sexta-feira, 16 de abril de 2021

MORRE DORIVALDO, O XIBIU PAGODINHO


Morreu na noite de ontem na cidade de Nunes Freire, o conhecidissimo Dorivaldo, conhecido popularmente como Xibiu.

Dados dão  conta de que ele foi internado com dores fortes na nuca, foi socorrido, levado ao hospital onde tentaram uma estabilização para uma urgente transferência para um centro mais avançado.  Dorivaldo não resistiu ao AVC - Acidente Vascular Cerebral, é foi a óbito.

Ele morou por muito tempo em Bacabal, onde trabalhou na Cemar. Foi fundador e integrante do Grupo Regional Os Lamas e do Boi Bacaba.

Seu corpo está sendo velado na cidade de Nunes Freire, onde era chamado de Doriva  o Imortal, de onde sairá logo mais para São Luís onde será sepultado.

Aguardem mais informações 

FLAVIO DINO TENTA CONSENSO PRA NÃO HAVER RACHA


Na lnoite de ontem, quinta-feira (15), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), esteve reunido com os dois principais pré-candidatos do seu grupo político ao Governo do Estado em 2022 – o vice governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT).

O comunista demonstra que não quer repetir o erro das eleições de 2020 em São Luís, quando laçou um consórcio de candidatos e perdeu a disputa para o atual prefeito da capital, Eduardo Braide (Podemos).

Dino demonstra que vai tentar um consenso para evitar um racha no seu grupo político.

“Hoje tive longa e produtiva reunião com o vice-governador Carlos Brandão e com o senador Weverton. Somos aliados de longa data e temos compromisso quanto à continuidade das mudanças positivas no Maranhão. No tempo certo, irei coordenar os diálogos necessários com o nosso grupo”, afirmou o governador

Já Carlos Brandão deixou claro a liderança de Flávio Dino no processo eleitoral de 2022 e também ainda aposta num consenso.

“Acrescentaria só mais um ponto: a reunião que tivemos hoje, sob o seu comando, mostra que temos um líder. Encontro proveitoso, sim, porque entendemos que construímos forte alicerce, ao longo destes anos de caminhada”, destacou o vice-governador.

Weverton, por sua vez, afirmou que o grupo segue firme e focado no melhor para o Maranhão.

“Boa conversa hoje com o governador Flávio Dino e o vice-governador Carlos Brandão. As mudanças positivas precisam continuar e no Senado estarei sempre trabalhando para apoiar o Maranhão. Nosso grupo segue firme, focado no que importa: o melhor para os maranhenses”, disse o senador maranhense.

É aguardar e conferir, mas dessa vez, Dino, ao contrário do que fez em 2020, demonstra que quer o grupo unido para não ter uma nova surpresa nas urnas em 2022.


quinta-feira, 15 de abril de 2021

PAULO CAMPOS - PARABÉNS BACABAL PELOS TEUS 101ANOS

 


Pela cultura tenho amor, pela política tenho paixão. Sei que os políticos precisam de alguma forma resgatar esse débito histórico com os nossos artistas e com a nossa cultura.”.

       

 Sem nenhuma dúvida, Paulo Roberto Campos Silva, o nosso Paulo Campos é o poeta mais talentoso de nossa cidade. Filho do casal Zélia Campos Silva e Ivaldo Pouso Silva, esse iluminado nasceu em 15/05/63, em Bacabal-MA, onde foi criança de jogar bola, pegar passarinho, criar galos de briga, criar cães, brincar nas matas, nos quintais, roubar frutas, banhar no Rio Mearim, pescar, caçar, trocar revistas aos domingos na porta do Cine Kennedy e brincar de viver com os meninos do seu tempo. 

Formado na universidade da vida em cultura, ele estudou no Colégio Nossa Senhora dos Anjos, onde começou a descobrir o seu dom para as letras. Casado com Maria Joaquina Sanches Campos, empreendedora individual, ele é pai de Paulo Roberto Campos Silva Filho, Mateus Sanches Campos e Lucas Sanches Campos.

