A vendedora de produtos de beleza, Maria Rita
(foto), de 31 anos, foi vítima de crime passional que teve a própria irmã como
testemunha ocular. Antônio Costa Teixeira, conhecido como Teixeirinha,
ex-marido e pai das duas filhas da vítima, foi o autor dos vários tiros que
ceifaram a vida da ex-mulher.
O homicídio ocorreu na manhã do dia 27 de fevereiro
de 2014, por volta das 10 horas, na estrada vicinal que dá acesso ao povoado
Boa Esperança, zona rural de Bacabal, onde Maria Rita passou a morar após se
separar do acusado.
Segundo relato de Fátima Nunes, irmã da vítima,
Teixeirinha chegou ao local em um carro Fiat Palio, cor preta. Ao encontrar com
a ex-mulher efetuou os disparos à queima-roupa e fugiu tomando rumo ignorado.
Ainda segundo informações, Teixeirinha não estava
conformado com a separação e, quase que todos os dias, insistia em manter
contatos com a vítima, pessoalmente ou por telefone. Diante das recusas teria
resolvido cometer o crime.
Confissão
Em depoimento, o assassino disse ter efetuado dois
disparos à queima-roupa na vítima em razão da mesma ter se recusado a reatar o
relacionamento, e ainda segundo Teixeirinha, Maria Rita teria lhe agredido com
palavras, o que o fez perder a cabeça e praticar o crime.
Teixeirinha também relatou que após assassinar a
ex-esposa utilizou seu próprio carro para empreender fuga. Na cidade de São
Mateus do Maranhão, distante 55 km de Bacabal, o veículo foi abandonado, pois
teria apresentado problemas mecânicos. De carona ele teria seguido até
Miranda do Norte e lá vendido a arma do crime por R$ 400,00 (quatrocentos
reais).
O assassino confesso ainda teria conseguido chegar
A Santa Inês e, em seguida, pegar carona em um caminhão até a cidade de
Parauapebas, no Estado do Pará, onde permaneceu homiziado na residência de uma
irmã, localizada na Avenida Brasil, no Núcleo Residencial e de Serviço da
Companhia Vale do Rio Doce.
Prisão
No dia 25 de março de 2014, ao completar exatos
trinta dias do crime, Teixeirinha foi preso por uma equipe comandada pelo então
delegado regional de Bacabal Dr. Carlos Alessandro, em um bar que fica na mesma
área. Com ele a polícia encontrou uma certidão de nascimento falsa em nome de
Antonio Marcos Costa Pereira, o que levou a imaginar que Teixeirinha não tinha
nenhuma intenção de se entregar e provavelmente seguiria para um local ainda
mais distante.
Recambiado para
Bacabal o assassino permanece preso e iria a juri popular na manhã desta
terça-feira (17), porém, ficou adiado para o dia 22 de novembro desse ano. A
alegação é que a assistente de acusação não foi intimada para comparecer ao
júri marcado para às 8h30 de hoje.
Por Serginho Mathias