sábado, 19 de junho de 2021

RAPIDINHAS DO SÁBADO

 


E com essa importante reflexão abriremos a nossa coluna de hoje 
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E essa deveria ser seguida por muita gente, pois, é um sublime ensinamento.
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No clima junino, a Rádio  Brejinho FM, tem alegrado os seus ouvintes com um excelente repertório, típico dos arraiais. O programa comandado pelo multifacetado Sargento Brito, é líder de audiência e dá espaço para os cantores locais. De parabéns o nosso locutor.
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E o belo casal Seu Amadeus e Dona Rosario celebraram o dia dos namorados mostrando o mútuo amor. Foi um festejo que começou no sábado e terminou no domingo com as bênçãos de Santo Antônio. Cerveja e  comidas típicas estavam no cardápio junino.

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E os Largados do Talo estão curtindo o junho adoidado. Jorge Passinho,  Francisco Carlos,  Saulo Trovão, Salim Waquim e Marco Pimentel, estão fazendo seus festejos particulares. Tudo em nome dos Santos juninos.

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E o rei das peças automotivas e também do óleo, o conhecidissimo empresário Raimundo Máximo Lopes, esteve no domingo passado, curtindo o Rio Mearim e fazendo a tradicional pescaria de anzol e caniço. Com ele as filhas Ana Clara e Catarina e também o cachorro Sansão. Muito peixe no almoço.

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E quem comemorou o dia dos namorados em grande estilo foi o belo casal, a médica Dra. Mariane e o músico  e professor Manu Lopes. Pais da pequenina Mahani, eles escolheram um chique restaurante é um bom vinho para selar a data.

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E  a pedagoga e cheffa de cozinha Janete Valéria está em nossa Capital onde faz exames de praxe e aproveita para curtir o sol e as praias. Janete, como sempre, vai de peixada e camarão.

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E quem trocou de idade na quinta feira passada, foi o empresário Junior Alteredo. Ele reuniu os amigos na chácara do seu grande amigo, o mega empresário Leonardo Lacerda e a cerveja rolou a vontade.

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E o fim de semana anda pegando fogo em Bacabal. As noites juninas estão repletas de atrações musicais e um dos mais requisitados é o cantor e compositor Tharles, o Moleque do Forró, autor do sucesso nacional Mariana. 


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E no sábado passado, as amigas Sheylla Branco, Eliane e Márcia Pageú, se encontraram à tardinha no Bar Cebola Cortada, também conhecido como o Bar do Pascoal para um  bom "papo de mulher"  uma cervejinha, um petisco e boas gargalhadas. As meninas atualizaram as notícias.
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E o paizão Wagner Cutrim e a mãezona Ney Lais, estão radiantes de tanta felicidade. É que a filha, a gatinha Eleleuzynna passou pra direito no Piauí. A garota é aluna do IFMA e do Espaço Ciência. À Eleuzynna, felicidades no novo curso.
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E o Espaço Ciência estará fazendo amanhã um mega aulão, Revisão UEMA de Matemática e Física. Você faz um investimento de 30 reais e garante seu futuro. Ligue para o professor Arquimedes e faça sua inscrição.
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E o músico, doutor, professor, físico, matemático, poeta, cantor, compositor, escritor e DJ Jorge Passinho, está na crista da onda junina com o Fuá do Fofo. O artista também está em estúdio gravando um novo projeto.
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E está nascendo um novo líder na Ilha do Amor. Trata-se do menino prodígio Neto. Filho do advogado Walter Miranda, ele nasceu com aptidão para a música, com iniciação em violão, bateria e agora banjo, o garotinho é fã de Gilberto Gil, Jorge Benjor, Tim Maia, Caetano Veloso, Chico Buarque, dentre outros. O "Neguim" é música no sangue. Sai de baixo.
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E no final de semana que passou, estive em um supermercado de Bacabal com o Secretário de Cultura, o professor Jerry Ibiapina, onde encontramos com o cantor e compositor Davy Faray e com a administradora Wanda Oliveira. Foi um rapido e mágico momento.
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E dois ases da comunicação Bacabalense, Jota Erre e Romarinho, estiveram no dia de ontem na Associação do SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto botando as notícias em dia e sorvendo aquela cerveja bem gelada. Com eles o assessor parlamentar Nandinho.
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E o Blog do Zé Lopes conseguiu a foto do cantor e compositor Albert Abrantes com sua mais nova filhinha, Maria Teresa. O papai coruja e a mamãe Juliana estão um poço de felicidades.
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Tá cada vez mais perto de agarrarem o Lázaro. Seu Zezim Bosta Seca vai cair no Mato.
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E agora não tem escapatória. O delinquente Lázaro está ferrado. Foi contratado para prender o cabra, o nosso valente Delegado da Aldeia.
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E a turma da charge foi de motoca pra dar alfinetadas.

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A galera da montagem também ⁰caiu matando na motocada do Presidente Jair Bolsonaro. 

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É com essa frase fecharmos a nossa coluna de hoje.

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E aí meu amigo Lambal  


sexta-feira, 18 de junho de 2021

DEPUTADO ROBERTO COSTA DESTACA VACINACAO EM ALCÂNTARA



O deputado Roberto Costa esteve em Alcântara, participando juntamente com o governador Flávio Dino, acompanhado do secretário de Saúde do Estado Carlos Lula, o secretário de cidades Márcio Jerry, o prefeito do município Padre William, o vice-prefeito Nivaldo Araújo, e também o deputado Othelino Neto., presidente da Assembleia Legislativa. Participaram do momento histórico na cidade maranhense, sendo o primeiro município brasileiro imunizar 100% com a 1ª dose toda a população adulta 

O parlamentar destacou que com essa ação em favor da vacinação, Alcântara dá exemplo para o Brasil e ao mundo.