CAPÍTULO  EXTRA

De tudo que a vida lhe fez viver, a parte melhor foi a infância, diz Paulo Campos. “Nosso tempo de menino, das gaiolas de passarinho, das brincadeiras de rua, das noites, dos vaga lumes pintando no escurecer, dos quintais, das mangas, goiabas, das murtas, bostinhas de cabra, dos piaus, piabas, do nosso Mearim, do céu estrelado, dos festejos, do largo da igreja, das coisas boas que os tempos não trazem mais, assim foi minha infância, assim foi nossa infância, que tanto ainda me serve de alimento.”Poetiza ele.

PÃO E POESIA

Um povo sem cultura

Uma cidade sem história

É como um filho sem pai

Paulo Campos herdou o dom das lindas frases do seu avô, poeta Miguel Campos. O incentivo, comenta Paulo,  deve a grandes parceiros de muitas caminhadas, Zé Lopes, Abel Carvalho, Jânio Chaves, Louremar Fernandes e outros tantos poetas e escritores. Logo cedo começou a construção de uma nova história na cultura bacabalense, foram muitos poemas e composições, um vasto material publicado no Jornal Diário do Norte, Jornal Imparcial, jornais locais, panfletos, cartazes-poemas, nos varais e murais das feirinhas culturais, na pioneira Rádio Mirante FM. “O poema era nossa arma, servia para amar, para cobrar, para indignar nosso velho companheiro das mesas de bar, onde tudo se sonhava, onde tudo se queria, foi assim que vivi, foi assim que vivemos. Hoje ainda estou aqui, fazendo o que a vida me inspirou a fazer” , reitera.

A ARTE DA POLÍTICA

Logo cedo, Paulo Campos iniciou na luta dos movimentos culturais de Bacabal, junto com grandes parceiros como Abel Carvalho, Zé Lopes, Perboire e outros tantos companheiros. Construíram grandes movimentos, como Casa do Artista de Bacabal, Associação de Imprensa, e outros tantos mais. Incentivado por parceiros como o blogueiro Sérgio Mathias, Paulo Campos iniciou sua vida política. Foi candidato a vereador se elegendo em 1998 e novamente em 2002. Em 2004 foi eleito presidente da Câmara Municipal. De lá para cá ele nunca mais saiu da política e vice-versa. Foi assessor, secretário, articulador, candidato novamente, hoje está primeiro prestando assessoria a politicos, Paulo Campos continua escrevendo poemas e fazendo composições e militando na política, Tem nas plataformas digitais o livro  Poemas de Fogo. 

Foi fundador do Boi Bacaba junto com Fran Cruz, Abel Carvalho, Zé Lopes e Louremar Fernandes, também compôs para a brincadeira, é autor em parceria com Zé Lopes dos sambas da escola Unidos do Bairro d'Areia, inclusive do antologico Cadê a Bacaba, divide muitas parcerias com Marcus Maranhão e Zé Lopes além de nos fins de semana, pescar, cozinhar e beber uma cervejinha com os amigos em seu novo sitio.




CARLOS BRANDÃO NO SUL DO MARANHÃO

 


O vice-governador Carlos Brandão assinou na tarde de ontem, quarta-feira (14), termos de cooperação para execução do programa nos municípios de Paraibano, Balsas, São Félix de Balsas, São Raimundo das Mangabeiras, Riachão, Loreto e Fortaleza dos Nogueiras

Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) serão destinados R$ 442 mil para comprar alimentos de 68 pequenos agricultores da região.

Para o vice-governador Carlos Brandão, a celebração das assinaturas é o ponta pé inicial para que os trabalhadores rurais comercializem e obtenham renda neste período da pandemia.

