quarta-feira, 4 de agosto de 2021

DAVI BRANDÃO SE SOLIDARIZA COM A CANTORA WALKIRIIA SANTOS PELA MORTE DO SEU FILHO

Na dia de ontem, terça- feira (03), foi encontrado morto, o filho da ex-vocalista da banda de forró Magníficos, Walkiria Santos. Lucas Santos, de 16 anos foi vítima de comentários homofóbicos e preconceituosos após a publicação de um vídeo  em uma rede social.

O Secretário de Administração de Bacabal, Davi Brandão, manifestou-se através das redes sociais sobre  situação , alertando toda a população para que não divulguem discurso de ódio e demonstrando solidariedade à família e a todos as vítimas de preconceito e bullying nas redes sociais. “ Quantas pessoas ainda vão adoecer? Quantas vidas ainda vão ser perdidas? Para que nós como sociedade tenhamos a consciência que o mais importante é o RESPEITO.

Sou contra todo discurso de ódio e deixo aqui minha solidariedade à família, as vítimas dos preconceitos da sociedade e peço a todos que fiquemos em alerta para que não sejamos divulgadores do ódio”pontuou Davi Brandão em suas redes sociais.



FECHEM SUAS PORTAS, ELES ESTÃO NA RUA. SÃO 812 PRESOS BENEFICIADOS PELO INDUTO DO DIA DOS PAIS

 

O juiz Francisco Soares Reis Júnior, respondendo pela 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís, autorizou a saída temporária a 812 presos, para visitas familiares do “Dia dos Pais”, comemorado no segundo domingo de agosto.

O direito à saída tem início a partir das 9h desta quarta-feira, 4, e encerra às 18h da próxima terça-feira (10), quando os presos deverão estar recolhidos ao estabelecimento prisional onde cumprem pena.

Em ofício ao secretário estadual de administração penitenciária, Murilo Andrade, o juiz comunica a autorização da saída temporária aos presos, “se por outros motivos não estiverem presos”.

De acordo com a decisão do juiz, os dirigentes dos estabelecimentos prisionais da Comarca da Ilha de São Luís deverão comunicar à 1ª Vara de Execuções Penais, até as 12h do dia 13 de agosto, sobre o retorno dos internos às celas.

A liberação judicial foi concedida aos presos que cumpriram os requisitos exigidos nos artigos 122 e 123 da Lei de Execução Penal (nº 7.210/1984), conforme decisão emitida nos processos de execução.

Conforme a lei, a saída temporária é concedida pelo juiz, após manifestação do Ministério Público estadual e da administração penitenciária, aos presos que atendem aos requisitos de “comportamento adequado”; compatibilidade do benefício com os objetivos da pena” e “cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente”.

FLAVIO DINO REAGE A ATAQUE DE BOLSONARO


Como era esperado, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), reagiu a mais uma alfinetada do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Bolsonaro, em entrevista a TV Piauí, ao se referir ao governador maranhense, destacou que: “Quanto mais pobre é o estado, mais gordo é o governador” 

Dino, em tom irônico, disse que Bolsonaro quer ser seu personal trainer, já que não foi a primeira vez que o presidente da República se referiu a forma física do governador. Flávio Dino também aproveitou para cobrar melhoria das estradas federias que cortam o Maranhão.

“Acho que ele está se oferecendo para ser meu personal trainer. Não, obrigado. Que estranha obsessão. Vai trabalhar, presidente. No Maranhão, as rodovias federais estão destruídas”, rebateu Flávio Dino.

O problema que nessa questão de estradas, é o sujo falando do mal lavado, afinal boa parte das estradas estaduais maranhenses seguem em estado deplorável.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

QUANTO MAIS POBRE É O ESTADO, MAIS GORDO É O GOVERNADOR, DIZ BOLSONARO

 

 Em entrevista a TV Piauí, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a alfinetar o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).