“Essa conquista que nós tivemos com a vacinação de toda a população de Alcântara, ela vem em decorrência da união entre o governo do estado e do governador Flávio Dino em parceria com a prefeitura de Alcântara e o Padre Wiliam. Através desse apoio concretizamos essa grande conquista, que foi a imunização de todos os alcantarenses. Isso é uma vitória para o município, para o estado e todo o Brasil”, enfatizou Roberto Costa.

Com mais de 21 mil habitantes, o município histórico é caracterizado pela grande presença de quilombolas, um dos grupos do público-alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19. Ao todo, são 204 comunidades quilombolas, onde vivem mais de 3 mil famílias.

“Coloquei a bela cidade histórica de Alcântara no lugar que ela merece , famosa por muitas razões. Pela sua história, cultura, arquitetura, gastronomia, pelo seu povo e pela base, e hoje a cidade escreve com todos nós juntos mais uma página dessa centenária história, e dentro dessa página em cima tem marcado que esse município está 100% vacinado contra o coronavírus “, frisou o governador Flávio Dino.

O governador destacou que o Arraial da Vacinação prossegue até dia 30 de junho, para que outros municípios tenham o mesmo sucesso que a cidade de Alcântara .

Na ocasião, o prefeito Padre William também comemorou esse momento. “O Maranhão mostra ao Brasil como exemplo nessa corrida contra a COVID-19. É com muita alegria que agradeço a parceria com o governador Flávio Dino, o deputado Roberto Costa e a prefeitura de Alcântara, que por conta do grande empenho que tem empreendido na luta contra a pandemia ,pode realizar esse momento histórico para nossa população”, finalizou.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

CARREFOUR PAGA A MAIOR INDENIZAÇÃO DA AMÉRICA LATINA SOBRE RACISMO


Mais de 100 milhões de reais. Esta será a quantia que o grupo Carrefour se comprometeu a pagar na ação que corria no Ministério Público por conta da morte de João Alberto, ocorrida de 19 de novembro de 2020, em uma de suas lojas em Porto Alegre.

Foi uma longa caminhada de muitas discussões, pressões e debates que envolveram a empresa, a sociedade civil e o Ministério Público. Os debates se deram não só por conta das cifras envolvidas, mas também sobre as ações reparatórias que o grupo se comprometeu a implantar, entre elas, um fundo de 40 milhões de reais para o combate ao racismo estrutural da sociedade brasileira.

Nos últimos sete meses, várias ações foram implementadas pela empresa. Entre as mais significativas, a internalização da segurança em suas lojas e a mudança para uma cultura antirracista nos contratos de seus milhares de fornecedores.

Em entrevista exclusiva à Revista RAÇA, dois dos principais personagens desses meses de embate: de um lado Frei David – Educafro representante da sociedade civil; de outro lado Noel Prioux, CEO do grupo Carrefour. Eles falaram desse dia histórico para a luta antirracista no Brasil e no mundo.

Frei David

O que significa este acordo de hoje pro senhor? Como é que o senhor vê esse acordo que foi tão difícil, tão custoso pra todos nós?

Esse acordo simboliza a evolução inicial, mas firme, do mundo empresarial brasileiro. Nós entendemos que o mundo empresarial brasileiro é muito retrógrado, agora com essa postura do Carrefour. Assinando esse termo de ajuste de conduta e garantindo a indenização ao povo negro, será um marco que vai sinalizar positivamente para o conjunto das entidades empresariais do Brasil, mostrando pra elas que a injustiça não vale a humilhação ao povo negro, não vale a exploração do povo negro, não vale a pena; portanto, ser justo, ser honesto, pagar indenização no direito, na justiça, brilha mais para a empresa e faz a empresa ganhar mais clientes e ser mais respeitada.

Frei, são 115 milhões, parece muito, mas, às vezes, não é muito para os problemas cruciais do racismo no Brasil. Como o senhor acha que deve e como será aplicada essa indenização para a comunidade negra do Brasil?

Realmente, 115 milhões eu considero a maior indenização civil pública da América Latina dos tempos modernos, mas ao mesmo tempo 115 milhões não é nada para os problemas que o povo negro está atravessando, de modo que entendemos que nós estamos agora nos tratos finais para dividir como serão aplicados esses 115 milhões. Como sou uma pessoa do mundo da Educação, eu vou lutar para que grande parte dessa verba seja destinada para a Educação. Porque Educação gera transformação, Educação dá autonomia, Educação dá poder, Educação dá igualdade, possibilidade de igualdade com a classe dominante, com a classe dirigente do país e nós queremos ser também participantes ativos igualitários com equidade da classe dirigente do país.

Frei, o senhor sofreu muito quando começou a questionar, entrou no Ministério Público, e houve muitos que criticaram a sua atitude de ir pra cima, de questionar e depois negociar. Como é que o senhor vê isso tudo, todas as pressões que o senhor sofreu, que a Educafro sofreu por estar sentando na mesa de negociações e exigindo que fosse paga essa reparação?

Jesus Cristo, São Francisco, Marielle, Zumbi dos Palmares, Luther King, Nelson Mandela sofreram muito mais, todos eles tiveram foco, foram iluminados pelo Espírito de Deus, foram iluminados pelos espíritos ancestrais, todos foram dominados por sã consciência de prestar serviço ao povo se abstendo de si mesmos, de interesses próprios e servir a uma causa e essa é a fórmula de sucesso desses grandes homens. Portanto, o que fiz, o que eu sofri, o que fui perseguido não é nada frente ao que fizeram essas pessoas, o que sofreram, eu me sinto confortavelmente com energia pra fazer mais ações em prol de um Brasil melhor.

Como o senhor acha que vai ficar agora a luta racial nas empresas, depois dessa indenização que o Carrefour pagou?

