quinta-feira, 2 de julho de 2020

EDUARDO BRAIDE VOTA COM COERÊNCIA

A Câmara Federal, assim como o Senado, aprovou a PEC que adia as eleições municipais deste ano em aproximadamente 45 dias, saindo de outubro para novembro. A Bancada Federal do Maranhão, tanto na Câmara como no Senado, em sua maioria votou favorável ao adiamento.

No entanto, um voto em especial chamou a atenção. O posicionamento responsável e coerente do deputado e pré-candidato a Prefeitura de São Luís, Eduardo Braide (Podemos).

Braide, em todas as pesquisas já divulgadas, lidera com folga a corrida pela Prefeitura de São Luís, com chances até de vitória em primeiro turno. Ou seja, para qualquer político nessa cômoda, mas sempre perigosa situação, quanto mais rápido acontecer o processo eleitoral, melhor será.

Só que Braide, mais uma vez, demonstrou a sua responsabilidade e a sua coerência, votando pelo adiamento do pleito eleitoral. Desde o início da pandemia, quando questionado sobre um eventual adiamento, Braide sempre foi categórico em afirmar que a decisão não poderia ser política, mas sim técnica (reveja).

Questionado pelo titular do Blog pelo seu posicionamento na votação da Câmara Federal, Braide reafirmou sua postura.

“Sempre defendi que a Ciência que definiria um adiamento ou não da eleição. Como todos os especialistas ouvidos nesse debate disseram que o melhor para a saúde dos eleitores brasileiros seria o adiamento, não poderia jamais votar diferente”, afirmou.

Braide deixou que claro priorizou a saúde do eleitor, da população de uma maneira geral, em detrimento de uma busca desenfreada pelo poder, como temos percebidos por alguns outros pré-candidatos.

Agindo assim, com responsabilidade e coerência, novamente Eduardo Braide demonstra que está preparado para desafios maiores na política, como comandar a capital maranhense nos próximos quatro anos.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

LIVE TRIO NÓ - PARTiCIPAÇÃO MAESTRO VICTOR PARAIBA


DIAGNOSE- PLANTÃO CORONAVIRUS - MARANHÃO ULTRAPASSA 80 MIL CASOS DA COVID-19

Apesar da boa notícia de que o Hospital Universitário desativou a ala destinada exclusivamente para a Covid-19, após dar alta a última paciente, os números seguem altos no Maranhão.

O boletim da Secretaria de Saúde do Maranhão da noite de ontem,  terça-feira (30), apontou que o estado ultrapassou 80 mil casos da doença, mais 36 novos óbitos e chegamos a mais de 5 mil suspeitos.

De acordo com o novo boletim da SES, tivemos 36 novos óbitos (15 na Região Metropolitana e 21 no interior maranhense), mais 1.482 novos casos (116 na Região Metropolitana e 1.366 no interior maranhense).

Com isso, o balanço atual do coronavírus no Maranhão é o seguinte: 80.451 casos, com 2.048 mortes, 61.093 pessoas recuperadas, 5.088 suspeitos e já são 215 municípios maranhenses que já tiveram registros oficiais Covid-19. Ou seja, já temos quase 99% das cidades do Maranhão com pessoas infectadas.

Para a SES, apenas duas cidades não teriam o registro da doença, são elas: Lagoa do Mato e São Félix de Balsas.

Sobre os leitos, atualmente a ocupação de leitos de UTI na capital é de 78,98%, já de leitos clínicos é de 27,65%. No interior, com exceção de Imperatriz, a ocupação de leitos de UTI está em 58,45% e leitos clínicos em 48,71%. Já em Imperatriz, a ocupação de leitos de UTI alcançou 85,19%, já de leitos clínicos, a taxa é de 80,25%.

Vale destacar ainda que, até o momento, já tivemos 2.353 profissionais da Saúde infectados, mas com 2.200 recuperados e, infelizmente, 40 óbitos durante toda a pandemia.

Os 36 novos óbitos vieram: Alto Alegre do Maranhão (01); Pindaré Mirim (01); Imperatriz (01); Dom Pedro (01); Bom Jardim (01); Brejo (01); Bom Jesus das Selvas (01); Altamira do Maranhão (01); Magalhães de Almeida (01); Porto Franco (01); Lago do Junco (01); Colinas (01); Vargem Grande (01); Barreirinhas (01); Porto Rico (01); Lago da Pedra (01); Tutóia (02); Santa Inês (03); São José de Ribamar (03); São Luís (12).
 
