terça-feira, 7 de outubro de 2014

ACUSADOS DA MORTE DE DÉCIO SÁ IMPETRAM HABEAS CORPUS NO STF

  

A defesa de José de Alencar Miranda Carvalho e Gláucio Alencar Pontes Carvalho - pai e filho, que irão a júri popular acusados de serem os mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, da equipe de Política de O Estado, e responsável pelo Blog do Décio.com, ocorrido em abril de 2012 em um bar na Avenida Litorânea, em São Luís, impetrou novo habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo para que aguardem o julgamento em liberdade. Dez réus foram denunciados pelo homicídio e dois já foram julgados e condenados.

José de Alencar, de 74 anos, cumpre prisão domiciliar, e seu filho, Gláucio Alencar, está preso no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros da capital. No habeas corpus, a defesa alega que a custódia de ambos é ilegal por "11 motivos relevantes", entre eles a suposta inércia dos órgãos acusatórios, o cabimento de medida restritiva diversa e o longo tempo de custódia, "inclusive em desfavor de um idoso".
 
Ambos tiveram a prisão temporária decretada em junho de 2012, depois convertida em preventiva. "Os pacientes nunca embaraçaram a marcha do processo, motivo pelo qual não merecem continuar tolhidos de sua liberdade ambulatorial por conduta procrastinatória de corréu (José Raimundo), tampouco por inércia ou error in procedendo do Tribunal de Justiça do Maranhão", afirma a defesa.

A defesa também critica a denúncia, afirmando que a acusação é vaga ao demonstrar a motivação que teria levados os acusados a decidirem "encomendar a morte" do jornalista.

Os dois primeiros envolvidos na morte do jornalista a serem julgados foram Jhonatan de Sousa Silva, assassino confesso, condenado a 23 anos e três meses de reclusão, e seu cúmplice, Marcos Bruno Silva de Oliveira, que conduziu o criminoso ao local e lhe deu fuga após o crime, condenado a 18 anos e três meses. O julgamento dos réus ocorreu em fevereiro, mas o restante dos acusados ainda não tem data para ser julgado.

ALBERTO FILHO AGRADECE AOS SEUS ELEITORES

 

PAI DO ADVOGADO BRUNNO MATOS DIZ QUE O FILHO FOI VÍTIMA DE UM MARGINAL IRRESPONSÁVEL



O corpo do advogado Brunno Matos, 29 anos, assessor do senador eleito Roberto Rocha, está sendo velado na Central de Velórios da Pax, na Rua Grande, Centro de São Luís. Brunno foi assassinado covardemente na madrugada de segunda-feira(06) no momento em que deixava o local da festa de comemoração da vitória de Roberto Rocha, no Olho D´Agua.
Ao sair, o advogado percebeu que o homem identificado como Carlos Marão Filho estava quebrando os retrovisores de veículos estacionados nas proximidades do local da comemoração. Marão estaria sob efeitos de entorpecentes, visivelmente transtornado e revoltado com o som usado na comemoração. Brunno apenas questionou os motivos que levaram o assassino a fazer aquilo. Foi o suficiente para ser esfaqueado mortalmente. O irmão dele, Alexandre Soares, também foi esfaqueado no abdômen. Brunno foi socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. Alexandre foi submetido à cirurgia e está na UTI do Hospital São Domingos.
A outra vítima, identificada como Kelvin Chiang, 26 anos, psicólogo, foi atingido com um golpe de faca nas costas, ao tentar proteger a quarta vítima que havia caído, identificado como Wesley Carvalho, único jovem que não sofreu golpe de facas em razão da arma ter ficado cravada nas costas de Kelvin.
As vítimas confirmaram em delegacia e em depoimento prestado no hospital que o estudante Diego Polary, filho do Dj Claudinho Polary, da Mirante FM, foi um dos autores do trágico acontecimento que culminou na morte do assessor do eleito senador Roberto Rocha.
O assassino é irmão da ex-mulher de Claudinho e tio de Diego. Os dois residem na mesma casa, no Olho D´Agua, ao lado do local onde foi realizada a comemoração da vitória de Roberto Rocha. Ao ser preso, Carlos Marão aparentava ter feito uso de substâncias entorpecentes.
A polícia teria descartado a participação de Diego Polary no assassinato. No entanto, as investigações prosseguem para descobrir quem estaria em companhia de Marão, no momento do ataque aos jovens.
No velório, bastante abatido e chorando muito, o pai de Brunno, Rubem César Soares, falou ao blog sobre a perda do filho.
“Essa é uma dor indescritível. Perder um filho é perder metade de você. Perder um filho bom, íntegro, competente, leal, é perder você quase todo. Estou como se não tivesse pisando no chão. Meu filho foi vítima de um marginal irresponsável. Vamos fazer de tudo para que esse marginal fique preso para o resto da vida”, desabafou Rubem Soares.
Disse, ainda, que o filho apenas questionou porque ele (o assassino) estava quebrando os retrovisores dos carros. “Isso foi o suficiente para ele matar meu filho, esfaquear meu outro filho – que está na UTI de um  hospital – e ferir outro amigo”, diz.
O sepultamento de Brunno Matos será realizado no cemitério do Gavião, às 10h30 desta terça-feira(07).