Ao ser questionado sobre uma eventual apropriação das vacinas contra a Covid-19, compradas pelo Governo Federal, por parte de governadores, que estariam fazendo propaganda da imunização, Bolsonaro voltou a alfinetar o governador maranhense, novamente falando do aspecto físico de Flávio Dino.

“Alguns governadores parecem usar deste artifício (se apropriar da compra de vacinas). O do Maranhão… Você pode ver: Quanto mais pobre é o estado, mais gordo é o governador. Por coincidência é uma realidade lá. Ele faz um jingle. Agora o dinheiro é federal. O meu governo é quem distribui. Agora ele diz lá: ‘eu estou vacinando’. Não vou entrar nessa briga aí não. Aos poucos a população vai entendendo”, afirmou Bolsonaro.

No fim do mês de maio, quando esteve em Açailândia, Bolsonaro chamou o governador Flávio Dino de “gordinho ditador”, ao falar de outros políticos que ele considera ditadores.

“Lá na Coreia do Sul tem uma ditadura, o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, também uma ditadura, não é um gordinho lá o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?”, questionou em tom irônico, após gritos de “fora Flávio Dino”.

Na época, Flávio Dino reagiu: “Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, afirmou Dino.

É aguardar e conferir para saber se, diante dessa nova alfinetada, Flávio Dino irá reagir



COLUNA DO JOSÉ SARNEY- SAUDADES QUE NÃO PASSAM

 


Por José Sarney

Vou fazer um interregno entre os temas políticos, as Olimpíadas, que mobilizam todas as atenções, e as mazelas nacionais, para abordar um tema pessoal que mexe com meus sentimentos e faz parte dos amores da minha vida.

Passei um ano e meio sem vir ao Maranhão, condenado ao isolamento domiciliar, sem culpa nenhuma, sem poder sair de casa pelo medo da pandemia. Fiquei ali, debruçado sobre meus livros e a minha compulsão de escrever, e tive medo de tudo, mas o que mais me tocou a vaidade e o cotidiano foi o medo de perder o prazer de andar. Desaprendi de andar e passei lutando para reaprender a levantar os pés do chão, para não ficar com aquele andar de velho, arrastando os pés.


Quando me perguntavam o porquê de minha reclusão tão forte dizia que era o desejo de ajudar o Criador a manter-me por mais alguns anos com o gosto da vida. E acrescentava, já com o otimismo de que era lá que o Criador me receberia: — Com a minha idade, se eu tiver alguma coisa, estou com o pé no Céu. Os inimigos diziam “com o pé no inferno”. Eu replicava que não tenho inimigos, tive só adversários e estou acabando com todos: cumprindo o pedido de Deus “perdoai os seus inimigos”, já perdoei a todos. Deus foi tão generoso comigo que nunca poderia negar-Lhe esse pedido, já que Ele me deu um temperamento voltado a amar o próximo e ser dado ao diálogo, a compreender os outros e nunca desejar mal a ninguém.

E durante esse período levei o mais longo tempo de minha vida sem vir à terra onde abri os olhos para o mundo: o Maranhão. Cunhei uma frase que caracteriza esse meu amor ao Maranhão, dizendo que era minha terra e minha paixão e, quando estou fora, não passo um dia sem ter saudades dele.

Nesse tempo em que não saía de casa, comecei a sentir de tudo, solidão, banzo, tristeza, dores nos braços, nas pernas, nas costas. Minha grande médica, que me assiste em Brasília, Dra. Núbia Vieira, já quase não tolerando mais as minhas queixas e não encontrando motivos para tantos males, disse-me — ajudada pelo frio danado que passou a fazer ali, com temperaturas não raro abaixo de 10º — que tinha chegado a um diagnóstico sobre meus males: “Sabe o que você tem e eu descobri como uma das mais raras doenças? Saudade. E para o que lhe falta não há melhor remédio que o descoberto pelos antigos: o calor do seu Maranhão.” Santo remédio! Não é que estão me julgando mais jovem, mais alegre e mais bonito?…

Arrumei as malas e meus trens, a modo de Minas, e vim passar uma temporada aqui, vendo “o mar do Maranhão / …onde o céu caiu no chão”, copiando a canção do Nonato Buzar.

Mas não podia terminar este artigo sem dizer que o Amapá, minha segunda terra, é também uma saudade que não passa.



segunda-feira, 2 de agosto de 2021

STENIO E ANDREIA REZENDE DECLARAM APOIO A CARLOS BRANDÃO

 

No dia de ontem, o ex-deputado Stenio Rezende esteve no município de Presidente Dutra, participando do encontro político dos apoiadores do pré-candidato a governador, o vice-governador, Carlos Brandão(PSDB). Representando a sua esposa, deputada Andreia Martins Rezende (DEM), Stenio somou força ao grupo de 12 deputados que já decidiram caminhar com Brandão em seu projeto político. Além dos representantes do Legislativo Estadual, um total de 650 lideranças políticas marcaram presença, fortalecendo ainda mais o início da caminhada. Números como: 103 prefeitos, 55 vice-prefeitos, 87 presidentes de Câmara de Vereadores, além de 16 secretários de Estado e adjuntos. Como já havia dito anteriormente em um dos  seus discursos, Stenio Rezende reafirmou seu compromisso com  Carlos Brandão e com o Maranhão. “Brandão sempre esteve conosco – comigo e com a Andreia- como amigo, caminhando, dialogando e sempre alinhando as melhores decisões em favor do povo e da boa política que estamos acostumados a trabalhar. Tenho certeza que hoje olhando esse palco cheio de lideranças tão importantes, esse projeto tem tudo pra crescer ainda mais e ganhar o Maranhão. Nós seguiremos firmes”, destacou Stenio Rezende.


domingo, 1 de agosto de 2021

COLUNA DO ZÉ LOPES - CANDIDATURAS BACABALENSES

 

Se não um desenho, pelo menos são flagrantes os rabiscos da política para a eleição do ano que vem para deputados estaduais e federais na cidade de Bacabal.

Movimentos são intensos por parte dos postulantes naturais, João Marcelo e Roberto Costa, federal e estadual, respectivamente. Eles estão em plena atividade em busca de novas alianças e eleitores separadamente. João Marcelo com suas emendas federais trazendo grandes benefícios para Bacabal e região, e, Roberto Costa promovendo ações de relevantes visibilidades, deixando seu nome sempre em evidência.

A não inclusão do nome Carlinhos Florêncio entre os naturais, é que seu filho, o ex vereador Florêncio Neto, ocupará a sua vaga na disputa a uma vaga para a Assembleia Legislativa, e, poderá ter o luxuoso apoio do Secretário Adjunto de Estado da Indústria, o promissor advogado Expedito Junior.

Já no clarão dos holofotes, o Secretário Municipal de Administração, Davi Brandão, que é filho do prefeito Edvan Brandão, tem visível dinâmica em sua pré campanha com ações em prol do povo bacabalense, incluindo inaugurações, distribuição de cestas básicas, apoio ao esporte, ao micro empresário,  a cultura, abertura e recuperação de estradas e ruas. Davi Brandão já conquistou lideranças e já tem apoios de peso, em pelo menos 30 cidades. É um nome muito forte e com grande chance de eleição. Tem tudo pra ser o mais votado de Bacabal.

Apesar de uma votação expressiva na campanha passada, o ex vereador e candidato a vice prefeito na chapa derrotada, o Coronel Egídio, não terá desta vez, o grande apoio dos fazendeiros  o que lhe rendeu uma vaga na Câmara Municipal, e, somado a sua ausência, não deverá ter sucesso entre os eleitores bacabalenses. Esse apoio deve somar na campanha de Florêncio Neto.



Uma dobradinha saída de dentro da Assembleia de Deus, a vereadora Regilda e o pastor Walbert, pré candidatos a deputado estadual e federal, longe das badalações, irão buscar o quinhão entre a comunidade evangélica. Uma acirrada briga para serem consenso da igreja está travada, mas tem muitos outros brigando também pela mesma causa em outras regiões.

Ainda em busca de melhores condições, o fotógrafo e influencer digital Baiano Cuxá, segue firme em sua pré campanha para deputado estadual, já costura algumas alianças e calmamente escolhe um partido e analisa as muitas propostas. Baiano espera o apoio de Dr. Juninho, prefeito de São Luís Gonzaga, sua terra natal.

Em busca de palanque, o empresário e ex-secretário de finanças,  Marcelo Almeida, ou Marcelinho Sergipano, como é mais conhecido, também pretende disputar uma vaga para deputado estadual, já tem pré campanha lançada e discursa como tal.

Corre a boca pequena, que o vereador Serafim Reis, poderá deixar o MDB e, também concorrer a uma vaga a deputado estadual.

Já para a Câmara Federal, a situação mais confortável é a do deputado João Marcelo, que fincou os pés na campanha e, além do desconhecido Pastor Walbert, poderá ter que enfrentar nas urnas bacabalenses, o professor e advogado Dr. Bento Vieira, que sempre surpreende com candidaturas repentinas.

Um caso à parte na eleição entre bacabalenses, envolve diretamente o Secretário adjunto de Estado, Expedito Junior, que, ao contrário do que muitos pensam, tem remotas chances de sair candidato e depende exclusivamente do emergente titular  Simplicio Araújo que, se sair pra disputa a suplente do Senado ou diretamente ao governo, aí sim, teremos Expedito pra estadual. Se caso, nenhuma das alternativas forem concretas e Simplicio for pleitear uma vaga para a Câmara Federal, já está batido o martelo, seu candidato a estadual é o pedreirense Fred Maia, ex prefeito de Trizidela do Vale e esposo da atual prefeita de Pedreiras, Vanessa Maia. Constantemente Fred Maia é visto circulando pela nossa Bacabal, ladeado por Simplicio Araújo.

Mas, enquanto não acontecerem os acordos e finalmente os registros, tudo sobre candidatura é mera especulação. 

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E o ex deputado federal José Alberto Filho, o que ele vai fazer?


- Eu sei, mas isso é assunto para outro artigo 

COLUNA DO DR.ERIVELTON LAGO



O ADVOGADO, O MÉDICO E A APARÊNCIA

Todos sabem que as reações das pessoas residem num julgamento interior que é feito de alguém ou do local que frequentamos, mas o julgamento começa pelos sentidos, principalmente a visão, a audição e o olfato. Quando vamos a um dentista a um médico, hospital, hotel, restaurante a uma oficina mecânica ou a um escritório de advocacia, por mais distraídos que estejamos, fazemos, automaticamente, um julgamento do que vemos, ouvimos ou sentimos. Observamos se o consultório do dentista é moderno, com instalações de boa aparência, se existem guardanapos descartáveis, se ele lava as mãos com frequência, se desinfeta, se usa luvas, se o equipo é do século passado, se prende aquela toalhinha no nosso queixo, etc. você sabe o que é equipo? O equipo é o dispositivo que transporta a substância que está no reservatório até o paciente. Dessa maneira, ele é um dos materiais mais utilizados no segmento da saúde, especialmente em casos de internação quando precisamos receber nutrientes, medicações e outros fluidos de maneira venosa. Quando se refere ao hospital, o cliente vai observando tudo. Eu falo cliente porque os médicos estão abandonando o conceito de paciente, agora é cliente. A sala de espera não admite mais aquele aglomerado de cadeiras uma em cima da outra, pois hoje no hospital todo mundo é suspeito. Ninguém quer mais sentar-se um ao lado do outro, a não ser que seja parente, talvez seja mania do vocid19. Nas recepções das clínicas e escritórios ainda vale existência de revistas ou uma televisão para distração das pessoas que às vezes têm que esperar horas a fio. Ninguém gosta de recepcionista irritado ou mal trajado, seja homem ou mulher a aparência ainda conta muito. O recepcionista tem que saber pronunciar o nome das pessoas. Pelo amor de Deus, ninguém gosta de ouvir o seu nome pronunciado errado, muitos acham que isso dá azar. Nenhum atendimento pessoal, seja pelo médico ou advogado, pode demorar menos de 10 minutos.  Atendimento a jato, zás e pronto, deixa a pessoa atendida ansiosa, pois não expressou nem um quinto do que gostaria. No atendimento quem deve falar mais é quem é atendido, mas o tendido quer respostas e ele tem razão. Eu acho que o advogado deve imitar o médico, na verdade às vezes eu acho que todo advogado é um médico, mas nem todo médico é um advogado. Por exemplo, as coisas que acho muito legal nos consultórios médicos: atendimento por hora marcada e sem atraso, poltronas confortáveis, ar-condicionado de primeira, som ambiente agradável, flores frescas adornando os vasos e perfumando o ar, recepcionistas sorridentes com trajes atrativos com ar de quem saiu de um salão de beleza devotando a atenção de clientes homens e mulheres. A sala de espera cheia de cores vivas, telas custosas nas paredes, tudo, enfim, representando momentos de alegria, lazer e sucesso na vida cotidiana. Isso deixa o cliente mais saudável e confiante. Será que os advogados são atenciosos? Eu sou advogado, mas não sei. Eu nunca estive num escritório de um advogado como cliente, tudo o que sei sobre os meus colegas é de ouvir dizer por eles ou por outros, mas não existe nada no nosso intelecto que não tenha passado pela experiência. Que advogado sou eu? Não vou dizer, pois toda autodefinição é suspeita, perguntem para o meu cliente Macurim Silva Aniceto, certamente ele vai dizer para você como é o meu atendimento. Em relação aos médicos eu posso dizer, pois já fui internado várias vezes e já tive dezenas de atendimentos em clínicas, consultórios e hospitais. Eu posso afirmar que médicos e dentistas geralmente são simpáticos, calmos, atenciosos, ouvem cuidadosamente e às vezes até anotam o que falamos, isso é muito esperançoso. O médico mede pressão, verifica o olho, garganta, ouvido, apalpa qui, apalpa acolá investigando como se fosse um policial. Por fim, vem o estetoscópio, esse é o ápice, eu sou louco pelo estetoscópio. Eu já fui curado várias vezes com o estetoscópio, para mim, ele é um tipo de remédio. Posso dizer que o estetoscópio é um dos equipamentos médicos mais famosos e representativos da área médica. Ele funciona como um amplificador dos sons internos emitidos pelo corpo e é usado para o exame de ruídos vasculares que é a auscultação cardíaca na região peitoral e respiratórios nas costas. Eita instrumento bacana. Por fim, médico é tão meticuloso que às vezes, não satisfeito com a sua investigação, recomenda exames de laboratório: o hemograma, Colesterol, Ureia e Creatinina, Papanicolau, Exames de urina, Exames de fezes, Glicemia, ransaminases ALT e AST ou TGP e TGO. Moral da história: O bom advogado deve imitar o bom médico, pois os nossos clientes também adoecem.



MULHERES E COLHERES - CRONICA DE ELOY MELÔNIO

 


Eloy Melonio
 *

Imagine duas mulheres vivendo uma situação semelhante de “violência doméstica”: uma, em 1962, e outra, em 2021. Em que se diferenciam as duas realidades?

É óbvio que o cenário atual está mais iluminado, embora ainda faltem elementos importantes em sua cenografia. E o antigo, sombrio, pintado com as cores cinzentas do medo, da submissão.

As duas — uma mais que a outra — são parte do enredo desse “drama” vivido por muitas mulheres no Brasil. Felizmente, nestes novos tempos, o clímax já nos deixa entrever um desfecho auspicioso.

A primeira situação é do tempo das “colheres” que viviam caladas na gaveta do armário. E a segunda é de hoje, do tempo das “palavras” empoderadas que voam em todas as direções.

