segunda-feira, 6 de maio de 2013




ENERGIA RENOVÁVEL

A dor, essa energia renovável
Que eletrocuta o horror e seu problema
Partícula de medo tão pequena
Deixa o corpo em estado miserável.

No peito uma doença incurável
Deixa os tecidos necrosados
O estomago roído e embrulhado
Vomita o alimento imprestável.

Tudo que a mão é alcançável
A droga que torna o sofrimento suportável
Serve de consolo para o mal.

A vida, como sempre, é responsável
Por esta condição insustentável
Que decreta ao sofrimento o seu final.

Do livro de sonetos “A Dor e Eu” de Zé Lopes.   



DOIS COCOS
Seu Julião  tinha no seu quintal um pé de coco da praia que só vivia carregado. Santinha, sua sobrinha, certa tarde de sábado , chegou em sua casa e pediu:
- Tio Júlio, me dá um coco seco pra eu fazer um bolo!
 Seu Julião foi no quintal, pegou dois cocos secos , entregou para santinha e falou:
- Leve dois, um pra você fazer seu bolo e o outro pra você plantar,
Acreditem. O pé de coco que Santinha plantou já produz, faz tempos.

Do Livro "Bacabal- Cenas de um capítulo passado" de Zé Lopes







CARTA ABERTA AO AMIGO ABEL CARVALHO

          Dormi cedo na sexta-feira e no sábado, já me preparando para uma manhã de trabalho na produção de um CD, recebi um telefonema de um amigo perguntando se eu estava precisando de proteção. Ri e ele voltou a perguntar em tom mais sério. Perguntei o que estava acontecendo e ele sugeriu que eu lesse os blogs de Bacabal. Fiquei surpreso, pois o meu nome veio novamente a baila e com um status ruim. Apareci como desafeto do Jornalista Abel Carvalho e eu que pensava que já tinham me esquecido.
Não é novidade pra ninguém que tenho um carinho muito grande, uma profunda admiração e uma sincera amizade para com o Abel, ele é meu parceiro em várias canções, lideramos juntos vários movimentos culturais, muito do que sei aprendi com ele e por muitas vezes deu-me puxões de orelha quando via que eu agia errado. Ele é o autor do prefácio do meu livro de crônicas  “Bacabal, cenas de um capítulo passado” e quem lê meus artigos, vai sempre ver uma frase de efeito pensada por esse jornalista. Abel foi o meu grande mestre. Tenho pela sua família, o maior respeito e o que sinto pela Cláudia, sua companheira, transcende a uma simples amizade, é uma coisa assim de irmão, pois nos conhecemos ainda na adolescência, trabalhamos juntos por longos anos, brincávamos no boi bacaba e somos da mesma igreja. Dos seus seis filhos, alguns freqüentam a minha casa, inclusive, há poucos dias atrás, tive com um deles, o Eduardo, que trato carinhosamente de Dudu,  tomando umas e outras na noite de São Luis.
Pensei muito para ver se responderia ou não ao artigo do Abel e resolvi responder, para explicar algumas coisas que ele se enganou a meu respeito.
Primeiro, nunca fui empregado da prefeitura e tudo isso começou com o festival de músicas carnavalescas, quando armaram um complô contra mim e eu deixei que tudo acontecesse e mandei o meu direito de resposta para os blogs que me atacaram e nenhum deles postou, por isso fiz o “BLOG DO ZÉ LOPES” para poder me defender, em nenhum momento falei que a pessoa que escrevia para outros blogs era o Abel, até porque os textos continham erros, peculiares de quem não sabe mesmo escrever. O artigo de Abel, faz a mesma referência, então, isso é uma prova que não me referi a ele, pois sei que jamais escreveria denegrindo a minha imagem e mais, nessa história, eu fui o grande prejudicado, fui punido sem julgamento e o tempo que passei aí foi tão pequeno, que não dava para tanto, principalmente porque o que eu tinha na mente para a cultura de Bacabal, ia muito além de um simples festival, pivô de toda essa confusão.
 Veja o que escrevi em Janeiro
... Faremos o contrário de outros blogs que se não extorquem as pessoas com falsas matérias, produzindo o que ficou convencionalmente chamadao de imprensa marrom, ou mesmo emprestando sua revista para que outros escrevam, o popular laranja...