MARINA DECIDE APOIAR AÉCIO EM TROCA DE COMPROMISSO REAL POR FIM DA REELEIÇÃO



A candidata derrotada Marina Silva (PSB) decidiu apoiar o tucano Aécio Neves no 2.º turno mediante o compromisso de apoiar causas defendidas pela terceira colocada na disputa presidencial, incluindo uma reforma política que ponha fim à reeleição. Conforme informou a colunista Sonia Racy no portal estadão.com.br, o que está em discussão é se isto ocorrerá com o PSB ou se será uma manifestação da Rede Sustentabilidade, partido que Marina não conseguiu criar em 2013 e se abrigou no partido que foi presidido por Eduardo Campos.

A decisão deve sair antes do endosso formal ao tucano de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco, morto em agosto. Renata deve formalizar o apoio a Aécio por um motivo simples: se não o fizer ou se acenar com a possibilidade de apoiar a petista Dilma Rousseff, iria contra o discurso do marido de que a presidente representava a velha política.
 
Marina não quer condicionar sua decisão a cargos, o que ela define como “velha política”. O caminho é pedir um compromisso formal de pontos do programa de governo anunciado pelo PSB em agosto, como o fim da reeleição e uma proposta de reforma tributária. Aécio já disse publicamente ser a favor de ambas as propostas.
 
Fora isso, a candidata derrotada do PSB também tem interesse em ver o tucano se comprometer com a manutenção das conquistas socioeconômicas dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, a inclusão na agenda de cuidados com a sustentabilidade e a garantia de aumento de produção do agronegócio sem riscos à floresta amazônica.
 
Em 2010, a ex-ministra, que como agora ficou em terceiro lugar, fez uma lista de dez itens de seu programa de governo e a enviou tanto a José Serra e quanto a Dilma, que passaram para o segundo turno. O tucano não respondeu. A petista assinou o termo, indicando aceitar o proposto, mas não chegou a cumprir isso - Marina tampouco a apoiou e optou pela neutralidade. No domingo, em discurso após reconhecer a derrota, a ex-ministra deu a entender que não ficaria neutra novamente e que os brasileiros demonstraram um “sentimento de mudança”.
 
A tendência nos partidos que formaram a aliança de Marina é apoiar Aécio. Já se manifestaram nesse sentido o presidente do PPS, Roberto Freire, que convocou reunião do partido para hoje, quando será definida a posição oficial da legenda. Também disse que apoia Aécio o presidente do PSL, Luciano Bivar. Os dirigentes do PHS, PPL e PRP também tendem a dizer que ficarão ao lado do tucano. 
 
Partidos. No PSB, foi marcada para esta terça-feira, 7, uma reunião da Executiva para se buscar um consenso sobre o 2.º turno. A Rede também discutem o assunto amanhã. Na quinta-feira, os partidos da coligação vão se reunir para divulgar a posição final. Mas ontem lideranças do PSB começaram a indicar preferência por Aécio ou já declararam voto no tucano.
 
