Depois
de uma semana em greve, os bancários aprovaram a nova oferta da Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada na sexta-feira, e decidiram no
início da noite desta segunda-feira encerrar a paralisação iniciada em 30 de
setembro. Assim, os serviços nas agências devem se normalizar a partir desta
terça-feira.
Os funcionários da
Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil, contudo, podem continuar
parados em algumas localidades. É o caso de Porto Alegre (RS), onde os
funcionários do BB rejeitaram os termos propostos pelo banco e votaram pela
continuidade da greve. O mesmo aconteceu com os funcionários da CEF no Amapá,
que votaram contra o fim da paralisação na instituição.
Nos bancos privados,
de uma maneira geral, decidiu-se pelo fim da greve. No Rio, capital, até às 20h
os empregados dos bancos privados e do BB já haviam votado pelo fim da greve,
mas não havia ainda decisão por parte dos bancários da CEF.
A nova proposta da
Fenaban contempla reajuste salarial de 8,5% (ou um aumento real de 2,02% já
descontado o INPC em 12 meses até agosto), contra 7,35% oferecidos
originalmente. Para o piso da categoria, o reajuste subiu de 8% para 9% (2,49%
mais que a inflação), e o valor do vale refeição terá correção de 12%.
"Fizemos uma greve
forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos
mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse
índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos.
Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o
vale-refeição", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
Depois de reunir-se
com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os
sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de
correção de salários. Assembleias ainda não foram encerradas em algumas
regiões, mas a tendência, segundo dirigentes sindicais, é a aprovação do fim da
paralisação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário