terça-feira, 14 de maio de 2013


barlagoa

UMA PERIGOSA INVERSÃO DE VALORES

Por Jorge Aragão
          É importante que tenhamos a noção exata do papel da Blitz Urbana, para não corrermos o risco de cometermos o erro de realizar uma perigosa inversão de valores.
Na semana passada muitas pessoas se sentiram comovidas com a remoção do Pelé Jardineiro da proximidade da Ponte do Caratatiua no Ipase. O que muita gente desconhece é que a Blitz Urbana apenas cumpriu o seu papel e o que determina a legislação urbanística da cidade de acordo com as normas constitucionais, federais e municipais.
Além disso, o proprietário já havia sido notificado no dia 27 de fevereiro da irregularidade que estava cometendo, mas como persistia na privatização de um bem público, não restou alternativa e a Blitz Urbana realizou a desocupação da área pública.
Da mesma forma que agiu com o Pelé Jardineiro, a Blitz Urbana agiu com um estabelecimento na área nobre da cidade. No bar Buteko na Lagoa da Jansen, o proprietário também foi comunicado da irregularidade, pois estava utilizando área pública para colocar mesas e cadeiras, mas como não tomou nenhuma providência, a Blitz Urbana apreendeu 119 cadeiras, 33 mesas e ainda aplicou multa ao dono do estabelecimento 
mansao
Já na Chácara Brasil, a Blitz Urbana praticamente demoliu uma mansão que estava sendo construída simplesmente em cima de uma praça pública na Rua Pará (conforme foto ao lado). Isso sem falar no embargo por duas vezes da obra do Golden Shopping Calhau na Avenida dos Holandeses, divulgada em primeira mão pelo Blog (reveja).
É claro que a imagem muita das vezes é chocante, mas não podemos cometer o erro de realizar uma perigosa inversão de valores, onde o certo, que quer cumprir a Lei, passa a ser o errado e o errado, que desrespeita a Lei, passa a ser o certo. Além disso, se fecharmos os olhos para as irregularidades e compactuarmos com as situações erradas, estará se dando margem para que amanhã outros se sintam no mesmo direito. Somente este ano, foram realizadas 19 grandes demolições de construções em áreas públicas e mais 40 demolições de pequeno porte (retirada de obstáculos de obstrução de via pública). Todas foram realizadas através de procedimento administrativos que ofereceu direito de defesa dos notificados.
O Blog entende que o mais importante é acompanhar se o trabalho não está sendo voltado apenas para os menos favorecidos, mas pelos exemplos dados, como dizia a minha avó: o pau que está dando em Chico é o mesmo que está batendo em Francisco. Sendoassim, o Blog apoia as ações realizadas pela Blitz Urbana sob o comando do diretor geral do órgão, Arthur Guimarães.

         




O DIA EM QUE JESUS MORREU

Chiquinho Veloso começou a beber na quarta feira e emendou as noites. Era semana santa e quando chegou sexta-feira, ele completamente bêbado, foi abordado por um amigo que lhe falou:
- Mas Chiquinho, tu ta bebendo logo hoje, o dia em que Jesus Morreu!!!
Chiquinho olhou para o amigo, tomou mais uma dose, cuspiu e emendou:
- Coitado, eu nem sabia que ele estava doente.

Do livro “BACABAL – CENAS DE UM CAPÍTULO PASSADO ” de Zé Lopes


                                 Wellington, Waltinho Carioca, Zé Lopes, Leonardo Lacerda e Riba


                                                   Rubinho, Pimentel e Zé Lopes





SEGUNDA COMUNHÃO

Toda vez que a noite se aproxima
Me invade uma estranha sensação
Sufoca o meu cansado coração
E  o corpo amolece e desanima.

Entre as coisas que a vida me ensina
Aprendo a tristeza em segunda comunhão
Pesquiso o mapa na palma da minha mão
E o tempo em sua ação me expõe ao frio da neblina.

O beneficio da dúvida agora me fascina
A dor por sua potencia me aniquila, me fulmina
E caio estatelado nesse chão endurecido.

