terça-feira, 3 de setembro de 2013

ENTREVISTA 10



Neste domingo, o nosso blog estreará mais um quadro, o ENTREVISTA 10. Para dar a grande largada, nós entrevistamos um dos mais conceituados oftalmologistas do Brasil, o nosso Dr. Eufrázio, que falou de medicina, de vida, de família, de conquistas e até da onça que mora em seu terreno em Bacabal.

ENTREVISTA 10 é domingo, aqui no BLOG DO ZÉ LOPES



9 de janeiro de 2013 - Oito dias após assumir, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) convoca a imprensa para anunciar o seu Plano de Ação para os 120 dias.
Foram anunciadas  “314 metas de prazo imediato” e “80 metas de curto prazo”.
11 de abril de 2013 - No balanço dos 100 dias, o prefeito ignorou as metas de janeiro e anunciou novas metas, que seriam cumpridas dali a 30 dias. (Relembre aqui)
kk
27 de maio de 2013 - Quatro meses depois de assumir o mandato, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) anuncia o “Pacto por São Luís”.  O release da prefeitura deixava claro o objetivo do programa:
- Por meio do estudo dos principais indicadores sociais levantados pelo “Movimento Nossa São Luís”, o poder público está traçando metas que serão cumpridas com a convocação das três esferas administrativas de governo (estadual, municipal e federal), empresários e sociedade civil, ampliando a participação democrática amplamente defendida pela atual gestão.
3 de setembro de 2013, hoje - O prefeito Holandinha mais uma vez reúne a equipe e mais uma vez estabelece prazos para cumprimento de metas. Agora, é o “Avança São Luís”, que cuja solenidade de lançamento será realizada hoje, na Associação Comercial.
- O pacote de ações prevê obras a curto e médio prazo que serão executadas nos próximos 15 meses - diz o release da prefeitura, distribuído ontem. (Leia aqui)
Oito meses de mandato, quatro anúncios de metas.
Este é o balanço do governo Holandinha.
Dá para confiar???













NEGRO 

Negro qual o teu nome
Qual o teu medo
Pra suportar tanta humilhação?

Negro bota o teu sangue
Aponta esse dedo
Mostra tua língua pra escravidão.

Negro tu és a raça
E sabes o segredo
Levanta a bandeira da libertação.

Negro não se incomoda
Em acordar cedo
Tu és a roda dessa nação.

Negro é a cor, é a raça de todo amanhã
Trabalho suado, suingue, tambor e tesão

Mesmo porque o negro sabe viver

Mesmo porque o negro sou eu e você!

Do livro "Menu para desjejum sem colesterol" de Jorge Passinho
Ana Luiza Lopes
A beleza negra de Dra. Nélia


MOTO CLUB DEVE PARTICIPAR DA FESTA DE ANIVERSÁRIO DE SÃO LUÍS



Nesta segunda (02), integrantes da Diretoria do Moto Club fizeram uma visita de cortesia ao Prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior. Na oportunidade, o presidente do Moto Club, Roberto Fernandes, entregou uma camisa personalizada ao prefeito, que é torcedor da equipe rubro-negra.
Durante o encontro, Roberto Fernandes, pediu apoio para que o jogo do próximo domingo (08) contra o Itapecuruense possa fazer parte da programação de aniversário da cidade. Já o prefeito Edivaldo reafirmou o compromisso da gestão com o esporte, como ferramenta indispensável na cultura brasileira para a inclusão social, e afirmou que novas parcerias irão surgir ao longo da gestão para fortalecer o esporte na capital.
“Nós sabemos da importância do esporte para as crianças, jovens e adultos. Para nós é importante andar de mãos dadas com as instituições que promovem essas atividades em nossa cidade”, declarou o prefeito Edivaldo.
Durante o encontro também foi discutida a possibilidade de novas parcerias com a Prefeitura, como a de incluir os alunos das 44 escolinhas de futebol da Secretaria de Desportos e Lazer (Semdel) para participar de testes para as divisões de base do time do Moto Club.





Na tarde de ontem, por volta das 15h, o filho do empresário Flávio Menescal recorreu ao suicídio por motivos ainda desconhecidos. 

A tragédia aconteceu em seu apartamento no edifício Toscana, localizado na Ponta Do Farol, próximo ao Hotel Luzeiros São Luís. Erivelton Cardoso Menescal Sobrinho tinha 30 anos, e tirou a própria vida com um tiro na cabeça.

