segunda-feira, 27 de outubro de 2014

NÃO VOTEI COMO NOSSOS PAIS




Palácio do Planalto: sede do Poder Executivo Federal
Por Louremar Fernandes




Eu já votei no Partido dos Trabalhadores. Votei no Lula e, junto com ele, perdi uma eleição. Votei no Lula mais de uma vez. Junto com ele perdi mais de uma vez.
Antes de votar no Lula, fiz campanha para o Lula. Posso confessar que nunca suportei muito a forma de ser do PT com suas demoradas e sonolentas discussões filosóficas. Mas uma coisa eu sempre admirei: a proposta de uma nova forma de fazer política.
É por isso que eu comprei bottons do PT, comprei estrelinha do PT. Tudo para ajudar na causa.
E passei a votar no Lula, o símbolo de uma sociedade que precisava colocar no principal posto do poder alguém legitimamente povão.  Lula era isso. Era.
Para se eleger, teve que mudar um pouco. Mas ainda era o Lula por quem tínhamos torcido e sofrido. O Lula que motivou um jovem radialista, quando da derrota para Fernando Collor, a tocar ininterruptamente na rádio a música "Como Nossos Pais", na voz de Elis Regina.  O jovem radialista chama-se Sérgio Matias e do estúdio da Mirante de Bacabal ele fez ecoar versos que eram a nossa voz naquele momento trágico: "eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens". Era o nosso protesto.
Um certo dia elegemos o Lula. Não poderíamos deixar de fazê-lo. E ele, não tinha como não ser o presidente do Brasil. Havia lutado muito, havia se transformado em símbolo de povo no poder. Me dispus a não fazer nada no dia da posse.  Já sou aficionado de coberturas 'ao vivo' e não poderia deixar de ver emocionado a posse daquele homem cuja vida lhe dera todos os requisitos para não estar ali.
Era um pobre. Era um metalúrgico que chegava ao poder. Era o povo chegando ao poder. Lula não decepcionou como presidente. Não como revolucionário, porque isso não seria possível. Mas o representante petista fez um governo de forma equilibrada. Fez o que se espera de um governante.
Fez também o que não se espera de um governante como deveria ser o Lula. Criado politicamente numa áurea de mudança, de nova postura política, aos poucos cedeu àquilo que há de mais nocivo. Certa vez, numa roda de amigos, dentre eles o poeta Paulo Campos que criticava a postura do senador Sarney, sempre tão imiscuído no governo petista, eu defendi Sarney. Disse: "Sarney faz o que sempre fez. É a forma dele de jogar na política. Quem mudou - e para pior - foi o Lula".
E a mudança para pior não foi somente ao aceitar a interferência de velhas forças da política. O governo degenerou. A forma petista de governar, começou aos poucos a se mostrar fraca e degenerada em sua essência. Mesmo assim, Lula fez de Dilma, uma mulher sem tradição política ou partidária, a Presidente da República.
O Brasil cresceu, isso é certo. E deveria crescer, fosse quem fosse o Presidente. Não devemos favor a ninguém. A garantia  do desenvolvimento nacional e a erradicação da pobreza, são objetivos fundamentais constantes no artigo 2º da Constituição.
 Contudo, não há quem ateste que com a eleição de Dilma, se recuperou a essência daquilo que pregava o PT antes de estar no poder. O PT que se preocupava em chegar ao poder, passou a ser o partido que se preocupa em ter o poder a qualquer custo. São alianças inimagináveis, são práticas absurdas como a do "mensalão", que escancarou diante de todos a deplorável conduta de homens que eram verdadeiros combatentes daquilo que depois passaram a executar.
Mesmo reconhecendo que houve conquistas, que houve avanços, eu não tenho motivos para compactuar com a perpetuação de um determinado partido no poder. Principalmente se metade dos líderes desse partido estão presos depois de condenados por corrupção.  Não tenho porque compactuar com esse plano, se a outra metade dos líderes que está solta, está envolvida em tantos desmandos. 
Não posso concordar. Não posso referendar alguém que já foi testado e não foi 100% aprovado. Eu não quero votar como nossos pais, que não se dignavam a mudar o voto. Depois de escolhido um grupo político, seguia-se com ele até os últimos dias.
O que eu posso fazer? Eu posso votar. Eu vou votar. Mas eu não vou votar com medo. Eu não posso ter medo. Eu tenho que ser ousado. Porque se eu tivesse medo, eu não teria votado em Lula. Todos os medos foram jogados na sua eleição: era pobre, analfabeto, não sabia falar inglês como poderia reunir com líderes mundiais? E naquele momento eu votei em Lula.
Votei porque não aceitei que decidissem por mim. Votei porque não aceitei a manipulação maniqueísta que divide o mundo em uma facção do bem e outra do mal. Hoje o PT usa o medo como mote de sua campanha. O PT representa o bem. Será que representa mesmo?
Eu não posso aceitar. Eu sou de uma geração contestadora que votou em Lula e mais do que qualquer outra, tem legitimidade para mudar a história. Eu não tenho mais a estrelinha do PT. A que eu comprei foi enferrujando aos poucos. A cada denúncia, a cada escândalo. A estrelinha do PT foi ficando gasta, mas não a minha disposição em participar de forma ativa de alguma mudança. 
O meu voto está declarado. Cada leitor procure fazer um exame de consciência sobre o seu voto.
Louremar Fernandes é radialista, editor do blog louremar.com.br e acadêmico de Direito na UNDB.