Por Dr. Otávio Pinho Filho

GOVERNO LIBERA AULAS PRESENCIAIS A PARTIR DE 3 DE AGOSTO


O Governo do Estado publicou, na tarde de ontem,  terça-feira (30), o decreto n° 35.897, que autoriza o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino em todo Maranhão, a partir do dia 03 de agosto. O documento mantém as aulas presenciais suspensas até dia 2 de agosto e aponta as diretrizes para o retorno das atividades presenciais, das diversas instituições de ensino. Confira o decreto aqui.
De acordo com o decreto, de maneira excepcional, poderão ser realizadas no mês de julho de 2020, aulas práticas do último período dos cursos de instituições de ensino superior, especialmente da área da saúde, garantindo aos estudantes a conclusão da graduação e possível inserção no mercado de trabalho. Além disso, podem também ser realizadas aulas nos cursos pré-vestibulares e cursos de idiomas, desde que cumpridas as medidas de distanciamento social e com rotina semanal máxima de três dias de atividade.
A partir do dia 3 de agosto, todas as demais instituições de ensino estão autorizadas a retomarem suas atividades educacionais presenciais. A definição da data para o retorno e o estabelecimento dos protocolos pedagógicos caberão ao respectivo órgão responsável por cada instituição, sendo Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para as escolas da rede pública estadual; aos colegiados superiores das universidades e demais instituições de ensino superior; e às prefeituras para as escolas ligadas às redes municipais. Para as escolas da rede privada, a data para retorno e o estabelecimento dos protocolos pedagógicos deverão ser definidos em conjunto entre pais e/ou responsáveis e instituição de ensino.
O secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, esclarece que na rede pública estadual, as aulas serão retomadas de maneira sequencial e gradativa, devendo iniciar, primeiramente, pelas séries mais avançadas. “Ainda dentro das ações que adotaremos para esse retorno, está previsto o ensino híbrido como uma das formas para evitarmos aglomerações nas escolas. Estamos planejando essa volta com muita cautela, pensando principalmente na segurança da comunidade escolar”, destacou.

OPINIÃO – CADERNO ESTADO MAIOR- POSIÇÕES

A Câmara dos Deputados colocará em pauta hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda o calendário eleitoral de 2020. O texto, que veio do Senado, coloca as eleições para o mês de novembro, adiando em 42 dias a data constitucional. Sobre o tema, as negociações na Casa permanecem e os deputados do Maranhão divergem quanto à mudança na data do pleito.

À coluna, dois deputados se declararam contrários ao adiamento das eleições. O primeiro é Hildo Rocha (MDB), que diz que há inconstitucionalidades na PEC aprovada pelos senadores. Para ele, são necessárias mudanças no texto.

Antes disso, Rocha já havia dito que adiar as eleições enfraquecerá a democracia e defende a adaptação da campanha ao período de pandemia do novo coronavírus.

O deputado do PL, pastor Gildenemyr, também votará contra o adiamento. Segundo ele, há incertezas sobre a chamada segunda onda da Covid-19 no Brasil e esta segunda onda, ainda de acordo com o parlamentar, pode coincidir com a nova data proposta pelos senadores.

Era contra e se tornou favorável o deputado do PTB, Pedro Lucas Fernandes. Ele ouviu os argumentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e “percebeu” que a melhor saída é mudar o calendário eleitoral.

Baseando-se nos números do novo coronavírus no Brasil, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) declarou à coluna que é favorável ao adiamento das eleições. Esse adiamento, aliás, muito pode favorecer o candidato do seu partido, em São Luís, Rubens Júnior, que notadamente precisa de mais tempo para tentar alavancar sua candidatura.

Se colocou ainda em dúvida o deputado Juscelino Filho (DEM). O mais provável é que ele vá pelas mudanças no calendário eleitoral, já que seu partido assim quer.

Os deputados ainda estão ouvindo os aliados no Maranhão – muitos pedem que as eleições se mantenham em junho. Por isso, nem todos os parlamentares definiram seus votos. Além disso, claro, há uma negociação evidente na Câmara para que a matéria seja votada.

Também é a favor – O deputado do MDB, João Marcelo de Sousa, também votará a favor de adiar as eleições no Brasil.

Segundo ele, a campanha está prejudicada devido à pandemia e é preciso de mais tempo para que os candidatos possam buscar o voto dos eleitores.

João Marcelo acredita que a data de 15 e novembro para o primeiro turno e 29 do mesmo mês para o segundo é a melhor opção neste momento de pandemia.

