segunda-feira, 20 de maio de 2013


PERGUNTA IDIOTA, RESPOSTA CRETINA
          
Uma delegação saiu de Bacabal para ver o jogo que aconteceria ontem no Nhozinho Santos. Por motivo de chuva, o campo ficou encharcado e impróprio para a prática do futebol. Com bastante gasto, os torcedores tentaram reaver o seu dinheiro, o que não foi possível, e para completar, o Dr. Antônio Henrique de Moraes Rego, diretor técnico da Federação  Maranhense de Futebol, fez a seguinte pergunta:
- O quê que esses torcedores do Bacabal vieram fazer aqui??? 
Será que o senhor Antônio Henrique não sabe o que faz uma torcida dentro de um estádio??? O certo é que nada mudou com a intervenção e depois com a aclamação do Dr Antônio Américo para a presidência da Federação Maranhense de Futebol, todos os campeonatos regionais já tiveram seus campeões e o maranhense se arrasta tendo ainda mais seis jogos para o finaizarl.
Diante da brilhante pergunta: - O quê que esses torcedores do Bacabal vieram fazer aqui???  Poderemos responder com outra pergunta: - O que o Dr.Antônio Henrique faz na Federação???



DOR CORTADA

Mastigo com furor a auto-estima
E deito sobre o ego esfaqueado
O pensamento sangra esfacelado
E o lado são rasteja e desanima.

O grito de agonia que a vidav ensina
É o lado da tristeza fria e macerada
É a pele fina ardendo e marcada
Pelo ferro em brasa que a mão domina.

Os restos de pecados que o perdão rumina
Em esterco fértil essa ação culmina
Deixando a razão no chão pisoteada.

Na lama negra que ao sol calcina
Enterro uma vontade em ruína
E planto sobre ela a dor cortada.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes

Por Sérgio Mathias
Torcedores bacabalenses que se deslocaram até a nossa capital para prestigiar a segunda partida da semifinal do returno do estadual, entre BEC e Maranhão, voltaram reclamando barbaridade.

Além de não assistirem jogo algum devido a partida ter sido adiada para hoje (20) em virtude da péssima condição do gramado de jogo, o valor pago pelos ingressos não foi devolvido. Quem não pode permanecer em São Luis, como é o caso de praticamente todos eles, ficou no prejuízo.

E não são apenas os torcedores de Bacabal, dezenas de bacabalenses radicados na capital que foram ao estádio Nhozinho Santos no final da tarde de ontem (19) estão revoltados.

Luís Júnior, por exemplo, desembolsou R$ 30,00 (trinta reais) para ter acesso às cadeiras. Após tomar conhecimento que não seria ressarcido, desabafou: “Hoje, debaixo de chuva me desloquei ao estádio Nhozinho Santos para assistir o jogo entre BAC x MAC (R$ 30,00) e poder prestigiar o time da minha cidade.

Após atraso de 40 minutos e sem nenhum aviso por parte do sistema de áudio do estádio fiquei sabendo que o jogo foi cancelado em virtude da má condição do gramado afetado pelas chuvas.

Mas o pior estava por vir.

Quando fui devolver o ingresso e pegar meu dinheiro de volta me deparei com a bilheteria totalmente fechada e sem ninguém para dar uma orientação sobre problema.

E agora?
Será que ficarei no prejuízo e passarei por papel de palhaço como consumidor?

Será que ainda irei assistir outro jogo ou irei levar meus filhos para tamanha decepção?

Será que futebol maranhense algum dia será organizado e respeitoso com consumidor?”

No final, Luís disse ainda que denunciará o fato ao Ministério Público.


FALTA DE DRENAGEM NO NHOZINHO SANTOS ADIA JOGO ENTRE BEC E MARANHÃO

Por Louremar Fernandes

O jogo entre BEC e Maranhão, marcado para a tarde deste domingo no estádio Nhozinho Santos, não foi realizado.