O MARANHÃO É DILMA


DilmaeLula


O Maranhão deu à presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT) a maior votação entre todos os estados brasileiros.


O que chama a atenção de todos é que tanto no primeiro como no segundo turno, a presidenta Dilma Rousseff não esteve no Maranhão.
O Piauí que no primeiro turno tinha registrado a maior votação para Dilma, agora ficou em segundo.
Dilma Rousseff obteve 78,76% dos votos contra 21,24% de Aécio Neves (PSDB). A abstenção foi de 27,37%.
Em São Luís, Dilma Rousseff recebeu 70,41% dos votos enquanto Aécio Neves teve 29,59%, enquanto a abstenção foi de 12,76%.
No município de Belágua, Dilma recebeu  93,93% dos votos válidos. Aécio Neves (PSDB) obteve apenas 6,07%. A abstenção na cidade ficou em 23,79%.
ROSEANA COMEMORA
RoseanaA governadora Roseana Sarney (PMDB) comemorou a reeleição de Dilma Rousseff (PT) reforçando que essa vitória também é resultado de todo o empenho do Governo do Estado, que se dedicou muito para implementar programas e ações do Governo Federal no Maranhão.
“Valeu muito a pena trabalharmos juntas. Espero que nessa nova etapa o Governo Dilma se dedique ainda mais aos programas para desenvolver o Nordeste, reduzindo as desigualdades sociais na região e melhorando a qualidade de vida do povo, especialmente no Maranhão, que deu à presidenta a votação mais expressiva do país. Estou muito feliz”, declarou Roseana Sarney.
BELÁGUA E MIAMI
DilmaRousseffA petista Dilma Rousseff conseguiu sua vitória mais folgada em Belágua (MA). Dilma obteve 93,93% dos votos válidos (3.558) na cidade maranhense, contra 6,07% (230) de Aécio Neves (PSDB).
Foi também no Maranhão que a petista alcançou sua segunda votação mais expressiva. Em Serrano do Maranhão, ela obteve 93,75% dos votos válidos (4.514), contra 6,25% (301) do tucano.
Aécio Neves, por sua vez, conseguiu sua vitória mais tranquila em Miami (EUA). Na cidade americana, o tucano somou 91,79% dos votos válidos (7.225), contra 8,21% (646) de Dilma.
Foi também nos EUA que Aécio conseguiu seu segundo e terceiro melhores desempenhos. Em Atlanta, ficou com 89,47% (1.937) dos votos válidos. Em Houston, obteve 89,22% (1.912).
No Brasil, a cidade que o tucano alcançou sua vitória mais folgada foi Nova Pádua (RS), onde liderou com 88,14% dos votos válidos (1.650), contra 11,86% (222) de Dilma.


SEGURANÇA DE LANCHONETE FAST FOOD É PRESO COM COCAÍNA ACUSADO DE TRÁFICO DE DROGAS, EM BACABAL




 

Por Sérgio Mathias
Um trabalho investigativo, que segundo o delegado regional de Bacabal, Carlos Alessandro, durou cerca de quarenta dias, resultou na prisão de Fernando José Lima da Silva, 30 anos, segurança de uma lanchonete fast food, acusado de comercializar substâncias entorpecentes no estabelecimento comercial onde trabalha, localizado no centro de Bacabal, ao lado do prédio da Secretaria Municipal de Finanças.