Estado Maior

terça-feira, 30 de junho de 2020

MARANHÃO ULTRAPASSA 2 MIL ÓBITOS AINDA EM JUNHO



Como este Blog previu, infelizmente, o Maranhão alcançou o vergonhoso número de dois mil óbitos na pandemia do novo coronavírus. O Maranhão foi o sétimo estado a alcançar essa lamentável marca, anteriormente já haviam alcançado esse número: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Amazonas e Pará.

De acordo com o novo boletim da SES, desta segunda-feira (29), tivemos 30 novos óbitos (12 na Região Metropolitana e 18 no interior maranhense), mais 457 novos casos (69 na Região Metropolitana e 388 no interior maranhense).

Com isso, o balanço atual do coronavírus no Maranhão é o seguinte: 78.969 casos, com 2.002 mortes, 59.100 pessoas recuperadas, 4.720 suspeitos e já são 215 municípios maranhenses que já tiveram registros oficiais Covid-19. Ou seja, já temos quase 99% das cidades do Maranhão com pessoas infectadas.

Para a SES, apenas duas cidades não teriam o registro da doença, são elas: Lagoa do Mato e São Félix de Balsas.

Sobre os leitos, atualmente a ocupação de leitos de UTI na capital é de 79,55%, já de leitos clínicos é de 26,77%. No interior, com exceção de Imperatriz, a ocupação de leitos de UTI está em 56,62% e leitos clínicos em 47,73%. Já em Imperatriz, a ocupação de leitos de UTI alcançou 83,33%, já de leitos clínicos, a taxa é de 74,07%.

Vale destacar ainda que, até o momento, já tivemos 2.302 profissionais da Saúde infectados, mas com 2.155 recuperados e, infelizmente, 39 óbitos durante toda a pandemia.

Os 30 novos óbitos vieram: Coelho Neto (01); João Lisboa (01); Monção (01); São Raimundo do Doca Bezerra (01); Tutóia (01); Paço do Lumiar (02); Santa Inês (02); Vitorino Freire (03); Timon (08); São Luís (10).

PELO MENOS CINCO MUNICÍPIOS JÁ ULTRAPASSARAM 50 ÓBITOS NO MA

O boletim da Secretaria de Saúde do Maranhão, da segunda-feira (29), confirmou, infelizmente, o que já estava sendo esperado, que o estado já ultrapassou os 2 mil óbitos.

Desta forma, o Maranhão segue sendo o sétimo estado no Brasil e o terceiro do Nordeste com maior números de óbitos. São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Amazonas, Ceará e Pernambuco estão na frente do Maranhão no número de mortes por conta da Covid-19.

O Blog fez um levantamento desses óbitos, pelo boletim da SES, e confirmou que pelo menos cinco municípios maranhenses já ultrapassaram os 50 óbitos nesta pandemia.

Dos cinco municípios, três estão na Região Metropolitana e dois na Região Sul. São Luís segue disparado sendo a cidade com maior número de óbitos, foram 813. Na sequência aparecem: Imperatriz 199, São José de Ribamar 86, Paço do Lumiar 63 e Açailândia 51.

No entanto, vale lembrar que, como demonstrado várias vezes, existe uma defasagem entre os dados da SES e das prefeituras municipais, ou seja, esses números podem e, infelizmente, devem ser ainda maiores.

OPINIÃO – CADERNO ESTADO MAIOR - SÓ CRÍTICAS


Muito por culpa do ex-presidente Lula (PT), é verdade, mas a live do petista com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), realizada ontem, foi não muito mais que um palanque de críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que acabou frustrando aqueles que esperavam um debate mais qualificado sobre “políticas sociais e economia no Brasil”, como anunciado.

Lula e Dino até chegaram a trocar elogios e a comentar um pouco do momento político-econômico do país em meio à pandemia.

Em outro ponto, ele destacou a atuação de Flávio Dino, e de governadores do Nordeste, no combate à Covid-19 – aproveitando, no entanto, mais uma vez, para alfinetar Bolsonaro, a quem chamou de incompetente.

– Bolsonaro não tem que gostar de Flávio Dino para governar. E, sim, ele precisa ser o condutor, o líder no processo de retirada da crise. E precisa, também, saber que ele tem que contar com a ajuda de governadores e prefeitos, que sabem mais do que ele onde estão os problemas da população -, afirmou.

Dino foi mais comedido nos comentários contra o presidente, mas também criticou o que considera falta de articulação de Bolsonaro para a construção de uma coordenação central – encabeçada pelo governo federal – capaz de organizar ações contra o novo coronavírus.

– Quando o Supremo [Tribunal Federal] deu a autonomia para que os governadores tomassem suas decisões, em nenhum momento ele falou que a presidência estaria excluída deste processo -, afirmou.