“A assinatura do PAA com os municípios da região sul é uma parceria entre o Governo do Estado com as Prefeituras para que a gente fortaleça a agricultura familiar e, ao mesmo tempo, gere renda para os agricultores na pandemia. O governo tem feito um trabalho muito forte no combate à covid-19, salvando vidas, ampliando leitos, construindo hospitais de campanha, e também se preocupa na geração de emprego e renda das pessoas,” destacou.

Com o PAA, tudo que os agricultores plantam já tem comercialização e destino certos, garantindo renda para sustento das famílias do campo, e os alimentos doados às pessoas em situação vulnerável atendidas nas redes sociassistenciais, hospitais e creches.

PAA – O PAA é uma política de compra diretamente dos agricultores familiares, e os alimentos são doados às redes socioassistenciais dos municípios participantes. São objetivos do programa combater a fome e a pobreza e fortalecer a agricultura familiar.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

OTÁVIO PINHO FILHO -PARABENS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS

 

Compositor nato, ganhador de festivais, colecionador de bons violões, violonista, cavaquinhista, banjista, poeta, compositor e cantor, Otávio Pinho Filho é mais um bacabalense cheio de talento para a música e para a poesia. 

Ele, assim como seu irmão Osvaldino Pinho, começou na música estudando teoria musical com o maestro Almir Garcez Assaí, partindo daí para o violão, recebendo as aulas do Velho Tchaca, professor de  toda uma safra de violonistas da sua época.

Mudando-se para Recife onde foi estudar medicina, Otavio Filho aproveitou para aprofundar-se no instrumento e o samba, o jazz e a bossa nova, passaram a fazer parte de seu contexto musical, saindo daí para compor, e compor com qualidade. 

Voltando para Bacabal, Otávio Filho se juntou a uma gama de novos músicos/cantores/compositores como o seu próprio irmão, Osvaldino, Márcio Noleto, Antônio Sobrinho Trabulsi, Zeca Louro, Abel Carvalho,  Flávio Passarinho, Serrão,  Raimundinho, Lifanco e Zé Lopes, esse último com quem fez várias canções, algumas premiadas como “Estrela Cadente”, canção defendida por Wildmarck Correa no FIC – Festival Intermunicipal da Canção – 1987 – Bacabal -  Maranhão. 

Otavio teve ainda  as canções “Ilana Linda”, interpretada por Dalva Lopes e a bossa nova “Frestas” interpretada por Josa, premiadas em festivais. 

Otávio compôs em parceria com Zé Lopes, a canção "Amigos", que virou hino no Encontro dos Radiologistas acontecido em Recife.

Otávio não pára só na elite musical da arrastada bossa nova e nem na serenidade harmônica das canções violadas, ele é autor de vários sambas de enredo que desfilaram nas maiores escolas de samba de Bacabal e atento aos ritmos genuínos maranhenses,  compôs para o Boi-Bacaba, “Toada em tom de poesia”, beleza que varou as noites de junho ao som da trupiada do extinto Boi-Bacaba.

Fã nº 1 de Paulinho da Viola, amigo de Chico Buarque, Moraes Moreira, Jorge Vercillo, Otavio Filho é um branco que faz música de preto e canta samba  tocando violão,  cavaquinho e banjo e a alma de sua música, transcende a todos os imagináveis ritmos e o corpo de suas composições, se adéquam a um novo tempo de ondas sonoras que invadem a alma e harmoniosamente possuem os ouvidos.

Otávio tem um trabalho autoral musical ainda pouco conhecido do grande público. Ele acabou de   preparar o seu primeiro projeto sob a batuta do maestro Henrique Duailibe que logo será lançado em todas as plataformas digitais. Um bom trabalho vem aí para seduzir . É a musica pela música, é Otávio Filho, a forma mais perfeita da canção. É como ser criança do céu à natureza.

Pesquisa e texto - Zé Lopes 

Coordenação- Marcela Ferreira

Direção- Jerry Ibiapina- Secretário Municipal da Cultura 





DECISAO DE LEWANDOWSKI PREOCUPA FLAVIO DINO

 


O governador do Maranhão, Flávio Dino, conseguiu uma “vitória” no Supremo Tribunal Federal que pode lhe deixar numa “saia justa”, no enfrentamento da Covid-19.

