MAIS GUSPÉ QUE GUSMÃO
E eis que Deus fez a
terra redonda, uma bola habitável, impropria para o chute mas que inspirou
outras bolas, de todos os tamanhos, pesos, cores e até formas. E eis que Deus
mandou seu filho e seu filho encontrou Pedro, o santo que abre as torneiras do
céu e faz chover na bola terra, esverdeando o tapete onde a bola chutável faz
história. E eis que a bola terra encontrou Pedro, o Pedro Gusmão, que com os
pés, abre as torneiras do talento e faz chover gols pelos campos da vida,
irrigando uma história escrita com a própria bola e com as travas das suas
chuteiras. Sem maltratar o tapete sagrado por onde pisa com mansidão,
Pedro
começa a formar a sua própria plateia e dar seus shows num palco tão
particular, que vem se tornando rotina, milhares de retinas pararem em
admiração ao seu talento. Ser bacabalense na atual conjuntura politica que a
cidade se encontra, é muito difícil, mas é preciso se vestir de azul e branco e
assumir que pertencemos a uma terra que pouco (ou não) nos valoriza, como se
tivéssemos culpa, não de sermos bons, mas diferentes. Esse Pedro que traz “mão”
no sobrenome, se sobressai com os "pés" fazendo do domingo festivo, muito mais
festivo e o grito uníssono de gol que ele arranca da torcida, faz toda uma cidade sonhar com uma enfadonha
segunda-feira muito mais feliz. Pedro, tu és pedra e não estás sozinho e antes
mesmo do galo cantar, não negarás três vezes a vitória a esse povo que clama
´por alegria e assim como virastes um pescador de vitórias, a bola cantará pra
ti a eterna canção do imortal Raul Seixas: “Pedro onde ocê vai eu também vou” e
toda essa massa azul e branca contracantará “É que tudo acaba onde acabou”,
no fundo do gol. E fim de papo.
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