Sobre “políticas sociais e economia no Brasil”? Nada de relevante.

Estado Maior

segunda-feira, 29 de junho de 2020

BACABAL ANOS 70 NA UNIÃO OPERÁRIA BACABALENSE -


Estórias de Bacabal...
CARNAVAL ANOS 70 - NA UNIÃO OPERÁRIA BACABALENSE -
 
Naquela época Bacabal ainda tinha 3 grandes clubes onde a população divertia-se durante os festejos carnavalescos, além dos desfiles 'pomposos'  das escolas de samba: Icaraí, Vanguarda e União, assim como o AABB(limitado a funcionários do Banco do Brasil e convidados), Cassino da Urca e o Canecão. Tudo era definido conforme as 'classes sociais' existente no momento. Sendo assim, Icaraí e Vanguarda abrigava a 'elite', com direito a shows de artistas nacional e no carnaval, conjunto de fora ou o requisitadíssimo Brito Som Seis. Tudo muito muito chique e organizado, com belas fantasias, bebidas finas, talco no salão e muita segurança. - Às vezes, eu 'varava' num deles, mas sentia-me 'deslocado' e rápido caía fora! - O Cassino da Urca era frequentado pela turma regueira. No Canecão, quem dava o tom era a turma 'da meia idade' e 'de menor' não entrava, e no AABB nem pensar! então nos restava a querida e disputadíssima União Operária. Era lá o point do povão! Ficava na rua Magalhães com Carlos Pereira, coração da city. Por trás tinha o bar de dona Izaura, onde a turma aquecia a mente tomando a tradicional meiota de pitú com coca-cola, ou velho barreiro (uma cachaça que parecia fogo apimentado). O peito chiava e a cabeça girava, depois um cigarro gaivota, eldorado ou minister (todos sem filtro), o 'cabra' tava pronto pra encarar o NONATÃO, temível porteiro, que não deixava ninguém entrar. Mulher não pagava). O porteiro era um negão de dois metros de altura e que nunca alguém o viu sorrindo, cantando ou assoviando. Era a ignorância bruta em forma de gente! Cumpria as ordens ao pé da letra: sem ingresso, ninguém passa - era seu brado. Mais isso 'era fichinha' pra (capetas) como Eu, Chico Fedora, Pimenta, Zorro, Valdir boca de caverna, Solano, Gardel, Cabo Silva, Lindomar, Branco peito de pombo, Waldemar bico de bule, Starblack, Welman, Lima Trovão, Ripão, Jipão, Ramar, Augusto, Batoré, Kebeco, Augusto, Ademar Galvão, Expedito, César macaco, Doutor de maurício, Careca(s) de belo e de donato, Waltinho carioca e muitos outros...esta turma, só mesmo o Nonatão. E..como entrar de graça? várias 'táticas', veja algumas: se era à noite, um entrava pagando e lá dentro, desligava o interruptor, e no escuro, todos ao mesmo tempo se jogavam no portão. A metade ou mais conseguia! Quando tinha tumulto na porta era outra oportunidade - Nonatão ficava doidinho - e muitos escapavam, Tinha também 'o arrastão'...aqui e aculá, Nonatão dava um 'cascudo' que doía mais que os de Frei Solano.Também tinha uma que ao sair pra tomar uma (lá dentro não tinha bebidas quente) o cara recebia um carimbo no braço, e que fresquinho e com o suor era 'transportado'  para o outro, que clonado entrava, sob as vistas do porteiro. Finalmente tinha 'a hora do miserável, qdo os portões eram abertos e entrava todo mundo. Lá dentro era uma explosão de alegria! O cheiro de povo misturado com óleo de babosa, brilhantina, chulé dos sapatos vulcabrás(de borracha), bafo de pinga, suvaqueira, pó de maizena ou tapioca, tudo isto ao som de Carlos Miranda Show, o conjunto 'titular' do clube. Lá Luiz do banjo, Massa Bruta, Dionísio, Dionésio, Thaca, Jaime, Lili cabeça de pinto  e Cia , se desdobravam em "sapo não lava o pé", "viva o zé pereira", "se vc fosse sincera", "olha a cabeleira do zezé"..e muitas outras, até o sol raiar...quando a molecada exausta ia pra casa. Nenhum crime, nenhuma briga (apenas escaramuças) contornadas no dia seguinte ou logo ali, com alguns goles ou abraços...Bons tempos! Meu Deus...como eu era feliz e não sabia...agora so resta SAUDADES...