Por volta das 20 horas desse domingo (26), após montar uma campana, a polícia finalmente conseguiu constatar a prática do trafico e prende-lo em flagrante. Com o mesmo foram encontradas três trouxas contendo cocaína e que estavam no bolso de seu paletó e na carteira porta-cédula.

Encaminhado ao 1º Distrito Policial Fernado foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. De acordo com o delegado Thiago Salgado, titular da Delegacia de São Luís Gonzaga do Maranhão (que também deu suporte a operação), embora a droga apreendida com o mesmo não tenha sido em grande quantidade, todos os elementos levantados durante a investigação, e mensagens de texto encontradas no aparelho celular do acusado negociando o produto, além da quantia de R$ 162,00 (cento e sessenta e dois reais) em várias notas, levam a crê que ele já comercializava drogas há um bom tempo naquele local.
Fernando José Lima da Silva, reside na rua Manoel Aprígio, bairro Trizidela, e é constantemente visto em baladas e outros eventos que acontecem na cidade.
Também participaram da operação, o delegado do 2º DP de Bacabal, Luigi Conte, e os investigadores Idequel e Alessandro.

SANGUE FRIO FOI TRUNFO DA CAMPANHA DO PT, DIZ ESPECIALISTA


Dilma Rousseff faz visita ao lote 5 da Ferrovia Norte-Sul


A vitória da candidata Dilma Rousseff (PT), reeleita presidente com 51,6% dos votos, se deu, em parte, pelo ‘sangue frio’ de sua campanha nos momentos difíceis do segundo turno, na avaliação do cientista político Wagner Romão. O adversário Aécio Neves (PSDB) teve 48,4% dos votos (com 99,7% das urnas apuradas). 



“A candidata Dilma e sua campanha mantiveram o sangue frio naquele momento difícil que foi o início do segundo turno, quando as pesquisas davam uma ligeira dianteira para Aécio”, lembra Romão.

Outro trunfo da campanha, na visão do cientista político, foi ter dado uma resposta rápida às denúncias publicadas pela revista Veja, que chegou às bancas na última sexta-feira.


O programa de TV da candidata petista teve grande parte de seu tempo ocupado com uma resposta da presidente às acusações.

“Falar sobre as denúncias durante o programa foi uma decisão arriscada, mas acho que se mostrou acertada. De certo modo, isso neutralizou uma potencial queda que poderia ter sido maior”, afirma Romão.


Dilma teve uma votação expressiva no Nordeste do país, que garantiu a vitória à candidata. Para Romão, a aprovação da presidente nesta região é resultado das políticas do governo federal para o Nordeste. 



“Há muito preconceito com relação à votação no Nordeste. Mas acredito que essa votação se deve aos ganhos que esses doze anos levaram para a população da região. As taxas de crescimento do PIB no Nordeste são muito positivas, não é só o Bolsa Família que explica essa votação”, afirma.


Aécio


Para o cientista político o candidato derrotado Aécio Neves “sai dessa eleição maior do que entrou”. “Foi uma derrota, mas Aécio teve um desempenho espetacular. Aécio se mostrou um grande líder político capaz de galvanizar os desejos da oposição”, avalia Romão.


No entanto, o especialista afirma que a candidatura do PSDB à presidência em 2018 ainda não está certa. “A disputa para a próxima candidatura vai ser muito dura. Alckmin teve uma vitória expressiva em São Paulo nessas eleições e termina seu mandato daqui a quatro anos. Tenho certeza que esse jogo vai se colocar com muita força”, avalia.


Aécio teve uma vitória expressiva no estado de São Paulo, mas perdeu em seu reduto político, Minas Gerais, que ficou dividido entre os dois candidatos, com vantagem para a petista. Para Romão, a divisão em Minas reflete a divisão do País.


“O PT sempre dividiu a votação com o PSDB por lá. Minas é um mini-Brasil, está entre a hegemonia do PSDB no Sul a hegemonia do PT no Nordeste”, avalia.