Mesmo o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, aliado de longa data e ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou nesta segunda-feira que não se oporia ao apoio do partido ao candidato do PSDB, se essa for a decisão da cúpula partidária. “O fundamental é estar envolvido em um processo de progresso, de crescimento. Às vezes um reacionário serve de avanço.”
 
Questionado se ele, que é fundador do PSB e se classifica como “homem de esquerda”, se sentiria confortável com uma aliança com o PSDB, Amaral respondeu com pragmatismo: “As alianças são táticas e, se não prejudicarem o projeto do meu partido, são válidas”.
 
O vice-presidente do PSB e parceiro de chapa de Marina, Beto Albuquerque, disse que apoiará Aécio e que “quem joga sujo na eleição” não terá o seu apoio.
 
Em Pernambuco, o advogado Antonio Campos, irmão de Eduardo Campos, adiantou seu voto em Aécio, mas afirmou ser uma decisão pessoal e que não falava em nome da viúva de Campos. “Vamos conversar para tentar chegar a um consenso”, disse o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, que foi ontem cedo à casa da família Campos.
 
“Tivemos uma vitória esmagadora, a maior do País, e essa vitória vai servir apenas para nos fortalecer para que a gente possa discutir com legitimidade política. Mas tem de ser levado em conta o que o País todo vai pensar”, defendeu o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. Em entrevista às rádios locais, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) adotou discurso semelhante. O atual governador, João Lyra Neto (PSB), declarou voto em Aécio.

DILMA REUNIRÁ ALIADOS E VAI TENTAR EVITAR ATRITOS NA BASE



A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta segunda-feira que reunirá governadores e senadores aliados eleitos na terça-feira para dar a arrancada da sua campanha no segundo turno, tomando o cuidado de não criar conflito onde há aliados disputando o segundo turno, uma preocupação de sua campanha para evitar perda de apoios.

"Nós vamos fazer primeiro uma reunião de todos os governadores da minha base eleitos no primeiro turno e de todos os senadores eleitos no primeiro turno e também de governadores que não há conflito no sentido de que não há disputa dentro da base", disse a presidente.
 
Questionada sobre a possibilidade de subir em mais de um palanque em cada Estado, Dilma disse que vai "aguardar para avaliar".
Uma das preocupações da campanha petista no segundo turno é justamente a disputa entre aliados em disputas estaduais e os danos que isso pode provocar na corrida presidencial.
 
Na votação de domingo, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos, ou quase 43,3 milhões, enquanto Aécio ficou com 33,6 por cento, o equivalente a 34,9 milhões.
 
Para Dilma, "é provável" que os mais de 22 milhões de votos da terceira colocada nas eleições, a candidata Marina Silva (PSB), se dividam no segundo turno entre ela e seu adversário Aécio Neves (PSDB). A presidente disse que recebeu um telefonema "gentil e civilizado" de Marina, que lhe cumprimentou pela vitória e que as duas não falaram sobre apoio no segundo turno.
 
"Eu acho que hoje seria uma temeridade qualquer fala a respeito de como será o apoio no futuro. É óbvio que muitas vezes os apoios não dependem só de uma pessoa, são decididos por várias instâncias", disse.
Dilma afirmou ainda que deve começar suas atividades de campanha na rua no Nordeste e seguir para o Sul do país. "E para Minas e São Paulo na sequência", disse.
 
DE VOLTA COM OS FANTASMAS
 
A presidente voltou a dizer ainda que o PSDB representa a volta "dos fantasmas do passado", rebatendo ainda as declarações de Aécio, que mais cedo disse que os brasileiros temem na verdade "os monstros do presente", como a recessão e a inflação alta.
 
"Em um período pós Plano Real eles praticaram taxas de juros de 45 por cento e ao mesmo tempo tiveram uma taxa altíssima média de juros de 25 por cento", atacou Dilma.
 
"Mas além disso jamais colocaram os pobres no orçamento, todas as políticas sociais foram restritas, feitas para poucas pessoas", acrescentou.
"Compare os monstros do passado com o que está acontecendo no meu governo. Ele pode usar retórica, mas a realidade se impõe", rebateu Dilma.
Dilma ainda atacou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que já foi indicado por Aécio como futuro ministro da Fazenda, caso chegue à Presidência.
 