Nós entendemos que as empresas precisavam de uma cartilha eficiente, clara, objetiva, verdadeira e focada. Tudo aquilo que o Carrefour aceitou a partir da ação civil pública, a partir do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública da União e do Estado, a partir da Educafro Brasil, do Centro de Direitos Humanos Santo Dias, da Arquidiocese de São Paulo, tudo isso gerou um elemento novo e daqui pra frente vai ser impossível as empresas que erram no racismo estrutural, as empresas que fazem esses funcionários humilharem o povo negro, terão agora um elemento básico para balizar as punições. Era tudo que nós queríamos ter: um elemento básico para dar rumo às punições e sair da mão do Judiciário injusto. O Judiciário brasileiro sempre foi cruel em punir brancos que oprimiam negros, sempre votava a favor dos brancos ou a punição era branda para os brancos, não permitindo reparar as verdadeiras cicatrizes que os brancos geram nos negros com seus racismos estruturais, recreativos, racismo individual; portanto daqui pra frente todas as empresas vão se espelhar na coragem e na abertura do Carrefour de fazer o que tem que ser feito. Lógico, nós todos queremos muito mais, mas entendemos que foi o possível depois de muitas e muitas negociações, foi o possível o valor a que chegamos com o compromisso da empresa Carrefour frente à realidade dos negros brasileiros. Queremos, portanto, contar com o Carrefour, para a conscientização das demais empresas e, principalmente, todas as empresas que estão na bolsa de valores, como o Carrefour.

Noel Prioux

Noel, o que significa a assinatura deste TAC no dia de hoje para o Grupo Carrefour? 

A assinatura deste Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio Grande do Sul e outras autoridades e entidade reforça o nosso compromisso e engajamento na luta contra o racismo no Brasil. O Grupo Carrefour Brasil sempre teve políticas claras contra qualquer tipo de discriminação, mas vimos que precisávamos ir além e adotamos uma postura antirracista. Este é um grande momento para nós e este acordo vem para ratificar as ações que já vínhamos colocando em prática desde novembro, quando assumimos 8 compromissos públicos.

Com essa assinatura e  com as intenções realizadas à família de João Alberto Freitas, esta será a maior indenização paga até hoje no Brasil em um processo envolvendo racismo. Como gostaria de ver esse dinheiro investido?

Desde o ocorrido em novembro, nós começamos a atuar em três principais frentes: reparo à família, mudanças internas e compromissos com a sociedade. O primeiro deles, a indenização a todos os familiares de João Alberto Freitas, foi concluído agora em maio. No segundo ponto, estamos avançando nas mudanças internas, com a nova política de tolerância zero, que balizou a revisão da nossa política de diversidade, a internalização dos agentes de fiscalização, que deve ser finalizada até outubro deste ano, treinamentos em letramento racial para todos os nossos colaboradores, entre outras ações. E, por fim, nos compromissos com a sociedade, lançamos no final de maio três editais para apoiar organizações e coletivos que promovam equidade racial e o empreendedorismo negro.A assinatura do TAC é mais um passo nesta terceira frente de compromissos com a sociedade. Nosso maior objetivo com este acordo, que vem para complementar o que já estamos fazendo, é, principalmente, gerar mais oportunidades e aumentar a empregabilidade de negros e negras no Brasil. 


Que lições você acha que o grupo Carrefour tira deste episódio? 

O mais importante que aprendemos é que sempre precisamos estar olhando para dentro das empresas, revisitando nossas políticas e treinamentos para ver onde estamos errando e como podemos melhorar e aprimorar o que temos. Este caso trágico de Porto Alegre foi um aprendizado muito grande para nós, pois vimos que o que fazíamos contra o racismo ainda não era suficiente. Adotamos uma postura antirracista e estamos trabalhando e investindo para contribuir para que a sociedade possa evoluir no combate ao racismo e diminuir a igualdade racial no Brasil. 

O slogan ” Não vamos esquecer” adotado pelo grupo Carrefour significa que a luta contra o racismo  de vocês vai continuar muito além desta indenização? 

A assinatura deste acordo não é um ponto final, pelo contrário, faz parte de um processo que começamos em novembro de 2020 e que não vamos parar mais. O Carrefour vem sendo pioneiro na adoção e implementação de muitas medidas para combater o racismo e queremos liderar com outras empresas este movimento para acabar com a desigualdade racial no Brasil, por meio da sensibilização e treinamento de nossos colaboradores, ações afirmativas, investimento em educação, entre outros. 

O que você diria para os negros e negras do Brasil neste dia histórico?

O que aconteceu em novembro foi um dos momentos mais tristes para nós, comovendo não só o Carrefour, mas toda a sociedade. Foi um choque, de fato e, desde então, estamos trabalhando para contribuir na luta contra o racismo, para ajudar negros e negras a ascenderem em suas carreiras, a terem acesso à educação. Tudo isso é um movimento e um compromisso nosso de longo prazo para contribuir com esta luta tão importante e ajudar a acabar com a desigualdade que temos hoje no Brasil.

Entenda mais sobre esse dia histórico

Porto Alegre, 11 de junho de 2021 – O Grupo Carrefour Brasil fechou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, outras autoridades e as entidades Educafro e Celso Dias. Através deste Termo, o Grupo reafirma seu compromisso irrevogável de lutar contra o racismo e a atuar como um agente de transformação da sociedade. Passados poucos mais de seis meses do ocorrido, além da celebração do acordo, o Grupo já indenizou todos os membros da família da vítima, reformulou o modelo de segurança nas lojas e colocou em prática os demais compromissos assumidos publicamente desde novembro para combater o racismo e promover a equidade.

As ações já iniciadas pelo Grupo Carrefour Brasil e confirmadas pelo acordo têm como foco a promoção da educação, do empreendedorismo e o desenvolvimento de projetos socioculturais, com a finalidade de combater o racismo estrutural no Brasil. O acordo estabelecido tem validade de três anos e prevê a ampliação do fundo criado pelo Grupo em novembro 2020 de R$ 40 milhões para R$ 115 milhões.