DERROTADO, AÉCIO NEVES É OPÇÃO PARA 2018




new captionDerrotado nasurnas neste domingo, o senador Aécio Neves (PSDB) precisa agora reconquistar sua liderança em Minas Geraise pode se manter como possibilidade para 2018, de acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com. Aécio volta para seu mandato no Senado.
 
“Aécio se mostrou ao longo dos anos uma excelente liderança regional. Acho que a tendência seria ele voltar para Minas Gerais, mantendo um pé no cenário nacional”, afirma o cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque.
O senador viu sua influência entre os mineiros diminuir nessas eleições. Seu candidato ao governo do estado, Pimenta da Veiga (PSDB), foi derrotado pelo petista Fernando Pimentel ainda no primeiro turno. 
Na corrida presidencial, Dilma Rousseff (PT) também recebeu mais votos que Aécio em Minas Gerais no primeiro turno (41,59% a 33,55%) e no segundo turno (52,4% contra 47,6%).

Sobre a próxima disputa para a presidência, o cientista político Albuquerque diz que ainda é cedo para saber se o mineiro continua como candidato: “Ele poderia ser o candidato do PSDB em 2018, mas será que ele vai querer?”, questiona.

Para o cientista político Humberto Dantas, o nome do PSDB para 2018 depende ainda das estratégias do partido. “O PSDB pensa de forma muito pragmática o nome do candidato à presidência. Não existe uma insistência num nome específico, como existiu no PT com o Lula”, afirma.
Ele explica: “Os tucanos colocam no cálculo a manutenção de pontos estratégicos, como o governo do estado de São Paulo”.

Campanha

Aécio foi o tucano que mais deu trabalho para o PT nas últimas eleições, protagonizando uma das mais disputadas campanhas presidenciais desde a redemocratização.

A derrota é o segundo revés do candidato em toda a sua carreira política, que completa 35 anos. Em 1992, Aécio foi vencido na campanha pela prefeitura de Belo Horizonte. Naquele ano, a cidade elegeu o petista Patrus Ananias.

A campanha de 2014 era a mais favorável para a oposição em anos, o que explica a vitória apertada dos petistas. A boa votação recebida pelo PSDB é explicada em parte pelo mau momento do partido do governo: o país vive uma situação econômica adversa e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, não tinha a força eleitoral de Lula, seu padrinho e antecessor.

No entanto, o cenário não foi suficiente para garantir a maioria dos votos a Aécio Neves. A última semana antes do pleito mostrou uma virada nas intenções de voto, com Dilma Rousseff aparecendo em primeiro lugar, ainda que no limite da margem de erro.

A principal bandeira tucana durante a campanha foi o resgate da economia. Aécio criticou reiteradamente a política econômica atual e prometeu garantir o tripé macroeconômico (inflação no centro da meta, superávit primário e câmbio flutuante). Com isso, pretendia resgatar a confiança dos investidores.
Na campanha, o tucano também fez questão de reforçar que, caso fosse eleito, não acabaria com os programas sociais que marcaram os governos petistas, como o Bolsa Família.

Trajetória

Neto do ex-presidente Tancredo Neves, e filho do ex-deputado federal Aécio Ferreira Cunha, o mineiro Aécio Neves iniciou sua vida política aos 19 anos.
Aécio cuidava da agenda do pai, então deputado federal pelo PDS (ex-Arena). Alguns anos depois, o jovem político tornou-se secretário particular do avô, então governador de Minas Gerais pelo PMDB. Eram os anos 1980, e o Brasil estava em meio às mobilizações populares pelas Diretas Já. Em 1984, Aécio participou do movimento e passou a atuar na campanha de Tancredo para a presidência da República.

Eleito de forma indireta, o avô de Aécio nunca chegou a exercer o cargo – Tancredo adoeceu e foi operado um dia antes de ser empossado presidente, em março de 1985. Tancredo morreu no mês seguinte e o vice-presidente José Sarney assumiu o cargo máximo da política brasileira. Agora a família Neves perdeu mais uma chance de subir a rampa do Palácio do Planalto. Nos quase 30 anos desde a morte do avô, Aécio exerceu diversos cargos públicos. Em 1985, foi nomeado diretor da Caixa Econômica Federal, aos 25 anos.

