domingo, 19 de maio de 2013



                                                        Zé Lopes e sua Banda
                                                  Luzian, Zé Lopes e Wilson Bozzo




O DIA “B” NAS ONDAS DO RÁDIO

          Nunca fui de ouvir os jogos do Bacabal Esporte Clube no rádio, sempre fiquei a mercê da surpresa dos noticiários matutinos na televisão, na verdade, no Bom Dia Maranhão, jornal da TV Mirante, afiliada da Rede Globo. Nesta quinta-feira, trabalhei o dia todo terminando um projeto para o período junino da Prefeitura de São Luis, fui até a Fundação Municipal de Cultura. entreguei o projeto e ao retornar pelo Projeto Reviver, parei em um camelô e resolvi comprar um radinho de pilha para ouvir o jogo do Bacabal contra O Maranhão Atlético Clube. 


O que me fez escrever este artigo, foi o fato de que, mesmo o MAC perdendo, os cronistas exaltavam o time da capital e renovavam as esperanças de classificação a cada comentário, enchendo de oxigênio os pulmões da próxima partida. Ao contrário do que rolou na imprensa bacabalense durante a semana, o Bacabal deu o troco a altura, apesar da estatística não ser muito favorável aos seus jogos como mandante. Jogaremos hoje toda a nossa sorte, tanto no segundo turno como no campeonato, temos que suar a camisa, honrar esse azul e branco e colocarmos, não só o coração, mas todos os órgãos vitais na ponta da chuteira. Se alguns jogadores do BEC estão negociados com times de expressão naciobal, que bom, é sinal que o projeto idealizado por Roberto e Hermano, está dando certo. 

Estamos muito perto, estamos com a vantagem, sei que criticamos (eu critiquei) na hora que era preciso, agora, temos que dar essa injeção de ânimo ao nosso time, temos que comparecer ao Nhozinho Santos e darmos a nossa torcida para que consigamos a nossa classificação. Nós, que fazemos a imprensa e estamos acompanhando o Bacabal, vamos acreditar, no time e na estatística, pois os melhores resultados, nós conseguimos fora. Hoje é o dia B, vamos todos de azul e branco rumo a final desse segundo turno para que esse inferno divulgado na imprensa local, se tinja de azul e branco e tudo se torne céu. E vamos pra cima e que Santa Edite nos proteja.    



UMA FESTA PARA A HISTÓRIA

Organizada por Mauritânia Pereira, Kátia Paiva e Jadson Lago, a cidade de Bacabal, no dia 19 de julho, será palco do maior reencontro de amigos de toda a sua história. Com local ainda in off, o evento reunirá uma série de pessoas que estudaram no Colégio de Nossa Senhora dos Anjos nos meados dos anos 80. Tesoureira da festança, Mauritânia Pereira, avisa aos componentes  do grupão, que precisa que o pagamento do convite, no valor de R$ 100,00 (cem reais), seja feito o mais breve possível para que a organização possa pagar as despesas relativas a festa, que será em um local aconchegante e terá  bufê, musica, bebida e e otras cositas mas.   
Bastante entusiasmada, Katia Paiva é só expectativa e dá um aviso aos retardatários, que se apressem nas suas obrigações, pois o tempo passa depressa e logo chegará o dia D. “Como pretendemos fazer uma lembrança da festa, não será possível receber a contribuição na véspera, por isso solicitamos que assim que façam os depósitos, que nos envie o comprovante para que possamos identificar o pagamento”. Katia Paiva ainda reitera que caso não seja possível enviar o comprovante, que informe o numero da agência e conta de origem via mensagem in box no face para a própria Katia ou para Mauritânia Pereira.
Jadson Lago diz que muitos dos amigos já fizeram seus depósitos, mas que o tempo urge e é preciso que os outros se manifestem para o sucesso do evento e  reforça mais uma vez que esta festa não tem fim lucrativo algum e por visar um processo de transparência, disponibiliza o extrato bancário referente ao mês de abril e maio no grupo do face para que os pagantes possam verificar a veracidade das informações.” Quero informar ainda, que a proporção que formos gastando o dinheiro depositado, tudo será prestado conta e disponibilizado aos pagantes e caso, você já tenha feito o deposito, por favor, desconsidere qualquer mensagem. Contamos com a sua colaboração”. Finaliza Jadson Lago.