A maior parte do investimento será destinada às causas sociais, especialmente em bolsas de educação e qualificação profissional, empreendedorismo de pessoas negras e projetos socioculturais, além de campanhas educacionais. Todas as ações serão amplamente divulgadas e verificadas por uma auditoria externa.

“O Termo assinado não reduz a perda irreparável de uma vida, mas é mais uma medida tomada com o objetivo de ajudar a evitar que novas tragédias se repitam. Com este novo passo, o Grupo Carrefour Brasil reforça sua postura antirracista, ampliando sua política de enfrentamento à discriminação e à violência, bem como da promoção dos direitos humanos em todas as suas lojas”, afirma Noël Prioux, Presidente do Grupo Carrefour Brasil.

As iniciativas confirmadas pelo TAC

Um dos destaques são as ações voltadas para educação. Boa parte do recurso financeiro será destinado à concessão de bolsas de estudos para pessoas negras, de nível superior e de pós-graduação. Haverá ainda bolsas voltadas para a aprendizagem de idiomas, inovação e tecnologia, com foco na formação de jovens profissionais para o mercado de trabalho. Ao todo serão mais de 10 mil bolsas.  “Entendemos ser necessário o investimento em bolsas de estudos com a finalidade de gerar mais oportunidades e aumentar empregabilidade das pessoas negras”, afirma Cristiane Lacerda, diretora de Desenvolvimento Humano do Grupo.  

O plano de ações ainda conta com a promoção do empreendedorismo entre pessoas negras e aceleração de empresas. Há ainda a implementação de política de Tolerância Zero, treinamento contínuo de todos os profissionais que atuam no Grupo Carrefour Brasil em relação a letramento racional e ao combate de todo o tipo de discriminação e violência, bem como o fortalecimento do canal de denúncias. Todas as três ações já em implementação na Companhia.

Outro compromisso ainda destaca a necessidade de se contratar pessoas negras, sendo 30 mil no período de três anos, a fim de contribuir para o quadro de diversidade racial da Companhia. Vale destacar que hoje 64% dos profissionais do Grupo Carrefour Brasil se declaram negros ou pardos. O Grupo também terá um programa de estágio e de trainees voltados para negras e negros e ainda pretende acelerar a carreira de 300 profissionais negros e negras que já atuam na companhia, como forma de contribuir para que eles ascendam à liderança.

Na parte de segurança, o Grupo optou por internalizar a segurança interna, também chamada de agentes de prevenção. Foram mais de 600 profissionais contratados, que se destacam por representar a diversidade da população brasileira quanto ao gênero e raça. Eles serão continuamente treinados com foco em acolher o cliente e proporcionar a melhor experiência nas lojas do Grupo.

Combater o racismo é um tema que precisa ser prioridade de todos e o Grupo Carrefour Brasil quer atuar neste contexto como um agente de transformação da sociedade. Para ter acesso à integra do Termo de Ajustamento de Conduta, bem como acompanhar os compromissos assumidos pelo Grupo Carrefour Brasil, acesse o site Não Vamos Esquecer, que reúne todas as ações e avanços da empresa na luta do combate ao racismo:

HOJE É ANIVERSÁRIO DE IVANE RAMOS

 



CARLOS BRANDÃO SEGUE FAZENDO ALIANÇAS COM PREFEITOS


O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, além de estar viajando mais pelo estado, principalmente para participar de ações do Governo Flávio Dino, tem estreitado bastante os laços com prefeitos maranhenses.

Brandão tem recebido os gestores municipais no Palácio dos Leões e, dentro do possível, tentado solucionar alguns dos problemas levados pelos prefeitos dos seus respectivos municípios.

Somente na última terça-feira (15), Brandão se reuniu com pelo menos sete prefeitos das mais variadas regiões do Maranhão, entre eles: Raimundinho da Audiolar (Presidente Dutra), Paula Azevedo (Paço do Lumiar), Fátima Dantas (Sambaíba), Josa (São João do Sóter), Zezildo Almeida (Santa Helena),Toinho Patioba (Gonçalves Dias) e Ileilda do Queijo (Altamira do Maranhão).

E assim tem sido a rotina de Brandão, pré-candidato ao Palácio dos Leões, todas as semanas, mesmo antes de assumir o comando do Governo do Maranhão, o que acontecerá em abril do ano que vem.

Brandão vai demonstrando que antes mesmo de sentar na cadeira do Palácio dos Leões já vai conseguindo, com apoio e anuência do governador Flávio Dino, estreitar os laços com os gestores municipais do Maranhão.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

HOJE Ê ANIVERSÁRIO DO DR. BENTO VIEIRA

 



Ele é um negão de tirar o chapéu, é  filho da saudosa  dona Benta, que nós chamávamos carinhosamente de vovó Benta. Irmão de Marlene, Maísa, Meló e Cascoré (em memória), esse negro, que nasceu na Rua Rui Barbosa, na casa onde mora boa parte da sua família e onde sempre reúne seus amigos para uma conversa regada a um bom café, ele mudou a idéia de negro em Bacabal. Esse cidadão é Bento Vieira. 

De uma infância difícil, ele vendeu picolé, pirulito, bolo e com esse dinheiro, ajudava na receita da casa. Teve como seus melhores amigos, Fedeu a Fogo, Cabelo e Tabil, responsáveis por belas histórias que fazem parte da sua própria história e da história de Bacabal.

Bento em toda sua trajetória, reciclou o lixo das inverdades e se impôs, mostrando que o negro bacabalense, também podia ser doutor, também podia ser alguém, já que os forasteiros que invadiram a cidade, na época, nos tratavam com sentimentos de pena e nossas mães, submissas por inexperiência, aceitavam o que os brancos diziam e nós negros, acuados em nosso próprio reduto, tínhamos que ouvir o celebre adágio : “boa romaria faz, quem em sua casa vive em paz” e nos sobrava apenas as oficinas para aprendermos um ofício e éramos discriminados pelos próprios negros. 

