sexta-feira, 25 de agosto de 2017
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
É HOJE O LANÇAMENTO DO LIVRO “DEZ ANOS DO CONSELHO NACIONSAL DE JUSTIÇA” DO JUIZ FRANCISCO REIS JUNIOR
Mestre
em ciência política, escritor, professor de direito penal e juiz de direito na
Comarca de Timon (Tribunal de Justiça do Maranhão), Francisco Soares Reis
Júnior lança o primeiro livro, que traz como título: Dez anos do Conselho
Nacional de Justiça – A experiência de accountability adotada pelo CNJ nos
tribunais de Justiça estaduais (2005-2015). O lançamento acontece hoje, quinta-feira, na Livraria
Leitura, São Luís Shopping, às 19hs.
Especialista
em direito constitucional pela PUC/SP, em Timon responde pela 2ª Vara Criminal
e recebeu semana passada, na Câmara Municipal a Medalha do Mérito Legislativo,
em razão dos relevantes serviços prestados neste município. Natural de São
Luís, ele é formado pela Universidade Federal do Maranhão.
Sinopse
do livro
DEZ
ANOS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA: A EXPERIÊNCIA DE ACCOUNTABILITY ADOTADA
PELO CNJ NOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS (2005-2015).
A
accountability possui um significado fundamental nas
sociedades contemporâneas, em especial como contrapeso às limitações das
democracias representativas. Suas práticas, no entanto, revelam outras
repercussões, para além do controle da qualidade da democracia, direcionando-se
para cumprir ideais do liberalismo e do republicanismo. Para tanto, pode-se
compreender que a noção de accountability apresenta escopos instrumentais e
finalísticos, cuja identificação está relacionada com o tipo de estado de
direito, com a tradição da cultura política e com as relações das instituições
entre si e entre a sociedade civil. No caso do Poder Judiciário brasileiro, a
accountability assume propósitos de enfrentar a opacidade no exercício desse
poder e de corrigir os déficits de controle, de transparência e de eficiência.
De fato, enquanto os Tribunais de Justiça, a partir de 1988, passaram a ter
garantias de independência, os mecanismos internos de controle, em destaque os
das Corregedorias de Justiça, demonstraram ser insuficientes e disfuncionais
para estabelecer limites, fixar metas e punir desvios de conduta. Nesse
cenário, o Conselho Nacional de Justiça foi criado em 2004, com a função de
remodelar a governança judicial dos tribunais e ser a agência central de
accountability judicial. Após sua primeira década de existência, são
perceptíveis os avanços institucionais. Neste trabalho, são abordadas algumas
experiências de accountability, no plano normativo e institucional, adotadas
pelo CNJ e que tiveram repercussão na estrutura e no funcionamento dos
Tribunais de Justiça. O estudo busca identificar as principais espécies de
processos de accountability utilizados pelo CNJ ao longo desse período de
funcionamento, para possibilitar a construção de um quadro analítico das ações
do Conselho Nacional de Justiça, bem como para fornecer elementos que apontem
os limites, as ameaças e os desafios à atuação do CNJ.
MARANHÃO LIDERA CONFLITOS NO CAMPO, DIZ CPT
Há seis anos o Maranhão lidera a lista de conflitos
no campo, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra. Ano passado, 13 pessoas
morreram no estado e os conflitos, ameaças e emboscadas continuam.
Assim, sob pressão de grileiros vivem milhares de
famílias, segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Católica
no Maranhão.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) afirma que no
ano passado foram registrados conflitos em 75 municípios do Maranhão. Treze
pessoas que viviam sob ameaça foram assassinadas.
A coordenadora da CPT no Maranhão, Márcia Palhano,
diz que o órgão exige medidas do governo em relação aos conflitos e emboscadas.
“A gente exige que sejam tomadas medidas urgentes do Estado com respeito a
essas ameaças que estão sofrendo os camponeses”.
Cápsulas recolhidas em povoados de Formosa da Serra
Negra e Grajaú provam a tensão que tomou conta de comunidades rurais. O caso
foi denunciado por ofício pela Comissão Pastoral da Terra à Secretaria de
Segurança Pública.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB
Maranhão, a equipe seguiu assim mesmo. E se não fosse a proteção de policiais
civis de Grajaú, o plano dos pistoleiros teria sido colocado em prática. Um
homem trocou tiros com a polícia e foi preso.