Ele foi encontrado por familiares trancado no quarto do apartamento em que morava com os pais. Erivelton era formado em direito, estava noivo e segundo familiares sofria de depressão. 

Próximo a ele a policia encontrou um revólver calibre 38 utilizado no suicídio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Paulo Piratta, herbert Luiz e Zé Lopes

Ópera Night, Lobão e Zé Lopes

















GLICERINA

Teu olhar luziu a mais pura glicerina
Seduziu o vento brando dos afãs
Exalou o perfume leve das manhãs
Como carma ou sorte que persegue a sina.

Teu olhar é lente que ora me ensina
A olhar por dentro de um sentimento
Abstrato assume um poder isento
De um concreto frio que ao sol termina.

Teu olhar é astro que na noite brilha
Tem alumbramento que a paixão partilha
Tem o anestésico, óbvio da dor.

Tem o cobertor, o acalanto, o estio
A porção exata pra encher o vazio
Tem as cores mágicas, plástica do amor.





MOTO CLUB VENCE JV LIDERAL E É CAMPEÃO MARANHENSE DA SÉRIE B

O Moto Club voltou a Série A do Campeonato Maranhense com o título conquistado com uma rodada de antecedência. O time venceu o JV Lideral, por 1 a 0, no Estádio Frei Epifânio d’Abadia. O gol foi marcado por Wescley, aos 22 minutos do segundo tempo.
Com o resultado, a festa foi iniciada em Imperatriz e deve ser concluída no próximo domingo, no Estádio Nhozinho Santos. O jogo coincide com o aniversário de 401 anos de São Luís.
A próxima rodada da Série B será na quinta-feira. Na oportunidade, Itapecuruense joga contra o Sabiá, e o Araioses recebe o JV Lideral.
Outro jogo
Na inauguração do Estádio Cardosão, em Araioses, o time da casa venceu o Itapecuruense, por 2 a 1, na tarde deste domingo.
O visitante fez o primeiro gol com o atacante Date, aos 11 minutos do segundo tempo, mas Curuca empatou e virou para o Araioses com gols aos 31 e 46 minutos em duas cobranças de pênalti.
Com o resultado, o Araioses chegou a 9 pontos e o Itapecuruense permaneceu com apenas um conquistado.
Sampaio perde em casa para
 Águia de Marabá pela Série C do Brasileiro

Em jogo realizado na tarde deste domingo (1), no estádio Castelão, o Águia de Marabá-PA venceu o Sampaio por 1 a 0. A partida foi válida pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro Série C.
O gol do Águia foi marcado por Keno aos cinco minutos do primeiro tempo.
Com a derrota o Sampaio segue com 23 pontos ganhos e ocupa o terceiro lugar no grupo A. Já o Águia de Marabá  soma 21 pontos, ocupando o sexto lugar.
Na próxima rodada, o Sampaio enfrentará o Baraúnas no estádio Nogueirão, em Mossoró, no próximo domingo (8). Já o Águia de Marabá enfrentará o Rio Branco-AC, na quarta-feira (4), no estádio Zinho de Oliveira.
Classificação do grupo A

1º Luverdense-MT – 26 pontos
2º Fortaleza – 23 pontos
3º Sampaio-MA– 23 pontos
4º CRB-AL – 23 pontos
5º Santa Cruz-PE– 21 pontos
6º Águia-PA – 21 pontos
7º Brasiliense – 21 pontos
8º Cuiabá – 17 pontos
9º Treze-PB – 17 pontos
10º Baraúnas-RN – 10 pontos
11º Rio Branco-AC – 3 pontos

Fantástico vai a Barra do Corda e conversa com familiares de mortos em desabamento

Um desastre em São Paulo chamou a atenção de todo o Brasil esta semana. Um desabamento matou dez operários na zona leste da capital paulista. Por que o prédio veio abaixo? O que dizem os responsáveis pela obra? E quem eram os trabalhadores que saíram do sertão nordestino em busca de trabalho na metrópole? No Maranhão, a reportagem é de Marcos Losekann. Em São Paulo, de Giuliana Girardi.

O toque do sino traduz a dor de todo o povoado. Só da cidade de Clemente, em Barra do Corda, no interior do Maranhão, partiram 4 dos 10 mortos no desabamento.