Bento quebrou a barreira do preconceito, dos bailes na União, clube de pretos mas que execrava pretos. Um dos marcos na vida de Bentão, é o fato de antes mesmo de passar no vestibular, já tinha um cursinho, ensinava todas as matérias e conseguia um índice de aprovação invejável. 

Bento pescou para alimentar a família, jogou bola, empinou papagaios, pegou passarinhos, capinou quintais, jogou pião, andou de bicicleta, levou surras de dona Benta, saiu de Bacabal estudou, fez cursos superiores e virou o famoso Dr. Bento Vieira. Formado em Veterinária, ele foi dono de uma grande loja de artigos para fazendeiros, largando para se dedicar ao Direito, curso que lhe tornou um dos melhores e mais respeitáveis e requisitados  advogados do estado, o monstro sagrado do direito penal. 

Dr. Bento Vieira se aventurou na política e seu discurso é duro, áspero, um concreto armado,  muitos aceitam outros o acham radical, mas seu tino de ajudar as pessoas, de ser amigo dos amigos, vai muito além das profissões, ele é um exemplo seguido por muitos discípulos, inclusive dentro de casa, como é o caso dos filhos e sobrinhos, que também se aventuram no mundo da advocacia. 

Esse Dr. Bento, é perfeito em tudo que bota para fazer, é líder de audiência em um programa de rádio e televisão na emissora de sua próopriedade, a Rádio e TV Web Dona Benta, tem um cursinho que, pelo alto índice de aprovação em vestibulares e concursos, é referência no Maranhão e hoje se tornou um grande empresário no mundo do entretenimento com um parque aquático que leva também  o nome da sua querida mãe e atualmente é o rei da Semi Joia em Bacabal e região. Lembro-me. Certa vez quando Dr, Bento comprou uma lancha, uma certa pessoa falou com ar de reprovação:

- Porra meu, o Bento comprou uma lancha e agora só quer aparecer!

E Dr. Bento Respondeu cheio de orgulho:

- O meu tempo de vender bolo já passou.

Quem está atento as novidades, vê o nosso artista fazer uma ponta no filme "A Caçada ao Tesouro e o seu empreendimento, é o ambiente natural para a maioria das cenas. 

Apareceu na mídia nacional dando um show de direito penal no caso Marquinhos, constrói um ponto para botar um grande restaurante, além de se preparar para uma candidatura na eleição que se avizinha.

E salve Bento, esse elegante, inteligente e abençoado Dr. Bento Vieira, dono de uma linda história que só a literata vida, foi capaz de escrever... e em muitos capítulos. Ele é mesmo um negão de tirar o chapéu. 

Parabéns e muitos anos de vida.

PONTO DE VISTA- A INTERCULTURALUDADE DO DIREITO BRASILEIRO ' POR HUMBERTO CUNHA FILHO

 


Muito da compreensão que temos sobre políticas e direitos culturais ainda se vincula a uma ideia, já com certo grau de anacronismo, de que a soberania estatal corresponde a um governo regente de uma certa população que habita um território delimitado. Disso resultam expressões supostamente castiças como “nossa cultura”, “tradições da nossa gente”, “nossos valores”, “direitos culturais dos cidadãos”, geralmente pronunciadas enfaticamente por quem advoga a existência de culturas que supostamente não sofrem ou não devem sofrer influências externas. 



Todavia, é bem provável que uma cultura somente se desenvolva se tiver livre e equânime contato com outras, o que, aliás, gera a possibilidade de cada uma delas testar seus fundamentos, que se mostrarão sólidos se tiverem raízes no seio social. O que não se admite são as imposições culturais, pela força ou pela fraude, como na dominação bélica de um povo sobre outro, ou o desequilíbrio de oportunidades para as várias expressões culturais existentes. 



Esse, aliás, é o entendimento que se percebe na Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (Unesco 2005), incorporada ao direito brasileiro em 2007, de cuja parte introdutória extrai-se “que a diversidade cultural se fortalece mediante a livre circulação de ideias e se nutre das trocas constantes e da interação entre culturas”, bem como da definição que o mencionado documento faz de “Interculturalidade”, que em seus termos literais é a “existência e interação equitativa de diversas culturas, assim como à possibilidade de geração de expressões culturais compartilhadas por meio do diálogo e respeito mútuo”. 



Mesmo antecedendo a Convenção da Diversidade Cultural em quase duas décadas, a Constituição brasileira de 1988, mostrando-se avançada neste aspecto, previu o aludido compartilhamento de expressões culturais em âmbito internacional, quando determinou que o país envidasse esforços “visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”, por meio, dentre outras, da integração cultural dos povos deste continente (Art. 4º, parágrafo único), o que infelizmente ainda não se concretizou. 



Para o âmbito interno, contudo, a ideia de interculturalidade não é clara na Seção dedicada à cultura, a qual até se refere à “integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas” (Art. 216-A, v), mas quando trata da questão substancial, sem qualquer expressão integradora, enfatiza as “culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional” (Art. 215, § 1º) e “os diferentes segmentos étnicos nacionais” (Art. 215, § 1º).  

Disso decorre ser possível que essa ausência de comando expresso para a interação de culturas estimule reinvindicações por políticas excessivamente fragmentadas e favorecedoras de segmentos específicos, alimentando mais disputas que diálogos, o que além de ser usualmente contraproducente, viola pelo menos um princípio e um fundamento constitucionais sobre a temática. 

O princípio aludido faz parte da Seção constitucional dedicada à Educação - um direito cultural assaz pujante em termos de universalização -, na qual se determina que entre os princípios de regência do ensino está o do “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” (Art. 206, III), o que certamente se expande para as distintas manifestações culturais, dado que a educação corresponde a um “dever do Estado e da família, [e] será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade” (Art. 205), a grande produtora da cultura, em sua rica diversidade. 