De acordo com o levantamento feito pela Comissão
Pastoral da Terra, o suposto pistoleiro Elailson da Silva Adriano, conhecido
como galego responde a três processos. Dois na comarca de Tuntum, por roubo,
uso de arma de fogo, cárcere privado e homicídio e um em Joselândia, por porte
ilegal de armas.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB
no Maranhão, Rafael Silva, pontua que é preciso punir os responsáveis pelos
crimes contra os camponeses no interior do estado. “Nós esperamos também que o
contratante desse pistoleiro seja responsabilizado criminalmente. Nós não
podemos admitir que os camponeses continuem a ser tratados com essa extrema
violência e com ameaças de morte. Nós estamos com pessoas ameaçadas de morte
que moram há décadas naquele local”, finalizou.
Sobre o assunto, o governo do estado disse que
criou a Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Violência no Campo para diminuir
estes registros e disse que conta ainda com programas de proteção às
comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas que sofrem ameaças.
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
SERIA O IPVA CAMARADA???
Depois
dos vários casos de alugueis camaradas no Governo Flávio Dino, pode estar
surgindo o IPVA camarada. No mês passado o governador resolveu editar uma
Medida Provisória que institui tratamento tributário para implantação de
complexo siderúrgico no Maranhão.
Na realidade a MP
estabelece um novo regime de isenções fiscais e voltada basicamente para que
empreendedores chineses possam instalar um polo siderúrgico no Maranhão. Os
benefícios serão voltados para complexos industriais que trabalhem com aços e
produtos siderúrgicos, materiais para transformadores e equipamentos elétricos,
cimento a partir de escória de siderurgia, aço siliconado ou similar e energia
elétrica.
A MP 240/2017 institui
uma série de benefícios aos chineses, entre elas a isenção de até 100% do ICMS
pelo período de até 30 anos. Entretanto, essa não é a única vantagem para os
camaradas chineses.
Os chineses teriam
ainda diferimento do lançamento e pagamento do ICMS nas aquisições de bens,
máquinas, equipamentos, peças, ferramentas, estruturas metálicas e instalações.
Também teria desconto no ICMS da importação de matérias-primas e produtos
intermediários utilizados no processo produtivo, entre outras isenções.
Só que tem um
benefício que deve gerar polêmica e revolta nos maranhenses. O Governo Flávio
Dino também garante, através da MP, aos camaradas chineses a isenção do IPVA,
por durante 15 anos, dos veículos pertencentes ao complexo siderúrgico.
O problema é que
somente neste ano de 2017, inúmeros motoristas tiveram seus veículos
apreendidos pelo não pagamento do IPVA. A grita, principalmente no interior do
Maranhão, é enorme contra a apreensão dos veículos.
Agora resta saber
como será que essas pessoas que perderam seus veículos ou tiveram um prejuízo
de toda ordem pelo não pagamento do IPVA, irão reagir diante da isenção do
imposto para os camaradas chineses?
HONORATO DEFENDE A REGULAMENTAÇÃO DO UBER
O vereador Honorato Fernandes (PT), durante
pronunciamento realizado na sessão de ontem (22), na Câmara Municipal de São
Luís, defendeu a
regulamentação dos serviços de transporte realizados por meio de aplicativos,
como o Uber, não deixando, no entanto, de chamar a atenção para a
necessidade de regulamentação de outros serviços alternativos de transporte,
como as vans e os carros-lotação.
O parlamentar iniciou a fala destacando que o
sistema de transporte público da cidade de São Luís vem passando por avanços
significativos, mas reconheceu que muito ainda precisa ser feito para que o
serviço prestado seja de fato satisfatório.
“A tão esperada licitação do transporte público
melhorou sim a qualidade do serviço prestado. Entretanto, precisamos reconhecer
que o sistema ainda está aquém dos anseios e das necessidades da população”,
afirmou Honorato, alertando ainda para a importância do processo de
regulamentação dos transportes alternativos que complementam o serviço de
transporte público.
“Além de darmos continuidade à melhoria da
qualidade do serviço do sistema de transporte público, precisamos ter uma olhar
mais atento também ao vários serviços complementares a esse sistema, que estão
em vigor, mas carecem de regulamentação, como as vans e os carros-lotação”,
destacou o vereador.
Honorato deu prosseguimento ao pronunciamento
falando do enfrentamento dos taxistas com os transportes que prestam serviço
por meio do aplicativo Uber e classificou como equivocada a aprovação do
projeto de lei que proibiu a operação do Uber em São Luís.
“No passado foi votado um projeto de Lei que
proibiu a atividade dos transportes que prestam serviço através do Uber.
