, já que o presidente da Câmara dos Deputados está em campanha
para atrair para sua legenda os descontentes de alguns partidos, entre eles o
PSB de Zé Reinaldo que poderá ser candidato ao senado pela legenda democrata.
Será que algum destes partidos desejará fazer
isso!? Lanço essa pergunta por que se Flávio Dino for reeleito governador, seu
vice será o próximo governador do estado do Maranhão! Já pensaram nisso!?
Alguém mais obtuso poderia pensar!… Se é que
pessoas obtusas pensam!… Por que não colocam então o Marcio Jerry de vice!?
Respondo! Porque até para os maiores construtores, um edifício precisa de um
alicerce sólido, que não esteja integralmente apoiado em outro!
Voltemos. Primeiro eles tem que resolver o destino
de Brandão, que também poderá vir a disputar uma vaga de deputado federal, e nesse
caso Flávio tem obrigação moral de garantir a eleição dele, em retribuição ao
seu apoio, garantindo o PSDB na eleição de 2014.
Fica uma pergunta! Não sendo Brandão, quem deverá
ser o candidato à vice de Flávio?
Há o eterno candidato a vice-governador, representando
Imperatriz e a região tocantina, meu amigo e confrade, o Pastor Porto! Há o
empresário Francisco Oliveira, grande industrial de Codó! Há o ex-prefeito de
Caxias, ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho!…
Já declarei no Twitter que a única possibilidade de
eu cogitar votar em Flávio Dino seria se Felipe Camarão fosse o seu vice, o que
indicaria que quatro anos depois, ele seria governador do Maranhão, cargo para
o qual eu acredito que ele estará totalmente preparado na ocasião.
Mas isso é um desejo meu. Uma ideia de minha mente
inquieta que às vezes penso que seja também fértil e produtiva. O que essa
tribo vai fazer não se sabe, mas se Felipe fosse o candidato à vice de Flávio e
este vencesse a eleição, no futuro, o Maranhão teria um jovem, bom e sábio
governador.
Quanto a Felipe, existem pessoas que imaginam para
ele destinos diferentes. Uns querem que ele seja em 2020 o candidato a
enfrentar Eduardo Braide na disputa pela prefeitura da capital e outros
imaginam que ele possa vir a ser candidato a senador já em 2018. As duas ideias
o subaproveitam!
Quanto às duas vagas ao senado, existem neste grupo
palaciano pelo menos quatro candidatos. Weverton, Zé Reinaldo, Waldir e
Eliziane. Os dois últimos, em minha modesta opinião, estão jogando, barganhando
para tentarem se reeleger deputados federais ou até mesmo estaduais. Suas
candidaturas ao senado são mais fracas que água de lima! Jamais ganhariam de
qualquer um dos candidatos da tribo adversária! Esqueçam!…
Acredito piamente que os candidatos do grupo de
Flávio serão mesmo Weverton e Zé Reinaldo!
Estabelecido que os candidatos deste grupo são os
citados, a indicação de seus suplentes é uma questão de acordos internos, onde
muitos fatores irão atuar e influenciar, como de resto acontece em casos como
este. Aparecem aqui nomes fortes como o do empresário Francisco Oliveira, já
aventado para vice, do pastor Porto, idem, e outros que possam agregar força
eleitoral e política aos candidatos.
Outras coisas devem ser analisadas. Maura não perde
nada sendo candidata. Deputada ela se elegeria sem dificuldade, mas se perder,
que é o que deve acontecer, ela facilmente se elegerá novamente prefeita de
Lago da Pedra.
Braide tem que decidir se é candidato! Se aceita
correr o risco de perder e ficar sem mandato por dois anos para em 2020
candidatar-se a prefeito de São Luís. Há quem diga que ele será candidato a
deputado federal.
Roberto Rocha não perde nada em se candidatar. Como
senador terá ainda quatro anos de mandato para tentar recompor-se, caso perca a
eleição. Voltar ao senado em 2022 será mais difícil, uma vez que é bem possível
que enfrente Flávio Dino nessa disputa, que estará saindo do governo, caso
ganhe em 2018.
Existe uma última coisa que precisa ser dita. O
fator mais preponderante desta eleição é a candidatura ou não de Roseana
Sarney. Se ela for candidata o bicho vai pegar. Se não for, Flávio vencerá sem
muita dificuldade.
Roseana sendo candidata e perdendo, sepultará sua
perspectiva de poder. Mas devo reconhecer que se não for agora, daqui a quatro
anos ela terá muito menos chance de ganhar.
Sendo ou não candidata, Roseana vai eleger uma
grande bancada de deputados estaduais, um bom número de deputados federais e
uma das vagas de senador em disputa.
A eleição de 2018 será uma com Roseana nela, e
outra, totalmente diferente, sem Roseana. A palavra está com ela.
Incrivelmente, por mais que os atuais governistas
não aceitem essa ideia, ainda em 2018 será de Sarney a decisão sobre o destino
do Maranhão.