O comunista buscou o STF para exigir um posicionamento da ANVISA, sobre a vacina russa Sputinik V. O Governo do Maranhão diz ter negociado 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, mas está impedido de utilizar o imunizante pela ANVISA.

Diante desse cenário, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski definiu prazo até o fim deste mês para que a ANVISA decida sobre a “importação excepcional e temporária” de doses da vacina Sputnik V. Na decisão, Lewandowski determina que a decisão seja tomada em até 30 dias, a contar do último dia 29 de março. Se forem incluídos no prazo os fins de semana e feriados, a data limite será o dia 28 de abril.

No entanto, caso a ANVISA não se posicione no tempo estipulado, Lewandowski diz que, se o prazo não for cumprido, o Maranhão fica automaticamente autorizado a importar e distribuir as doses da Sputnik V, “sob sua exclusiva responsabilidade, e desde que observadas as cautelas e recomendações do fabricante e das autoridades médicas”. Ou seja, se importar e aplicar o imunizante sem a autorização da ANVISA, caberá ao Governo do Maranhão assumir a responsabilidade.

A ANVISA, desde janeiro, já recebeu pedidos para a utilização da Sputinik V para uso emergencial, mas tem dito que a documentação apresentada não foi completa e por esse motivo não autorizou e decidiu, mais recentemente, pela suspensão da análise.

terça-feira, 13 de abril de 2021

OSVALDINO PINHO - PARABÉNS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS


Predestinado ao bom, o Bacabalense Osvaldino Pinho, que é engenheiro e um grande empresário no mundo das construções, carrega como segunda opção, a música. Incentivado pelos pais, Dr. Otávio e dona Mariinha, ele começou aprendendo teoria musical com o maestro Almir Garcez Assaí, em Bacabal. 

Estudante do Colégio Nossa Senhoras dos Anjos, Osvaldino começou a pegar em instrumentos, tendo iniciação em acordeon e teclados, hoje ele toca guitarra, mas o seu instrumento predileto é mesmo o violão. 

Aluno do violonista, o renomado Tchacatchá, ele despontava entre a turma, como um dos grandes talentos. Saindo para estudar em Recife, influenciado pela dinâmica dos ritmos pernambucanos e pelas composições dos artistas de lá, ele desenvolveu uma certa agilidade e daí partiu para escrever suas próprias canções. 

Dono de muitas composições, ele, como todos os jovens músicos da sua geração, começou a participar de festivais, tendo arrebatado alguns prêmios. Osvaldino é de uma safra de gênios que fizeram história, e muitos continuam fazendo, na música popular produzida em Bacabal, exemplo de Abel Carvalho, Márcio Noleto, Otyávio Filho, Antônio Trabulsi Sobrinho, Laurindo (em memória) Chicoppel, Galego (em memoria), Macaxeira, Josa, Paulo Sergio Duarte, Assizinho e Zé Lopes, esse último, maior parceiro do artista.

Osvaldino é incansável, está sempre viajando, mas o vírus da música, está presente no seu corpo e na sua alma e seja dentro do avião ou mesmo do carro, por onde anda, o violão lhe faz companhia. 

Como herança cultural, os filhos todos carregam tendências. O Dino que é engenheiro, toca teclados, a Luma que é médica, é também artista plástica e cantora , a mais nova Bia,  que é arwuiteta, também tem aptidões para a música e já solta a voz acompanhada pelo seu próprio violão e Raquel a super mãe e esposa, curte muito essa família musical.

Músico, compositor de carteirinha, ultimamente, Osvaldino e  Zé Lopes, tem feito um trabalho musical de grande relevância . A música composta pelos dois “Ilha de tudo que belo” que foi gravada por Zé Lopes no CD para os 400 anos de São Luis, ficou entre as três melhores homenagens, Prêmio Rádio Universidade. Eles ainda compuseram e gravaram para o BEC - Bacabal Esporte Clube, as músicas“Bota pra puir” em três versões, o pagode “Sou Bacabal de Coração” e ainda o“Hino Oficial do BEC” em ritmo de rap-funk.