Veja o que Abel escreveu em maio
 “...não escrevo para o blog do senhor Sérgio Mathias. Na verdade não estou escrevendo nem mesmo para o meu portal.”
E  ele me disse isso pessoalmente, há vários meses atrás, então não sei porque meu nome de volta.
Quanto Abel fala que...
...Não sei por que, se ele já estava “empregado” e armando as tretas que são peculiares e com as quais ele vem ganhando a vida.
Repito, nunca fui empregado da prefeitura e quanto as tretas para ganhar a vida, não, eu tenho um estúdio de gravação, faço meus shows, sou produtor musical, inclusive finalizando um CD com o hino e outras músicas para o Bacabal Esporte Clube, sou redator de uma grande revista, faço free lance para dois jornais de São Luis, presto assessoria para algumas empresas, tenho mais de 700 canções gravadas e cantadas por esse Brazilzão de Meu Deus, o que gera direitos autorais e me rende um bom salário.
...deixei claro que ainda terei que dá uma pisa em Zé Lopes
Quanto a essa surra que a mim foi prometida publicamente, o risco é duplo e eu sou um homem de  49 anos e não tenho mais idade para apanhar na rua, esse tempo já passou, mesmo assim, devo me precaver e evitá-lo e assim farei. Só não entendo, que com esse monte de desafeto, só pra mim vai sobrar essa pancadaria! Ainda confio que essa raiva sem causa vai passar, que as coisas se equilibrem, que o Bom Deus o ilumine, pois sei que as coisas não são como pensamos nem como planejamos e essa coisa de violência, além de ferir o corpo, fere a alma e um jornalista com essa capacidade, tinha mesmo que estar na frente da comunicação de Bacabal. Finalizo dizendo que, nós, homens da comunicação, bacabalenses, responsáveis por tantas coisas boas nesta cidade, não tínhamos que estar nos digladiando e sim fazendo algo para que a boa terrinha fosse vista lá fora, com pompas. Pois é amigo, vamos dar tempo ao tempo, pois esse implacável, se encarrega de tudo, até de desfazer as lembranças, só não de destruir a nossa história, que foi construída com luta, mas sem violência. Quero externar que acho que Bacabal é muito pequena para a sua capacidade e o que muitos querem, estão conseguindo, ver os filhos da terra sem oportunidades na própria terra. Lembre-se,  você é capaz de mudar o mundo com o seu talento... e vai conseguir e não toco mais no assunto. Fique com Deus e em Paz e tenha uma semana proveitosa.
Do amigo de sempre, Zé Lopes.






No quadro “POR ONDE ANDARÁ” desta segunda feira, o nosso blog quer saber por onde andará Flávio Passarinho

POR ONDE ANDARÁ

Peguei o meu violão
Velho amigo e professor
Dedilhei as suas cordas
Veio um som consolador
Lembrei-me de um companheiro
Cantador e violeiro
Que eu trato com carinho
Botei nota no jornal
Procurei em Bacabal
Cadê Flávio Passarinho?

Peguei um Buzão Lotado
Fui direto pra bahia
Perguntei pra sua irmã
Pra sua mãe, pra sua tia
O povo dava chilique
Na farmácia de Henrique
Muitos abriam caminho
E começaram a gritar
Na intenção de achar
Nosso Flávio Passarinho.

Perguntei na AABB
E no Banco do Brasil
A resposta era uma só
Esse cara aí, sumiu
Não perdi a esperança
Viajei para Bracança
E em Recife tão sozinho
Vi um povo esquisito
Vi o Rossi, vi Jackito
Não ví Flávio Passarinho,






domingo, 5 de maio de 2013




O PERIGO MORA EM CASA
          O Bacabal Esporte Clube não vem desempenhando um bom futebol dentro de casa, como na casa dos adversários. As estatísticas provam que o time azul e branco dentro do seu próprio domínio, tem se mostrado apático e com baixo desempenho, um rendimento muito fraco, a prova disso são os resultados e para selar a escrita, o empate de três a três contra o time do imperatriz na primeira partida da final do primeiro turno, tirou qualquer pretensão do leão sagrar-se campeão.  

