quinta-feira, 22 de agosto de 2019

OPINIÃO - CADERNO ESTADO MAIOR - MAIS DIÁLOGOS, POR FAVOR !


O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) feito entre o Brasil e os Estados Unidos, que permitirá o uso comercial da Base de Alcântara, avançou mais um passo na Câmara dos Deputados.
Ontem, por maioria, os membros da Comissão de Relações Exteriores da Casa aprovaram o relatório do deputado do Maranhão, Hildo Rocha (MDB), que deu parecer favorável ao acordo firmado pelo presidente Jair Bolsonaro, em maio deste ano.
Este é mais um passo para a aprovação no Congresso Nacional, mas sem ainda ter aprofundado um debate sobre a situação das comunidades quilombolas em Alcântara.
Sem dados reais sobre investimentos na área social e os ganhos reais na economia e ainda os eventuais impactos sociais no Maranhão e, especificamente, em Alcântara. A própria comissão de Relação Exterior não abriu espaços para ouvir a sociedade. Os movimentos foram pontuais de deputados do Maranhão e uma visita do ministro de Ciências e Tecnologia, Marcos Pontes, à Base de Alcântara.
A “pressa” na aprovação até é justificável: os parlamentares a favor do AST dizem que a questão já vem sendo debatida há duas décadas e que, por questões políticas, nunca avançou verdadeiramente.
No fim, se aprovado o AST será pelo mesmo motivo que o uso comercial da Base de Alcântara nunca foi possível pelos Estados Unidos: questões políticas. Falta diálogo, falta transparência que não permite que a população saiba exatamente das consequências (boas e ruins) de um acordo tão grandioso e importante mundialmente.
Mas ainda há tempo para ampliar o debate!
Com pressa – Com aprovação de ampla maioria na Comissão de Relação Exterior da Câmara dos Deputados em sessão ontem, o deputado maranhense Hildo Rocha (MDB) afirmou à coluna que vai tentar levar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) direto para o plenário.
Para isso, Rocha tentará aprovar requerimento de urgência para remeter o texto que chancela o acordo Brasil/EUA para uso da base de Alcântara. Segundo o parlamentar, é preciso pressa neste assunto.
“São mais de duas décadas. Não há mais o que esperar. Temos que avançar com este texto, que será muito importante para o país”, disse.
Estado Maior

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