Osvaldino está finalizando algumas canções que pretende gravar e lançar nas plataformas digitais.

Pesquisa e texto - Zé Lopes 

Coordenação - Marcela Ferreira

Direção - Jerry Ibiapina - Secretário Municipal da Cultura



FLAVIO DINO E O SENADO


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), concedeu uma série de entrevistas a órgãos de imprensa nacional, durante a segunda-feira (12), e em uma delas, ao Canal My News, o comunista tratou sobre seu destino eleitoral em 2022.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser candidato a vice, numa chapa encabeçada pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Dino tentou desconversar.

“Na verdade, ninguém se candidata a vice, ninguém se oferece para ser vice. É uma coisa até de mau gosto com o amigo, parece que você não está confiando na saúde do seu amigo”, brinco Dino, sem descartar a possibilidade e defendendo um união entre a Esquerda e o Centro.

No entanto, Flávio Dino assumiu que desde o fim de 2020 decidiu que irá disputar o Senado pelo Maranhão.

“Desde dezembro, eu firmei como projeto principal a candidatura ao Senado aqui no Maranhão, esse é o cenário, o caminho mais provável é um disputa ao Senado”, afirmou.

Flávio Dino descartou a possibilidade de ser candidato a Presidência da República contra o ex-presidente Lula.

“Na atual conjunta, jamais. Considero que quem tem as condições no nosso campo de derrotar o Bolsonaro é o ex-presidente Lula”, destacou.

O governador maranhense também disse não acreditar na viabilidade de uma candidatura de Ciro Gomes (PDT), para Dino o embate em 2022 será entre o Lulismo e o Bolsonarismo.

COLUNA DO JOSE SARNEY - A CIÊNCIA DA MÃO DE DEUS

 


Por José Sarney

Os franceses gostam de dizer que tempos como estes que estamos vivendo são de “excesso de crises”. É um somatório de crises. Esta palavra grega, krisis, descreve um problema que se torna paroxístico, um momento de evolução decisivo, que o Aurélio define como “período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução, situação aflitiva”. É o nosso caso, com a singular diferença de que estas crises com que estamos convivendo todo dia, que fazem parte do nosso cotidiano, não são comuns, mas duas grandes crises; e, embora seja a crise um ponto final, elas se arrastam, continuando a crescer.

Estão superpostas a crise sanitária mundial da Covid e a nossa crise, as nossas crises: do sistema de saúde e da política, da economia, da educação, do emprego, da grande, da imensa desigualdade social e … — são tantas, completem suas listas. Nesta visão geral o resultado é que detemos o primeiro lugar no pódio mundial de mortos pela Covid, resultado da omissão que levou à falta de oxigênio, de remédios, de leitos, de médicos e da negação às campanhas pela adoção do uso de máscara, pelo distanciamento social e pelas regras básicas de higiene, como o simples costume de lavar as mãos.

Daí estar se disseminando cada vez mais na população o medo. Ele é comum aos animais; mas para os homens tem uma diferença: enquanto para aqueles surge no momento do perigo, para nós, com nossa capacidade de raciocinar, há a certeza de que a morte virá, uma antecipação dos riscos. A razão nos traz o medo, mas permite que adotemos medidas de defesa e proteção, a começar por regras sociais coerentes, baseadas na convivência política (o medo da morte forma o Estado, diz Hobbes) e no conhecimento científico.

Em uma entrevista de 1993, Jean Delumeau, um grande especialista na história do medo, diz que ele não desaparecerá, pois o medo fundamental é o da morte. Há várias maneiras de morrer, diz Delumeau, conformados ou em desespero. E para aplicar um exemplo presente, tomo o trecho: “Se uma epidemia está nas portas de uma cidade, como era o caso das pestes de antigamente, a proximidade da morte pode provocar pânico.”