“No mínimo, tem 80, 100 homens fora daqui. Eles vão pra trabalhar e passam 3 meses, 4, e aí vem. No máximo, 6 meses”, diz Valdir Vieira Silva, parente de vítima.

Mas o que leva tanta gente à metrópole em eterna construção? O que queria Raimundo, que morreu soterrado em São Paulo, aos 37 anos?

“O sonho dele era de comprar uma moto, como a maioria do pessoal que saiu daqui, conseguir uma vida melhor, fazer uma casinha uma vida melhor, fazer uma casinha”, conta Janiel Campos Ferraz de Souza, irmão de Raimundo.

Raimundo sempre mandava notícias. “A última vez foi terça-feira, 7 horas da manhã, minutos antes da tragédia. Ele ligou e disse que estava indo para o trabalho. Ele se despediu e eu disse pra ele: deus te abençoe e abençoe mesmo”, lembra Sebastião de Souza, pai de Raimuno.

Entre o sonho e a realidade, uma longa jornada. Falta de perspectiva, falta de trabalho, de esperança no futuro. Uma vontade de viver distante da pobreza. É isso que move os filhos do interior maranhense rumo às oportunidades que surgem longe, bem longe. Mas para isso, é preciso trocar a poeira das ruas dos povoados em que nasceram pelo asfalto e o concreto da cidade grande. E quem sabe um dia voltar, bem de vida. Um projeto que, no caso dos trabalhadores mortos em São Paulo, ficou pelo caminho.

Marcelo, outra vítima, tinha 22 anos. Passou os três últimos, trabalhando em São Paulo. Estava juntando dinheiro pra pagar a cirurgia de catarata da mãe. No Natal passado, deu um presentão pra família. “Era o sonho da minha mãe era fazer esse banheiro pra ela”, diz Silas Rodrigues, irmão de Marcelo.

Dona Teresa se emociona. “Na hora que botaram ele na maca, só um nome que ele chamava. Era ‘mamãe, mamãe, mamãe”, conta Teresa Rodrigues, mãe de Marcelo.

Enquanto pais, irmãos e muitos outros parentes e amigos assistiam ao trabalho dos bombeiros pela televisão, uma família vivia o drama bem de perto.

Felipe Pereira dos Santos foi viver em São Paulo quando ainda era bebê de colo. Aos 20 anos, trabalhava no almoxarifado da obra que desabou. O tio e os pais dele correram atrás de notícias.

“Meu filho é um guerreiro. Ele vai sair dali vivo. Se ele estiver machucado, não me importa. Vou cuidar do meu filho no hospital. Ele falou que eu era a mulher da vida dele, que ele ia fazer de tudo pra mim ser muito feliz”, diz a mãe do Felipe.

Felipe se formou em administração de empresas. O corpo de Felipe foi encontrado 36 horas depois do desabamento.


Investigações da tragédia

Como estão as investigações dessa tragédia, que causou tanto sofrimento, em tanta gente? Quem mostra é a repórter Giuliana Girardi.

A busca por sobreviventes durou 56 horas. Com uma câmera no capacete, o bombeiro registra momentos de tensão. É preciso cuidado pra não causar mais estragos.

“Teve que romper todas essas lajes aqui que a gente tá vendo. São cerca de 40 centímetros cada laje. São duas lajes que foram rompidas”, afirma o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros.

O prédio ficava numa das avenidas mais movimentadas de São Mateus, no extremo da zona leste. No projeto original - apresentado à prefeitura - ele teria um único pavimento. Mas foram construídos dois: o térreo e o primeiro andar, como revelam estas fotos obtidas pelo Fantástico.

A obra que desmoronou não tinha licença nem alvará de execução. O dono do terreno é Mostafa Abdallah Mustafá. Em março deste ano, ele foi multado duas vezes, em mais de R$ 100 mil e a obra foi embargada. Mesmo assim, a construção continuou.

Na sexta-feira, a arquiteta responsável pelo projeto nos atendeu. Ela disse que foi procurada por Mostafa para dar continuidade a um trabalho de outra arquiteta.