"Indicar o Armínio Fraga é um complicador para ele", argumentou dizendo que quando ele presidiu o BC a inflação "saiu por duas vezes do limite superior da política de metas, em 2001 a inflação foi a 7,7 por cento e, em 2002, a inflação foi de 12,5 por cento."
Questionada sobre a disparada da Bolsa de Valores nesta segunda-feira, após o resultado eleitoral que foi mais favorável a Aécio apesar da sua vitória, Dilma disse que o mercado não vence eleição.
"Eu desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas não ganham uma eleição. Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro", disse.

DÁ PARA CONFIAR NAS PESQUISAS DE INTENÇÃO DE VOTO?


 
 
"Pesquisa é pesquisa, eleição é eleição", diriam os mais experientes políticos, acostumados com a imprevisibilidade das urnas. Esta, que é uma das frases mais repetidas por candidatos à eleição, parece se aplicar perfeitamente ao momento. 
"A verdade é que as pesquisas de intenção de voto acertam bem mais do que erram", diz Victor Trujillo, professor de marketing eleitoral da ESPM. Segundo ele, embora haja uma sensação de que as pesquisas erraram nos resultados das eleições em diversos estados, elas precisam ser encaradas como uma sondagem do momento, e não como uma prévia do resultado. 
Para ele, parte da culpa desta expectativa gerada pelas pesquisas de intenção de voto - e frustrada com os resultados - é da mídia.
"Os resultados das eleições devem ensinar a mídia que na divulgação das pesquisas é prudente dar igual importância para a resposta estimulada e para a espontânea", afirma.
Quando as pesquisas são feitas há duas modalidades de perguntas feitas aos entrevistados. Em uma, o eleitor deve dizer espontaneamente em quem ele votaria se a eleição fosse realizada naquele dia. Na outra, é apresentada ao eleitor uma lista com os candidatos que estão concorrendo ao cargo e o eleitor deve escolher entre um deles - esta é a chamada resposta estimulada.
Em geral, os veículos de comunicação dão destaque para os resultados da pesquisa estimulada. "Os veículos repercutem a resposta estimulada porque nela o índice de indecisos é menor. Isso tem maior interesse jornalístico, porque parece retratar mais o resultado de uma eleição", diz Trujillo. 
No entanto, segundo ele, ao ignorar o número de indecisos que aparecem em maior número nas respostas espontâneas, deixa-se de considerar milhões de eleitores que ainda não decidiram seu voto. 
Na pesquisa presidencial do Ibope da última quinta-feira, isto é, a 3 dias das eleições, 17% dos entrevistados se disseram indecisos na pesquisa espontânea. O número cai para 7% na resposta estimulada. 
"As pesquisas mostravam que uma parcela muito grande dos eleitores estava ainda sem um candidato. Na pesquisa com respostas estimulada, este eleitor acaba optando por um dos nomes, mas com pouca ou nenhuma convicção", explica o professor que é especialista em pesquisas de opinião. 
Brancos, nulos e abstenções
Outro fator que pode ser responsável pela diferença entre os dados das pesquisas e os das urnas é o número de votos brancos, nulos e as abstenções. Nestas eleições presidenciais chegou quase a 10% o número de votos brancos e nulos. As abstenções chegaram a quase 20%. 
Segundo Trujillo, nas pesquisas, este eleitor fica constrangido de dizer que não vai votar ou de que vai anular seu voto - e isto também tira a precisão da pesquisa.
"20% deixaram para decidir na última hora, 20% não compareceram para votar. Então, se a gente considerar que o Brasil tem 142 milhões de eleitores, que 115 milhões compareceram às urnas e que cerca de 23 milhões escolheram seus candidatos nos últimos dia, dá para entender porque as pesquisas nunca vão acertar precisamente o resultado de uma eleição", explica o professor. 

"Para mim que trabalho com pesquisa há 23 anos não há nenhuma supresa nisso. A pesquisa capta o momento, é uma sondagem da opinião pública. É inaceitável que ela seja vendida como algo infalível e como substitura da eleição", conclui.