Entre uma e outra, lembro dos meus dias de criança, quando, aos 10 anos, via aquele “senhor” bem-vestido, de passos compassados, saudando as pessoas na rua. Sua esposa, uma mulher triste, insegura, com quatro filhos. E eu, moleque que brincava quase o dia inteiro na rua, não entendia direito quando o povo falava que “ele batia nela”.

Mas eu já sabia que “A voz do povo é a voz de Deus”. E se era assim…

Algo me incomodava naquele enredo: por que as pessoas ficavam caladas, como se nada estivesse acontecendo? Não aparecia ninguém com uma “colher” (ou “faca”) para botar na garganta do patife e gritar: Pare de fazer isso, seu covarde!

É que nessa época não havia leis de proteção à mulher, e todos se calavam diante dos absurdos cometidos pelos maridos malcriados. Até a polícia, composta integralmente de homens, passava “panos quentes” para esfriar os casos que chegavam às delegacias. E o criminoso continuava fazendo o papel de gente boa, com sua reputação integralmente preservada. E nada de alguém se manifestar! Nada de colheres!

Até porque a ordem presumida era não meter as pobrezinhas em encrencas. E briga de marido e mulher era uma dessas presunções. Talvez a “faca” fosse a arma apropriada, mas, para criar um adágio rimado, terminaram adotando as inofensivas “colheres”.

Lembro-me agora de ter recentemente lido alguma coisa sobre “violência doméstica”. Era, na verdade, a coluna da promotora Gabriela Manssur na revista CLAUDIA, na qual ela sugeria duas atitudes: “Esteja ao lado delas” e “Combater o mal em suas raízes”.

Nessas leituras, informação e conhecimento. Tirar a venda para ver o que está na nossa cara: o medo de se meter no problema do outro, aquela velha atitude do “eu não tô nem aí”.

A grande lição é apoiar “os movimentos e as leis” em defesa e proteção das mulheres. Não é tarefa difícil, desde que “ela” não seja a mulher do seu melhor amigo ou do seu chefe.

Realmente, não é tão simples, mas algo precisa ser feito. E a receita é basicamente esta: “palavra amiga” e “solidariedade”. Em suma, não apenas “cortar o mal pela raiz”, mas aniquilar todo o mal, incluindo suas ramificações. Se possível, até a sua sombra. Ou seja, não ver apenas a especificidade do caso, mas abrir a cortina que esconde as artimanhas desse cenário desprezível.

Nessa receita, podemos incluir: conhecer o problema, suas motivações, e buscar a solução. Casos de violência se repetem porque não chegam ao conhecimento das pessoas — parentes ou amigos próximos. Tampouco das autoridades. Livre, “a bruxa” ronda os relacionamentos, pintando casos e casos com as cores cinzentas da submissão, do medo, ou bordando vidas e vidas com os fios do aprisionamento, da ameaça.

A realidade de hoje deve-se, em grande parte, a uma personagem expressiva na defesa dos direitos da mulher. Maria da Penha Maia Fernandes, uma mulher com coragem e palavras à tiracolo. Sua luta resultou na lei que leva o seu nome, a terceira mais bem-avaliada do mundo.

Sua história é marcada por duas tentativas de homicídio, além de agressões físicas e psicológicas. Cansada de sofrer nas mãos do marido, foi além da denúncia comum. Recorreu à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos em busca da própria proteção e de uma salvaguarda definitiva para proteger, de forma integral, a mulher.

Esse cenário, montado ao longo dos últimos anos, é também fruto do trabalho de um exército de “guerreiras” em várias frentes. No Congresso Nacional, nos órgãos da Justiça, nas associações de mulheres. Nos projetos de peso nacional, como o “Justiceiras”, da OAB, e — ressalte-se — da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a CE do TJMA.

