domingo, 28 de junho de 2015

COLUNA DO JAMIR LIMA - PARA FICAR PIOR TEM QUE MELHORAR MUITO!


Nada mudou E, se mudou, foi para pior Na posse de Dilma, escrevi aqui algumas palavras na esperança de que a presidente fosse mudar, colocar o país em seu devido e respeitoso lugar. E me enganei. Nada mudou (parecendo aquela música do Léo Jaime) ! Tudo continua como antes. Os mesmos de sempre nos mesmos lugares.Os políticos são os mesmos de vinte anos atrás (ou mais). Mudaram os nomes, mas o "modus operandi", o método "fisiológico" de conseguir vantagens é aquele que conhecemos de cor e salteado. Em certo ponto, "sofremos" um retrocesso, uma inversão de valores, com o sigilo daquilo que deveria ser público (arquivos históricos e licitações da Copa do Mundo) e do apetite exacerbado de nossos políticos atuais. Uma mulher no poder, nova, sem vícios "politicos" era tudo o que queríamos para dar um jeito e arrumar a bagunça generalizada. E nela milhões depositaram sua expectativa de um dia melhor, melhores condições de trabalho, educação como prioridade, segurança acima de tudo. Mas, nada! A governabilidade "construída" pelos "luminares"-profissionais da politica falou mais alto. Muitos cargos tiveram que ser negociados, trocas e favores tiveram que ser pagos naquela já manjada moeda de troca (para não dizer chantagem). Os aliados e sua base comprada e embrulhada fizeram exigências, "botaram" as cartas na mesa. É ministério, presidência de autarquia, cargos de comissão em bancos estatais, tudo ali, leiloado, conforme os ditames dos manuais de coerção e "convencimento" sem o menor pudor. Mas isto não é tudo, isto é, não é tudo aquilo responsável pelo atraso do país. Tem muito mais coisa por trás. Este modo de fazer política ostensiva e cruel, repartindo e dividindo tudo entre os "apoiadores", causa esse enorme atraso em que vivemos: aeroportos que não acolhem adequadamente seus usuários (com o mínimo de conforto e assistência), uma educação que não forma ninguém (de modo conveniente e profissional) para o mercado de trabalho moderno e exigente. Uma segurança completamente inexistente, deixando a população à mercê de bandidos e criminosos de toda a espécie. E uma legislação obsoleta que permite toda sorte de recursos e protelações, onde vigora o "prende-e-solta", que dá guarida a um sem número de habeas corpus preventivos, responsáveis por evitar "botar" os "incomuns" na cadeia. Fora a tal "progressão de pena", uma aberração jurídica criada com o fim de diminuir a quantidade desumana de presos (mais que o dobro) em uma cela de prisão. Uma constituição que "constitui" uma verdadeira colcha de retalhos, inacabada e desobedecida. Um legislativo que não legisla, um judiciário desacreditado, um executivo que exorbita de suas funções. Um país que não respeita acordos internacionais, que abre suas fronteiras para o tráfico e o contrabando, mas que não limita a entrada de capitais estrangeiros adquirindo terras de interesse de nossa soberania, culminando na posse de riquezas de interesse nacional e estratégicas. Um país onde seus principais dirigentes procuram fazer leis para acobertar possíveis deslizes e "neutralizar" qualquer possibilidade de um dia serem "pegos" no "sobrepasso", no flagrante, serem condenados, presos e irem para a cadeia. Lançam mão de tudo quanto é subterfúgio para "conservar" mutretas e mumunhas no mais absoluto sigilo. Não querem correr riscos. E, assim, sai um entra outro, tudo fica na mesma, do mesmo jeito, mudam-se as cadeiras, tiram o sofá do lugar, mas conservam aquilo que mais prezam: a impunidade geral e irrestrita. Para que os absurdos permaneçam e muita gente enriqueça, procuram aumentar o número de estados, de novos municípios e assim garantirem o curral eleitoral, seu futuro e de sua família e apaniguados. Esta Lei de Gérson, de levar vantagem em tudo, está contaminando a população. É fraude pra tudo quanto é lado, todo mundo dando seu jeitinho de "arrumar" algum nem que seja passando alguém para trás: governo, 
comércio, hospitais. Infelizmente, é assim que funciona (ou está funcionando) e que nunca vai ter fim. Pelo menos, enquanto o brasileiro não aprender a votar direito e a cultivar a honestidade e o caráter como base de tudo. Como diz um amigo meu e um locutor de rádio: "esse país não tem jeito não".


COLUNA DO DODÓ ALVES



OS LAÇOS DE AFETIVIDADE NA CONVIVÊNCIA FAMILIAR, E A RESPONSABILIDADE CIVIL NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO.....