Quanto ao fundamento com base no qual deve-se buscar a interação entre culturas, trata-se do “pluralismo político” (Art. 1º, V), cujo entendimento vem de muito aquém e vai para muito além da ideia de pluripartidarismo; vincula-se, de fato, à convivência respeitosa e compartilhada entre pessoas, seres e manifestações diferentes, uma verdadeira especificação da parte do preâmbulo constitucional que pugna por “uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”. 

Assim, neste momento de extrema fragmentação social, em que a capacidade de diálogo corre o risco de completo perecimento; em que a cultura, ao invés de ser um elemento de aproximação se presta preferencialmente a fomentar conflitos; sem olvidar as peculiaridades culturais e muito menos sem querer a homogeneização de grupos e manifestações, precisamos urgentemente estimular, no desenvolvimento das políticas e das práticas, o princípio da interculturalidade, se efetivamente queremos contribuir para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 

Humberto Cunha Filho - Professor de Direitos Culturais nos programas de graduação, mestrado e doutorado da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Presidente de Honra do IBDCult – Instituto Brasileiro de Direitos Culturais. Autor, dentre outros, do livro “Teoria dos Direitos Culturais: fundamentos e finalidades” (Edições SESC-SP).

terça-feira, 15 de junho de 2021

MDB, VACINA, EDUCAÇÃO E RENDA

RETOMADA DE BOLSONARO? – Em entrevista à Folha, a pesquisadora Esther Solano Gallego afirma que “a má avaliação do desempenho do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 afastou muitos eleitores de Jair Bolsonaro, mas eles ainda veem a oposição com desconfiança e poderão se reaproximar do presidente se houver avanço na vacinação e a recuperação da economia se revelar consistente”. Professora da Universidade Federal de São Paulo, Gallego pesquisa grupos bolsonaristas desde 2017. “Os mais moderados não confiam nas alternativas oferecidas até aqui no cenário político-eleitoral, não se sentem acolhidos por essas opções. Alguns até acham que Lula possa levar o país de volta a uma estabilidade, com seu temperamento conciliador e inclinação à negociação, mas muito o rejeitam”.

AUXÍLIO EMERGENCIAL – Jornais confirmam plano de Paulo Guedes de extensão do benefício por mais três meses. Segundo o Valor, “o governo deve renovar auxílio emergencial com edição de nova Medida Provisória”. “Ideia é deixar caducar atual medida que prevê auxílio, que já conta com 275 emendas”, diz a reportagem. O Estadão conta que o governo também “planeja benefício mensal de até R$ 250 para órfãos da Covid-19. Segundo o jornal, esse novo auxílio seria criado dentro da “reformulação do Bolsa Família”. “O valor em estudo está entre R$ 240 e R$ 250 por mês por criança e adolescente, segundo simulações feitas pelo Ministério da Cidadania”, relata o Estadão.

PREFEITURAS NO VERMELHO – O Valor afirma que situação foi provocada por ajuste no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). “Na origem do problema estão incorreções, identificadas em janeiro, no cálculo da complementação do Fundeb paga pela União aos Estados que dispõem de menos recursos próprios para investir em educação. Posteriormente, foram detectados erros numa portaria interministerial publicada em 31 de março deste ano, pelas pastas da Educação e da Economia”, diz a reportagem do Valor. Em entrevista, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, afirma “não temos dado nenhum” e que “praticamente, esvaziaram o cofre de alguns municípios”. A CNM estima que “centenas de prefeituras estejam com as contas no vermelho”.

MDB PELOS ESTADOS – Presidente do MDB-PB, o senador Veneziano Vital do Rêgo afirmou ao site paraibaonline que a posição majoritária do partido é apoiar a reeleição do governador João Azevedo (Cidadania). Ele disse, porém, que a decisão ainda não foi formalizada e que vai ouvir mais integrantes da sigla. Presidente do MDB-GO e um dos vice-presidentes nacionais do partido, Daniel Vilela disse que “é cedo para tratar sobre candidatura própria ou aliança” em relação à disputa ao governo de Goiás. "Naturalmente o partido vai decidir sobre isso, ouvindo todos os líderes”, disse Vilela ao site É Mais Goiás.

PONTO DE EQUILÍBRIO – Como partido de centro, moderado e aberto ao diálogo, o MDB tende a construir pontes com diferentes setores. A polarização destoa da característica do partido, o que acabar por forçar a busca de uma terceira via ou mesmo a construção de uma candidatura própria 

Enviado pelo Eterno Senador João Alberto

COLUNA DO JOSÉ SARNEY- CORONA E EDUCAÇÃO

 


Por José Sarney

Tenho escrito muitas vezes que a Covid-19 mexeu em tudo e não sabemos ainda até que ponto chegará. Provocou de maneira mais dramática a saúde, com uma crise sanitária que pegou todos os países de surpresa, mostrando que raros tinham estrutura para enfrentar os problemas que surgiram. Gerou em seguida uma crise econômica que provocou a quebra das pequenas empresas, com repercussões na organização da vida nas cidades, no transporte, nos empregos, com todos os dramas familiares que se pode imaginar, a cujas lágrimas é difícil ter coração para resistir.