Em decorrência dessa lei e toda essa movimentação, hoje chovem notícias de “feminicídios” e outros tipos de “violência doméstica e familiar” na imprensa nacional. Homens da espécie do vereador Jairinho (Rio de Janeiro-RJ), acusado do assassinato de Henry Borel, seu enteado de 4 anos, filho de sua atual companheira, que — mesmo poderosos — estão sendo presos, julgados e condenados.

A realidade é que nem todos os casais vivem na praia ensolarada das canções românticas. “Também há dias em que a chuva cai” (The Fevers). E aí o bom senso dita que é hora de parar para conversar. Ou reclamar, como fez Adão: “A mulher que tu me deste por companheira…”.

Mas jamais maltratar, machucar, matar.

Se o casamento não vai bem, existem os procedimentos terapêuticos e os trâmites legais. O que não se pode admitir é que “um lado” use de sua força física ou poder financeiro para maltratar, menosprezar e subjugar o outro. Ou, ainda pior: ficar impune! Quanto à sociedade, calar-se é o mesmo que “deixar a vítima no banco dos réus”.

Se tivesse os poderes mágicos de Harry Potter, correria ao passado para gritar aos meus vizinhos: Guardem suas colheres, seus imbecis! E soltem suas atitudes!

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Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor

DIAGNOSE ' DICA DE SAÚDE - AGOSTO LARANJA


O dia 30 de agosto é o dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, estabelecido por lei em 2006. Durante todo o mês, porém, a Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), uma das principais associações do país que tem o objetivo de divulgar a doença e contribuir para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a melhora na qualidade de vida, promove o "Agosto Laranja".

A ideia é chamar a atenção para a doença que, embora rara, afeta cerca de 35 mil pessoas no Brasil e 2,5 milhões no mundo todo. Mesmo assim, ainda é bastante desconhecida entre os brasileiros: 80% da população nem sequer sabem o que é. E, uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Roche Farma Brasil e feita em São Paulo, mostrou que a maioria dos paulistas não associam a doença ao grupo mais afetado, jovens adultos de 20 a 40 anos. A seguir, veja o que você precisa saber sobre a doença.

O que é?

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso central. Basicamente, a defesa do corpo confunde as células saudáveis com malignas e as ataca, provocando lesões. A palavra vem do Latim “sclerae”, que significa cicatriz.

O que causa?

As causas exatas são desconhecidas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importantes. Há pesquisas que apontam que pode existir relações entre a genética, o ambiente em que a pessoa vive e até mesmo vírus, como o da mononucleose e o do herpes. Também existem alguns estudos que sugerem que hormônios, especialmente os sexuais, podem afetar e serem afetados pelo sistema imunológico.


Quem afeta?

Se as causas ainda são desconhecidas, o grupo de risco é mais estabelecido: mulheres são mais propensas a desenvolver a esclerose múltipla, uma taxa de proporção de três para um. Apesar de poder ocorrer em qualquer fase da vida, a população mais afetada costuma ter entre 20 e 40 anos. A idade média de diagnóstico é 30 anos. Também afeta mais as populações europeias, do sul do Canadá, norte dos Estados Unidos, Nova Zelândia e sudeste da Austrália, embora não se saiba exatamente o porquê.

Quais os sintomas?

Os primeiros sintomas de esclerose múltipla costumam ser: visão turva ou dupla, fadiga, formigamentos, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, dificuldade cognitiva, problemas sexuais e incontinência urinária. Eles podem ir e vir ou serem mais prolongados. Por serem muitos sintomas, o diagnóstico pode ser difícil e inclui exames de sangue, punção lombar, ressonância magnética e exame de potencial evocado (que mede os sinais enviados pelo cérebro em resposta a estímulos).



Há tratamento?

A doença não tem cura, mas pode ser controlada e o tratamento consiste principalmente em manejar crises, controlar os sintomas e segurar a progressão da doença. Ele envolve medicamentos que suprimem o sistema imunológico, reduzem a fadiga e relaxam os músculos, além de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular.

Por Dr. Otávio Pinho Filho