Obs. esse texto me foi enviado por Stany e desconhecemos a identidade do autor. não foi feita nenhuma correção, tudo do jeito que foi escrito.

domingo, 28 de junho de 2020

DIAGNOSEv- DICADE SAÚDE - PAÍSES DEVEM SE PREPARAR PARA ENFRENTAR SURTOS RECORRENTES DE COVID-19 PELOS PRÓXIMOS 2 ANOS

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, afirmou quarta-feira (24) que, na ausência de tratamentos eficazes ou na ampla disponibilidade de uma vacina, a Região das Américas pode sofrer surtos recorrentes de COVID-19, intercalados com períodos de transmissão limitada, ao longo dos próximos dois anos.
“Diante de uma pandemia que muda rapidamente, a liderança tornará efetiva ou romperá nossa resposta. Agora é a hora de os líderes superarem as divisões políticas e as fronteiras geográficas para aumentar o apoio a uma resposta proporcional a essa crise sem precedentes”, afirmou Etienne em uma coletiva de imprensa.
O número de casos de COVID-19 nas Américas ultrapassa 4,5 milhões, com 226 mil mortes em 23 de junho. Desde o mês passado, os casos triplicaram na América Latina e no Caribe, de quase 690 mil em 23 de maio para mais de 2 milhões atualmente. “Hoje, a transmissão é generalizada na maior parte da América Central. Na América do Sul, neste final de semana, o Brasil superou um milhão de casos de COVID-19, juntando-se aos Estados Unidos como o único outro país do mundo com casos de seis dígitos. O Caribe está indo melhor, mas com zonas quentes na fronteira entre Haiti e República Dominicana, bem como dentro do Planalto das Guianas”, explicou.
“Devemos ser realistas sobre o futuro: todos temos que nos adaptar a um novo modo de vida e redefinir nosso senso de normalidade”, disse Etienne. Os Estados Membros da OPAS aprovaram nesta semana, no Comitê Executivo da organização, uma resolução que “procura equilibrar a tripla ameaça que esta pandemia representa para a saúde das pessoas, o bem-estar social e as economias nacionais”.
A diretora da OPAS disse que os países devem ajustar e coordenar sua resposta à COVID-19 com base em dados cada vez mais detalhados. “Os governos terão que tomar decisões, considerando simultaneamente indicadores de saúde, econômicos e sociais. Isso permitirá que as autoridades de saúde entendam onde a transmissão está acelerando e quais grupos estão em maior risco, a fim de direcionar melhor seus esforços”, acrescentou.
Segundo ela, a flexibilidade na resposta é fundamental. “As medidas de saúde pública e os esforços de proteção social precisarão ser revisados periodicamente para minimizar o impacto do vírus em nossas sociedades. A provisão de proteção social, financeira e fiscal, especialmente em comunidades altamente dependentes de economias informais, é essencial”, afirmou.
“Não superaremos esta crise sem atender às necessidades dos mais vulneráveis: os mais propensos a adoecer e os menos propensos a receber cuidados, como povos indígenas, pessoas de ascendência africana, pessoas em situação de pobreza nas áreas urbanas e populações migrantes. Se nós os negligenciarmos, correremos o risco de que os próximos dois anos pareçam os últimos meses”, disse a diretora da OPAS.
Etienne reforçou a necessidade de se “priorizar a detecção precoce de casos suspeitos, exames laboratoriais, seguimento de contatos e quarentena como base de uma estratégia específica e sustentável para controlar a COVID-19”. Ela também indicou que serão necessários mais investimentos em recursos humanos, suprimentos, melhor vigilância, além do desenvolvimento e adoção de novas ferramentas.
A diretora também ressaltou a importância do fortalecimento dos sistemas de saúde, considerada por ela como a “defesa mais forte contra a COVID-19, hoje e no futuro”. Etienne insistiu na recomendação da OPAS de que os países invistam em saúde pública pelo menos 6% do PIB, algo que “é mais relevante agora do que nunca”. E pediu que, de todos os investimentos em saúde pública, pelo menos 30% sejam destinados ao primeiro nível de atenção.
“Se alocamos recursos em unidades de atenção primária, hospitais e laboratórios, aumentamos a força de trabalho em saúde, investimos em funções essenciais de saúde pública e expandimos nossas reservas e suprimentos, podemos ficar à frente da pandemia e salvar vidas”, afirmou.
A diretora da OPAS pediu uma cooperação regional concertada contra a doença. “Embora nos alegre quando um país aplaina com sucesso sua curva epidêmica de COVID-19, o risco de ressurgimento sempre existirá, a menos que todos aplainemos a curva nos níveis regional e global”.
Por. Dr. Otávio Pinho Filho