Com a derrota para o Maranhão dentro de casa, o Bacabal perdeu a chance de liquidar a fatura e ficar olhando de longe quem pegaria na semi-final, mas como a lição de casa não está sendo feita, teme-se que o Imperatriz possa jogar, novamente, água no chopp do BEC e ele tenha que passar por tudo que passou no primeiro turno, ou seja, nadou, nadou e morreu na praia. Baseado nas atuações que fez fora do Correão, tirando apenas a primeira partida contra o São José, no Castelão, onde o time se mostrou cansado, tudo correu bem,  o BEC foi buscar os resultados e até a sua classificação, na casa do adversário com jogos memoráveis, como o contra o Americano, em São Luis, quando começou perdendo por um a zero e terminou com a esmagadora vitória por seis a um. Que o time abra o olho e desça do salto nessa última partida contra o Imperatriz, pois uma derrota pode complicar todo o trabalho e o que se pode decidir em casa, ter-se que buscar fora, só que na fase mais difícil. 

Chutando todo o desconforto desta fase, o leão tem que rugir para que, muitos torcedores, não botem culpa no baixo desempenho dentro do Correão, as suas ausências nas arquibancadas.





SOU JOSÉ, NÃO SOU JESUS

Não me julgo arbitrário, nem tento
Continuo temente ao meu bom Deus
Sinto ódio de ti neste momento
Como Hitler odiava aos judeus.

Se te fiz algum mal, juro que não sei,
Tudo que eu fiz, foi querer te ajudar
Amizade pra mim, é a lei
Falsidade é um jogo de azar.

A vida está aí, então, acorda
Vai no fundo do poço e pega esta corda
Te amarra e arrasta a tua cruz.

Desculpas, vá lá, tudo bem
Perdão, não vem que aqui não tem
Só sou José, simples Zé, não sou Jesus.

Do livro de sonetos “A Dor e Eu” de Zé Lopes.   


UMA ESTRELA CHAMADA DALVA




          Negra, de infância pobre, hoje a bem sucedida empresária no ramo imobiliário, em pesquisa de opinião pública e na comunicação, Dalva Lemos, dá um grande exemplo de garra e determinação.  Proprietária de imóveis, diretora proprietária  do IOP - Instituto de Opinião Pública,  diretora proprietária da maior revista do norte-nordeste, quiçá do Brasil, a Caras e Nomes, ela vendeu bananas e tinha um sonho de trabalhar no Armazém Paraíba. Mãe de Paulo Lemos (médico), Luana Lemos (advogada) e Rafaela Lemos (publicitária, artista cênica e estudante de direito), Dalva Lemos se desdobra e se mostra incansável, achando tempo para, além de cuidar dos negócios , da casa, do sítio, das pautas da revista, da família, dos netos Paola, Nathalia, Thiago, Rayca e até da própria cozinha, até para si e para sorrir. Ela que hoje é uma referência nas áreas em que atua. 

Dalva Lemos é  mais uma bacabalense que deixou a cidade atrás de melhores dias, e o melhor, conseguiu e com o suor do próprio rosto, que tanto adubou a terra onde plantou todos os seus planos, construiu uma linda história em nossa capital e hoje colhe os frutos mais doces desse investimento, os filhos dando a alegria do tão concorrido e perseguido “Dr (a).” antes do nome. Ela que não nega a sua origem, até ri da pequenez dos seus antigos sonhos. 

Dalva carregou nas costas o fardo de ser diferente em uma cidade que sempre quis o igual e caiu em campo em suas múltiplas facetas de radialista, comerciante, manequim, estilista, promotora de eventos, repórter, produtora, diretora, apresentadora de programas de televisão, âncora, romântica, mãe, filha e excelente administradora de tudo que quis pra si. Essa dona da vida. também já se indignou, também já sentiu na pele a feroz discriminação, mas nunca perdeu as rédeas  dos  seus projetos. Musa de tantas, canções, de tantas poesias, faxineira de palavras e artista de todos os momentos, não se curva diante de nenhuma dificuldade e quem a conhece, sabe da sua influência, da sua amizade que vai do menos favorecido ao mais afortunado, do simples pedinte ao mais importante político. 

Dalva não é Dalva por acaso e se entre milhões de estrelas no céu , só ela brilha pela manhã, Deus, em toda a sua magnitude, soube escolher também uma estrela na terra, essa negra, essa estrela negra que nasceu para brilhar, muito além das manhãs, das tardes e das noites. Essa estrela é Dalva Lemos.



