O sol enfurecido queima a retina
A chuva insistente acalma e me anima
E o dia me acalenta com um passado remoído.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes


Por Zeca Soares 

pedrofernandes



















         
          Ao abrir a 19ª etapa das Conferências Intermunicipais de Educação (Comae) nesta segunda-feira (13), em Bacabal, o secretário de Educação, Pedro Fernandes Ribeiro, lembrou que era um dia importante na história porque marcou a data em que o Brasil aboliu a escravatura. O evento, que reúne cerca de 300 participantes, acontece até esta terça-feira (14), no Campus da Universidade Federal do Maranhão no município.
Pedro Fernandes salientou que as conferências intermunicipais representam um espaço para discutir a educação que o Maranhão precisa, construída democraticamente por meio de um processo coletivo.
Na avaliação do secretário, o sistema nacional de educação deve ser discutido com a participação das famílias para avançar na universalização do ensino médio e levar para os colégios da rede pública 40% dos jovens de 15 a 17 anos que estão fora da sala de aula. Ele citou como exemplo o avanço na universalização do ensino fundamental, que contempla hoje 97% dos brasileiros em idade escolar.
“Nós temos que planejar o Maranhão para os próximos 10 anos para avançarmos ainda mais na educação básica, no ensino profissionalizante e na educação superior, focos das conferências intermunicipais”, destacou o secretário Adjunto de Gestão Institucional da Seduc e presidente do Fórum Estadual de Educação, Fernando Silva



         


Por Louremar Fernandes


          A relação entre a torcida do BEC e o artilheiro Pedro Gusmão azedou.  No domingo, ao ser substituído, o atacante foi vaiado por alguns torcedores e fora de campo os comentários são de que ele estaria fazendo corpo mole por causa do contrato já fechado com o Atlético Paranaense e que até hoje não foi comunicado oficialmente à diretoria do Bacabal Esporte Clube.

Na verdade, o atleta jogou bem todo o primeiro tempo e caiu de rendimento no segundo tempo, assim como o restante da equipe. O que pode ter complicado a situação e levado o torcedor - principalmente aquele que não foi ao estádio - a formar o juízo de que o jogador não tem mais interesse no BEC, foram os comentários do narrador Zé do Forró. 

Competente radialista, Zé do Forró foi durante muitos anos líder de audiência com seu programa matinal. Hoje é narrador de uma emissora dita comunitária, ainda sem concessão. No domingo, o narrador defendeu que o BEC deveria liberar logo o jogador para o novo clube. Zé do Forró disse ainda que Pedro Gusmão estaria se poupando  e que estaria "certíssimo", afinal "ele vai para um time grande".

A empolgação do narrador e a intenção em taxar o BEC como não digno do artilheiro não condiz com a realidade. Quem conhece o atleta Pedro Gusmão sabe que o mesmo leva a sério a sua carreira e não adotaria uma atitude como essa que reflete uma desonestidade tanto com o clube quanto com os torcedores. 


“LEI DA MORDAÇA
Por Sérgio Mathias

          Os torcedores que acompanharam a transmissão da partida entre Bacabal Esporte Clube e Imperatriz, no último domingo, pela rádio Super FM (89.1) têm motivos de sobra para se preocupar. Além da visível queda de rendimento do time azulino, alguns fatos que vêm, segundo o narrador Wilson Ronypeterson, acontecendo nos bastidores podem prejudicar o BEC no decorrer do estadual.

Zé do Forró como é mais conhecido, disse com todas as letras que diretores do Bacabal teriam ido até a emissora onde o narrador Luís Lopes trabalha (Cidade FM) para “pedir sua cabeça”. Ainda segundo Zé do Forró, isso teria acontecido em decorrência das constantes criticas que Luis Lopes faz a atual diretoria.

Se realmente isso estiver acontecendo é bom que os diretores do Bacabal saibam que os profissionais pagos para maquiar a verdade e só enxergar as coisas boas estão empregados na assessoria de comunicação da prefeitura, portanto, eles devem explicações, “nós outros”, não!!!
Ao invés de questionar a opinião da crônica esportiva a diretoria do Bacabal deveria usar sua influencia no governo municipal para reivindicar melhores condições de trabalho para os profissionais de rádio e TV que diuturnamente divulgam o Leão do Mearim sem ganhar absolutamente nada. As cabines que os mesmos usam para narrar e filmar os jogos, além de sujas, não têm se quer um ventilador para amenizar o calorzão durante os jogos que são realizados na parte da tarde no Correão.


segunda-feira, 13 de maio de 2013






HISTÓRIA MORTA

Eu, filho desta vida torta
Primitivo ser de traços nebulosos
Respiro ainda fatos escabrosos
Que os meus avós guardavam atrás da porta.

Afio mais a faca que me corta
E sangro a dor em profundos ais
Regresso então à tumba dos meus ancestrais
Onde repousa as  causas de uma história morta.

