Cerca de
um mês após anunciar a destinação de R$ 4,2 milhões em emenda parlamentar para
o Hospital do Câncer, referência em tratamento da doença no Maranhão, a
Assembleia Legislativa parece que ficará somente com a propaganda da união dos
deputados em prol do Aldenora Bello. Isso porque, conforme revelou o deputado
César Pires (PV), o Governo do Estado ainda não liberou qualquer verba
destinada pelos parlamentares.
Cada
deputado decidiu destinar R$ 100 mil em emenda, que supostamente tem direito a
indicar, para o Aldenora Bello. Foi praticamente uma festa a decisão dos
deputados estaduais.
E não
adianta os deputados reclamarem da não liberação da verba ou usar o discurso de
que fizeram a sua parte. Eles terão culpa caso o dinheiro não chegue à unidade
de saúde.
E por
que? Porque já tiveram pelo menos três oportunidades para aprovar a emenda
impositiva, que obriga o Poder Executivo a liberar as emendas parlamentares
independentemente de posição dentro da Assembleia Legislativa. Isso é uma
realidade em Brasília e também em São Luís.
A
Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirma que a verba não foi liberada e não
deu uma data precisa para isso. Um genérico “nos próximos dias” resumiu o prazo
de liberação do recurso, mesmo sabendo que o dinheiro é urgente para quem
precisa de tratamento contra o câncer.
Burocracia – Como de praxe, a SES culpa a
burocracia, a necessidade de documentos, os trâmites necessários para a
liberação de dinheiro público.
Sobre a
liberação das emendas parlamentares para o Aldenora Bello, a secretaria acusou
o hospital de demorar a entregar documentos necessários.
Justificativa
parecida já foi usada no caso da liberação da verba de convênios com
prefeituras do Maranhão para a manutenção dos hospitais de 20 leitos. Os
municípios nunca conseguiam enviar a papelada correta.
Desconfiança – Devido a imprecisão de datas,
o clima é de desconfiança internamente no Hospital Aldenora Bello. A direção
até cogitou ontem emitir uma nota para comentar o assunto.
No
entanto, parece que preferiu recuar da ideia. Vale lembrar que há alguns meses,
a unidade de saúde alertou sobre os riscos de possível fechamento.
Serviços
ambulatoriais do Aldenora Bello ainda estão inativos e outros voltaram após
doação da iniciativa privada.
Estado
Maior
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