Pode se atribuir o adiamento à chuva mas a realidade é que o problema é o péssimo sistema de drenagem do estádio Nhozinho Santos. Não choveu torrencialmente em São Luis durante o dia mesmo assim o gramado tinha partes totalmente alagadas. A chuva que caiu foi suficiente para inutilizar o gramado para a prática do futebol, principalmente o lado do campo que fica à direita das cabines de rádio. Observe as fotos, feitas em diversos momentos da tarde e veja que em nenhuma delas se vê chuva forte. 

As duas equipes chegaram a entrar em campo assim como o trio de árbitros. O árbitro principal aguardou por cerca de 30 minutos, chamou os dois times e comunicou a suspensão da partida. Posteriormente dirigentes da Federação Maranhense de Futebol decidiram que o jogo será realizado às 17 horas de amanhão (20).

A partida servirá como preliminar de Sampaio e Cordino que, assim como BEC e Maranhão, disputam uma vaga para a final do segundo turno. 


domingo, 19 de maio de 2013



                                                        Zé Lopes e sua Banda
                                                  Luzian, Zé Lopes e Wilson Bozzo




O DIA “B” NAS ONDAS DO RÁDIO

          Nunca fui de ouvir os jogos do Bacabal Esporte Clube no rádio, sempre fiquei a mercê da surpresa dos noticiários matutinos na televisão, na verdade, no Bom Dia Maranhão, jornal da TV Mirante, afiliada da Rede Globo. Nesta quinta-feira, trabalhei o dia todo terminando um projeto para o período junino da Prefeitura de São Luis, fui até a Fundação Municipal de Cultura. entreguei o projeto e ao retornar pelo Projeto Reviver, parei em um camelô e resolvi comprar um radinho de pilha para ouvir o jogo do Bacabal contra O Maranhão Atlético Clube. 


O que me fez escrever este artigo, foi o fato de que, mesmo o MAC perdendo, os cronistas exaltavam o time da capital e renovavam as esperanças de classificação a cada comentário, enchendo de oxigênio os pulmões da próxima partida. Ao contrário do que rolou na imprensa bacabalense durante a semana, o Bacabal deu o troco a altura, apesar da estatística não ser muito favorável aos seus jogos como mandante. Jogaremos hoje toda a nossa sorte, tanto no segundo turno como no campeonato, temos que suar a camisa, honrar esse azul e branco e colocarmos, não só o coração, mas todos os órgãos vitais na ponta da chuteira. Se alguns jogadores do BEC estão negociados com times de expressão naciobal, que bom, é sinal que o projeto idealizado por Roberto e Hermano, está dando certo. 

Estamos muito perto, estamos com a vantagem, sei que criticamos (eu critiquei) na hora que era preciso, agora, temos que dar essa injeção de ânimo ao nosso time, temos que comparecer ao Nhozinho Santos e darmos a nossa torcida para que consigamos a nossa classificação. Nós, que fazemos a imprensa e estamos acompanhando o Bacabal, vamos acreditar, no time e na estatística, pois os melhores resultados, nós conseguimos fora. Hoje é o dia B, vamos todos de azul e branco rumo a final desse segundo turno para que esse inferno divulgado na imprensa local, se tinja de azul e branco e tudo se torne céu. E vamos pra cima e que Santa Edite nos proteja.    



