Por Jota Erry
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Luzico da Itamaraty |
SÃO LUÍS - O produtor e gerente das
Radiolas de Reggae Itamaraty, Luís Cândido Soares Martins, morreu por volta das
20h30 desta segunda-feira (26), no Hospital Municipal Djalma Marques, o
Socorrão II. Segundo informações, "Luzico" foi baleado durante
tentativa de assalto no povoado Providência, no último domingo (25(). Ele saiu
de uma festa de reggae na cidade de Rosário(MA), no veículo Siena Branco, de
placas NNE - 6965, conduzido por Manoel de Assunção Silva Cutrim, quando foi
abordado por dois homens armados em uma moto. Eles teriam se aproximado do veículo
em que Luzico estava. O garupa teria efetuado vários disparos contra o carro em
que a vítima estava.
Luzico foi atingido na altura do
tórax. Na ocasião, o taxista também foi baleado na perna. Luzico foi trazido em
estado grave para São Luís. Por volta das 20h30, desta segunda-feira, o
produtor cultural morreu, após sofrer uma parada cardíaca.
Familiares e amigos estão abalados
com a perda. O deputado federal Pinto Itamaraty, com quem Luzico trabalhou por
muitos anos, está inconformado. Luzico foi proprietário do bar Toque de Amor,
especializado em reggae, localizado na Ponta D´Areia. O estabelecimento fez
sucesso na década de 80, em São Luís.
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João de Elza. Foragido desde 2011 |
SÃO LUÍS - João Cutrim Matos, o João
de Elza, foi preso em Cuiabá, capital de Mato Grosso. Segundo informações, ele
teria participado de um assalto a caminhão de carga com fertilizantes avaliado
em mais de R$ 1 milhão. O secretário de Estado de Segurança do Maranhão,
Aluísio Mendes, está buscando informações sobre a prisão e a transferência dele
para o presídio de São Luís.
João Cutrim Matos, o João de Elza, é
um dos dezenove apenados beneficiados com o Indulto de Natal que não retornaram
a Penitenciária de Pedrinhas, em dezembro de 2011.
João de Elza foi condenado no dia 15
de julho de 2008, a 18 anos de prisão por homicídio qualificado pelo assassinato
do publicitário Manuel Dias de Oliveira Filho, o Surama, crime ocorrido em 12
de agosto de 2001.
O conselho de sentença, formado por
sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres, decidiu por unanimidade pela
condenação do réu. Por isso, o juiz decretou a pena de 19 anos de reclusão, com
a atenuante de um ano por custa de tempo já cumprido de detenção de João de
Elza, o que totalizou um período de 18 anos de prisão, a serem cumpridos no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
De acordo com o secretário adjunto de
Estabelecimentos Penais, João Bispo Serejo, 107 presos foram beneficiados pelo
Indulto de Natal. Com relação ao detento João de Elza, Bispo Serejo afirmou que
ele era um preso de bom comportamento e acabou sendo contemplado pela Justiça.
Caso Surama
João de Elza nunca confessou a morte
de Surama. Alega que sequer o conhecia. Segundo o inquérito policial, o
assassinato do publicitário está relacionado a uma dívida de R$ 600,00 que a
irmã dele, Adalgisa Dias de Oliveira, teria com Teresa Lobato, a Tetê, dona do
bar Sabor da Ilha, no Olho d’Água, tida como amante do acusado.
A dívida teria sido paga com um
cheque, porém, sem fundos. Por isso, Teresa passou a cobrar a comerciante, que
prometeu efetuar o pagamento. Com o passar dos dias, Teresa Lobato teria
autorizado ao réu fazer a cobrança, na manhã do crime, um domingo, dia 12 de
agosto de 2001, no bar de Adalgisa.
Surama, que morava em uma casa nos
fundos do bar, não teria gostado da maneira como João de Elza chegou para cobrar
Adalgisa. Ele, então, telefonou para Teresa Lobato, e teria reclamado do
procedimento do cobrador. Segundo a acusação, depois do referido telefonema, a
mulher teria contado tudo a João de Elza, que teria decidido retornar ao bar e
tomar satisfações. A vítima estava dormindo e foi despertada pelo réu, que a
matou.
Agravantes
João de Elza é, segundo a polícia,
integrante de quadrilhas especializadas em assaltos a agências bancárias no
Maranhão e em outros estados. Ele também é conhecido como pistoleiro de aluguel
e responde, além da morte de Surama, por outros quatro homicídios praticados em
São Luís e no interior do estado. Por um desses crimes, cometido no município
de Cajari, ele foi condenado a seis anos de reclusão, em 1990, em Penalva.
Os outros homicídios ocorreram em
1994, nas proximidades do bar Tom Marrom, no Pingão, Anil; no ano seguinte, no
povoado Coqueiro, em São João Batista; e, em 1997, em Viana. Apesar de o
assassinato de Surama ter ocorrido em 2001, o criminoso só foi preso em abril
de 2004, em Goiânia, depois de ter sido denunciado por quadrilheiros, seus
comparsas.
Outra acusação
Além de assassinatos e assaltos, João
de Elza foi acusado, em agosto de 2006, conforme investigações procedidas pelo
Serviço de Inteligência da Polícia Federal, que encaminhou as informações à
Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), de estar preparando uma
emboscada, a ser executada por um irmão seu, contra delegado Robson Rui Lopes,
que já foi diretor da Deic.
Os irmãos Matos Cutrim teriam uma rixa
antiga com a família do delegado. Há mais de 10 anos, uma denúncia sobre roubo
de gado, em Viana, feita por Miguel Lopes, pai de Robson Rui, teria culminado
com a prisão de Raimundo Cutrim, o Raimundão, pai dos dois criminosos, que
cumpriu pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Raimundão morreu pouco tempo depois
de deixar a penitenciária, causando mais revolta entre seus familiares, que
teriam passado a perseguir os de Miguel Lopes.