quinta-feira, 10 de outubro de 2013

REBELIÃO SANGRENTA EM PEDRINHAS COM PELO MENOS 13 MORTES CONFIRMADAS






Sobe para 13 o número de mortos na rebelião da Casa de Detenção (Cadet) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), Aluísio Mendes.

"A rebelião foi contida pelos homens do Choque e do GTA. São 13 mortos e 26 feridos. Os agentes fazem, no momento, uma revista geral nas dependências da penitenciária", contou Mendes.

Ainda, segundo o secretário, a confusão foi motivada por uma briga entre facções criminosas e por causa da suspeita de um túnel no Bloco F, Pavilhão 2. Aproximadamente 60 presos pretendiam sair da penitenciária através de um túnel.

"As mortes todas são em decorrências de brigas entre detentos de facções adversárias. O tumulto começou após a inteligência da SSP ter descoberto que 60 presos estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam sair essa madrugada. Quando agentes penitenciários tentaram acessar a cela onde ficava o início do túnel, os presos se rebelaram tentando evitar a revista", explicou o secretário.

Familiares seguiram à Casa Cadet em busca de informações dos presos no início da noite. O cabo Campos, da Polícia Militar, que estava no local, disse que houve um fogo muito forte lá dentro, que foi apagado há pouco tempo. Além disso, ele falou que o movimento de familiares é muito intenso no local, e, que houve princípio de confronto, familiares já jogaram pedras e outros objetos contra agentes penitenciários.

A ordem para a entrada do Choque foi expedida pela governadora do Estado, Roseana Sarney. O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Diogo Cabral, se retirou do local às 22h por não considerar necessária a mediação do órgão já que se trata de um confronto entre duas e gangues e a rebelião não possui pauta de reivindicação. Entretanto, ele afirma que a barbárie e o número de mortos poderiam ter sido evitados caso a intervenção da Tropa de Choque tivesse ocorrido antes. "Estou muito chocado com o que está acontecendo, esta rebelião é pior do que a de 2011", afirmou.


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