UMA FESTA PARA A HISTÓRIA

Organizada por Mauritânia Pereira, Kátia Paiva e Jadson Lago, a cidade de Bacabal, no dia 19 de julho, será palco do maior reencontro de amigos de toda a sua história. Com local ainda in off, o evento reunirá uma série de pessoas que estudaram no Colégio de Nossa Senhora dos Anjos nos meados dos anos 80. Tesoureira da festança, Mauritânia Pereira, avisa aos componentes  do grupão, que precisa que o pagamento do convite, no valor de R$ 100,00 (cem reais), seja feito o mais breve possível para que a organização possa pagar as despesas relativas a festa, que será em um local aconchegante e terá  bufê, musica, bebida e e otras cositas mas.   
Bastante entusiasmada, Katia Paiva é só expectativa e dá um aviso aos retardatários, que se apressem nas suas obrigações, pois o tempo passa depressa e logo chegará o dia D. “Como pretendemos fazer uma lembrança da festa, não será possível receber a contribuição na véspera, por isso solicitamos que assim que façam os depósitos, que nos envie o comprovante para que possamos identificar o pagamento”. Katia Paiva ainda reitera que caso não seja possível enviar o comprovante, que informe o numero da agência e conta de origem via mensagem in box no face para a própria Katia ou para Mauritânia Pereira.
Jadson Lago diz que muitos dos amigos já fizeram seus depósitos, mas que o tempo urge e é preciso que os outros se manifestem para o sucesso do evento e  reforça mais uma vez que esta festa não tem fim lucrativo algum e por visar um processo de transparência, disponibiliza o extrato bancário referente ao mês de abril e maio no grupo do face para que os pagantes possam verificar a veracidade das informações.” Quero informar ainda, que a proporção que formos gastando o dinheiro depositado, tudo será prestado conta e disponibilizado aos pagantes e caso, você já tenha feito o deposito, por favor, desconsidere qualquer mensagem. Contamos com a sua colaboração”. Finaliza Jadson Lago.





BORBOLETA

          Sexta-feira, seis horas da tarde, Miguelzinho foi até a casa do então prefeito Zé Vieira para pedir-lhe um dinheiro para a farra do fim de semana. Ao chegar, encontrou também , à espera do seu Zé Vieira, o cambista de jogo do bicho Padeirinho e também uma senhora.
Quando o prefeito apareceu, a mulher se levantou e foi logo bradando:

- Oh!!! Seu Zé Vieira, pelo amor de Deus me ajude. Meu gás acabou e eu tenho três crianças passando fome....

Seu Zé Vieira  puxou do bolso três três notas de cinqüenta reais e deu logo uma para a pobre mulher que saiu feliz e agradecida. Ao olhar as outras duas notas, Miguelzinho imaginou que seria uma para ele e outra para Padeirinho, e era. Padeirinho abriu os braços e o prefeito segurando as duas notas, esticou a  mão e forçou a nota de cima. Padeirinho se antecipou, segurou as duas notas e disparou:

- Seu Zé Vieira, borboleta não voa só com uma asa...

E pegou as duas notas deixando Miguelzinho a ver navios.




UM MARINHEIRO DE BARBA LOIRA
          Ele é filho de dona Maria e seu André e chegou em Bacabal ainda criança onde começou os seus estudos. Menino como outro qualquer menino, era arisco, jogava bola, brincava com os outros meninos e saia escondido para banhar das águas do Rio Mearim. Mesmo estudando, sentia a necessidade de trabalhar para ter o seu próprio dinheiro e se aventurou como padeiro e como entregador de pão, uma vida de muito cansaço e sofrimento onde entrava as seis da tarde para manipular a massa, modelar o pão, assar e as quatro da manhã, em uma bicicleta cargueira, com vários sacos abarrotados de pão, com chuva ou não, percorria toda a cidade e quando o relógio marcava sete horas, tinha que estar em casa para se preparar para mais um dia de aula. 
Esse é André Campos, nome que usa apenas para assinar cheques e canhotos de cartões de crédito. Apelidado ainda criança em Bacabal como Dedé, ele cresceu, virou amante do ritmo que veio da Jamaica, o reggae de raiz e fez muitos amigos. Irmão de Rita, Raimundinho (em memória), Francisco, Neto e Ana, ele foi um adolescente que bebeu cachaça, fumou cigarros, frequentou clubes, dançou, aprendeu muito, sonhou com uma vida melhor e conheceu Josélia, sua esposa, com quem tem três filhos, Van Bastem, André Junior e Lucas, o primeiro já na universidade. Trabalhando de garçom, ele pensou em vôos mais altos e resolveu encarar a Ilha do Amor, onde trabalhou como garçom, recebeu o apelido de Louro até se tornar dono de um dos mais badalados bares da cidade, o bar Litorânea ou simplesmente o Bar do Louro, na Avenida Litorânea onde ele recebe todo mundo com o mesmo amor e carinho. Muitos artistas como Armandinho, Zé Américo, Marcelo Carvalho, Carlinhos Veloz, Paul Getty, Kosta Netto, Albert Abrantes, Manuerl Baião de Dois, Tato Costa, Beto Pereira, Josias Sobrinho, Dommer, 

