sexta-feira, 19 de março de 2021

UNIAO DA ESQUERDA PARA 2022 É A PROPOSTA DE FLAVIO DINO

 


Não é novidade que o vice-governador Carlos Brandão, agora no PSDB, é o nome preferido do governador Flávio Dino (PCdoB) para a disputa do Governo do Maranhão, mas muita gente não compreendeu a ida de Brandão para um partido de Centro e não para uma legenda do campo da Esquerda.

É óbvio que diante do atual cenário, Brandão teve o completo aval de Flávio Dino para deixar o Republicanos e se filiar no PSDB, partido que era oposição ao Governo Dino e passou a ser da base governista.

Além disso, a ida de Brandão para o PSDB reforça a tese de Flávio Dino, que vem defendendo uma união de partidos da Esquerda com o Centro para vencer as eleições nacionais em 2022, derrotando o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Durante a semana, em entrevista ao Estadão, o comunista deixou claro que a Esquerda deve sair da sua bolha e fazer um movimento em direção ao Centro, para disputar e vencer as eleições em 2022.

“Reafirmo que esse movimento de ampliação, no sentido de falarmos para além da esquerda, é imperativo. Para vencer Bolsonaro é preciso que nós façamos isso. E não vejo o Lula como obstáculo. Em primeiro lugar, porque ele já fez isso em 2022, quando se elegeu presidente com o José Alencar de vice, um empresário liberal que representava um sindicato patronal. E, segundo, porque já mostrou estar disposto a construir um projeto de nação que olhe para o futuro mais do que para o passado. O Brasil de 2022 não é igual ao Brasil de 2002, e espero que possamos estar juntos com o centro democrático para vencer a eleição. Se não der no primeiro turno, que seja no segundo”, declarou.

Na entrevista, Dino fez questão de citar o próprio PSDB, além do DEM, que seriam partidos do Centro, mas que poderiam estar juntos apoiando uma candidatura da Esquerda.

“Já houve essa união antes. Em 1989, Mário Covas (ex-governador tucano) apoiou Lula contra Collor. Depois disso veio a polarização entre PT e PSDB, e essa aliança não foi mais possível. Já em 2018, ela deveria ter ocorrido em torno do nome de Fernando Haddad. Não ocorreu, e temos hoje a tragédia que é o governo Bolsonaro. Agora, nesta eleição, é o bolsonarismo que deve ser batido. Nós temos de nos unir por esse objetivo e acredito que, aos poucos, estamos cicatrizando as feridas de 2018”, acrescentou.

Dino tem dito que o objetivo de Bolsonaro é dividir o campo da Esquerda e não permitir uma união de forças.

É aguardar e conferir, para saber se essa união será realmente viabilizada, mas a tese de Dino reforça o seu apoio a Brandão e a ida do vice-governador para o PSDB.

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