Claudson Alves Oliveira
(Dodó Alves)

Entende Lôbo (2008) que atualmente as relações de consanguinidade, na prática social, são menos importantes que as oriundas de laços de afetividade e da convivência familiar, constituintes do estado de filiação. A propósito, acrescenta o autor: “A família, tendo desaparecido suas funções tradicionais, [...] reencontrou-se no fundamento da afetividade, na comunhão de afeto, pouco importando o modelo que adote inclusive o que se constitui entre um pai ou mãe e seus filhos. A comunhão de afeto é incompatível com o modelo único, matrimonializado, que a experiência constitucional brasileira consagrou, de 1824 até 1988. A afetividade, cuidada inicialmente pelos cientistas sociais, pelos educadores, pelos psicólogos, como objeto de suas ciências, entrou nas cogitações dos juristas, que buscam explicar as relações familiares contemporâneas”.

Portanto, o afeto unifica as pessoas, independente do modelo clássico de família e o constituinte, reconhecendo essas transformações sociais, compreendeu que a legislação vigente envolvia apenas uma parte da população, qual seja a família tradicional. Desta compreensão, surgem os laços de afetividade elencado na responsabilidade civil.

Neste diapasão, à proteção aos filhos menores de idade, em consonância com a constituição de 88, o código civil de 2002 e ECA. E diante de um fato, situação na qual alguma pessoa, física ou jurídica, deva arcar com as consequências de um ato ou negócio danoso. Sob essa noção, toda atividade humana, portanto, pode acarretar o dever de indenizar. Desse modo, o estudo da responsabilidade civil abrange todo o conjunto de princípios e normas que regem a obrigação de indenizar (Venosa, 2005, p. 2).
Outro fator intrínseco a obrigação de indenizar, é o princípios da proteção integral e melhor interesse da criança, com fulcro no artigo 227 da Constituição Federal, foram alçados à categoria de direitos fundamentais. Dispõe o referido artigo: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
E mais, o artigo 229 do mesmo diploma legal trata do dever de amparo entre pais e filhos. Estabelece o dispositivo que: “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
Desta forma, a responsabilidade civil familiar que os pais têm para com seus filhos, uma vez que não cumprido o dever afetivo, caracteriza-se o abandono afetivo do filho, que pode sofrer danos psicológicos em razão de tal comportamento dos responsáveis. A responsabilidade civil familiar ocorre quase que corriqueiramente no seio das famílias brasileiras, fazendo com que milhares de crianças experimentem traumas de cunho psicológico, que carregarão por toda a vida.
A negligência deliberada por parte daquele genitor, independente do motivo, pode levar a distúrbios de personalidade da criança. Alguns pais acreditam que o sustento material seria o suficiente para o pleno desenvolvimento da criança, descuidando-se das necessidades de aspecto moral e afetivo e esquivando-se do dever de convivência familiar.
Visto o exposto declino para reparação civil em consonância com Maria Berenice Dias, entendendo que a conduta omissiva do pai, atenta contra a dignidade da criança e causa-lhe transtornos irreversíveis, sendo caracterizado como ato ilícito gerador do dever de indenizar. Ademais, com base no direito fundamentado no instituto do ECA artigo 7º. Na Responsabilidade Civil (artigos 186, 187 e 927 do CCB), CF artigo 227.
Neste diapasão a Jurisprudência vivencia que a estrutura familiar e a afetividade passaram a ser o instrumento propulsor das famílias contemporâneas, e, neste sentido, os tribunais pátrios vêm recepcionando demandas cujo objeto é a reparação civil do dano moral decorrente do descumprimento do dever de convivência familiar. Opinião: se o instituto for aplicado com bom senso, sem ser utilizado como fonte de lucro fácil, ou como meio de vingança entre os pais, poderá converter-se em um instrumento de extrema importância, para a configuração de um Direito de Família mais adequado à realidade presente nos tempos atuais. Que Deus nos abençoe!
Claudson Alves oliveira - aluno do 10º período do Curso de Direito, American College of American Brazilian, 37 N Orange Avenue, Suite 500, Downtown Orlando, Florida, 32801.

sábado, 27 de junho de 2015

ARGENTINA VENCE COLÔMBIA NOS PÊNALTIS E AGUARDA BRASIL OU PARAGUAI


Com a vitória, a Argentina espera o vencedor do confronto desse sábado entre Brasil e Paraguai. (Foto: Twitter/Reprodução)


Após um 0 a 0 emocionante no tempo normal com a Colômbia, as cobranças decidiram o confronto na noite desta sexta-feira (26) para a Argentina. Tevez, que só bateu a sétima penalidade, marcou o gol decisivo. No total, foram 14 pênaltis cobrados pelas duas seleções.

Nos 90 minutos, ninguém brilhou mais do que Ospina. O goleiro colombiano realizou pelo menos três defesas sensacionais, impedindo a vitória dos argentinos com a bola rolando. As duas primeiras foram em sequência: Agüero antecipou a zaga na entrada da pequena área e arrematou, o camisa 1 defendeu com o pé e a bola voltou para Messi, que cabeceou com violência, forçando Ospina a outra grande defesa.

