Sobe para 13 o número de mortos na rebelião da Casa de Detenção (Cadet)
do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. A informação foi
confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), Aluísio
Mendes.
"A rebelião foi contida pelos homens do Choque e do GTA. São 13
mortos e 26 feridos. Os agentes fazem, no momento, uma revista geral nas
dependências da penitenciária", contou Mendes.
Ainda, segundo o secretário, a confusão foi motivada por uma briga entre
facções criminosas e por causa da suspeita de um túnel no Bloco F, Pavilhão 2.
Aproximadamente 60 presos pretendiam sair da penitenciária através de um túnel.
"As mortes todas são em decorrências de brigas entre detentos de
facções adversárias. O tumulto começou após a inteligência da SSP ter
descoberto que 60 presos estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam sair
essa madrugada. Quando agentes penitenciários tentaram acessar a cela onde
ficava o início do túnel, os presos se rebelaram tentando evitar a
revista", explicou o secretário.
Familiares seguiram à Casa Cadet em busca de informações dos presos no
início da noite. O cabo Campos, da Polícia Militar, que estava no local, disse
que houve um fogo muito forte lá dentro, que foi apagado há pouco tempo. Além
disso, ele falou que o movimento de familiares é muito intenso no local, e, que
houve princípio de confronto, familiares já jogaram pedras e outros objetos
contra agentes penitenciários.
A ordem para a entrada do Choque foi expedida pela governadora do
Estado, Roseana Sarney. O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB,
Diogo Cabral, se retirou do local às 22h por não considerar necessária a
mediação do órgão já que se trata de um confronto entre duas e gangues e a
rebelião não possui pauta de reivindicação. Entretanto, ele afirma que a
barbárie e o número de mortos poderiam ter sido evitados caso a intervenção da
Tropa de Choque tivesse ocorrido antes. "Estou muito chocado com o que
está acontecendo, esta rebelião é pior do que a de 2011", afirmou.
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