Projeto equivocado a meu ver, pois nós sabemos do alto índice de pessoas que
sofrem hoje com o desemprego e que veem nessa atividade uma alternativa de
sobrevivência”, destacou o vereador, sugerindo que a discussão sobre o tema
seja levada ao plenário da Câmara, tendo em vista a relevância do tema, no que
diz respeito à garantia de direitos dos trabalhadores envolvidos, bem como o
forte apelo popular pelo serviço prestado por meio do aplicativo Uber.
FAMEM DISCUTE UTILIZAÇÃO DO FUNDEF
Atendendo solicitação da Federação dos Municípios
do Estado do Maranhão (Famem), a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão
apresentou no dia de ontem, terça-feira (22), durante reunião no Tribunal de
Contas do Estado, posição referente a aplicação dos recursos recuperados do
extinto Fundef.
Participaram do encontro o presidente da entidade
municipalista, prefeito Cleomar Tema; o Coordenador da Assessoria Jurídica Ilan
Kelson; o presidente do TCE, Conselheiro José Ribamar Caldas Furtado; o
Procurador-Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho; o Procurador-Chefe do
Ministério Público Federal no Maranhão, Juraci Magalhães Júnior; o
Procurador-Geral do Ministério Público de Contas (MPC), Jairo Cavalcanti
Vieira; a Promotora de Justiça e Coordenadora do CAOP-Educação, em exercício,
Érica Ellen Beckman da Silva; o Secretário de Controle Externo do Tribunal de
Contas do União (TCU), Alexandre Walraven; o Superintendente da CGU no
Maranhão, Francisco Alves Moreira; e o chefe da AGU no Maranhão, Fabrício Dias.
A Rede de Controle apresentou posicionamento sobre
a utilização dos recursos do Fundef sintetizados em três pontos principais,
quais sejam: 1) A Rede não apoia a Ação Rescisória 5006325-85.2017.4.03.0000 –
interposta pela Advocacia-Geral da União (AGU), que foi ajuizada junto ao
Tribunal Regional Federal da Terceira Região (SP), e que prejudicaria todos os
municípios maranhenses; 2) Ratifica o entendimento de outros 4 (quatro)
Tribunais de Contas do País, que na aplicação dos recursos do FUNDEF obtidos
via decisão judicial, não há necessidade de observar a destinação mínima de 60%
para pagamentos dos profissionais da educação, vez se tratar de verba de
natureza indenizatória oriunda de precatório; 3) Entende ainda que os recursos
recebidos por meio de precatórios devem ser aplicados integral e exclusivamente
na educação.
Os representantes da Fanen respeitam o entendimento
da Rede. Porém, a entidade continuará pleiteando na Justiça que os recursos
possam ser utilizados pelos municípios em outros setores da administração
pública, tais como saúde, infraestrutura e saneamento básico.
Este posicionamento sustenta-se em dois pontos:
Tratam-se de recursos de natureza indenizatória – portanto, sem nenhum tipo de
vinculação, vez que a época os municípios aportaram recursos para compensar o
déficit das per capta/aluno. Diante das dificuldades financeiras
pelas quais passam os municípios, onde setores como a saúde, por exemplo, são
subfinanciados, os referidos recursos irão contribuir para que as gestões
possam investir em políticas públicas variadas em benefício das populações.
Um exemplo da posição defendida pela Federação é
uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, atendendo pedido do
município de Fortaleza, determinou liminarmente o desbloqueio de recursos do
Fundef, viabilizando sua utilização sem vinculação exclusiva à área da educação.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
MOTO FAZ PROMOÇÃO PARA JOGOS DECISIVOS
A diretoria do Moto aguarda com muita
expectativa a liberação por parte da Cemar, do recurso oriundo da Lei de
Incentivo ao Esporte para que possa quitar um dos três meses dos salários
atrasados dos jogadores e melhorar o clima nesta reta final da primeira fase da
Série C.
Mas o Moto, novamente aposta numa boa
arrecadação nos jogos diante do Remo e Cuiabá. Além do caráter decisivo das
duas partidas, o Moto espera arrecadar pelo menos mais uma folha.
Para isso, o Moto está fazendo uma
promoção de venda casada. O torcedor que comprar o ingresso do setor um para os
dois jogos, pagará R$ 20 em cada ingresso. Se ele comprar apenas um jogo, o
preço será de R$30.
O clube faz essa promoção para tentar
atrair o torcedor, mas quem for rubro-negro de verdade deve apoiar o time neste
momento tão crítico independentemente de promoção, pois a equipe briga para se
afastar do fantasma do rebaixamento.
Depois da vitória em Arapiraca, o Moto
só depende dele e de sua torcida. É ganhar os seus jogos aqui e permanecer na
Série C em 2018.