BORBOLETA

          Sexta-feira, seis horas da tarde, Miguelzinho foi até a casa do então prefeito Zé Vieira para pedir-lhe um dinheiro para a farra do fim de semana. Ao chegar, encontrou também , à espera do seu Zé Vieira, o cambista de jogo do bicho Padeirinho e também uma senhora.
Quando o prefeito apareceu, a mulher se levantou e foi logo bradando:

- Oh!!! Seu Zé Vieira, pelo amor de Deus me ajude. Meu gás acabou e eu tenho três crianças passando fome....

Seu Zé Vieira  puxou do bolso três três notas de cinqüenta reais e deu logo uma para a pobre mulher que saiu feliz e agradecida. Ao olhar as outras duas notas, Miguelzinho imaginou que seria uma para ele e outra para Padeirinho, e era. Padeirinho abriu os braços e o prefeito segurando as duas notas, esticou a  mão e forçou a nota de cima. Padeirinho se antecipou, segurou as duas notas e disparou:

- Seu Zé Vieira, borboleta não voa só com uma asa...

E pegou as duas notas deixando Miguelzinho a ver navios.




UM MARINHEIRO DE BARBA LOIRA
          Ele é filho de dona Maria e seu André e chegou em Bacabal ainda criança onde começou os seus estudos. Menino como outro qualquer menino, era arisco, jogava bola, brincava com os outros meninos e saia escondido para banhar das águas do Rio Mearim. Mesmo estudando, sentia a necessidade de trabalhar para ter o seu próprio dinheiro e se aventurou como padeiro e como entregador de pão, uma vida de muito cansaço e sofrimento onde entrava as seis da tarde para manipular a massa, modelar o pão, assar e as quatro da manhã, em uma bicicleta cargueira, com vários sacos abarrotados de pão, com chuva ou não, percorria toda a cidade e quando o relógio marcava sete horas, tinha que estar em casa para se preparar para mais um dia de aula. 
Esse é André Campos, nome que usa apenas para assinar cheques e canhotos de cartões de crédito. Apelidado ainda criança em Bacabal como Dedé, ele cresceu, virou amante do ritmo que veio da Jamaica, o reggae de raiz e fez muitos amigos. Irmão de Rita, Raimundinho (em memória), Francisco, Neto e Ana, ele foi um adolescente que bebeu cachaça, fumou cigarros, frequentou clubes, dançou, aprendeu muito, sonhou com uma vida melhor e conheceu Josélia, sua esposa, com quem tem três filhos, Van Bastem, André Junior e Lucas, o primeiro já na universidade. Trabalhando de garçom, ele pensou em vôos mais altos e resolveu encarar a Ilha do Amor, onde trabalhou como garçom, recebeu o apelido de Louro até se tornar dono de um dos mais badalados bares da cidade, o bar Litorânea ou simplesmente o Bar do Louro, na Avenida Litorânea onde ele recebe todo mundo com o mesmo amor e carinho. Muitos artistas como Armandinho, Zé Américo, Marcelo Carvalho, Carlinhos Veloz, Paul Getty, Kosta Netto, Albert Abrantes, Manuerl Baião de Dois, Tato Costa, Beto Pereira, Josias Sobrinho, Dommer, 

Isac Dias, Galego, Wilson Zara, Itamar Lima, Herbert Luis, Nonato Matos, Brandinho, Samuel Barreto, Edvaldo Santos, intelectuais como Arquimedes, Carmem Lopes, Pedro Neto, Gusmão, Junior de Paula, Sales, Kalil Trabulsi, Louremar, Waltinho Carioca, Donatinho, Ezrael Nunes, Renato, Lereno, Rinaldo, Neuzinha Costa, ases como o médico Dr. Itaguacy, o advogado Dr. Jeferson Santos, as advogadas Dra. Zilda, Dra. Graça Almeida, a odontóloga Dra. Clery,  o agrônomo Henriqiue Nunes, politicos como Zé Alberto Filho, Paulo Campos, Jura Filho, Zeziquinho, Graciete. Leonardo Lacerda, esportistas como Pedro Gusmão, Guilherme, Dutra, Hermano, Roberto, Renato Braga, Kleber, Lambal, Silinha, Oliveira Sobrinho, os empresários Kim, Godinho, oficiais como Coronel Braga, Coronel Brazil, Coronel Veloso Coronel Marcos Pimentel, Major Marques Neto, Tenente Menezes e muitas outras autoridades, doutores, cantores, políticos, atletas e anônimos. Louro tem a cara de um alegre domingo de Sol e o seu bar que fica em frente as dunas, recebe um vento frio e tem todas as estruturas que o turista quer e precisa.
Louro vive sempre rodeado de amigos, é figura presente nas mesas conversando com os fregueses e a estrutura que montou, faz do seu bar, sempre lotado, a atração dos dias de sol, das noites de lua cheia, das tardes frias. Louro é a praia em si, é o mar em si e toda vez que o sol nasce atrás das dunas, em frente do seu bar, a natureza esboça um sorriso, cheio de brisa a pintar o dia com seu tom amarelo. Esse é Louro, o faxineiro das dunas, um mar de barbas aparadas e tingidas pela vida.





