A Fibrodisplasia
Ossificante Progressiva (conhecido por FOP; termo médico: Fibrodysplasia
Ossificans Progressiva) é uma doença genética
rara que causa a formação de ossos no interior dos músculos, tendões, ligamentos e outros tecidos conectivos. Pontes de ossos
"extra" se desenvolvem através das articulações (juntas do corpo)
restringindo progressivamente os movimentos. Na FOP, o corpo não somente
produz muitos ossos, mas um todo um esqueleto
"extra" é formado, envolvendo o corpo e prendendo a pessoa em uma
prisão de ossos.
História
Inicialmente a doença recebeu
o nome de Miosite Ossificante Progressiva, ou
seja, músculos que progressivamente se transformam em ossos. Entretanto, o
processo não "destrói" somente músculos, mas também outros tecidos
moles como as articulações e tendões e por isto o seu nome foi mudado para
"Fibrodisplasia Ossificante Progressiva
A fibrodisplasia ossificante
progressiva é uma doença genética rara do tecido conjuntivo, caracterizada por
ossificação disseminada em tecidos moles e alterações congênitas das
extremidades. Sua transmissão é autossômica dominante, com penetrância
completa, mas expressão variável. O início ocorre na infância e o envolvimento
progressivo axial e da região proximal dos membros leva a uma conseqüente
imobilização e deformação articular.
Sintomas
As crianças com FOP
desenvolvem inchaços dolorosos pelo corpo, semelhantes a tumores,
que podem crescer, mudar de posição e desaparecer, porém estes inchaços
costumam deixar no seu lugar um osso e vão progressivamente imobilizando o
corpo da criança num “segundo esqueleto”.
O progresso da FOP pode ser
espontâneo, ou ser acelerado por traumas (quedas, cirurgias, biópsias).
Como não há cura conhecida, a
expectativa de vida de pessoas que nascem com FOP é de apenas 41 anos de idade[2].
Causas
A FOP é causada por um alelo
autossômico dominante no cromossomo 2q23-24. O alelo tem expressividade
variável, mas penetrância completa.
A maioria dos casos é
ocasionada por mutação espontânea nos gametas. Um estudo determinou que a FOP
afeta 1 em cada 2 milhões de pessoas. Uma mutação no gene ACVR1
(também conhecido como activin-like kinase 2 [ALK-2]) é responsável pela
doença. O ACVR1 codifica o receptor activin tipo-1, um tipo de receptor BMP
tipo-1.
A mutação muda o códon 206 de
histidina para arginina na proteína ACVR1. Isso faz com que células endoteliais
se transformem em células tronco mesenquimatosas e então em osso.
A formação de tecido ósseo no interior de músculos,
tendões e ligamentos, causa de forma progressiva, a imobilização do corpo. É
caracterizada por má-formação congênita do hálux (dedo grande dos pés malformados ao
nascimento) e pelo desenvolvimento de ossos "extras" em locais
anormais. Estes ossos surgem progressivamente e formam “pontes” entre as
articulações, tornando os movimentos impossíveis. A doença não possui cura ou
tratamento.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
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