No ano seguinte, deu início a uma longa estadia no Congresso Nacional, onde esteve como deputado federal por Minas Gerais durante quatro mandatos (de 1986 a 2002). Como deputado, Aécio atuou na elaboração da Constituição de 1988, foi líder do PSDB (partido ao qual se filiou em 1989) e presidente da Câmara. Em 2002, seguindo os passos do avô Tancredo, o tucano foi eleito governador de Minas Gerais, cargo para o qual foi reeleito em 2006.

Seu governo em Minas foi marcado pelo chamado Choque de Gestão, marcado pelo corte nos gastos públicos e no enxugamento do Estado. Em 2010, com mais de 90% de aprovação, Aécio conseguiu eleger seu sucessor no governo de Minas, Antônio Anastasia. No mesmo ano, foi eleito senador pelo estado. Em 2013, foi eleito presidente do PSDB, após a morte de Sérgio Guerra.

Ataques

Ao mesmo tempo em que ostenta a fama de bom gestor, sustentada por sua taxa de aprovação em Minas Gerais, Aécio também tem seus fantasmas.
Como governador, o tucano construiu um aeroporto numa área que pertenceu a seu tio-avô, no município de Cláudio (MG). O local é alvo de investigação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) porque estaria em funcionamento sem autorização.

Durante a campanha para presidente, o tucano viu ainda renascerem das cinzas episódios como o de quando ele se recusou a assoprar o bafômetro.
Aécio foi parado por uma blitz da Lei Seca em 2011, no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, e se recusou a fazer o teste. O senador estava com a carteira de habilitação vencida.

Outro tema que ganhou sobrevida durante a campanha foi a suspeita de que o tucano teria agredido sua atual mulher, Letícia Weber, durante uma festa em 2009. O caso foi noticiado pelo jornalista Juca Kfouri. Aécio negou a agressão.

Vida pessoal

Aécio Neves nasceu em Belo Horizonte em 10 de março de 1960. Filho de Aécio Cunha e Inês Maria, ele faz parte de uma família de políticos tradicionais do estado.

Aos dez anos, Aécio mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, quando seu pai foi eleito deputado federal. Voltou para Belo Horizonte na juventude e formou-se em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).

Aécio Neves tem três filhos. A mais velha, Gabriela Falcão Neves, de 23 anos, do casamento com a advogada Andrea Falcão. A jovem se envolveu na campanha do pai à presidência.

Os caçulas são os gêmeos Bernardo e Julia, de quatro meses, que nasceram quando Aécio já era pré-candidato à presidência. Os bebês são filhos do tucano com sua mulher, Letícia Weber. 

domingo, 26 de outubro de 2014

DILMA É REELEITA E GARANTE QUARTO MANDATO PRESIDENCIAL AO PT




A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo, na disputa mais apertada em um segundo turno da história da redemocratização brasileira, superando o candidato Aécio Neves (PSDB).

Após 98 por cento da apuração, Dilma tinha 51,45 por cento dos votos válidos, contra 48,55 por cento de Aécio, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Restando 1,87 por cento dos votos a serem apurados, é impossível matematicamente para o tucano alcançar a petista.

Dilma tinha 53,3 milhões de votos e Aécio aparecia com 50,3 milhões. Ainda faltavam 2,7 milhões de votos a serem apurados.


A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo, na disputa mais apertada em um segundo turno da história da redemocratização brasileira.