JUSTIÇA DO RIO ACEITA DENÚNCIA E EIKE BATISTA VIRA RÉU EM PROCESSO POR CRIMES FINANCEIROS



 
O juiz Flavio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, rejeitou a absolvição sumária de Eike Batista e rebateu a tese de incompetência de juízo apresentada na defesa prévia do empresário no processo por crimes contra o mercado de capitais. A audiência de instrução e julgamento em que o fundador do grupo EBX será interrogado como réu foi marcada para o dia 18 de novembro, às 14 horas. O magistrado não descarta a possibilidade de dar a sentença nessa data, afirmou ao Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.
"Na audiência vou ouvir testemunhas dos dois lados e interrogar o réu. A lei permite que eu sentencie na hora, seja absolvendo ou punindo. É o procedimento normal. Minha intenção é ser o mais célere possível", disse. No entanto, é possível que durante a audiência a defesa peça a realização de diligências e outros tipos de prova, prorrogando o processo.

Para o magistrado, os argumentos apresentados na defesa prévia de Eike, acompanhada de seis volumes de documentos, não foram suficientes para fundamentar uma sentença de absolvição sumária pelos crimes de manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas. "Para absolver sumariamente seria necessária uma prova inequívoca de que não houve crime, o que a meu ver não ocorreu", explicou.
 
Na decisão em que aceita a denúncia e marca a audiência, o juiz se posiciona a respeito da alegação da defesa de incompetência da Justiça Federal para julgar o caso. Os Tribunais Superiores têm entendido que na "conduta que possa gerar lesão ao sistema financeiro nacional, na medida em que ameaça a confiabilidade dos investidores do mercado financeiro, o equilíbrio dessas relações, bem como a higidez do sistema como um todo, existe interesse da União."
O Broadcast apurou que a lista de testemunhas inclui seis ex-executivos da petroleira OGX (rebatizada de Óleo e Gás Participações - OGPar): Paulo Mendonça (ex-diretor de Exploração e Produção); Luiz Eduardo Carneiro (ex-presidente); José Roberto Faveret (ex-diretor jurídico), Marcelo Faber Torres (ex-diretor financeiro); Roberto Bernardes Monteiro (ex-diretor financeiro) e Paulo de Tarso Martins Guimarães (ex-diretor de Exploração e Produção). Todos estão no grupo que o Ministério Público Federal de São Paulo denunciou no mês passado pelos crimes de manipulação de mercado, falsidade ideológica, indução do investidor a erro e formação de quadrilha. Também serão ouvidos ex-funcionários que participaram do grupo de trabalho criado dentro da OGX para analisar suas reservas de óleo.
 
Além deles, serão convocados para a audiência técnicos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cujas investigações detonaram a abertura de um inquérito pela Polícia Federal e, depois, a denúncia criminal do Ministério Público Federal (MPF) no Rio. Além deles, acionistas minoritários que se consideraram lesados pela conduta de Eike Batista como controlador da petroleira vão depor.
 
Na defesa encaminhada à Justiça, os advogados argumentam que as práticas de manipulação do mercado financeiro e insider trading (uso de informação privilegiada) não ocorreram, sendo que "as tardias e restritas" vendas de ações por Eike foram para honrar dívidas vencidas e que eram garantidas pelos papéis. Eles alegam que o dinheiro das vendas foi rastreado, "evidenciando que Eike não ficou com um centavo sequer, tendo os recursos sido revertidos para os credores".
 
A defesa argumenta que o empresário segue titular de mais de 50% das ações da OGPar, participação acionária "praticamente sem valor", mas que em 2012 chegou a valer R$ 37 bilhões, "o que por si só repele a tese de conduta dolosa e a de posse de informação privilegiada".
O magistrado explica que os crimes de manipulação e uso de informação privilegiada são classificados como formais. Isso significa que não é preciso que o acusado tenha de fato obtido lucro com a conduta para ser considerado culpado, desde que tenha praticado a conduta ilícita.
 