Isac Dias, Galego, Wilson Zara, Itamar Lima, Herbert Luis, Nonato Matos, Brandinho, Samuel Barreto, Edvaldo Santos, intelectuais como Arquimedes, Carmem Lopes, Pedro Neto, Gusmão, Junior de Paula, Sales, Kalil Trabulsi, Louremar, Waltinho Carioca, Donatinho, Ezrael Nunes, Renato, Lereno, Rinaldo, Neuzinha Costa, ases como o médico Dr. Itaguacy, o advogado Dr. Jeferson Santos, as advogadas Dra. Zilda, Dra. Graça Almeida, a odontóloga Dra. Clery,  o agrônomo Henriqiue Nunes, politicos como Zé Alberto Filho, Paulo Campos, Jura Filho, Zeziquinho, Graciete. Leonardo Lacerda, esportistas como Pedro Gusmão, Guilherme, Dutra, Hermano, Roberto, Renato Braga, Kleber, Lambal, Silinha, Oliveira Sobrinho, os empresários Kim, Godinho, oficiais como Coronel Braga, Coronel Brazil, Coronel Veloso Coronel Marcos Pimentel, Major Marques Neto, Tenente Menezes e muitas outras autoridades, doutores, cantores, políticos, atletas e anônimos. Louro tem a cara de um alegre domingo de Sol e o seu bar que fica em frente as dunas, recebe um vento frio e tem todas as estruturas que o turista quer e precisa.
Louro vive sempre rodeado de amigos, é figura presente nas mesas conversando com os fregueses e a estrutura que montou, faz do seu bar, sempre lotado, a atração dos dias de sol, das noites de lua cheia, das tardes frias. Louro é a praia em si, é o mar em si e toda vez que o sol nasce atrás das dunas, em frente do seu bar, a natureza esboça um sorriso, cheio de brisa a pintar o dia com seu tom amarelo. Esse é Louro, o faxineiro das dunas, um mar de barbas aparadas e tingidas pela vida.





SONETO PARA MINHA CIDADE

Hoje olho esta cidade nua
Procuro em meus amigos um alegre passado
Vejo um sofrimento neles estampado
E as vozes do sil~encio ecoam em minha rua.

Mesmo que a ação do tempo destrua
Cabe ao próprio homem evitar a ruína
Fazer do sentimento uma oficina
Com ferramentas que a reconstrua.

Sobre a noite cai uma tristeza
Teus ditos donos cheios de avareza
Mostram os seus verdadeiros rostos.

Teus filhos querem só o pão na mesa
E ter de volta a tua beleza
E ver os teus algozes todos mortos.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes



LAVRA (DOR)

A mesma mão que aduba
Planta multiplica,
Sangra, fiscaliza,
Blasfema e ora.
Igual espaço antepõe-se
Entre terras e donos distintos.
Ser cruel precisa mais?
Mais chumbo, choro, dizimação?
Antes comum farta era,
Era de sonhos distantes,
Passado sem volta. Revolta!
É mesmo o verde campo,
Folhas se foram,
Metamorfoseando o ciclo...
Somente – em dor – apenas,
Em mesmo corpo outrora transmutada,
A mesma gana de Homem,
Uniu-se a forme de bicho.

Lereno Nunes

 DO LIVRO ANTOLOGIA POÉTICA DAS CIDADES BRASILEIRAS