Pela cultura tenho amor, pela política tenho paixão. Sei que os políticos precisam de alguma forma resgatar esse débito histórico com os nossos artistas e com a nossa cultura.”.
Sem nenhuma dúvida, Paulo Roberto Campos Silva, o nosso Paulo Campos é o poeta mais talentoso de nossa cidade. Filho do casal Zélia Campos Silva e Ivaldo Pouso Silva, esse iluminado nasceu em 15/05/63, em Bacabal-MA, onde foi criança de jogar bola, pegar passarinho, criar galos de briga, criar cães, brincar nas matas, nos quintais, roubar frutas, banhar no Rio Mearim, pescar, caçar, trocar revistas aos domingos na porta do Cine Kennedy e brincar de viver com os meninos do seu tempo.
Formado na universidade da vida em cultura, ele estudou no Colégio Nossa Senhora dos Anjos, onde começou a descobrir o seu dom para as letras. Casado com Maria Joaquina Sanches Campos, empreendedora individual, ele é pai de Paulo Roberto Campos Silva Filho, Mateus Sanches Campos e Lucas Sanches Campos.
CAPÍTULO EXTRA
De tudo que a vida lhe fez viver, a parte melhor foi a infância, diz Paulo Campos. “Nosso tempo de menino, das gaiolas de passarinho, das brincadeiras de rua, das noites, dos vaga lumes pintando no escurecer, dos quintais, das mangas, goiabas, das murtas, bostinhas de cabra, dos piaus, piabas, do nosso Mearim, do céu estrelado, dos festejos, do largo da igreja, das coisas boas que os tempos não trazem mais, assim foi minha infância, assim foi nossa infância, que tanto ainda me serve de alimento.”Poetiza ele.
PÃO E POESIA
Um povo sem cultura
Uma cidade sem história
É como um filho sem pai
Paulo Campos herdou o dom das lindas frases do seu avô, poeta Miguel Campos. O incentivo, comenta Paulo, deve a grandes parceiros de muitas caminhadas, Zé Lopes, Abel Carvalho, Jânio Chaves, Louremar Fernandes e outros tantos poetas e escritores. Logo cedo começou a construção de uma nova história na cultura bacabalense, foram muitos poemas e composições, um vasto material publicado no Jornal Diário do Norte, Jornal Imparcial, jornais locais, panfletos, cartazes-poemas, nos varais e murais das feirinhas culturais, na pioneira Rádio Mirante FM. “O poema era nossa arma, servia para amar, para cobrar, para indignar nosso velho companheiro das mesas de bar, onde tudo se sonhava, onde tudo se queria, foi assim que vivi, foi assim que vivemos. Hoje ainda estou aqui, fazendo o que a vida me inspirou a fazer” , reitera.
A ARTE DA POLÍTICA
Logo cedo, Paulo Campos iniciou na luta dos movimentos culturais de Bacabal, junto com grandes parceiros como Abel Carvalho, Zé Lopes, Perboire e outros tantos companheiros. Construíram grandes movimentos, como Casa do Artista de Bacabal, Associação de Imprensa, e outros tantos mais. Incentivado por parceiros como o blogueiro Sérgio Mathias, Paulo Campos iniciou sua vida política. Foi candidato a vereador se elegendo em 1998 e novamente em 2002. Em 2004 foi eleito presidente da Câmara Municipal. De lá para cá ele nunca mais saiu da política e vice-versa. Foi assessor, secretário, articulador, candidato novamente, hoje está primeiro prestando assessoria a politicos, Paulo Campos continua escrevendo poemas e fazendo composições e militando na política, Tem nas plataformas digitais o livro Poemas de Fogo.
Foi fundador do Boi Bacaba junto com Fran Cruz, Abel Carvalho, Zé Lopes e Louremar Fernandes, também compôs para a brincadeira, é autor em parceria com Zé Lopes dos sambas da escola Unidos do Bairro d'Areia, inclusive do antologico Cadê a Bacaba, divide muitas parcerias com Marcus Maranhão e Zé Lopes além de nos fins de semana, pescar, cozinhar e beber uma cervejinha com os amigos em seu novo sitio.