CUSCUZ QUENTINHO
          Walter Corrêa, na época, supervisor de uma revendedora de bebidas, levou sua esposa para uma tradicional festa junina. Meia noite ele se disse cansado e a levou de volta para casa. Dando uma desculpa qualquer, ele disse que precisava voltar. Ao chegar no local da festa, encontrou uma antiga namorada e saíram para uma bela orgia. Depois da farra, Walter Corrêa se livrou da mulher. O dia já clareando, ao passar no canto do Gramixó, comprou na banca de dona Maria Paú um cuscuz quentinho, que acabara de sair da cuscuzeira. Chegou em casa, abriu a porta bem devagarinho para não chamar a atenção, deixou o cuscuz em cima da mesa e foi para lo quarto de hóspedes. Logo que pregou os olhos foi surpreendido por sua esposa que raivosa, puxou a tomada do ventilador e perguntou:
- A que horas tu chegou?
E Walter bocejando, respondeu:
- Logo depois que saí, só demorei meia hora!
E ela:
- E esse cuscuz quentinho que tá aí em cima da mesa, fumaçando heimmmmm!!!

Do livro “Bacabal- Cenas de um capítulo passado” de Zé Lopes 




MULHER NÃO FALA PALAVRÃO


          Estava assistindo ao programa do Cajuru no canal de tv "Esporte Interativo". Passava um vídeo onde um jogador ou um locutor (não sei ao certo) se sentiu apertado, interrompeu a entrevista para correr ao banheiro.
A assistente de Cajuru, uma loirona, "lascou": "-ele correu pois estava de caganeira"! Kajuru não deixou barato: "-não diz isso, não fica bem pra você, mulher não fala isso, mulher não fala palavrão!!!
Eu, como o distinto apresentador, penso do mesmo jeito, acostumado a ver a mulher lá no pedestal, "cheia de charme", dengosa, linda e maravilhosa! E, jamais dizendo palavrão ou coisa do gênero!
No "Dia Internacional da Mulher", coloquei no facebook um vídeo do Erasmo Carlos que começava assim: "Dizem que a mulher é sexo frágil...", e uma amiga deu o troco na hora, no "comentário": "-fraco é quem diz"! 
Ela foi esperta. Se dissesse: "sexo frágil é a mãe" ou "sexo frágil é a véia", não ficaria bem porque estaria admitindo e confessando. Ela se precipitou, pois o Erasmo um pouco mais na frente, diria: "mas que mentira absuuuurrrda". E, conclui mais adiante: "sou forte, mas não chego aos teus pés!!!".
Aprendi, desde pequenininho, que mulher é para ser respeitada, cultivada, "curtida", "comentada" e "cutucada" (como fazem no facebook).
E que mulher escolhe as palavras certas, não extrapola, não sai "atirando" palavrão a esmo. 
Não é de bom tom escutar palavras chulas saídas da boca de uma mulher. 
Entre quatro paredes tudo bem!!! Na intimidade pode até ser um estimulante, pois nestas horas vale-tudo!
Mas, fora isso, como diziam os antigos: "não é de bom alvitre!".
O respeito ao sexo feminino vem de longe, reporta aos primórdios, imposta de forma afetiva pela mãe.
Sua presença física, sua maneira de conduzir os filhos, seu modo peculiar de lidar com crianças e adultos nos levam a ter uma visão toda especial quando se fala em modelo de mulher.
Mãe possui aquela reserva essencial à criação: carinho, cuidado, paciência, rigor e sutileza nos momentos de ralhar na hora certa, dando o corretivo conforme o figurino. E se a gente tivesse "irmã", a mãe impunha aquela distância regulamentar, nada de muitas aproximações, intimidades. Respeitar a irmã era fundamental! E, ai daquele que desobedecesse e fizesse alguma gracinha!!!
Mulher de verdade, sim senhor (lembrando Benito Di Paula), tem o formato curvilíneo, arredondado, com aquela flacidez peculiar do sexo feminino. 
Mulher não foi feita para ser siliconada, ganhar músculos, ter bumbum fora do comum (popozuda), seios fartos e grandes demais.
A natureza é pródiga em dar à mulher toda a feminilidade que precisa! Mulher é mulher!!!
Não existe mulher feia!!! (por causa da parafernália de produtos de beleza que lhe são colocados à disposição hoje em dia). Ou, então, não existe mulher feia (você é que está bêbado!!!).
Tudo isso aqui é para dizer: mulher, seja você mesma, do jeito que a natureza lhe fez!!! Só cuide de melhorar, mas sem alterar, sem violentar a aparência, o corpo, o geral!!!
Estamos juntos nessa!!!
Tô contigo e não abro!!!












                                                           Zé Lopes e Toni Garrido
                                                                Bira do Pindaré e Zé Lopes