SOMENTE UM ATO
Teu olhar não me ofende e sim teu verbo,
Com esta força podes me assassinar em um só golpe,
Fazer de teu corpo e minha alma enxovalho,
Tanger-me sem compaixão para o cadafalso a galope.
Recusaste incontinente todo meu afeto e carinho,
Por que me hás de ferir com astúcia, se tens tanto,
Eu me fiz teu amante na incerteza e me dei tanto,
Porque me hás de ferir com tanto e grande encanto.
Quando queres meu amor sempre te impõe
Mas não insistas nisso, oh! Não! Que venha a morte,
Posto que se se morre de amor, que seja assim,
De pronto, em teu olhar, há de findar-me a triste sorte.
*Renato Dionísio


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