CORREGEDOR DO MP ALUGA IMÓVEL AO GOVERNO
O corregedor-geral do Ministério
Público do Maranhão (MPMA), procurador Eduardo Jorge Heluy Nicolau, foi
denunciado ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por negligência no
atendimento a uma determinação do colegiado, para que abrisse processo de
apuração contra o promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, titular da 2ª
Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís.
Ramos foi acusado de usar a rádio oficial
do Governo do Maranhão para tecer comentários depreciativos contra a
ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) no chamado Caso Sefaz.
Decorrido o prazo legal para a
abertura do procedimento, Eduardo Nicolau ignorou a determinação e, mesmo
novamente instado a se manifestar, esperou vencer novo prazo dado pelo CNMP
para se movimentar.
Numa reclamação disciplinar endereçada
ao corregedor interino do CNMP, Fábio da Nóbrega, o deputado federal Hildo
Rocha (PMDB) aponta aquele que seria um dos motivos do que considera inércia do
corregedor maranhense: além de compartilhar material ofensivo à ex-governadora
e fazer propaganda positiva do atual governo nas redes, Nicolau tem também
negócios com a atual gestão estadual.
Pertence ao procurador um imóvel
localizado no centro de São José de Ribamar pelo qual o governo Flávio Dino
(PCdoB) pagou, até o último dia 3 de agosto, R$ 15 mil por mês de aluguel. No
local, funcionou provisoriamente uma escola, que já foi reinstalada em seu
prédio original.
O contrato inicial previa o pagamento
de aluguel de R$ 180 mil, ao fim de 12 meses. Após aditivos, no entanto, o
valor saltou a R$ 389.855,64, mais que o dobro, em pouco mais de dois anos.
Foram R$ 93,2 mil em 2015, outros R$
195,4 mil em 2016 e, ainda, R$ 101,2 mil neste ano. Os dados são do Portal da
Transparência do Governo do Maranhão.
Princípios – Ao apontar
que “os fatos são estarrecedores”, o deputado Hildo Rocha relata na reclamação
que, além de contratado sem licitação, o imóvel foi mantido alugado além do
prazo inicial por meio de aditivos, o que, segundo ele, fere princípios
constitucionais.
“Os contratos de locação são fruto de
dispensa de licitação e vem sendo aditivados, reiteradas vezes, em total
afronta à Constituição Federal, aos princípios da impessoalidade, moralidade,
legalidade, à Lei de Licitação e, por conseguinte, aponta para o cometimento de
improbidade administrativa clássica”, destaca.
Rocha acrescenta, ainda, que a relação
comercial entre o procurador e o Estado pode ter influenciado na decisão dele
de não abrir, quando instado a tal, procedimento contra o colega que também comunga
de opiniões contrárias à ex-governadora Roseana Sarney, mesmo após determinação
expressa do CNMP.
“É, no mínimo, desconcertante o
conjunto fático-probatório trazido ao conhecimento do Conselho Nacional do
Ministério Público. Imaginar que um procurador de justiça, atual
corregedor-geral, servidor público do Ministério Público, possui contrato com o
atual Governador Flávio Dino, esquivando-se de procedimento licitatório,
afrontando os princípios constitucionais do artigo 37 da Carta Republicana e,
para piorar, omitindo-se no exercício funcional de corregedor deixando de
apurar conduta do promotor Paulo Roberto, mesmo tendo do CNMP determinado que
assim fizesse, simplesmente porque tal promotor move ações penais em face da
ex-governadora Roseana é, com absoluta certeza, algo de extrema e profunda
gravidade e, por evidente, corrói, macula e denigre a instituição da qual faz
parte”, comentou.
Em recente comentário nas redes
sociais, acerca da disputa eleitoral de 2018, Eduardo Nicolau escreveu que
votaria na ex-governadora “para auxiliar de limpeza”.
Também em sua página pessoal ele
compartilha material ofensivo à peemedebista e elogioso ao governo Flávio Dino
(PCdoB).
O aluguel do procurador
2017 – R$ 101.200,00
2016 – R$ 195.400,00
2015 – R$ 93.255,64
2017 – R$ 101.200,00
2016 – R$ 195.400,00
2015 – R$ 93.255,64
Afastamento – No documento
protocolado no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o deputado Hildo
Rocha (PMDB) pede, liminarmente, o imediato afastamento do procurador Eduardo
Jorge Hiluy Nicolau das funções de corregedor do Ministério Público do Maranhão
(MPMA) e suspensão dos seus atos.
O peemdebista quer, ainda, que seja
realizada uma correição na Corregedoria do MP, para a apuração de eventuais
outras faltas funcionais do corregedor.