Agora, diante de tantas ameaças, que a imprensa diariamente repete, uma das que nos pesam e nos preocupam neste instante é de que, com o agravamento da crise, o medo, que já começa a dominar nossa população, nos leve ao mais perigoso pânico.

É este aspecto da Covid que está se transmitindo aos sintomas da ansiedade, do estresse final associado à morte e levando a perturbações mentais, o que fecharia o círculo de nossas desgraças.

Só nos resta a esperança de que Deus estará sempre conosco e não chegará este momento. A fé não pode fugir de nossos corações. Até Nossa Senhora teve medo quando o anjo lhe saudou: — ‘Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.’ Ela se perturbou com aquelas palavras e o anjo lhe disse: ‘Não temas…’

Não tenhamos medo. A hora é da razão humana, do espírito humano, no que tem de mais alto, a ciência, trazida pelas mãos de Deus. E a ciência nos salvará.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

PERBOIRE RIBEIRO - PARABENS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS

 

Quando a cidade de  Bacabal despertou para um novo  tempo cultural, Perboire Ribeiro revolucionou liderando o movimento católico Calça Lee Pé no Chão. Com o violão  e com as canções da época, ele começava a fazer história na Música Popular produzida em Bacabal.  

Membro de uma geração de grandes artistas como Nonato Contador, Beny Carvalho,  Zeneide Miranda, Chico Lacerda, Kledy Maciel, Farias e R. Cavalcante, seu compadre e parceiro de tantas canções, Perboire superou as épocas, os modismos, as tendências e hoje consegue trilhar em todos os estilos, o que faz desse bacabalense, um dos maiores artistas populares do Maranhão.

Diferente, eclético, Perboire passeia por todos os gêneros musicais e se aventura em estilos inimagináveis, fazendo sozinho uma festa, um baile, onde todos saem satisfeitos. 

Com sua voz inconfundível, ele não precisa se esforçar para agradar, basta cantar e no seu repertório quem manda é o público, é só pedir que ele canta samba, seresta, brega, jovem guarda, tropicália, bossa nova,  marchinha, rancho, frevo, bolero, serenata, forró, xote, quadrilha, reggae, bumba-meu-boi, sertaneja, pop e o funk-soul, o ritmo que ele escolheu para fazer a maioria de suas canções.

Perboire também foi amo dos bois Bacaba e Curupira.  Compositor por excelência, Perboire Ribeiro é um dos maiores ganhadores de festivais do estado, sendo o último  no carnaval, o Festival Bacabalense de Músicas Carnavalescas,  evento promovido pelo na época secretário Municipal de Cultura, José Clécio.  

Participante do movimento que deu origem aos vinis e CDs “Nossa Voz I”, “Nossa Voz II” e “Nós”, e ao Boi Bacaba,  ele, junto com Marcus Maranhão, Maeco Boa Fé, Davi Faray ,Zé Lopes , Raimundinho, e Assis Viola, marcou uma geração que renovou  a Música Popular Produzida em Bacabal.

Parceiro fiel da saudosa poetisa Iraide Martins, do compositor Marcus Maranhão, dos imortais Zezinho Casanova e R. Cavalcante, ele se desdobra e se multiplica e, alem de fazer seus shows solos, ainda atua como crooner do Forró Bacaba  do Maracangalha e da Orquestra Serpentina.  

Com quatro CDs solos “Cantos e Canções”, “Cor do Coração”,  “Perboire Ribeiro e Amigos” e “Festejos e Folias” , ele prepara sua nova cria, um projeto  onde o ritmo predominante é o samba onde o repertório já está quase completo. 

Perboire pode até ser lento no seu modo de viver, mas é um dos maiores talentos, não só da música dita maranhense, mas da Música Popular Brasileira.

Pesquisa e texto - Ze Lopes 
Coordenação - Marcela Ferreira 

Direção - Jerry Ibiapina- Secretário Municipal da Cultura