Com a vitória, a Argentina espera o vencedor do confronto desse sábado entre Brasil e Paraguai. A semifinal será disputada na próxima terça-feira, em Concepción, às 20h30 (de Brasília). A primeira semifinal, já confirmada, será entre Chile e Peru, na segunda, em Santiago.

NO BRASIL, FORTUNAS DE US$17 BILHÕES ENTRE FAMÍLIAS ATRÁS DE GRANDES EMPREITEIRAS



A polícia colocou Marcelo Odebrecht (foto) e Otávio Azevedo, da Odebrecht SA e da Andrade Gutierrez SA, respectivamente, sob prisão preventiva, em 19 de junho, como parte de uma operação federal coordenada envolvendo 220 agentes policiais em quatro estados

Quando ordenou a prisão preventiva dos dois principais executivos das maiores empreiteiras do Brasil na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro disse que agia para preservar a sétima maior economia do mundo.

Moro afirmou que tentava estancar um suposto esquema de cartel à base de propinas organizado pelas empresas controladas por algumas das famílias mais ricas e poderosas do país. Sua escolha: suspensão imediata dos contratos das empresas com o poder público ou prender os altos executivos que as administram.

“Trata-se aqui de empresas que, por sua dimensão econômica, com patrimônio de bilhões de dólares, têm relevante papel na economia brasileira”, disse Moro, na semana passada. “Até razoável, no contexto, discutir a sobrevivência das empresas através de mecanismos de leniência para preservar a economia e empregos”.

A necessidade de conter a corrupção e ao mesmo tempo manter as grandes empreiteiras intactas se tornou uma espécie de mantra entre as autoridades do país, e isso inclui a presidente Dilma Rousseff, que disse em um discurso, em janeiro, que “as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas, não as empresas”.

A proibição de novos contratos, disse Moro na ordem de prisão divulgada em 19 de junho, causaria “efeitos colaterais danosos” em uma economia que já enfrenta a pior contração em 25 anos.

A investigação envolveu empresas controladas por seis das famílias mais ricas do Brasil -- Odebrecht, Andrade, Gutierrez, Camargo, Queiroz Galvão e Mata Pires --, que comandam fortunas combinadas avaliadas em mais de US$ 17 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

“Assim, elas (as empreiteiras) hoje são uma peça muito importante - talvez decisiva - no funcionamento da economia e da política brasileira”, disse Pedro Campos, professor de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Prisão preventiva

A polícia colocou Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, da Odebrecht SA e da Andrade Gutierrez SA, respectivamente, sob prisão preventiva, em 19 de junho, como parte de uma operação federal coordenada envolvendo 220 agentes policiais em quatro estados. A medida permitiu que os policiais detivessem os executivos sem acusá-los em prol do interesse de impedir a continuidade das atividades criminais, disse Moro.

Moro, que negou um pedido do Ministério Público Federal para prender executivos da Odebrecht em novembro, disse que os investigadores reuniram evidências que mostram que os dois presidentes tinham conhecimento do esquema, que envolvia centenas de milhões em propinas. Ele citou um e-mail enviado a executivos, incluindo Marcelo Odebrecht, a respeito do sobrepreço em contratos, e um telefonema entre Azevedo e o suposto intermediário das propinas, Fernando Soares.

Soares negou qualquer irregularidade. Uma porta-voz da Andrade Gutierrez disse que o único negócio que Azevedo manteve com Soares foi a transação de um barco, que foi informada às autoridades competentes.

‘Prisão injusta’

Uma porta-voz da Odebrecht disse, em um comunicado enviado por e-mail, que o assunto daquele e-mail era um acordo comercial legal para construção e operação de navios-sonda e que a mensagem não tinha relação com nenhuma irregularidade.

A Odebrecht e a Andrade negaram a participação em qualquer cartel. A Odebrecht disse em um comunicado que a detenção do executivo foi injusta e a Andrade disse que está colaborando com as autoridades na investigação. As empresas preferiram não realizar comentários adicionais.

O MPF também pediu explicações para apurar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou sua influência para persuadir o BNDES a financiar projetos da Odebrecht no exterior. Os projetos da Odebrecht receberam a maior parcela dos US$ 11,9 bilhões em empréstimos feitos pelo banco ao exterior desde 2007.

Lula, o banco e a Odebrecht negaram irregularidades. Entre os interesses da Odebrecht estão o controle da Braskem, maior fabricante de produtos petroquímicos da América Latina, compartilhado com a Petrobras. A família Odebrecht tem uma fortuna avaliada em cerca de US$ 3 bilhões, dividida entre mais de uma dezena de membros da família, incluindo Marcelo, presidente da empresa.