E foi assim que João, n’um Vale Diouro, nasceu água, entre duas serras, que como as pernas abertas de uma mãe que vai dar a luz, se fez rio doce para banhar Pedreiras e o Brasil. Das cores Negra e Canela, mistura perfeita entre o verde florestal, nasceu inspiração e não morreu mais.
Terra de tantas tradições e mazelas onde te partiram ao meio tomando a tua Trizidela e o homem mau acendeu o pavio de uma dinamite que no meio de uma Pedra Grande explodiu transformando cada fragmento em poesia e por isso tu és pedra, a mais dura pedreira, tu és Pedreiras.
Motivo de tantas canções do teu “Maranhense do Século”, e, fostes e serás cantada para muito além da história, da tua história, de qualquer história que conte a tua poesia e cante a canção que te acorda neste dia em que completas 100 anos, espero que feliz, e em todos os outros dias.
Como um para o outro teus poetas cantadores se imortalizam como Correa de Araújo, Damião, Zé Roberto e João Barreto. Salve Paul Getty, Itamar Lima, Samuel Barreto, Nonato Matos, Edvaldo Santos, Joaquim Filho, Wescley Brito, Paulo Pirata, Manoelzinho, Josivan, Neto do Cavaco, Sandro Alex, Chico Viola, Garrincha, Paulo Geovanny, Paúla, Filemon, Floriza, Zequinha Ribeiro, Rodrigo Aleixo, Darlan, Os Pachecos, Sabrina, Emanoelzinho, Chico Corinto, e tantos e tantos outros.
Tu Pedreiras, que és pedaço de canção, terra onde teus poetas plantaram seus corações, bebe uma água de coco no Bar do Indio, come um surubim no Bar da Luiza e pára para rezar na catedral de São Benedito, teu negro lindo e santo padroeiro.
Se hoje o teu cantar é mais bonito, esta linha imaginária que te divide, é de tudo, a linha que empina a tua nova história, uma bandoleira história que vem como uma flor que não tem cheiro, mas que todo mundo quer cheirar.
Zé Lopes é cidadão pedreirense, com titulo outorgado pela Câmara Munipal n’um projeto do vereador Emanuel.
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