sexta-feira, 27 de outubro de 2017

FALTAM LEITOS EM UTI NA REDE PÚBLICA NO MA

A Defensoria Pública Estadual do Maranhão (DPE/MA) recebe por dia, uma média de cinco pedidos judiciais que determinam a internação de pacientes em leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais da rede pública municipal e estadual.
De acordo com o defensor público Cosmo Sobral, a morosidade do governo em cumprir determinadas ações é frequente e atrasa o andamento das solicitações. “o que temos vislumbrado na prática é o aumento crescente por leitos de média e alta complexidade. E geralmente os leitos de UTI são os mais demandados aqui nos períodos de plantão tanto durante o dia quanto especialmente durante a noite”, conta.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que na central de regulação de saúde do estado não há um número oficial da lista de pacientes que esperam por uma vaga de UTI. Segundo o coordenador da central, o atendimento depende do quadro do paciente e da sua especificidade.
“Em algumas situações, nós temos casos de pacientes que precisam de uma determinada especialidade que naquele momento às vezes não tem a vaga. E para isso a gente trabalha, nós temos uma central integrada de leitos que estão em parceria com hospitais estaduais e municipais”, diz Egídio de Carvalho, coordenador da central de regulação.
Espera por uma vaga
Nessa quarta-feira (25), uma senhora de 68 anos diagnosticada com um tumor na cabeça, foi transferida da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Vinhais em São Luís para a UTI de um hospital na capital. A transferência só ocorreu 48 horas após a determinação da Justiça que havia dado ao estado um prazo de 12 horas.
Segundo o filho da paciente esta é a segunda vez somente este ano, que a aposentada precisou de um leito na UTI e a família foi obrigada a recorrer na justiça para conseguir uma vaga. “É muito angustiante e desgastante”, diz Carlos Sérgio.

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