Se condenado, Eike pode ser punido com pena de até 13 anos de prisão. Além disso, pode ser multado em até três vezes o valor da vantagem ilícita obtida em decorrência do crime. O fato de ser réu primário e ter bons antecedentes, entretanto, pode amenizar uma eventual punição

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

BANCÁRIOS ACEITAM REAJUSTE DE 8,5% E ENCERRAM GREVE



Depois de uma semana em greve, os bancários aprovaram a nova oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada na sexta-feira, e decidiram no início da noite desta segunda-feira encerrar a paralisação iniciada em 30 de setembro. Assim, os serviços nas agências devem se normalizar a partir desta terça-feira.

Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil, contudo, podem continuar parados em algumas localidades. É o caso de Porto Alegre (RS), onde os funcionários do BB rejeitaram os termos propostos pelo banco e votaram pela continuidade da greve. O mesmo aconteceu com os funcionários da CEF no Amapá, que votaram contra o fim da paralisação na instituição.
 
Nos bancos privados, de uma maneira geral, decidiu-se pelo fim da greve. No Rio, capital, até às 20h os empregados dos bancos privados e do BB já haviam votado pelo fim da greve, mas não havia ainda decisão por parte dos bancários da CEF.
 
A nova proposta da Fenaban contempla reajuste salarial de 8,5% (ou um aumento real de 2,02% já descontado o INPC em 12 meses até agosto), contra 7,35% oferecidos originalmente. Para o piso da categoria, o reajuste subiu de 8% para 9% (2,49% mais que a inflação), e o valor do vale refeição terá correção de 12%.
 
"Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
 
Depois de reunir-se com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de correção de salários. Assembleias ainda não foram encerradas em algumas regiões, mas a tendência, segundo dirigentes sindicais, é a aprovação do fim da paralisação.

MORTE COVARDE



Lamentável e covarde a morte do advogado Brunno Soares, de 29 anos, ontem quando ele deixava uma festa em comemoração pela eleição do senador Roberto Rocha.
A nossa solidariedade a Rubem Soares e Esmeralda, pais de Brunno.
Hoje, a assessoria de Roberto Rocha divulgou nota de pesar.
“Com profunda consternação registro a perda de nosso companheiro, amigo e membro do PSB, Brunno Eduardo Matos Soares, ocorrida ontem à saída de uma festa organizada por amigos de nossa campanha.
Brunno foi covardemente assassinado por um vizinho, em visível estado de perturbação mental, sem qualquer motivo a não ser a indisposição com a alegria manifesta em um encontro pacífico e de justificada alegria. Dois outros companheiros foram atingidos, mas sobreviveram ao ato insano de um covarde.
Que a justiça dos homens cumpra seu papel com o rigor que o ato merece e que a misericórdia de Deus amenize a dor da família de Brunno. A ele devemos lições diárias de profissionalismo, alegria, dedicação e companheirismo”.

OBS – Bruno era meu amigo, tocávamos juntos e frequentava a minha casa, principalmente aos sábados. Entre amigos, chamávamos carinhosamente de Bruno Cartilagem de Tubarão, apelido dado por Rubinho.
Que a terra lhe seja leve

O AMARELADO QUADRO DA POLÍTICA BACABALENSE


 
Carlinhos Florêncio se reelegeu
Da última vez que estive em Bacabal, sentei em uma mesa de bate papo com o jornalista Abel Carvalho e com o ex-vice prefeito Dr. Almir Junior.Como não poderia ser diferente, a conversa foi sobre política, principalmente a municipal.  Entre alguns pontos importantes, falamos das campanhas dos candidatos locais e o Abel foi categórico : - As únicas campanhas que estão nas ruas, são as da família Florêncio e a de Alberto Filho, por fora está Roberto Costa, a Patricia fez um arrastão e sumiu, disse o jornalista.  Trocando em miúdos, as urnas confirmaram as sábias palavras do Abel, e a acomodação da esposa do deputado Zé Vieira, em Bacabal lhe rendeu apenas 6.704 votos, muito abaixo do esperado, já que a diziam, eleita.