Se errado aprendi, errado me ensinaram
Das raças e das cores que se misturaram
Pra formar o que hoje se chama mestiço

Pelas folhas podres de um livro omisso
Corre o mundo, lendas que sem compromisso
Ensinam aos nossos filhos o que não lhe ensinaram.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes


LIBERTAÇÃO  


          Hoje é 13 de maio, dia em que se comemora a libertação dos escravos. Assinada pela princesa Isabel, abolicionista por conveniência, já que era apaixonada pelo negro José do Patrocínio, a histórica Lei Áurea, apenas deixou o negro a mercê de sua própria sorte, sem terra, sem casa, sem dinheiro e tendo apenas nos morros, que no tempo era terra de ninguém, um lugar  para recomeçar uma vida. O negro sofre preconceitos diários, até mesmo, os mais destacados, são vitimas de cutucadas, mas nesse caso, a tríade dinheiro, poder e fama, falam mais alto. Aí me vem a demagogia política inventar um sistema de cota para se entrar nas universidades, quando na verdade, podia-se melhorar o nível de ensino público ao invés da balela de correção de erros do passado. Igual, o negro nunca vai ser tratado, até porque, quem não gosta de negro, não gosta e essa coisa de movimentos, ainda não mudou muita coisa. Mas hoje é treze de maio, dia de reflexão e como bem diz a música: O negro segura a cabeça com a mão e chora”





 ÍNTEGRA DO TEXTO: LEI ÁUREA

Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888.

Declara extinta a escravidão no Brasil.

A princesa Imperial, Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador o Senhor D. PedroII, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.

Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.

Manda, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.

O Secretário de Estado dos Negócios d'Agricultura, Comércio e Obras Públicas e Interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.

67º 2005 da Independência e do Império.

a) Princesa Imperial Regente

Rodrigo A. da Silva





Carmem Lopes


                                                                        Marcos Pimentel




               O DIREITO USA SUSPENSÓRIO

          E
le é filho de dona Benta, que nós chamávamos carinhosamente de vovó Benta. Irmão de Marlene, Maísa, Meló e Cascoré (em memória), esse negro, que nasceu na Rua Rui Barbosa, na casa onde mora boa parte da sua família e onde todas as noites ele reúne seus amigos para uma conversa regada a um bom café, ele mudou a idéia de negro em Bacabal. Esse cidadão é Bento Vieira. De uma infância difícil, ele vendeu picolé, pirulito, bolo e com esse dinheiro, ajudava na receita da casa. Teve como seus melhores amigos, Fedeu a Fogo, Cabelo e Tabil, responsáveis por belas histórias que fazem parte da sua própria história, 

Bento em toda sua trajetória, reciclou o lixo das inverdades e se impôs, mostrando que o negro bacabalense, também podia ser doutor, também podia ser alguém, já que os forasteiros que invadiram a cidade, na época, nos tratavam com sentimentos de pena e nossas mães, submissas por inexperiência, aceitavam o que os brancos diziam e nós negros, acuados em nosso próprio reduto, tínhamos que ouvir o celebre adágio : “boa romaria faz, quem em sua casa vive em paz” e nos sobrava apenas as oficinas para aprendermos um ofício e éramos discriminados pelos próprios negros. Bento quebrou a barreira do preconceito, dos bailes na União, clube de pretos mas que execrava pretos. Um dos marcos na vida de Bentão, é o fato de antes mesmo de passar no vestibular, já tinha um cursinho, ensinava todas as matérias e conseguia um índice de aprovação invejável. 

Bento pescou para alimentar a família, jogou bola, empinou papagaios, pegou passarinhos, capinou quintais, jogou pião, andou de bicicleta, levou surras de dona Benta, saiu de Bacabal e virou o famoso Dr. Bento. Formado em Veterinária, ele foi dono de uma grande loja de artigos para fazendeiros, largando para se dedicar ao Direito, curso que lhe tornou um dos melhores e mais respeitáveis advogados do estado, o monstro sagrado do direito penal.Dr. Bento Vieira se aventurou na política e seu discurso é duo, muitos aceitam outros o acham radical, mas seu tino de ajudar as pessoas, de ser amigo dos amigos, vai muito além das profissões, ele é um exemplo seguido por muitos discípulos, inclusive dentro de casa, como é o caso de Bruno, seu filho e Bentinho, seu sobrinho, que também se aventuram no mundo da advocacia. 
Esse Dr. Bento, é perfeito em tudo que bota para fazer, é líder de audiência em um programa de televisão, tem um cursinho que, pelo alto índice de aprovação em vestibulares e concursos, é referência no Maranhão e hoje se tornou um grande empresário no mundo do entretenimento com um parque aquático que leva o nome da sua querida mãe. Lembro-me. Certa vez quando Dr, Bento comprou uma lancha, uma certa pessoa falou com ar de reprovação:
- Porra meu, o Bento comprou uma lancha e agora só quer aparecer!
E Dr. Bento Respondeu cheio de orgulho:
- O meu tempo de vender bolo já passou.
E salve Bento, esse abençoado Dr. Bento, dono de uma linda história que só a literata vida, foi capaz de escrever... e em muitos capítulos.