COISAS DA IDADE, MEU NÊGO, COISAS DA IDADE


COISAS DA IDADE, MEU NÊGO, COISAS DA IDADE
Quinta-feira, 23 de outubro, completei mais um ano, o quinquagésimo primeiro da minha vida. Este depoimento não tem nada de revolta, nem de raiva, muito menos de frustração, é um mero aprendizado.
Notei que a cada ano mais velho, até os trinta anos, os amigos lembravam, passavam mensagens, mandavam cartões, faziam alarde. Quando se passa dos quarenta, a coisa vai caindo no esquecimento. Eu por exemplo, no ano passado, tive a grata surpresa de receber de surpresa em minha casa, a minha irmã, o meu cunhado e uma amiga, fizemos uma festa maravilhosa, já esse ano, nem sequer uma ligaçãozinha.
Posso contar nos dedos das mãos o numero pessoas que me ligaram, e posso dizer que sobrarão dedos. Apenas o meu parceiro Paul Getty, meu outro parceiro Dr. Otávio Filho, o casal Sônia e Jamir Lima, o cantor Marcos Garcia, meu primo Ezrael Nunes, meu amigão Coronel Marcos Pimentel e minha ex-namorada Ana Lúcia e só.
Fiquei a me perguntar se tudo isso era por causa das redes sociais, da internet e ao ver que as pessoas que me felicitaram, não foram mais que quinze. E eu estou chegando perto da tão falada melhor idade. Se agora está assim, imagina só na caduquice da melhor idade.
Não sei quem foi esse @#$%$#@ que inventou esse nome Melhor Idade quando você já está enxergando mal, ouvindo mal, se arrastando em vez andar, pés sempre com meias e um monte de outras mazelas que fazem dessa melhor idade, a pior, só de remédio, é uma farmácia por dia.
Mesmo com toda essa falta de lembrança, não fiquei um segundo triste. Logo cedo vi uma mensagem no blog do meu amigo Cabo Brito, meu sobrinho Manu Lopes e meu amigo Piuí almoçaram comigo e na tarde recebi a visita do meu parceiro Gilvan Mocidade.
Na sexta-feira, a senhora Sônia, esposa do colunista e blogueiro Jamir Lima, organizou uma festinha que durou dois dias, foi muito boa pois também comemorava o seu aniversário que aconteceu no dia 21.
Agora me olhando no espelho, abri os braços e perguntei para a minha imagem virtual. – O que está acontecendo comigo, os amigos sumiram. E ela respondeu – Coisas da idade, meu nêgo, coisas da idade.


QUANDO TUDO É IMPORTANTE - SOBRE POLÍTICOS E PRESIDÊNCIA...




SOBRE POLÍTICOS E PRESIDÊNCIA...

Tenho uma opinião de que os políticos são todos iguais, só muda o nome. 
Têm os mesmos objetivos quando chegam e alcançam o poder, alguns, na maioria, escusos e mal intencionados, sem escrúpulos. E com um agravante, lá, os políticos, todos, se acham donos e se comportam como tal. 
Dão carteiradas, esnobam, quando atendidos dentro das normas; transigem e humilham, se necessário.
E não querem, jamais, "largar o osso", para isso até criaram o pior que pode existir em matéria de política, a reeleição indefinida, a perder de vista.
Para chegar ao poder, o político gasta "horrores", valores bem acima do rasoável, e, pasmem, para ganhar não lá essas coisas todas, não. Ganham bem, mas bem abaixo do "investido"!
O investimento na política é infinitamente maior do que o "candidato" deverá "perceber" ao longo do(s) mandato(s).É uma coisa que não "bate", sem lógica, fora do contexto, mas em se tratando de Brasil...
O financiador da campanha quer retorno com juros e correção monetária, com superfaturamento, licitações irregulares, mas vai ter de receber o que "aplicou" de uma forma ou de outra.E não tem escapatória!
Na minha visão, o cargo de presidente da república soa meio figurativo, alegórico, decorativo, só para constar. As grandes decisões estão nos tribunais, em alguns ministérios, em alguma estatal, ou em alguma entidade de estado (Polícia Federal, Banco Central, BNDES). Ou em empresas cartelizadas: usinas de açúcar e álcool, bancos e financeiras, multinacionais do ramos automotivo, cartel dos combustíveis, empresas de laticínios e empreiteiras de um modo geral.
Ou, ainda, "chantageado" pelos presidentes do Senado Federal e Câmara dos Deputados. 
Existe uma moeda de troca que somente com ela o presidente governa, somente com ela tem a tal de governabilidade, precisa aplicar aquele ditado franciscano "é dando que se recebe"! Infelizmente, é assim que funciona.
Muita coisa que o candidato a presidente "pensa" em fazer, na hora do vamos ver não há condição, ou o Congresso não acolhe, não aceita (às vezes por implicância) e engaveta. O presidente fica refém de uma meia dúzia de "influentes", não consegue fazer nada sem negociar até à exaustão.E se a mídia não for com a cara do presidente-presidenta, se o presidente não "investir" em propaganda para agradar à mídia de um modo geral, pode até cair! Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come! É preciso saber "dosar" o que deve ou não ser publicado em publicidade, agradando a gregos e troianos, inclusive sua base aliada faminta, ávida de liberação de emendas. Não é brinquedo, não!
Quer dizer, ser presidente é um caminho fácil para envelhecer rápido, perder saúde com o passar dos anos, pois a pressão à qual é submetido exige dedicar ao trabalho 24 horas por dia, é massacrante!
Mas tem o lado bom, o lado positivo, aquele que eleva a auto-estima, pois, dependendo do caráter, pode se considerar até um Deus, se achar acima do bem e do mal, e a quem todos devem se ajoelhar e prestar continência e reverência.
Ser presidente, de bom, é se garantir para todo o sempre, com altos salários, mordomia total e irrestritta durante 4 anos, e, se reeleito, mais quatro anos de boa vida. Tudo é pago, não gasta um tostão com despesas particulares, helicóptero na porta de casa, carro e segurança a rodo, avião à disposição. 
E se aposenta com tudo a que tem direito, até segurança e carros à disposição. Vale a pena, apesar de tudo. Aposenta com pouquíssimo tempo de trabalho.
 O lado ruim, ainda, é a família, parentes e apaniguados querendo seu "naco", sua parte no "latifúndio", querer usufruir do bom e do melhor enquanto durar!!! E ficam no pé, cobrando alguma "posição" do presidente-presidenta, querem porque querem!!!
Alguém disse, acho que um político famoso já falecido, que, para alcançar o poder "uns e outros" pisam até no pescoço da mãe. Como diz aquele humorista a "Escolinha do Professor Raimundo", Samuel Blaustein: "fazemos qualquer negócio"!
É bom demais da conta... até certo ponto.
E vamos que vamos!!!
 