Suas dificuldades começaram no desconhecimento do vírus que provoca a Covid-19 e na busca de uma denominação para ele. Começou com uma conotação política, o exótico Trump acusando outro país, seu competidor, de ter artificialmente criado o vírus para destruir os EUA. A imprensa logo deixou de usar o designativo topográfico do vírus e o chamou de Coronavírus — a cuja família pertence —, seguindo-se o apelido de Corona, tecnicamente 2019-nCov, HCoV-19 ou hCoV-19 e logo vírus SARS-Cov-2, que gerou variantes, designadas por várias linhas de nomenclatura — 19A, 19B, 20A, 20B, 20C, ou L, O, V, S, G, GH, GR. As linhagens mais perigosas passaram a ter vários números: a B.1.1.7 da Inglaterra, a B.1.35 da África do Sul, a P.1 do Amazonas. Como nem os médicos sabiam ao certo denominá-las, fizeram a OMS recorrer às letras gregas. Desta maneira a nossa — infelizmente — variante do Amazonas é Gama; a sul-africana, Beta; a inglesa, Alpha; e as indianas, Delta e Capa. E quando acabar o alfabeto grego naturalmente irão ao alfabeto aramaico, começando por YUDH, a menor de todas as letras, invocada por Cristo, citado por São Mateus, quando disse que passarão o Céu e a Terra e não passará um YUDH da lei, afirmando que não veio para aboli-la, mas para levá-la à perfeição.

Agora surge um estudo da Fundação Lemann dizendo que o Brasil é o 2º país do mundo onde as escolas mais fecharam — 260 dias — e como consequência os alunos perderam a oportunidade de adquirir mais conhecimento. Logo a educação, o maior problema do Brasil e mais difícil de ser solucionado, porque, a meu ver, iniciou no caminho errado. Em meados do século passado, os países asiáticos optaram por primeiro investir na educação e, a partir daí, acelerar o processo de desenvolvimento, dispondo de recursos humanos capazes, com inovação, tecnologia e ciência, e crescer. Foram os modelos japonês, chinês e finlandês que transformaram os Tigres asiáticos — Coréia, Hong Kong, Singapura e Taiwan — em potências econômicas. Já o Brasil quis primeiro crescer e depois educar, embora desde Platão e Confúcio se soubesse que o caminho para uma sociedade justa é a educação. Educar primeiro, ciência, inovação, tecnologia e formação de recursos humanos.

Assim, verificamos que o Coronavírus mexeu com tudo, e o Brasil foi um grande atingido.

Já escrevi que primeiro tínhamos de vacinar os professores. Sem vacinação, quando houvesse aulas, eles, se atingidos pela doença, a transmitiriam aos alunos, estes aos pais e a todos da família.

Tenho um exemplo em casa. A professora se infectou, passou a nove alunos, entre eles dois bisnetos meus; estes passaram ao meu neto e este, à esposa. Nos custou um mês de preocupação e noites maldormidas.

Vamos nos cuidar. Máscara, vacina, nada de festas. E esperar que Deus não nos deixe nem um YUDS dessa horrorosa medusa.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

JOAOZINHO RIBEIRO E = A CULTURA MARANHENSE NA PANDEMIA

 

Joãozinho Ribeiro é um poeta e compositor maranhense, de São Luís, nascido no velho bairro da Coreia, na Travessa 21 de Abril, 66 anos, filho de Maria Amália e João Situba – ela operária de fábrica; ele vendedor de frutas nos mercados e feiras da cidade – que compartilha há três décadas a sua existência com a sua outra parte, Rose Teixeira, seu Amor Maior; apaixonado pelos seus irmãos Graça e Sebastião; um guerrilheiro sonhando com a Cultura da Paz e com o Reencantamento do Mundo; intransigente na defesa das liberdades democráticas e da justiça social; fechado com a ideia de que o dever de todo artista é salvar o sonho!

Jornal Pequeno – Como tem sido a sua agenda de trabalho de nestes tempos de pandemia?

Joãozinho Ribeiro – Na verdade, não tem sido bem uma agenda, mas sim um diário permanente e ambulante, onde as anotações são feitas de perdas, de possibilidades de invenções do futuro, de confrontos e conflitos de todos os gêneros no presente; de enfrentamentos múltiplos, de medos, temores e revelações fascinantes e aterrorizantes do passado… de grandes decepções e tristezas no dia a dia, e também de muitas produções criativas, leituras, reflexões e realizações.

É justamente neste plano existencial multifacetado, que consigo viver e sobreviver, escutando cores e enxergando canções! Ou, como revela um verso de uma parceria (“Risco de Samba”), feito um pouquinho antes da pandemia, com o cantor e compositor Zeca Baleiro: “É como se fosse um parto / Realizado no quarto / Da casa do coração”.

JP – Como foi a produção em 2020, ano em que a cultura passou a ser duramente afetada pelo coronavírus?

Joãozinho Ribeiro – Iniciamos 2020 com o lançamento de dois frevos nas plataformas digitais (“Chega de Sofrência” e “Frevo Desaforado”); depois, tivemos a participação na exposição “Cenas de rua e outras interações poéticas”, em parceria com o fotógrafo Marcellus Ribeiro. Em junho, o lançamento do single e do clipe “Amor Maior”, interpretado pela cantora Rita Benneditto e arranjos do maestro Zé Américo Bastos; em outubro, lançamento do single “Ser o Mano”, interpretado pelo músico George Gomes; em novembro, um show/live gravado no Teatro João do Vale, intitulado “Choros, Sambas e Canções”, integrando o projeto Pátio Aberto do Centro Cultural Vale, com a direção musical de Luiz Júnior Maranhão.

Tudo isso acompanhado de uma intensa participação em lives, entrevistas, resenhas, apresentações e comentários de livros e CDs, e de uma produção literária e musical, que resultou em mais de duas dezenas de canções, um livro inédito de poesia: “Versos de 40Tena”, e a finalização de outro – “Do ofício de viver e outros vícios”.

JP – Quais os planos do poeta, cantor e compositor para os próximos meses e para a fase pós-pandemia?