Patricia Vieira - faltou assessoria
O fracasso da Patricia Vieira nas urnas, deve-se justamente ao oba- oba, o já ganhou e a  politica mudou muito, as redes sociais substituíram os coronéis e os cabos eleitorais e as declarações ofensivas proferidas na televisão por Zé vieira na reta final, também somou para essa derrota. Cansado, o deputado federal Zé Vieira confiou demais na votação que teve para prefeito, não poderia deixar de fazer acordos, não poderia deixar a Patricia aparecer só, sem ao menos citar o nome dele. Faltou assessoria. Veja o exemplo do João Alberto que apareceu e apresentou o seu filho João Marcelo! Uma eleição tranquila. Patrícia é nova, tem um bom discurso e já pode ir se preparando para a campanha municipal, só que vai ter pela frente, os pretensos Florêncio Neto, João Alberto, Roberto Costa, o próprio Zé Alberto além de alugados e laranjas.

Graciete, Dr. Lisboa e Jamille - desgastados
Para quem já foi deputada, líder de dezenas de associações, o desempenho da candidata Graciete Trabulsi foi um fiasco. Prejudicada por um problema de saúde e pela impugnação de sua candidatura, só na reta final liberada, a guerreira sucumbiu diante das dificuldades e apesar de tirar votos importantes da Patricia Vieira, foi apenas a oitava mais votada em Bacabal somando 1.656 votos, ficando atrás de nomes menos expressivos como Rigo Teles (pipira), Erivelto Martins, Irmão Leal e Cândido, esse último, me disse o Dr. Almir Junior, seria um dos mais votados, e foi, garantiu a quarta colocação com quase três mil votos.

Zé Alberto e Alberto Filho
Os Albertos, João e José, mostraram as forças e elegeram seus filhos, o Zé Alberto reelegeu Alberto Filho para deputado federal, o João Alberto elegeu João Marcelo também para federal e a tiracolo levou seu protegido Roberto Costa para deputado estadual, que foi o mais votado de Bacabal com 9.154 votos. Roberto Costa pode ser a cena do próximo capítulo em Bacabal, e diga-se de passagem: Com um bom número de audiência.

João Marcelo e João Alberto
Bacabal elegeu para a assembléia estadual um filho, o Carlinhos Florêncio, elegeu um bacabalizado , Roberto Costa e ainda dois paraquedistas, Josimar de Maranhãozinho e Rigo Teles de Barra do Corda. Para a câmara federal, elegeu um bacabalense e um bacabalense postiço, Alberto Filho e João Marcelo.  Votou maciçamente em Flávio Dino e em Roberto Rocha, isso, supõe-se, que vai ser bem olhado pelo governador eleito Flávio Dino.

Fica na alma dos bacabalenses, um certo alívio e a certeza que a mudança foi feita. Pra melhor? Tínhamos, teoricamente três deputados federais, Alberto Filho, Zé Vieira e Simplicio Araújo, agora temos dois, Alberto Filho e João Marcelo,  os estaduais continuam os mesmos, Carlinhos Florêncio e Roberto Costa. Não queiram que Josimar de Maranhãozinho e Rigo Teles de Barra do Corda ajudem a nossa cidade, todo esse apoio foi comprado, por isso, nenhuma satisfação, nenhum compromisso.

O bacabalizado Roberto Costa
Bacabal mostrou que está aberto para todos, isso porque os próprios bacabalenses que estão no poder, tão nem aí pra cidade e a grande prova desse descaso, é a candidata Eliziane Gama, que não sabe nem onde fica Bacabal, obter 1.534 votos, o dobro que teve Simplicio Araújo e o triplo que teve Jansem Penha, um pouco menos da metade de Jamille Suzart.

O que ficou evidente nessa eleição, foi o desgaste dos ex-prefeitos Zé Vieira e Dr. Lisboa, não elegeram seus candidatos, uma queda acentuada do prefeito Zé Alberto, mesmo assim elegeu o filho, e uma ascensão do senador João Alberto que  elegeu o filho e o protegido.

Se para deputado, proporcionalmente, Bacabal foi a cidade que teve mais candidatos, imaginem o que vem para prefeito.

Daqui a dois anos veremos, passa rápido