CUSCUZ
QUENTINHO
Walter Corrêa, na época, supervisor de uma
revendedora de bebidas, levou sua esposa para uma tradicional festa junina.
Meia noite ele se disse cansado e a levou de volta para casa. Dando uma
desculpa qualquer, ele disse que precisava voltar. Ao chegar no local da festa,
encontrou uma antiga namorada e saíram para uma bela orgia. Depois da farra,
Walter Corrêa se livrou da mulher. O dia já clareando, ao passar no canto do
Gramixó, comprou na banca de dona Maria Paú um cuscuz quentinho, que acabara de
sair da cuscuzeira. Chegou em casa, abriu a porta bem devagarinho para não
chamar a atenção, deixou o cuscuz em cima da mesa e foi para lo quarto de
hóspedes. Logo que pregou os olhos foi surpreendido por sua esposa que raivosa,
puxou a tomada do ventilador e perguntou:
-
A que horas tu chegou?
E Walter bocejando, respondeu:
-
Logo depois que saí, só demorei meia hora!
E ela:
-
E esse cuscuz quentinho que tá aí em cima da mesa, fumaçando heimmmmm!!!
Do livro “Bacabal- Cenas de um capítulo passado” de
Zé Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário