SEGUNDA COMUNHÃO
Toda vez que a noite se aproxima
Me invade uma estranha sensação
Sufoca o meu cansado coração
E o corpo amolece e desanima.
Entre as coisas que a vida me ensina
Aprendo a tristeza em segunda comunhão
Pesquiso o mapa na palma da minha mão
E o tempo em sua ação me expõe ao frio da neblina.
O beneficio da dúvida agora me fascina
A dor por sua potencia me aniquila, me fulmina
E caio estatelado nesse chão endurecido.
O sol enfurecido queima a retina
A chuva insistente acalma e me anima
E o dia me acalenta com um passado remoído.
Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes
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