Rosana Januário Ignácio: Ele veio muito afobado. Ele queria que fizesse muito rápido.
Fantástico: Nenhum momento ele disse pra você que o projeto que você fez, mesmo sendo indeferido, já estava em andamento?
Rosana Januário Ignácio: Eu fiquei sabendo que tava em andamento depois. Depois que ele me falou assim: ‘olha, eu recebi uma multa’. ‘Tá bom, não tem problema. Por que?’. ‘Porque eu tava construindo’. ‘Se você tava construindo, você para’.
Fantástico: Quando ele disse pra você que ele estava construindo?
Rosana Januário Ignácio: Nós estamos em. Desculpa. Agosto. Foi em junho.
Fantástico: Você se sente de alguma maneira responsável por essa situação tão trágica?
Rosana Januário Ignácio: De maneira alguma. A minha responsabilidade fica só pelo projeto, não fica pela execução da obra.

documento_desabamento_fant (Foto: reproducaotv)Em março, uma denúncia anônima chegou à administração da prefeitura no bairro. Dizia que a construção era ilegal, mas garantida junto à prefeitura, mediante "acerto". A palavra acerto pode indicar propina.
Um fiscal, chamado Valdecir Galvani de Oliveira, anexou a denúncia ao processo e pediu providências da prefeitura, Ministério Público e polícia. Mas nada foi feito. Nove dias depois, Valdecir se demitiu.

A prefeitura quer saber por que ele saiu do emprego e vai apurar possíveis irregularidades na fiscalização.
No terreno, seria aberta uma loja de roupas do Magazine Torra Torra, que diz que o contrato de aluguel foi assinado com o dono do imóvel, em fevereiro.

O Magazine fala que, para avaliar a estrutura e fazer o acabamento, contratou - 16 dias antes do desabamento - uma empresa de engenharia: a Salvatta.

O pedreiro Jailson Gomes da Silva trabalhou na obra. Conta que ouviu um engenheiro da Salvatta dizer que o prédio tinha problemas.

“O engenheiro falou que a fundação tava fraca. Não aguentava o peso”, revela Jailson Gomes da Silva, pedreiro.

Para a polícia, um servente de pedreiro disse que, no pavimento superior, havia 500 blocos de barro e algumas toras de eucalipto para fazer o escoramento da laje. Nesse andar, a obra já estava adiantada e o engenheiro sabia, conta o pedreiro Jaílson. “A gente tava na segunda laje fazendo parede, refeitório, banheiro, essas coisas. Quando ele viu que a fundação era fraca, ele mandou nós parar e descer”, destaca Jailson Gomes da Silva.

Mesmo sem o escoramento, ninguém mandou os operários saírem da obra. Quando aconteceu a tragédia, 36 pessoas estavam no prédio.

Consultamos este especialista em análise de risco. “A amarração que ela tem de ferragem trouxe as colunas laterais pra dentro, na medida em que alguma coisa fez com que a laje afundasse. Ou um defeito da própria laje com excesso de carga, ou as colunas que suportavam nesse ponto a laje, cederam”, explica Moacyr Duarte, especialista em análise de risco.

O Fantástico procurou os responsáveis pela construção. Ninguém da Salvatta quis receber a gente. Eles disseram que não vão se pronunciar nesse momento.

Depois, a empresa enviou uma nota. Diz que jamais fez "alteração estrutural no imóvel e que os responsáveis pelo projeto, qualidade e execução da obra são os profissionais contratados pelo dono do terreno, Mostafa Abdallah Mustafá".

Também por nota, o Magazine Torra Torra, disse que Mostafa "se comprometia a ceder um prédio pronto, com dois pavimentos, que seria entregue sem piso, pintura e gesso”.

Mostafa Abdallah Mustafá e o advogado dele falaram que só vão se manifestar depois que forem ouvidos pela polícia.

carla_desabamento_fant (Foto: reproducaotv)
Carla está grávida de Claudenir, que morreu
em São Paulo
No Maranhão, foram enterrado 8 dos 10 operários que morreram. Saudade e um vazio preenchido pela fé. Carla agradece a deus pela vida que carrega no ventre. Depois de 5 anos casada com o pedreiro Claudemir Viana de Freitas, ela conseguiu engravidar. Há um mês, quando já estava em São Paulo, o marido soube que seria pai.

“Fiz tratamento. Aí foi que a gente conseguiu. A minha esperança era que ele estivesse vivo. Porque ele disse: ‘Carla, eu vou voltar pra nós criar nosso filho’”, lembra Carla Cardoso.

Ela só tem uma certeza: as vidas das vítimas dessa tragédia jamais serão esquecidas.

“Se vier um homenzinho, ele achava bonito esse nome ‘Jefferson’. Mas se for homem, quero fazer uma homenagem pra ele e colocar o nome dele”, conta Carla.