“A necessidade de instauração de
processo de reclamação disciplinar é evidente! Os fatos estão provados e as
condutas praticadas, em definitivo, violam frontalmente os regramentos
estabelecidos pela Carta Magna e pelas normas internas do Ministério Público e,
quiçá, configuram improbidade administrativa”, argumenta o parlamentar.
Segundo ele, o próprio CNMP já havia
acatado uma primeira reclamação de sua autoria, solicitando a apuração da
conduta do promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, titular da 2ª Promotoria de
Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís.
“A seriedade da denúncia – acatada
pelo CNMP – fez com que tal órgão oficiasse ao Corregedor reclamado para que
providências fossem tomadas. […] Apesar do ofício, o Corregedor permaneceu
silente, por duas oportunidades, vindo a instaurar sindicância determinada pelo
CNMP ao vencer, pela segunda vez, o prazo estipulado no RI do órgão”, destacou
Rocha.
Para ele, Eduardo Nicolau “agiu
dolosamente” para proteger um colega que comunga do seu mesmo posicionamento
político-partidário.
“Há provas, por conseguinte, de que o
reclamado agiu, dolosamente, deixando de instaurar sindicância em face do Dr.
Paulo Roberto Barbosa Ramos, mesmo recebendo orientação da Corregedoria Geral
do CNMP para que assim procedesse. Ou seja, fechou os olhos para atuação do
citado membro do Parquet em âmbito local, não tomando qualquer providência,
apesar da imensa repercussão acerca da conduta do Dr. Paulo Roberto”, concluiu.
MESTRE EM CIÊNCIA POLÍTICA, JUIZ MARANHENSE LANÇA LIVRO NA QUINTA FEIRA (24) EM SÃO LUÍS
Mestre em ciência política, escritor,
professor de direito penal e juiz de direito na Comarca de Timon (Tribunal de
Justiça do Maranhão), Francisco Soares Reis Júnior lança o primeiro livro, que
traz como título: Dez anos do Conselho Nacional de Justiça – A experiência de
accountability adotada pelo CNJ nos tribunais de Justiça estaduais (2005-2015).
O lançamento acontece na Livraria Leitura, São Luís Shopping, no dia 24 de
agosto (quinta feira), às 19hs.
Especialista em direito constitucional pela
PUC/SP, em Timon responde pela 2ª Vara Criminal e recebeu semana passada, na
Câmara Municipal a Medalha do Mérito Legislativo, em razão dos relevantes
serviços prestados neste município. Natural de São Luís, ele é formado pela
Universidade Federal do Maranhão.
Sinopse do livro
DEZ ANOS DO CONSELHO NACIONAL DE
JUSTIÇA: A EXPERIÊNCIA DE ACCOUNTABILITY ADOTADA PELO CNJ NOS TRIBUNAIS DE
JUSTIÇA ESTADUAIS (2005-2015).
A accountability possui um
significado fundamental nas sociedades contemporâneas, em especial como
contrapeso às limitações das democracias representativas. Suas práticas, no
entanto, revelam outras repercussões, para além do controle da qualidade da
democracia, direcionando-se para cumprir ideais do liberalismo e do
republicanismo. Para tanto, pode-se compreender que a noção de accountability
apresenta escopos instrumentais e finalísticos, cuja identificação está
relacionada com o tipo de estado de direito, com a tradição da cultura política
e com as relações das instituições entre si e entre a sociedade civil. No caso
do Poder Judiciário brasileiro, a accountability assume propósitos de enfrentar
a opacidade no exercício desse poder e de corrigir os déficits de controle, de
transparência e de eficiência. De fato, enquanto os Tribunais de Justiça, a
partir de 1988, passaram a ter garantias de independência, os mecanismos
internos de controle, em destaque os das Corregedorias de Justiça, demonstraram
ser insuficientes e disfuncionais para estabelecer limites, fixar metas e punir
desvios de conduta. Nesse cenário, o Conselho Nacional de Justiça foi criado em
2004, com a função de remodelar a governança judicial dos tribunais e ser a
agência central de accountability judicial. Após sua primeira década de
existência, são perceptíveis os avanços institucionais. Neste trabalho, são
abordadas algumas experiências de accountability, no plano normativo e
institucional, adotadas pelo CNJ e que tiveram repercussão na estrutura e no
funcionamento dos Tribunais de Justiça. O estudo busca identificar as
principais espécies de processos de accountability utilizados pelo CNJ ao longo
desse período de funcionamento, para possibilitar a construção de um quadro
analítico das ações do Conselho Nacional de Justiça, bem como para fornecer
elementos que apontem os limites, as ameaças e os desafios à atuação do CNJ.
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