ODE AO SENHOR IVALDO POUSO




E eis que o zodíaco em um passeio guiado pelos signos, alinhou todos os astros em escorpião e logo em seu primeiro momento, em um certo 23 de outubro, fez nascer para o mundo, Ivaldo Pouso.

Entre rios, lagos, grutas, pedras, areia, sotaques e folguedos, esse menino absorveu a cultura, a pura arte de inspirar, expirar e respirar poesia, poesia essa que como vento, invadiu a sua cidade natal , que hoje baila com a beleza de suas indias, toca com as orquestras afinadas, canta com os amos inspirados e colore o mundo com suas suas indumentárias, todas representadas em paetês e canutilhos pelo tradicional Boi de Axixá.

Menino como outros meninos, cresceu e, de visão aguda, vislumbrou um futuro, correu atrás e alcançou a glória, e nessa corrida desenfreada pela maior conquista, foi recompensado com o lugar mais alto do podium e recebeu das mãos da vida, um lindo troféu, que exposto ao sol, refletiu para o mundo a sua luz e nem mesmo esse clarão ofuscante, foi suficiente para não lhe deixar ver, que o maior e principal galardão da sua vida, era detentora de outras luzes, não possuía a cor dourada, nem refletia ao sol, mas refratava todo o calor humano que emanava, e ainda emana, desse verdadeiro campeão. Esse troféu é a senhora Zélia, companheira de vida, esposa, compartilhadora de todos os momentos, todas as alegrias, todas as frustrações, todas as glórias.

Seu Ivaldo , dentro do seu plano de trabalho, adotou Bacabal como sua terra e fez dela seu passeio público, sua arma de vitória, sua religião e tantos outros adjetivos qualificativos que vão além da gramática.

Ele chega hoje aos oitenta anos, cheio de vida, cercado de amigos, lúcido, apreciador do que é bom. Ele é pai de Jorge, Paulo, Concita, Diana, Sandra, Lilia, Daniel e Poliana, tem mais 27 netos e 9 bisnetos, é o que se sabe, e traz no livro imaginário da sua existência, tantas histórias, que nem mesmo a própria história, seria capaz de escrever, que como filmes, nem mesmo o laboratório do tempo seria capaz de revelar.

E hoje é 23 de outubro de 2014, dia especial, dia em que o senhor Ivaldo terá que achar fôlego para assoprar 80 velinhas, com a casa cheia, a cidade em festa. Seu ivaldo não é só retórica, é presente e futuro, é a mais perfeita história que se eternizará nas páginas de um livro e que será contada para todos os séculos e séculos sem fim.

Zé Lopes