A campanha Dezembro Vermelho chama atenção para a prevenção e diagnóstico precoce do HIV e do tratamento contra a Aids. Nos últimos anos, a detecção de novos casos tem apresentado queda. Em 2020, foram 690 novos casos registrados no Distrito Federal, além de 96 óbitos. Em 2021, até o momento, foram 581 contaminações confirmadas e 76 óbitos – número que ainda pode sofrer alteração. De 2016 a 2020, foram diagnosticados, em média, 701 casos por ano e, no mesmo período, 306 novos casos de Aids. Já os óbitos por Aids, a média nesses cinco anos foi de 105 óbitos.
A Secretaria de Saúde produziu o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids com dados de 2020. O documento pode ser acessado aqui.
Situação epidemiológica
Aids
A síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) denomina o conjunto de sintomas e infecções resultantes dos danos causados no sistema imunológico pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A campanha Dezembro Vermelho de 2021 tem como lema Diga não ao preconceito. Previna-se! Faça o teste! HIV tem tratamento e a Aids pode ser evitada.
Muitas vezes as pessoas por medo e preconceito não procuram as unidades de saúde para fazer o teste de detecção da doença. Hoje em dia é possível ter qualidade de vida vivendo com o HIV. Para isso, a rede pública oferece tratamento, diagnóstico e medicamentos para controle da doença.
Durante todo o ano, as unidades básicas de saúde e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Rodoviária do Plano Piloto oferecem teste rápido para diagnóstico do HIV. Os medicamentos para quem se infectou com o vírus são disponibilizados em diversas unidades. O tratamento é ofertado em várias policlínicas, centros especializados e ambulatórios:
HIV/Aids
População
Os dados revelam que a proporção de novos casos de HIV/Aids é maior em pessoas homossexuais, com 51,2%. Em seguida, vêm as pessoas heterossexuais com 25%. Apesar de ser a segunda categoria com a maior média proporcional, entre os heterossexuais, observou-se redução de 26,4% dos casos entre 2016 a 2020, de 28,4% para 20,9%, respectivamente.
Como os homens representam a grande maioria dos casos de HIV e aids, a categoria de exposição homossexual possui grande impacto, tanto na população em geral como nessa população específica, atingindo 61,8% dos casos de 2020.
Mortalidade
A busca pelo tratamento reflete na queda dos índices de mortalidade por Aids no Distrito Federal, como revela o gráfico a seguir:
Prevenção
A Secretaria de Saúde do DF atua desde o fornecimento gratuito e livre de preservativos nas unidades de saúde até o tratamento dos pacientes. Entre as principais ações também estão a possibilidade de realizar nos postos de saúde a testagem do vírus HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis e hepatite.
Os prontos-socorros da rede hospitalar e as unidades de pronto atendimento (UPAs) também fornecem os medicamentos da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), para pessoas que tiveram exposição sexual consentida, por violência sexual, exposição a materiais perfurocortantes contaminados.
Já a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é voltada para pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção, como parceiros de pessoas contaminadas com HIV, trabalhadores (as) do sexo, indivíduos com episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis, pessoas trans, gays, homens que fazem sexo com homens e quem costumeiramente tem relações sexuais sem proteção.
Desde o dia 1º de setembro, a PrEP passou a ser dispensada para pacientes com prescrição médica da rede privada. na época, o Ministério da Saúde elegeu o Distrito Federal como uma das unidades federativas piloto do Projeto “PrEP na Saúde Suplementar”.
A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia mostrou-se eficaz e segura em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção.
A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também: testagem para o HIV; Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP); uso regular de preservativos; diagnóstico oportuno e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (IST); redução de danos; gerenciamento de vulnerabilidades; supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral; imunizações.