SONETO PARA MINHA CIDADE

Hoje olho esta cidade nua
Procuro em meus amigos um alegre passado
Vejo um sofrimento neles estampado
E as vozes do sil~encio ecoam em minha rua.

Mesmo que a ação do tempo destrua
Cabe ao próprio homem evitar a ruína
Fazer do sentimento uma oficina
Com ferramentas que a reconstrua.

Sobre a noite cai uma tristeza
Teus ditos donos cheios de avareza
Mostram os seus verdadeiros rostos.

Teus filhos querem só o pão na mesa
E ter de volta a tua beleza
E ver os teus algozes todos mortos.

Do livro de sonetos “A DOR E EU” de Zé Lopes



LAVRA (DOR)

A mesma mão que aduba
Planta multiplica,
Sangra, fiscaliza,
Blasfema e ora.
Igual espaço antepõe-se
Entre terras e donos distintos.
Ser cruel precisa mais?
Mais chumbo, choro, dizimação?
Antes comum farta era,
Era de sonhos distantes,
Passado sem volta. Revolta!
É mesmo o verde campo,
Folhas se foram,
Metamorfoseando o ciclo...
Somente – em dor – apenas,
Em mesmo corpo outrora transmutada,
A mesma gana de Homem,
Uniu-se a forme de bicho.

Lereno Nunes

 DO LIVRO ANTOLOGIA POÉTICA DAS CIDADES BRASILEIRAS 


  HOJE ÀS CINCO DA TARDE NO NHOZINHO SANTOS



Já nas bancas o novo livro de contos de Gilmar Pereira, “ Princesa do Mar”. 
Pedidos pelos fones : (98) 3216-9567 / Fax: 98 3216-9536
Email: gilmarps@bnb.gov.br




TRÁGICO SE NÃO FOSSE CÔMICO

Há um exemplo "pontual" de como os recados começam e terminam totalmente diferente do "original". É a tal da "comunicação", onde um ponto, uma vírgula ou uma interrogação, muda o enfoque e o foco, gerando "final" totalmente inimaginável.
Estava eu  retornando pela Avenida dos Holandeses, no Calhau, sozinho, dirigindo numa velocidade considerável (de regular para mais). O celular toca, treme, reduzi e procurei ficar mais à direita para poder atender sem prejudicar o trânsito. Do outro lado da linha, minha cunhada Ângela aos prantos, tipo soluçando! E sem que eu dissesse nada, ela "lascou" e ouvi meio laconicamente: - mataram a ...isa. O que? -..arro matou a ...isa!
Interpretando ao meu jeito e sem poder raciocinar muito, pensei: Fábio matou a Rafisa!
Meio atordoado e incrédulo, procurei desligar e liguei para Sônia, minha esposa e fui logo dizendo: - Fábio acabou de matar a Rafisa, liga aí pra Ângela (para checar evidentemente).
Sônia estava num "contexto natalino", rodeada de gente e ao repetir minha notícia, o "povo" em volta se alvoroçou, perplexo.
E, sem fazer as perguntas óbvias, indagaram de Ângela como foi, como aconteceu?
E Ângela: - foi atropelamento, ela entrou, saiu e o carro pegou ela.
- E o corpo? 
- Itabajara já levou!
Aí, entrou Gracinha, outra cunhada, na linha: - olha aqui está todo mundo de luto.
Tânia tratou de dar a notícia ao Zé Lopes, amigão do Jorge, pai de Rafisa. Felizmente, Zé Lopes não teve a iniciativa de ligar logo para o amigo.
Alguém "levantou" a dúvida, Fábio matar Rafisa, se Fábio é tio dela! Aí, Kátia, justificou: - dependendo da hora uma pessoa perde a cabeça e esfaqueia.
Mas, Tânia achou que alguma coisa não batia, Itabajara retirar o corpo sem perícia policial, sem IML, assim rapidamente!
Foi aí que alguma figura mais sensata resolveu botar a coisa a limpo, e, perguntou à Ângela com todas as letras: - Ângela, Rafisa morreu mesmo?
Ângela esclareceu logo: - não foi Rafisa, foi minha cachorra Safira, um carro matou ela!
Ainda bem que a família da Rafisa não ficou sabendo deste "imbróglio" todo!!!