Joãozinho Ribeiro – Em princípio, continuar vivo… rsrsrs! 2021 já iniciou com a pandemia no auge, e com a suspensão do carnaval. Ainda assim, com a parceria do irmãozinho Zeca Baleiro, fizemos o frevo “Cadê meu carnaval?”, que teve mais de 50 mil acessos na internet. Em março, fizemos a produção do clipe com a música de minha autoria “Com o Afeto das Canções”, interpretada pela dupla Rita Benneditto e Zeca Baleiro, arranjos do maestro Zé Américo Bastos, e direção da cineasta maranhense Thaís Lima.

Na semana passada, postamos no youtube o choro inédito “Trevas à Vista”, gravado no estúdio Zabumba Records, com arranjos e direção musical do maestro Arlindo Pipiu, interpretado pelo cantor Marconi Rezende. Ainda neste mês de junho, pretendemos lançar nas plataformas de música mais três criaçõeslítero-musicais inéditas: “Agora, só para o ano”, “Sanfona Solidária” (em parceria com o músico Rui Mário) e “Caminho Grande” (com o cantor e compositor Josias Sobrinho).

A poetisa e cantora Elisa Lago também nos presenteou este mês com a gravação e lançamento da música “Mar, nem tanto”, outra parceria minha com Zeca Baleiro.

Este ano, completa 15 anos da publicação do meu único livro de poesias “Paisagem Feita de Tempo” (edição totalmente esgotada), e 45 da publicação do “Poema Sujo” (Ferreira Gullar). Estamos organizando um evento para outubro, juntamente com os Professores e doutores Silvana Pantoja (MA), Valmir de Souza (SP) e o poeta Hamilton Faria (PR). Também estamos envolvidos, neste mesmo mês, com a realização da I Semana Cultural Samuel Barrêto.

Em dezembro, seja presencial ou virtual, um show no Teatro Arthur Azevedo, mais precisamente no dia 10 – Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos – intitulado “Com o Afeto das Canções”, contando com as participações especiais de Rita Benneditto, Zeca Baleiro e do maestro Zé Américo Bastos. Este show tem como objetivo maior apresentar ao público toda safra de composições novas e inéditas, criadas nos últimos dois anos.

Para a fase pós-pandemia, prefiro me reservar o direito de permanecer na trincheira de salvamento dos sonhos e na luta intransigente pela construção de uma sociedade mais justa, livre, solidária, criativa, encharcada de humanidades.

JP – Qual a sua avaliação sobre a forma de enfrentamento da pandemia que vem sendo adotada por parte do prefeito Eduardo Braide e do Governador Flávio Dino?

Joãozinho Ribeiro – Entendo que os dois governantes e suas respectivas equipes têm conduzido de forma responsável e equilibrada todo esse processo político e sanitário, que inclui adoção de medidas restritivas (nem sempre populares), vacinação para toda a população, além de valorização da ciência, do SUS e dos profissionais de saúde. Sinto-me bastante honrado e representado pelos dois gestores, em momento tão dolorido e delicado para a nossa população, principalmente aquela que se encontra em situação de profunda vulnerabilidade.

JP – E o que dizer da postura do presidente Bolsonaro diante deste grave desafio no País?

Joãozinho Ribeiro – Gostaria de emitir um simples “sem comentários”, porém estaria sendo traído pelos meus próprios versos que afirmam: “A claridade castiga / A omissão e amudez”. A coletânea de vídeos com imagens e pronunciamentos do genocida inominável já dizem tudo, e em breve constarão como documentos históricos, testemunhos de uma das maiores barbáries cometidas contra o povo brasileiro.

Os versos do poeta Pablo Milanes, em tradução livre do compositor Chico Buarque, retratam e representam com maior propriedade meu sentimento no presente, e no futuro, que sempre se apresenta e, implacavelmente, chega: “A história é um carro alegre / Cheio de um povo contente / Que atropela indiferente / Todo aquele que a negue”.

Os negacionistas passarão, assim como os fascistas que não suportam a alegria, e que se vacinaram contra o encantamento da humanidade! O genocida inominável representa, no momento, a opção pela barbárie e a desconstrução de todo o processo civilizatório e das conquistas humanas, fruto da luta de várias gerações.

“O futuro um dia chega / Com atraso e apressado / De passaporte vencido / Permanente e carimbado / Querendo carona na hora / Para alcançar o passado.”

Prefiro exercer meu direito de morrer pelas coisas que acredito, e de viver querendo acreditar!

JP – Por fim, qual a sua avaliação sobre o cenário que começa a se desenhar para a sucessão do governador Flávio Dino e do presidente Bolsonaro em 2022?

Joãozinho Ribeiro – O mal plantado no presente, fatalmente vai ser colhido no futuro! Isso vale também para a política e para o momento inusitado que estamos vivenciando, em todas as dimensões da vida. Temos tragédias sendo anunciadas a cada instante. No meio ambiente, na saúde, na área cultural, no campo das desigualdades econômicas e sociais, na segurança alimentar … Por outro lado, há esperança também sendo plantada e cultivada no Planeta!

Entendo ser urgente, e pra ontem, um ajuntamento – nem falo mais em aliança – de pessoas, partidos, movimentos e instituições, que tenham como objetivo comum a luta intransigente pela democracia e pelas liberdades, sem a necessidade de apresentação de passaporte ideológico. Nesta trincheira cabem liberais, religiosos, agnósticos, até mesmo conservadores, desde que defendam com sinceridade o estado democrático de direito e a vida, acima de tudo.

Considerando os riscos e as possibilidades reais de vitória da barbárie, penso que o papel de todo democrata e progressista é lutar para a derrubada deste projeto de extrema-direita neofascista, que estende seus tentáculos por todos os campos da vida social, propagando a violência, o discurso de ódio e a morte.

Flávio Dino está ciente disso tudo, e consciente do seu papel. Tem de exercê-lo, no plano local e nacional. Colherá como resultado os frutos com a qualidade das sementes que plantará. Para o bem ou para o mal. Só espero que seja a primeira.

Fonte - Jornal Pequeno